Do horror repulsivo à sátira ácida, o canadense David Cronenberg construiu em mais de 40 anos uma das mais improváveis e interessantes carreiras que já se viu na tela grande. O cinema patológico dos primeiros anos deu vez dramas psicológicos críticos ao comportamento humano e à sociedade contemporânea, muitas vezes adaptando obras literárias de nomes consagrados com o mesmo vigor que os originais. Seja no terror gore ou no drama cerebral, o diretor é um mestre. Vale a pena (re)ver “A Mosca”, “Os Filhos do Medo” e dar uma chance a “Crash – Estranhos Prazeres”, “Marcas da Violência” e “Mapas para as Estrelas”.