Movido pela ambição e busca do lucro fácil, Roberto casa-se com a patroa viúva, dona da fazenda em que trabalhava, com o intuito único de lhe facilitar a morte, e se assenhorar, não só das terras, mas de todo o império. Do casamento à morte, tudo aconteceu rápido. A documentação dos bens em seu nome, e o já premeditado casamento com a amante Helena, com quem repartiria a fortuna, em vida conjugal. Em toda essa trama, Nico, filho legítimo da falecida, e detentor legal da herança, ficara de lado. Usando de certas artimanhas documentais, Roberto fizera com que Nico ficasse preterido. E, com o crime perfeiro, tudo estaria resolvido. Tudo estaria resolvido se Helena, a amante agora esposa, não tivesse em mente, também, um plano maquiavélico: matar Roberto, ficar com tudo, e se casar com Cláudio, o amante. Alguma coisa bem parecida com os planos que Roberto estava executando. Nico, deserdado, mais ferido pelo abandono moral que pela perda da herança, vê sua vida ser destruída por uma série de infelicidades, inclusive a grave contusão num jogo de futebol de várzea, o alicerece do seu grande sonho se tornar um jogador famoso.