Wim Wenders lançou "Anselm", retrato imersivo em 3D do artista Anselm Kiefer, no Festival de Cinema de Cannes. Em entrevista para Variety o cineasta defendeu o formato 3D, que ele acredita envolver o cérebro humano de maneiras que o 2D não consegue fazer.
“Você poderia muito bem ter morte cerebral em alguns filmes, porque a quantidade de atividade cerebral é mínima. Em 3D, no entanto, todo o seu cérebro está em chamas”, disse Wenders. “Partes do seu cérebro estão trabalhando para estabelecer o espaço – que é algo que você mesmo está fazendo: você obtém duas imagens separadas na tela e seu cérebro as junta, assim como você faz na vida com seus dois olhos. Então, seu cérebro está extremamente ativo, mas outras partes do seu cérebro também estão ativas – você está emocionalmente mais envolvido porque está mais 'lá'.”
“Nos cinemas, nos acostumamos com o fato de que tudo está ali na tela, e nós estamos aqui, na frente dela, e não estamos lá. Em 3D, você está lá. E, de repente, muitos dos seus instintos estão furiosamente ativos, mas não estão ativos se você estiver assistindo 'Velozes e Furiosos 10'. Bem, nesses filmes, pode haver mais adrenalina, é claro, mas seu cérebro está menos 'envolvido'.”
"Anselm" ainda não tem data de lançamento confirmada para o Brasil.
Imagem: Anselm/Reprodução