Julia Saurel sempre teve uma relação difícil com o pai, pelo menos até onde consegue se lembrar. Três dias antes do seu casamento, ela recebe uma ligação – exatamente como previa: seu pai não iria ao seu casamento. Pela primeira vez, teve que admitir que ele tinha uma boa desculpa: estava morto.

Julia não pôde evitar de ver o lado tragicômico da situação. Seus sonhos de lua de mel se transformaram em planejamento de um funeral. Mesmo do túmulo, seu pai Michel tinha um jeito efetivamente particular de atrapalhar a vida da filha.

Mas no dia seguinte ao funeral, Julia descobre que o pai deixou uma última surpresa quando uma caixa de madeira grande é entregue na sua casa – dentro tem uma cópia em tamanho real do pai. O androide explica à Julia que ele contém a memória do seu pai e que a bateria dura sete dias. Depois disso, “Michel” vai automaticamente desligar. Ele está certo que vai convencer Julia a embarcar numa viagem de carro, como pai e filha, para recuperar o tempo perdido.

Mas a jornada de Michel e Julia se torna algo inesperado: uma busca pelo primeiro amor dela, o jornalista Tomas. Ela o conheceu na queda do muro de Berlim e acredita que morreu em serviço. Mas será que morreu mesmo?

Julia e Michel vão atravessar a Europa e passar por cidades icônicas como Paris, Madrid, Bruges e Berlim. Então, começa a jornada que vai deixar a vida de Julia de cabeça para baixo. No centro da trama, a reconciliação entre pai e filha. E também um conto sobre o primeiro amor, aquele que nunca morre.