O ano de 1981 é considerado um dos mais violentos da história de Nova York. Fora a miséria e as incertezas do plano econômico adotado pelo então presidente, Ronald Reagan, a cidade sofreu um corte brusco de investimento, que deixou vários norte-americanos jogados aos criminosos. Para se ter ideia, os índices de roubos, assaltos, estupros e assassinatos colocaram o país inteiro em estado de alerta durante este período.
O filme O Ano Mais Violento, estrelado por Oscar Isaac e Jessica Chastain, faz um retrato fiel desse assombroso contexto e aborda com inteligência a tensão e o desespero de seus personagens principais. Ao mesmo tempo em que fala da violência pura, com pessoas assaltando as outras e agressões físicas, o diretor J. C. Chandor mostra que realmente conhece o contexto da época a apresenta a atmosfera necessária para enredos desse gênero, que são bem sombrios e nebulosos.
Com uma direção segura, o tempo inteiro o público participa de alguma forma da trama, pois é instigado a entrar no ambiente de uma trama densa, que traz a sensação de que o pior ainda está por vir. Com pouca trilha sonora, Chandor é confiante ao transmitir o cenário nebuloso do protagonista Abel Morales (Isaac), dono de uma empresa de combustível que quer prosperar ainda mais nos negócios.
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