Positano é uma ilha na Costa Amalfitana que, segundo a lenda, Netuno criou por amor a uma ninfa. E é justamente de amor que este filme fala acima de tudo, de um amor total e solar em que a família e os amigos são captados no mesmo campo poético. Empoleirada nas rochas da ilha, a casa de Frédéric Pardo e Tina Aumont tornou-se em 1968 um ponto de encontro para a comunidade underground. Pierre Clémenti ficou lá por um tempo e gravou imagens de uma sensualidade deslumbrante. Para além do olhar intimamente amoroso que Clémenti dirige a esses rostos e corpos muitas vezes nus nessa paisagem mediterrânea, o filme revela-nos a beleza comovente de uma utopia em que a convivência ainda podia se realizar em um território de partilha e criação permanente.