Mala Noche é uma ode ao desejo e a sua desgraça viciante. Uma pintura expressionista - clara em sua fotografia perturbante e bela - sobre o amor livre e pária de todos os homossexuais solitários. É um filme sobre corpos e tristezas.
Esse filme esplendido é um marco na história do cinema, sua poesia a desordem e o desprezo continuo e hilário pela construção social acata-se completamente a estética admirável dos revoltados e bizarros, dos excluidos e menosprezados. Se é impossivel nesses noventa e seis minutos de deleite visual não se entregar a empatia.
''... desejo utópico surrealista...'' é com isso que me deparo aqui - o extremo do idealismo conservador irracional - essa implicancia com o filme visto nos comentários é doentia e inexplicável para não dizer imbeci, o diretor não alega qualquer posição politica e mesmo assim remonta uma juventude oprimida que deixados nus de sua própia vergonha escolhem o que lhes resta: a revolta e a inconformação silenciosa, porem com certa desenvoltura não-realista perante a própia razão de não deixa-lo panfletário. Onde a surrealismo na instituição rigorosa chamada escola + igreja ? E onde há o erro de mostrar que a juventude pode combater essa depravação opressora que os enterra diariamente ? Não !! Não se há erro e esse filme é um exemplo de qual pode ser o papel social de um cinema sério e LIVRE.
Je Vous Salue, Marie é uma reflexão sem limites do corpo do espirito, da sexualidade e da autonomia de Marie (A Virgem Moderna) mesmo sendo ela a facil retratação histórica da subalternação a vontade infundamentada de deus; Godard marginaliza essa vontade irrisória por desenvolver o contemporâneo a essa questão de submissão indesejada e como esta se torna incompativel e inatingivel com o universo feminino. Uma obra perfeita; sensorial, violenta e libertadora.
O Tragável e o Plausivel são inegavelmente idealismos construtivistas, ociosos e adaptados para personalidades conservadoras e sem abertura para a ambiguidade. Em ''A Idade da Terra'' capta-se a renuncia desses dois conceitos, e quem deles faz-se refem ao desenrolar das duas horas e meia de filme não compreende a magnitude deste e seu oneirismo do terceiro mundo, da fome e da desconstrução como estética. Nada é jogado em ''A Idade'' apenas proposto e a quem cabe aceitar tal simples convite é apresentado a um cinema belo, original e sujo.
Interessante suplemento da antologica obra ''Historia(s) do Cinema" onde de modo direto trata da decadencia do publico frances quanto ao centenário de seu cinema primogenito e a inutilidade de se comemorar algo que parece ter se morrido em sua propia cultura, assassinado pelo cinema comercial, coméstivel e banal durante grande parte da pelicula. Deixando para o final a homenagem aos grandes artistas franceses - grande ponto é a tocante homenagem a Truffaut - concluindo que ainda há vida e esperança naqueles que admiram a arte cinematografica.
Um filme neo-realista - para mim irmão de Alemanha, Ano Zero de Rosselini - em meio a explosão da Nouvelle Vague junto a uma trilha sonora ambiental impecável, me desculpem mas essa obra não pode ser considerada ''menor'' na filmografia do velho e único Godard.
Filme indispensavel, que trata do sexo, insegurança, guerra e amor com uma sutileza admiravel e que causa certo incomodo por sua mesma leveza de retratar tais desventuras. De uma linguagem visual onirica !!
Será que sou apenas eu que não percebi qualquer VAMPIRO no filme ? Por favor, tenham mais respeito com o filme e o diretor quando for colocar um titulo tão nonsense assim.
Primeira decepção com Godard em sua face mais memorável: a sessentista, não por ser seu filme mais comercial ou blasé e nem pelo uso inoquo e sem qualquer representação significativa da nudez de Brigitte Bardot usada de forma demasiada mas sim por dentro do enredo do filme se notar uma certa critica a industria americana enfrentando o antagonismo ao artistico representado por Lang. Porem vemos essa distinção artistica e drama convencional na pelicula do própio cineasta traido a si mesmo por suas ideais. sendo assim não concluindo uma obra afirmativa de Godard como se pode considerar Vivre sa Vie, Alphaville e Masculin Feminin mas sim uma obra supervalorizada; talvez a mais de sua carreira.
A Gaia Ciencia não pode ser encarada como uma obra déspota direcionada unicamente para intelectuais da esquerda '''caviar''' francesa ou feita e rodada para as massas a titulo de panfleto politico ou ideológico - algo que nem Eisenstein conseguira de fato - é em suma a caracterização da juventude francesa autonoma do Maio de 68 retratadas perfeitamente por Leaud e o fruto da revolução cultural em Berto. Pelicula livre assim em seu espaço linguistico e visual para Godard desenvolver idiossincraticamente sua politica da arte em ambito amplamente livre e sem qualquer compromisso estético ou dever que a ele fora custado outrora pela constante da Nouvelle Vague. Enquanto A Chinesa de 1967 é um ponto de transição Le Gai Savoir se resolve em um filme único da carreira do diretor frances que vulnerabiliza sua identidade tanto politica quanto artisticamente de forma quase calculada.
Permito-me aqui ao comentar essa obra não elucidar o lado que expressa a inutilidade da existencia e seu inevitável niilismo que é facilmente dado por conceito da pelicula e abrir o ambito que a min é realmente o ponto central do filme; revelar o papel da mulher em uma sociedade patriarcal e cinza, ainda mais pragmatisada com a imagem da mãe que ao tentar dar uma vida melhor ao filho renega-se a sua própia de modo corruptivelmente vacuo: prostituindo-se e dando toda sua potencia de vida ao filho, não atribuindo nada a si própia e a si não desejando nada; existindo como uma arvore seca descontruida de toda sua natureza e ambiguidade. Assim concluo que antes da subjetividade do tédio devemos captar que esse filme é uma pintura social onde o ponto final é a questão feminina e sua sutil e expessa opressão.
A Aventura não se estabelece nas linhas de conceitualizar-se uma obra-prima, porem com sua fotografia e atuações premeditadamente ingenuas e pesadas transparecendo-se ao lisergico em uma linearidade massacrante e indisposta carregam apos o fim da pelicula, uma sensação suave e ambigua ao espectador. Tornando-se o que se possa dizer de um filme maldito.
É se emocionante captar como a fotografia desta obra-prima é tão intrinseca ao conflito humano abordado no filme e tanto o momento historico que dele é retratado a Alemanha pós-guerra: nua e exposta, como o pequeno Edmund.
A Cicatriz Interior
4.1 12Onirismo Indescritível.
Mala Noche
3.4 35Mala Noche é uma ode ao desejo e a sua desgraça viciante. Uma pintura expressionista - clara em sua fotografia perturbante e bela - sobre o amor livre e pária de todos os homossexuais solitários. É um filme sobre corpos e tristezas.
Os Anões Também Começaram Pequenos
3.5 38Esse filme esplendido é um marco na história do cinema, sua poesia a desordem e o desprezo continuo e hilário pela construção social acata-se completamente a estética admirável dos revoltados e bizarros, dos excluidos e menosprezados. Se é impossivel nesses noventa e seis minutos de deleite visual não se entregar a empatia.
Se...
3.9 170''... desejo utópico surrealista...'' é com isso que me deparo aqui - o extremo do idealismo conservador irracional - essa implicancia com o filme visto nos comentários é doentia e inexplicável para não dizer imbeci, o diretor não alega qualquer posição politica e mesmo assim remonta uma juventude oprimida que deixados nus de sua própia vergonha escolhem o que lhes resta: a revolta e a inconformação silenciosa, porem com certa desenvoltura não-realista perante a própia razão de não deixa-lo panfletário. Onde a surrealismo na instituição rigorosa chamada escola + igreja ? E onde há o erro de mostrar que a juventude pode combater essa depravação opressora que os enterra diariamente ? Não !! Não se há erro e esse filme é um exemplo de qual pode ser o papel social de um cinema sério e LIVRE.
O Atalante
4.1 60 Assista AgoraPapa Jules é um amorzinho. Lindo !!
Eu Vos Saúdo, Maria
3.5 105Je Vous Salue, Marie é uma reflexão sem limites do corpo do espirito, da sexualidade e da autonomia de Marie (A Virgem Moderna) mesmo sendo ela a facil retratação histórica da subalternação a vontade infundamentada de deus; Godard marginaliza essa vontade irrisória por desenvolver o contemporâneo a essa questão de submissão indesejada e como esta se torna incompativel e inatingivel com o universo feminino. Uma obra perfeita; sensorial, violenta e libertadora.
A Idade da Terra
3.6 52 Assista AgoraO Tragável e o Plausivel são inegavelmente idealismos construtivistas, ociosos e adaptados para personalidades conservadoras e sem abertura para a ambiguidade. Em ''A Idade da Terra'' capta-se a renuncia desses dois conceitos, e quem deles faz-se refem ao desenrolar das duas horas e meia de filme não compreende a magnitude deste e seu oneirismo do terceiro mundo, da fome e da desconstrução como estética. Nada é jogado em ''A Idade'' apenas proposto e a quem cabe aceitar tal simples convite é apresentado a um cinema belo, original e sujo.
2 x 50 Anos de Cinema Francês
3.9 2Interessante suplemento da antologica obra ''Historia(s) do Cinema" onde de modo direto trata da decadencia do publico frances quanto ao centenário de seu cinema primogenito e a inutilidade de se comemorar algo que parece ter se morrido em sua propia cultura, assassinado pelo cinema comercial, coméstivel e banal durante grande parte da pelicula. Deixando para o final a homenagem aos grandes artistas franceses - grande ponto é a tocante homenagem a Truffaut - concluindo que ainda há vida e esperança naqueles que admiram a arte cinematografica.
Tempo de Guerra
3.8 34Um filme neo-realista - para mim irmão de Alemanha, Ano Zero de Rosselini - em meio a explosão da Nouvelle Vague junto a uma trilha sonora ambiental impecável, me desculpem mas essa obra não pode ser considerada ''menor'' na filmografia do velho e único Godard.
Trens Estreitamente Vigiados
4.0 42Filme indispensavel, que trata do sexo, insegurança, guerra e amor com uma sutileza admiravel e que causa certo incomodo por sua mesma leveza de retratar tais desventuras. De uma linguagem visual onirica !!
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 278 Assista AgoraSerá que sou apenas eu que não percebi qualquer VAMPIRO no filme ? Por favor, tenham mais respeito com o filme e o diretor quando for colocar um titulo tão nonsense assim.
O Desprezo
4.0 266Primeira decepção com Godard em sua face mais memorável: a sessentista, não por ser seu filme mais comercial ou blasé e nem pelo uso inoquo e sem qualquer representação significativa da nudez de Brigitte Bardot usada de forma demasiada mas sim por dentro do enredo do filme se notar uma certa critica a industria americana enfrentando o antagonismo ao artistico representado por Lang. Porem vemos essa distinção artistica e drama convencional na pelicula do própio cineasta traido a si mesmo por suas ideais. sendo assim não concluindo uma obra afirmativa de Godard como se pode considerar Vivre sa Vie, Alphaville e Masculin Feminin mas sim uma obra supervalorizada; talvez a mais de sua carreira.
As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista AgoraP o e s i a
A Gaia Ciência
3.8 30A Gaia Ciencia não pode ser encarada como uma obra déspota direcionada unicamente para intelectuais da esquerda '''caviar''' francesa ou feita e rodada para as massas a titulo de panfleto politico ou ideológico - algo que nem Eisenstein conseguira de fato - é em suma a caracterização da juventude francesa autonoma do Maio de 68 retratadas perfeitamente por Leaud e o fruto da revolução cultural em Berto. Pelicula livre assim em seu espaço linguistico e visual para Godard desenvolver idiossincraticamente sua politica da arte em ambito amplamente livre e sem qualquer compromisso estético ou dever que a ele fora custado outrora pela constante da Nouvelle Vague. Enquanto A Chinesa de 1967 é um ponto de transição Le Gai Savoir se resolve em um filme único da carreira do diretor frances que vulnerabiliza sua identidade tanto politica quanto artisticamente de forma quase calculada.
Chelsea Girls
3.5 23Anestesiado e esnobado de toda minha delicadeza sensorial nessas antologicas 3 horas e 15 minutos de pura arte.
A Filha de Satã
3.7 22Titulo da versão brasileira '' A Filha de Satã'' é de se dar risada de tão inapropiado para o contexto do filme.
Jeanne Dielman
4.1 109 Assista AgoraPermito-me aqui ao comentar essa obra não elucidar o lado que expressa a inutilidade da existencia e seu inevitável niilismo que é facilmente dado por conceito da pelicula e abrir o ambito que a min é realmente o ponto central do filme; revelar o papel da mulher em uma sociedade patriarcal e cinza, ainda mais pragmatisada com a imagem da mãe que ao tentar dar uma vida melhor ao filho renega-se a sua própia de modo corruptivelmente vacuo: prostituindo-se e dando toda sua potencia de vida ao filho, não atribuindo nada a si própia e a si não desejando nada; existindo como uma arvore seca descontruida de toda sua natureza e ambiguidade. Assim concluo que antes da subjetividade do tédio devemos captar que esse filme é uma pintura social onde o ponto final é a questão feminina e sua sutil e expessa opressão.
A Aventura
4.1 112 Assista AgoraA Aventura não se estabelece nas linhas de conceitualizar-se uma obra-prima, porem com sua fotografia e atuações premeditadamente ingenuas e pesadas transparecendo-se ao lisergico em uma linearidade massacrante e indisposta carregam apos o fim da pelicula, uma sensação suave e ambigua ao espectador. Tornando-se o que se possa dizer de um filme maldito.
Alemanha, Ano Zero
4.3 92É se emocionante captar como a fotografia desta obra-prima é tão intrinseca ao conflito humano abordado no filme e tanto o momento historico que dele é retratado a Alemanha pós-guerra: nua e exposta, como o pequeno Edmund.
Uma Mulher é Uma Mulher
4.1 267Incontestavel beleza da fotografia, ambiente envolventte, Anna belamente sendo Anna - obra prima de Godard !
Stalker
4.3 503 Assista AgoraPalavras premeditadas não exemplificam essa pura obra !!
Um Homem que Dorme
4.4 195Dissuadir entre o eterno parafernal e englobar-se em nada pulverizado e reluzente !
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 523 Assista AgoraIncontestavel sublimação do expressionismo alemão.
Loucuras de um Gênio
4.4 71Your picture is still on my wall, on my wall...Dan.