Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Mauricio do Valle foi um famoso ator Brasileiro, o qual é mais lembrado por sua participação em filmes de cinema e principalmente em novelas de grande sucesso de público.
Maurício do Valle iniciou no cinema no início da década de 50 através de um anúncio de jornal solicitando extras para o filme Tudo Azul de Moacyr Fenelon. Um dos principais atores do Cinema Novo, chegou a participar de mais de 80 produções ao longo de uma carreira de 44 anos, entre elas, “O Cortiço” (1978), ao lado de Betty Faria, e O “Coronel e o Lobisomem” (1979), no papel-título.
Famoso por sua dureza natural, tom de voz e rosto agreste como se esculpido em pedra, curiosamente Maurício fez um padre que protegia uma família da vingança de um matador em “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de Roberto Santos e ao lado de Leonardo Villar, em 1965.
Maurício atuou também em “O Profeta da Fome” (1969), “O Jogo da Vida” (1977), ambos de Maurice Capovilla. A consagração aconteceu ao interpretar o personagem “Antonio das Mortes”, um matador de cangaceiros, em “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha, que o considerava seu ator favorito e o chamava de Mauricinho.
Ele voltaria a encarnar o mesmo personagem em 1969, em “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”, também de Glauber, que ainda o incluiu em “Terra em Transe” (1967) e “A Idade da Terra” (1980). Embora não apreciasse o gênero, Maurício do Valle participou de diversas telenovelas, entre elas, “Meu Pedacinho de Chão” (1971), “Cabocla” (1979) e “Roque Santeiro” (1985), onde fez o delegado Feijó, seu último papel.
Atuou também na minissérie “O Tempo e o Vento”, sempre contratado pela Rede Globo. Irmão do ator Sergio Valle, Maurício estreou nos palcos com Fernanda Montenegro, interpretando o galã Armand Duval em “A Dama das Camélias”.
Maurício do Valle morreu no Rio de Janeiro em 7 de outubro de 1994 com 67 anos de idade, vítima de diabetes e complicações cardíacas.