Mabel Lilian Poulton foi uma atriz inglesa da era do cinema mudo.

Poulton trabalhava como estenógrafa e entrou para o mundo dos filmes por acaso. Seu primeiro papel foi em "Nothing Else Matters" (1920) de George Pearson junto a Betty Balfour, que também estava estreando no cinema. O filme foi um sucesso.
Nos anos seguintes, Poulton foi escalada para diversos papéis e geralmente fazia personagens agressivas e maldosas. Era uma graciosa loirinha e também se tornou bem conhecida pelo seu estilo de moda. Em 1928 estrelou o filme "Incertezas da Sorte" (A Constant Nymph) de Adrian Brunel e recebeu excelentes críticas por sua performance. No fim da década foi considerada uma das principais atrizes britânicas junto a Balfour e foi descrita pela crítica como a principal rival da mesma.

O advento do filme falado trouxe um fim prematuro a carreira de Poulton no cinema. A adição do microfone revelou o sotaque forte londrino da atriz que contrastava com os dos personagens com os quais se identificava. Como Clara Bow, que teve o mesmo problema com o seu forte sotaque do Brooklyn, Poulton teve problemas para manter seu status. Também como Bow, tentou voltar ao cinema no meio da década de 30, conseguiu boa publicidade mas não sucesso. Fez sua aparição final nos cinemas em 1938, posteriormente participando ocasionalmente de trabalhos na TV até meados da década de 60.

Passou seus últimos anos reescrevendo um script sobre uma jovem vedete britânica que é estuprada por um diretor de cinema e acaba por afundar no alcoolismo. À mão, em certo ponto do processo de escrita, ela escreveu em nomes reais. Acusava o diretor Thomas Bentley. Mabel Poulton morreu em Merton, Surrey em 1994 aos 93 anos de idade.