cinemacomcritica.com.br - A profundidade de campo rasa e os primeiríssimos planos – o diretor de fotografia Sean Williams, inclusive, não tem pudor em cortar partes do rosto dos personagens – tornam o espectador cúmplice de Gina e salientam a dificuldade de a visão periférica enxergar algo afora a “paixão” por Jêrome. Enquanto isto, o desconforto narrativo introduzido por Nathan Silver, com inspiração na obra de Roman Polanski a Brian De Palma (com o uso split dioptre do diretor) e certo erotismo blasé com uma trilha sonora característica do cinema setentista, bem como a abordagem original, fazem de Uma Escala em Paris uma experiência única e irresistível para quem procura fugir da mesmice em direção à autoralidade.
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