São Paulo com Daniel, é uma obra de desvios doentios e delirantes, rupturas e fissões. Suas operações estéticas são oblíquas, seu enredo, um rito de passagem. No filme, não há harmonia, o belo está na aflição, ou, melhor dizendo, nos gestos formais em torno do repulsivo e amendrontador. A imagem do “estranho” nos parece um ponto de partida profícuo para analisar essa obra, cuja estranheza se manifesta no personagem principal, Daniel, em sua história e – o principal – na mise en scène do filme.