Quando vi o primeiro filme ainda criança, não entendi porque o extâse geral. Achei o filme extremamente sem graça. 10 anos depois, já adulto, revi e continuei com a mesma opinição: filme clichê, sem alma, excessivamente longo, que valia apenas pelos efeitos especiais. Como ainda iam fazer uma sequência disso? Pelo menos o Diretor era James Cameron, o cara que é especialista em fazer sequências, vide "Exterminador do Futuro" e "Aliens", assim que decidi dar uma chance. Meu amigo, ainda bem que dei. Esse filme é melhor que o primeiro em absolutamente tudo. Tem mais história, personagens mais bem desenvolvidos, subtexto melhor desenvolvido (família, preservação do meio ambiente), efeitos especiais e fotografia ainda melhores que a do primeiro filme, sendo muito mais imersivo e emocionante. O filme é muito ágil em dar tempo de tela pro desenvolvimento dos filhos de Jake na Tribo da Água, pra que através deles possamos conhecer e começar a se envolver na mitologia do "The Way of Water". É inteligente ao criar a figura do "Spider", humano que se enxerga como N'avi, e ao introduzir os "Tulkuns" como metáfora da natureza que não revida ao ser explorada pela ganância humana. Enfim, o filme é muito belo, com uma mensagem espiritulista e pró-natureza, com 3 horas de duração são agradáveis de assistir.
Essa aqui só pode ser definida com uma palavra: Montanha Russa. Isso porque tem uns episódios e storylines simplesmente ridículas. Mas ao mesmo tempo, tem uns episódios que se enquadram como os melhores da série. Então realmente é difícil analisá-la.
Um exemplo disso é a Season Premiere. Que episódios incríveis. Nesses dois episódios temos Clark (inconsciente) voando pela primeira vez, a introdução da melhor Lois Lane de todos os tempos (Erica Durance) a resolução a respeito das “mortes” de Lex e Chloe do final da última temporada. É tanta coisa boa que esses episódios colocam a barra muito alta pro resto da temporada, e é aí que a coisa desanda.
Isso porque, a temporada não se sustenta na sua principal storyline. Toda a questão das relíquias kryptonianas (que todo mundo de repente tá atrás) é enfadonha e repetitiva, e a inserção da chata da Lana como centro dela só a piora. Além disso, o payoff só vai ser entregue nos últimos episódios da temporada, de maneira decepcionante em forma de cliffhanger.
Entretanto, mesmo não sendo a melhor, essa temporada é talvez a mais divertida até agora. Temos um retorno ao foco do Clark na escola, em que de repente ele quer viver um pouco de glória como jogador de futebol no seu último ano, apesar das críticas do pai. Isso torna alguns episódios dessa temporada de certa maneira bem reminiscentes da primeira temporada.
Assim, temos alguns dos episódios mais divertidos de Smallville. Em “Transference”, Clark troca de corpo com Lionel e os dois brilham tanto no drama como na comédia. Já em “Onyx”, vemos Lex ser divido em uma versão do bem e outra no modo supervilão completo, de forma a nos dar um glimpse do Lex dos quadrinhos. Já do lado mais pastelão, dá pra dar umas boas risadas com “Devoted” e “Spirit”.
Temos ainda a volta de Alicia, em um arco de dois episódios (“Unsafe”, “Pariah”), em que no primeiro episódio ela manipula Clark usando Red Kryptonita a fugir com ela. No segundo episódio, eles ainda tentam namorar, mas tudo dá errado e Alicia acaba sendo assassinada, mas não sem antes revelar à Chloe o segredo de Clark! Um bom arco com um final que mudaria a série para sempre.
Por fim, depois de uma excelente Terceira Temporada, temos uma Quarta que é inferior. Entretanto, ela ainda traz elementos divertidos o suficientes para se sustentar e expandir a mitologia do Superman, mesmo se sua plotline principal seja extremamente falha.
Agora o negócio fica sério. Depois de um finale intenso, temos uma season premiere dupla pra finalizar o arco, algo que viria a se tornar norma dessa temporada em diante. Ver o Clark sob efeito da Kryptonita Vermelha nesses dois primeiros episódios foi muito divertido, com mais uma grande atuação do Tom Weeling.
A atmosfera mais sombria e violenta é o que permeia essa temporada, o que particularmente me agrada e contrasta com o clima mais leve das temporadas anteriores. Da mesma forma que na temporada anterior, as origens de Clark são exploradas mais profundamente, fazendo um bom contraste com passado da família Luthor, que também é bem explorado. Isso fica claro em episódios como “Relic”, “Legacy” e “Memoria”.
Outra coisa muita interessante é que essa temporada investe em “Worldbuilding”, explorando alguns personagens que já tinham sido apresentados nas temporadas anteriores e alguns novos ligados ao lore do Superman em episódios como “Asylum” e “Perry”.
Mas o que marca mesmo é o tom sombrio. E nisso, nada melhor que os episódios: “Shattered” e “Asylum”. Ver Lex paranóico após descobrir a verdade sobre o assassinato dos seus avós para depois descobrir o segredo de Clark e finalmente ser capturado por Lionel e internado em Belle Reeve em apenas dois episódios foi fantástico. É possível até ver que a amizade dele com Clark, após descobrir o segredo dele, se torna mais genuína. Uma pena que suas memórias são apagadas ao final do segundo episódio.
No episódio “Delete”, tem-se um dos momentos mais intensos e divertidos da temporada numa luta entre Lana, infectada por um vírus cibernético, e Chloe. A intensidade e violência da luta foi muito interessante de se ver.
Outro ponto de destaque foi o episódio “Obssession”, em que Clark se apaixona por Alicia Baker, uma “meteor freak” e vislumbra a possibilidade de um relacionamento com ela, em que ele não teria a necessidade de esconder a verdade sobre si.
Por fim, a temporada termina de maneira colossal com “Covenant”. Começamos a ver o início do fim da amizade Lex e Clark, Lionel na prisão, Lana partindo para Paris e as possíveis mortes de Lex e Chole. Tem melhor cliffhanger?
Enfim, grande temporada. Superior que as duas primeiras em quase tudo. Vamos ver como as coisas vão daqui para frente.
Decepcionado. A crítica fez tantos elogios que parecia que ia ser uma Obra Prima, mas não é o caso. Não diverte e não empolga no lado Blockbuster e não é tão reflexivo e profundo como cinema de arte. Na verdade, é apenas um grande set-up pro próximo filme. Pode ser até uma comparação insana, mas me lembrou a sensação que tive quando assisti a Parte 1 do Jogos Vorazes Mockingjay, tamanho o vazio da obra. Claro que tem pontos positivos, como cinematografia, trilha sonora e efeitos especiais, mas que não são suficientes para fazer um grande filme, pois o elemento humano e catártico estão faltando. Me pareceu no final que o formato de série seria melhor para essa adaptação, pois teria mais tempo para desenvolver a mitologia e se aprofundar nos personagens. Na versão filme, foi tudo ao mesmo tempo corrido e arrastado.
Morei 3 anos no Rio de Janeiro. Quando cheguei pela primeira vez no aeroporto, peguei um ônibus até meu destino final, sentando perto do motorista. Ele perguntou se eu era do Rio e eu disse que não. Aí ele me falou: "Já que você não é daqui vou logo te dizer a primeira coisa que você precisa saber, aqui o Rio, Polícia e Bandido é tudo a mesma coisa". Nunca esqueci essas palavras. Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro é a novelização dessa frase. Mais vai além. Além de polícia e bandido, os políticos são a última peça que fecham o ciclo desse sistema diabólico. Verdade seja dita que o filme exagera na sua história pra mostrar o "sistema", característica típica do didatismo das obras do José Padilha. Em alguns momentos realmente falta sutileza e algumas escolhas dramáticas são questionáveis. É claro que não são todos os políticos e policiais do Rio que estão ligados com a milícia. Mas alguns estão. As notícias estão aí pra provar. Então acho que o filme entrega seu ponto e é um bom complemento ao já excelente primeiro filme, que para os desatentos já tinha essa mensagem de que o problema não era os traficantes ou polícia, mas o sistema que alimentava tudo isso. "O sistema é foda".
Daqueles filmes que passei anos enrolando pra assistir. Sei que existe uma grande polêmica ao redor do filme até hoje, com alguns chegando a dizer que o filme é fascista, que glorifica a violência policial etc. Pessoalmente, não creio ser esse o caso. Saí mais com a sensação de ter visto um retrato da "bestialidade". Isso porque na guerra do tráfico as pessoas envolvidas, aí tanto policiais e traficantes, vão lentamente se transformando em bestas, em que a violência é a única linguagem de comunicação. Não faltam exemplos disso no filme, no que se destacam o Capitão Nascimento e aspirantes Matias e Neto. No decorrer do filme vemos como o ambiente pesado da guerra ao tráfico vai moldando-os, deixando-os mais nervosos, ansiosos e propensos a resolver tudo com brutalidade, desde discussões domésticas à operações policiais. E no final fica a sensação que tudo não passa de um circo, e que o verdadeiro inimigo não são nem os policiais nem os traficantes, mas o sistema que alimenta essa guerra inútil e bestializante.
Aqui vamos nós novamente. Primeiramente, tenho que dizer que essa é bem melhor que a primeira temporada. Onde está a evolução? Em uma palavra, continuidade. Diferentemente da primeira, nesta temporada o fluxo de um episódio para o outro é muito mais natural, com as consequências de alguns episódios levando a outros.
Um exemplo disso é o início da exploração do mito do Super-Homem. Através da descoberta de umas cavernas esquisitas, começamos a descobrir sobre os mistérios da origem de Clark Kent, de que planeta ele vem, porque ele veio à Terra e que talvez os kriptonianos vieram à terra muito antes de Kal-El. Mistério desenvolvido em toda temporada, em especial em episódios como Skinwalker (E10), Rosetta (E17), Calling (E22) e Exodus (E23).
Aqui cabe comentar o episódio Rosetta (E17), onde Clark finalmente descobre o nome do planeta de onde vêm e porque foi enviado à Terra, tudo isso pelo ator que interpretou Clark Kent nos filmes da década de 70/80, Christopher Reeve. E para surpresa de todos, a nave que ele veio do espaço guarda uma mensagem: “Neste planeta, você será um deus entre os homens. Eles são uma raça imperfeita. Governe-os com força, meu filho, é aí que reside sua grandeza”. Bom twist.
Outro ponto alto da temporada foi a introdução da criptonita vermelha. Essa variante retira todas as inibições de Clark, que faz e fala tudo que vem à mente sem autocensura. Isso leva à situações divertidíssimas, mas também sombrias, em que Clark se torna totalmente imprevisível, em episódios como Red (E4), Rush (E14) e Exodus (E23).
O tom de High School e vibe “coming of age” continua firme nessa temporada, com situações muitas vezes tolas, mas frequentemente divertidas também. Com destaque para o triângulo amoroso de Lana, Chloe e Clark e uma boa quantidade de episódios guilty pleasures, com destaque para Heat (E2), Dichotic (E9), Visage (E11) e Rush (E14).
Por fim, as interações entre os personagens se torna mais intensa, com especial a relação difícil de Lex e Lionel. Clark revela seu segredo à Pete, o que os torna ainda mais próximos. Lana e Chloe se tornam mais amigas, o que leva à alguma fricção por ambas gostarem de Clark. Vale comentar o episódio Fever (E16) em que Chloe se declara para um Clark inconsciente, dizendo: “Eu sou a garota dos seus sonhos, disfarçada de sua melhor amiga”. Momento fofo, estragado por Clark dizendo em seguida: “Lana”. Affffffffff.
Enfim, temporada extremamente superior às anterior, vamos ver até onde vai...
Quando Smallville estreou, em 2001, eu tinha meros quatro anos de idade. Durante os anos seguintes, o SBT foi progressivamente transmitindo os episódios das temporadas. Mas claro, como era de se esperar da emissora de Silvio Santos, os horários variaram bastante. Eu lembro que passou na semana, nos sábados a tarde e por fim nos domingos de manhã, onde foi transmitido por um bom período de tempo. Entretanto, embora tinha muita vontade de assistir, era bastante difícil acompanhar a série, principalmente para uma criança. Os anos se passaram e aos poucos os heróis começaram a ocupar cada vez mais os cinemas e ali parecia ser uma forma mais acessível de consumir esse tipo de conteúdo. Muito mais fácil que assistir Smallville, que se tornava cada vez mais inacessível para novos telespectadores, com o aumento do número de temporadas. Além disso, após a conclusão da série em 2011, tudo mudou para os heróis na TV. Com o lançamento de Arrow em 2012, as séries de super heróis começaram a se multiplicar mais rápido que coelhos no cio, dominando tanto a TV aberta com os serviços de Streaming. Mas ninguém nega que o pai de todas essas séries foi Smallville. Então, após vinte anos da estreia, fui finalmente conferir qual era dessa série.
Primeiro, as coisas boas.
• Os personagens
Essa é a principal vantagem dessa temporada. A escolha do elenco é primorosa. Tom Welling como Clark Kent e Michael Rosenbaum como Lex Luthor são os Stand-outs. Mas, vale mencionar John Glover como Lionel Luthor e Allison Mack como Chole Sullivan e também os intérpretes de Jonathan e Martha Kent. É muito gostoso assistir esses atores interpretarem seus personagens pela primeira vez, e cada um faz o melhor para dar camadas a seus personagens. Além disso, é realmente satisfatório ver as relação entre os personagens evoluir, especialmente do Clark com o resto do elenco. Destaca-se a relação de Clark e seus pais, baseada em muito afeto e respeito, o desenvolvimento da sua amizade com Lex, a aproximação com Lana e a amizade complicada com Chloe. A complicada relação de Lex com seu pai também vale menção, pois é a mais complexa dessa temporada.
• O tom divertido de High School Americano
Essa série tem muitos paralelos com outra série consagrada de High School: Buffy, a Caça Vampiros. A premissa é bem parecida: Adolescente com super poderes enfrenta os desafios do ensino médio ao mesmo tempo em que tem que usar seus poderes para defender a escola e seus entes queridos de ameaças sobrenaturais/superpoderosas, muitas vezes alunos da própria escola. Isso permite um compêndio de situação clichês, mas divertidas. Do primeiro dia de calouro, em que Clark é escolhido como o “espantalho” (E1), jogo de futebol americano (E4), a candidatura de Clark ao Grêmio da escola (E18), e o baile de Homecoming (E21) etc.
Agora, a parte ruim.
• Estrutura Repetitiva
Cada episódio tem basicamente a mesma trama: surge um novo “meteor freak”, que é uma pessoa (geralmente um aluno) que desenvolve poder aleatório devido ao contato com criptonita. Esse personagem tem uma compulsão destrutiva ou se torna obcecado com alguém (geralmente Lana) ameaçando a segurança de todos e forçando Clark a investigar a situação e impedir o “meteor freak”. Além disso, falta uma grande trama que conecte os episódios. Os episódios vão passando e muitas vezes nem levam em conta o que aconteceu no anteriores. Por exemplo, em determinado episódio Chloe, sob o efeito de algum “meteor freak” ,beija clark e revela que é apaixonada por ele. Entretanto, uns episódios seguintes, Pete conta a Clark que Chloe é apaixonada por ele e ele responde com total espanto, como se não soubesse. E esse ritmo vai até o final da temporada sendo que quando chegamos ao finale, é necessário trazer uma tempestade aleatória com ciclones para gerar um conflito maior para Clark enfrentar.
• Necessidade de Doses Colossais de Suspensão de Descrença
Para assistir esse tipo de série é necessária doses colossais de suspensão de descrença. Não somente para aceitar a parte dos superpoderes. Por exemplo: - Como ninguém nunca descobriu os poderes do Clark? O cara é muito descuidado. Todo mundo parece que finge que não vê nada. - Como que os meteoros não foram recolhidos ou estudados? Uma chuva de meteoros colossal dessa chamaria atenção. Fatalmente a kriptonita seria descoberta, bem como seus efeitos na biologia humana, e seria toda confiscada, bem como a área evacuada. - Como que não chama atenção todas as coisas estranhas que rolam em Smallville? Parece que só a editora de um Jornal escolar parece se importar. - Como a Smallville High não foi fechada após tantas mortes e eventos infelizes? - Porque todo mundo é obcecado por Lana? Até os “Meteor Freaks” (E2, E4). - Porque o Clark não fica com a Chloe? Essa é zoeira mas, pelo amor. Chloe é muito mais legal, divertida e inteligente que Lana. E tem o dedo podre kkkkk (E5, E19).
Por fim, essa primeira temporada valeu. Vamos ver até onde vou suportar kkkkk.
Melhores Episódios: Pilot (E1); Hourglass (E6); Leech (E12); Zero (E14); Tempest (E21)
Existe um conceito da psicologia que diz que existem dois eus, o eu recordativo e o eu experimental. O eu experimental é o eu do agora, que sente as coisas quando elas estão acontecendo. Já o eu recordativo é aquele que avalia as lembranças e o passado, atribuindo significados e qualidade às experiências vividas pelo eu experimental. No fim de um relacionamento o eu recordativo sempre dá mais valor aos sentimentos experimentados no final do relacionamento, geralmente ruins, negligenciando sua duração e a quantidade de momentos bons. O que acontece nesse filme é um repeteco do eu experimental, que faz reacender os bons sentimentos e um desejo um pelo outro, mesmo que o final possa ser o mesmo de antes. Um belo filme e uma aula de psicologia.
Tem muitas maneiras de ver esse filme. Como obra de gênero (faroeste) e valor de entretenimento é uma obra prima, uma das melhores espécimes do cinema nacional. Já como alegoria política o filme é - complicado. Um dos objetivos do filme é a valorização do povo nordestino, representado pelos habitantes de Bacurau, algo muito louvável. São pessoas muito mais perspicazes do que parecem e inclusive integradas com as novidades tecnológicas, algo representado muito bem quando um personagem ao ver um disco voador diz: " Tinha um negócio no céu, parecia um disco voador, mas era um drone ". Há claramente a tentativa de criar uma iconografia e mitologia própria para quele povoado, principalmente na figura do Lunga, um personagem com ares de Messias. Mas infelizmente, nem tudo são flores. Me incomoda muito como os filmes brasileiros sempre usam como fonte do conflito o divisionismo. É pobre x rico, negro x branco, nordeste x sul, americano x latino e embora reconheça que esses são problemas estruturais do nosso Brasil, fica chato quando esse são sempre os motores desses filmes. Principalmente porque o outro lado sempre parece generalizante e até caricato, diluindo-se a complexidade desses conflitos. Enfim, Bacurau é um filmaço que funciona muito bem em dois níveis: como um entretenimento de ação e como uma alegoria política.
PS: Que chato que ninguém pode falar mal do filme nos comentários, ou apenas ter algumas divergências sem ser chamado de sulista, preconceituoso e baba ovo de americano. Por favor, maturidade! E pra quem tiver curiosidade, sim sou nordestino, piauiense.
Titãs é uma lufada de ar fresco para as séries de super-heróis da atualidade. Pessoalmente, já cansei de séries de heróis formulaicas, de estrutura repetitiva e um sem fim de episódios só de enrolação, em que o antagonista desaparece na maior parte da temporada enquanto o herói luta contra seus "minons", retornando apenas para uma grande batalha nos episódios finais. Esse formato é repetido tanto pelas séries da DC na CW como mesmo as últimas temporadas das séries da Marvel na Netflix. Titãs não é genial, nem brilhante, mas me cativou por sair do padrão. Ao assistir a série a impressão que tive é que os criadores estão empenhados em duas coisas: na criação de um universo DC coerente e crível e no desenvolvimento de seus traumatizados personagens (protagonistas e coadjuvantes). Talvez por isso muitos devem ter estranhado episódios inteiros focados em personagens secundários como Hawk and Dove ou um finale que foge de todos os padrões e ao criar um futuro distópico para analisar a psiqué de um dos seus personagens. Eu, pelo menos, achei genial o fato da jornada dos personagens estar entrelaçada na construção de um universo que parece vivo e com história, mas sem soar forçado. Claro que nem tudo são flores e a série se beneficiaria de um pouco de humor e leveza em alguns momentos. Além disso, não dá pra o Mutano ser deixado tão de lado como foi, tendo a importância que tem para os Titãs nos quadrinhos. Enfim, Titãs é uma série interessante e me surpreendeu na proposta narrativa e caminhos que os personagens tomaram. Espero uma segunda temporada ainda melhor!
Bonzão, me surpreendeu! Achei que ia ver um filme clichê cheio daquelas piadas bobas, mas o filme é tudo menos isso. É muito mais reflexivo e sentimental, temo como tema central a velhice, utilizando muito bem momentos de silêncio e contemplação. Tudo isso, entretanto, sem esquecer a comédia, com momentos engraçadíssimos. Vale a pena!
Fantástica. "Luke Cage" é mais uma bem sucedida série de heróis urbanos da Marvel. Primeiramente, o elenco é talvez o melhor das séries da Marvel na Netflix, com personagens carismáticos e humanos (cheios de nuance) entre heróis e vilões. Cottonmouth, Mariah e Shades são ameaçadores e divertidos e todo o elenco de apoio ao protagonista, como Misty e Claire, trazem personalidade e força feminina. Mas o que mais impressiona é como a série amarra sua narrativa com as questões sociais relacionadas à comunidade negra no Harlem. É mencionado várias vezes na série o fato de Luke ser um herói "negro", que honra suas raízes culturais e isso é demonstrado através do seu cuidado com o Harlem, tanto como espaço físico, legado de grande nomes da comunidade negra, quanto com as pessoas. Dentre tantas séries e filmes de super-herói, Luke Cage é a que talvez melhor demonstre a relação do protagonista com as pessoas que ele quer proteger, realmente representando esperança para elas. Entretanto, a série não é isenta de problemas. Um deles é o ritmo, que é deliberadamente mais lento, focado nos personagens, o que pode irritar alguns. O maior deles, no entanto, é o vilão Diamondback, que é caricato demais e tem uma backstory pouco explorada com o protagonista, o que torna a segunda metade da temporada um pouco inferior à primeira.
Depois de tantos blockbusters péssimos que vi esse ano (Batman v Superman, Esquadrão Suicida, A Lenda de Tarzan...) enfim temos uma lufada de ar fresco, um filme com um pouquinho mais de personalidade e alma. Tudo por conta de Rowling, que está a vontade tanto no estabelecimento desse novo setor de seu "Wizarding World" quanto no desenvolvimento dos novos personagens. Aliás, os quatro protagonistas estão ótimos e cativantes, com destaque para o no-maj Jacob e a bruxa Queenie que tem na sua relação o coração na história. Entretanto, o que Animais Fantásticos esbanja em charme e carisma de personagens falta em um fio narrativo coeso. Toda a subtrama relacionada a "ameaça" do filme é repetitiva e desnecessariamente dramática, desembocando em um clímax desalmado e desperdiçando atores do calibre de Ezra Miller, Colin Farrel e Tessa Tomphson; obviamente preparando terreno para os próximos filmes, a mania feia da Hollywood atual. A diversão mesmo fica por parte dos animais fantásticos do título e as confusões que os protagonistas se metem. Portanto, Animais Fantásticos e Onde Habitam é um bom filme e expande muito bem a franquia Harry Potter, só resta esperar que os próximos tenham uma trama tão interessante quanto seus personagens.
Decepcionante, muito inferior a primeira. O primeiro grande erro dessa segunda temporada é retirar qualquer espécie de conflito moral do personagem Matt, como a sua ânsia de justiça contra a satisfação ou sadismo pela violência da primeira temporada. Assim, o personagem perde dimensão e fica repetitivo, principalmente quando percebe-se que suas outras facetas, como a religiosidade, são negligenciadas. O segundo é a ausência de um vilão forte, enquanto na primeira tínhamos Wilson Fisk e alguns coadjuvantes interessantes, aqui temos... Nobu? Sério, não dá pra engolir essa traminha de ninjas que voltam dos mortos e o seu objetivo é, no mínimo, risível. O Terceiro problema é o modelo de narrativa fragmentada que escolheram. Por mais que o justiceiro foi bem apresentado, seu conflito com o Demolidor sendo o grande ponto forte da temporada, nos últimos episódios sua presença é forçada, só pra encher linguiça. Isso porque a fraca história demolidor-elektra-ninjas não se sustenta, é previsível e cheia de clichês provenientes de séries mais fracas (ahhh...Arrow, é você?). No mais, mesmo com alguns bons momentos, essa segunda temporada está muito abaixo da 1ª, Jessica Jones e Luke Cage.
Uma homenagem bacana aos filmes adolescentes da década de oitenta. Mas sendo um filme espanhol, o humor toma mais riscos e por isso é mais interessante!
Chega! Assim não dá DC, chama o Christopher Nolan de volta! Não sei nem com o que começar a falar desse filme, maior decepção do ano (ainda mais que BvS). Mas vamos lá. O primeiro defeito é que o filme demora muito a engrenar, passa muito tempo introduzindo os personagens de forma burocrática, sem reuni-los, tentando forçar o aspecto o aspecto "cool" deles. Em um ou outro isso até funciona, o problema é que tudo parece meio forçado. O uso excessivo de música pop do século passado é um exemplo disso, algo até legal mas que é abusado até o talo na narrativa do filme. Os personagens que se destacam são o Pistoleiro (Will Smith sendo Will Smith), Arlequina e o intrigante El Diablo, todos os outros são esquecíveis. E chegamos ao Coringa de Jared Leto. Olha, eu esperava muito desse Coringa, mas ele simplesmente não convence. Ele não é ameaçador o suficiente, não tem presença, caindo longe do peso de Heath Ledger. E aquela risada... Aghhhh, horrível! Quanto ao resto do filme, as coisas só pioram. Com 2 vilões sobrenaturais confusos e uma história que se passa durante uma noite e tem como cenário basicamente uma rua e um prédio. Mas aí você pensa, e pelo menos as cenas de cenas de aço prestam, certo? Não. Escuras, confusas e mau editadas, também não empolgam. Principalmente porque os capangas que eles lutam são uns monstrões de pedra. Aghhhh. E o clímax com aquele maldito feixe de luz azul destruidor de mundos que são obrigatórios em todos os Blockbusters. Portanto, mesmo com alguns momentos de brilhantismo, Esquadrão Suicida é uma decepção total.
Meu Deus, que filme fraco! Roteiro pavoroso e clichê e bons atores desperdiçados, até os efeitos visuais foram fracos. Sinceramente, é a velha história do herói que tem sua donzela raptada, e passa o filme inteiro tentando salvá-la. Claro que ele ainda vai salvar o dia depois em uma trama que tenta evocar temas sérios, mas acaba simplista demais. Tarzan é uma história sobre o conflito entre a humanidade e o animalesco, esse filme é tipo um extra, um epílogo desinteressante da história original.
Longe de ser um lixo, mas muito longe de ser excelente, BvS é um filme esquisito. A impressão que fica é que é uma mistura de ideias boas com acréscimos de última hora visando continuações futuras. É irônico é que o filme tem 3 horas de duração e não consegue estabelecer um arco descente para seus personagens. Esses mudam opinião de maneira repentina, sem uma explicação convincente. O que mais sofre com isso é o Batman, que tem que passar mais de uma hora de filme relembrando flashes do seu passado, sonhando com destruições apocalípticas e pesquisando sobre membros da futura liga da justiça. Tudo isso contribuindo pouquíssimo para a trama. E na hora de desenvolver o estado psicológico do Batman, o filme é simplista demais, longe da minúcia dos filmes do morcego com Christopher Nolan. Lex Luthor está mais para Coringa e até consegue divertir, mesmo sendo completamente unidimensional, embora o roteiro tente lhe dar muitas e muitas frases pseudo inteligentes. O resto dos personagens variam em qualidade. Quanto a estrutura do filme, o primeiro ato é bem lento, cheio de gordurinhas e subtramas desnecessárias, mas tenta, pelo menos, introduzir o tema da legitimidade das ações do Superman de forma até interessante, o grande problema é que mais pra frente esse tema é ignorado. O clímax é apressado, mas cumpre bem seu papel em equilibrar a ação sem torná-la enfadonha (como em Homem de Aço). Por fim, BvS é um filme de super-herói mediano, quem não gosta do gênero vai odiar e quem gosta pode até se divertir (como eu), mas vai ficar com a impressão de que faltou muita coisa pro filme ser o que estávamos esperando.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraQuando vi o primeiro filme ainda criança, não entendi porque o extâse geral. Achei o filme extremamente sem graça. 10 anos depois, já adulto, revi e continuei com a mesma opinição: filme clichê, sem alma, excessivamente longo, que valia apenas pelos efeitos especiais. Como ainda iam fazer uma sequência disso?
Pelo menos o Diretor era James Cameron, o cara que é especialista em fazer sequências, vide "Exterminador do Futuro" e "Aliens", assim que decidi dar uma chance.
Meu amigo, ainda bem que dei. Esse filme é melhor que o primeiro em absolutamente tudo. Tem mais história, personagens mais bem desenvolvidos, subtexto melhor desenvolvido (família, preservação do meio ambiente), efeitos especiais e fotografia ainda melhores que a do primeiro filme, sendo muito mais imersivo e emocionante.
O filme é muito ágil em dar tempo de tela pro desenvolvimento dos filhos de Jake na Tribo da Água, pra que através deles possamos conhecer e começar a se envolver na mitologia do "The Way of Water". É inteligente ao criar a figura do "Spider", humano que se enxerga como N'avi, e ao introduzir os "Tulkuns" como metáfora da natureza que não revida ao ser explorada pela ganância humana.
Enfim, o filme é muito belo, com uma mensagem espiritulista e pró-natureza, com 3 horas de duração são agradáveis de assistir.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraAssistam qualquer episódio das primeiras 3 temporadas de Rick and Morty em vez disso.
Smallville: As Aventuras do Superboy (4ª Temporada)
3.9 75 Assista AgoraEssa aqui só pode ser definida com uma palavra: Montanha Russa. Isso porque tem uns episódios e storylines simplesmente ridículas. Mas ao mesmo tempo, tem uns episódios que se enquadram como os melhores da série. Então realmente é difícil analisá-la.
Um exemplo disso é a Season Premiere. Que episódios incríveis. Nesses dois episódios temos Clark (inconsciente) voando pela primeira vez, a introdução da melhor Lois Lane de todos os tempos (Erica Durance) a resolução a respeito das “mortes” de Lex e Chloe do final da última temporada. É tanta coisa boa que esses episódios colocam a barra muito alta pro resto da temporada, e é aí que a coisa desanda.
Isso porque, a temporada não se sustenta na sua principal storyline. Toda a questão das relíquias kryptonianas (que todo mundo de repente tá atrás) é enfadonha e repetitiva, e a inserção da chata da Lana como centro dela só a piora. Além disso, o payoff só vai ser entregue nos últimos episódios da temporada, de maneira decepcionante em forma de cliffhanger.
Entretanto, mesmo não sendo a melhor, essa temporada é talvez a mais divertida até agora. Temos um retorno ao foco do Clark na escola, em que de repente ele quer viver um pouco de glória como jogador de futebol no seu último ano, apesar das críticas do pai. Isso torna alguns episódios dessa temporada de certa maneira bem reminiscentes da primeira temporada.
Assim, temos alguns dos episódios mais divertidos de Smallville. Em “Transference”, Clark troca de corpo com Lionel e os dois brilham tanto no drama como na comédia. Já em “Onyx”, vemos Lex ser divido em uma versão do bem e outra no modo supervilão completo, de forma a nos dar um glimpse do Lex dos quadrinhos. Já do lado mais pastelão, dá pra dar umas boas risadas com “Devoted” e “Spirit”.
Temos ainda a volta de Alicia, em um arco de dois episódios (“Unsafe”, “Pariah”), em que no primeiro episódio ela manipula Clark usando Red Kryptonita a fugir com ela. No segundo episódio, eles ainda tentam namorar, mas tudo dá errado e Alicia acaba sendo assassinada, mas não sem antes revelar à Chloe o segredo de Clark! Um bom arco com um final que mudaria a série para sempre.
Por fim, depois de uma excelente Terceira Temporada, temos uma Quarta que é inferior. Entretanto, ela ainda traz elementos divertidos o suficientes para se sustentar e expandir a mitologia do Superman, mesmo se sua plotline principal seja extremamente falha.
Melhores Episódios: Crusade (E1); Gone (E2); Transference (E6); Onyx (E17); Commencement (E22).
Piores Episódios: Façade (E3); Spell (E8); Krypto (14); Forever (E21).
Guilty Pleasures: Devoted (E4); Unsafe (E11); Spirit (E18).
Smallville: As Aventuras do Superboy (3ª Temporada)
3.9 68 Assista Agora3º Round.
Agora o negócio fica sério. Depois de um finale intenso, temos uma season premiere dupla pra finalizar o arco, algo que viria a se tornar norma dessa temporada em diante. Ver o Clark sob efeito da Kryptonita Vermelha nesses dois primeiros episódios foi muito divertido, com mais uma grande atuação do Tom Weeling.
A atmosfera mais sombria e violenta é o que permeia essa temporada, o que particularmente me agrada e contrasta com o clima mais leve das temporadas anteriores.
Da mesma forma que na temporada anterior, as origens de Clark são exploradas mais profundamente, fazendo um bom contraste com passado da família Luthor, que também é bem explorado. Isso fica claro em episódios como “Relic”, “Legacy” e “Memoria”.
Outra coisa muita interessante é que essa temporada investe em “Worldbuilding”, explorando alguns personagens que já tinham sido apresentados nas temporadas anteriores e alguns novos ligados ao lore do Superman em episódios como “Asylum” e “Perry”.
Mas o que marca mesmo é o tom sombrio. E nisso, nada melhor que os episódios: “Shattered” e “Asylum”. Ver Lex paranóico após descobrir a verdade sobre o assassinato dos seus avós para depois descobrir o segredo de Clark e finalmente ser capturado por Lionel e internado em Belle Reeve em apenas dois episódios foi fantástico. É possível até ver que a amizade dele com Clark, após descobrir o segredo dele, se torna mais genuína. Uma pena que suas memórias são apagadas ao final do segundo episódio.
No episódio “Delete”, tem-se um dos momentos mais intensos e divertidos da temporada numa luta entre Lana, infectada por um vírus cibernético, e Chloe. A intensidade e violência da luta foi muito interessante de se ver.
Outro ponto de destaque foi o episódio “Obssession”, em que Clark se apaixona por Alicia Baker, uma “meteor freak” e vislumbra a possibilidade de um relacionamento com ela, em que ele não teria a necessidade de esconder a verdade sobre si.
Por fim, a temporada termina de maneira colossal com “Covenant”. Começamos a ver o início do fim da amizade Lex e Clark, Lionel na prisão, Lana partindo para Paris e as possíveis mortes de Lex e Chole. Tem melhor cliffhanger?
Enfim, grande temporada. Superior que as duas primeiras em quase tudo. Vamos ver como as coisas vão daqui para frente.
Melhores Episódios: Exile (E1); Phoenix (E2); Shattered (E8), Asylum (E9); Delete (E11); Hereafter (E12); Memoria (E19); Covenant (E22).
Piores Episódios: Magnetic (E7) (E15); Forseken (E21).
Guilty Pleasures: Truth (E18).
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraDecepcionado. A crítica fez tantos elogios que parecia que ia ser uma Obra Prima, mas não é o caso. Não diverte e não empolga no lado Blockbuster e não é tão reflexivo e profundo como cinema de arte. Na verdade, é apenas um grande set-up pro próximo filme. Pode ser até uma comparação insana, mas me lembrou a sensação que tive quando assisti a Parte 1 do Jogos Vorazes Mockingjay, tamanho o vazio da obra.
Claro que tem pontos positivos, como cinematografia, trilha sonora e efeitos especiais, mas que não são suficientes para fazer um grande filme, pois o elemento humano e catártico estão faltando.
Me pareceu no final que o formato de série seria melhor para essa adaptação, pois teria mais tempo para desenvolver a mitologia e se aprofundar nos personagens. Na versão filme, foi tudo ao mesmo tempo corrido e arrastado.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraQue filme lindo. Visuais, trilha sonora, personagens (surpreendentemente complexos), história e subtexto, tudo perfeito.
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
4.1 3,5K Assista AgoraMorei 3 anos no Rio de Janeiro. Quando cheguei pela primeira vez no aeroporto, peguei um ônibus até meu destino final, sentando perto do motorista. Ele perguntou se eu era do Rio e eu disse que não. Aí ele me falou: "Já que você não é daqui vou logo te dizer a primeira coisa que você precisa saber, aqui o Rio, Polícia e Bandido é tudo a mesma coisa". Nunca esqueci essas palavras.
Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro é a novelização dessa frase. Mais vai além. Além de polícia e bandido, os políticos são a última peça que fecham o ciclo desse sistema diabólico.
Verdade seja dita que o filme exagera na sua história pra mostrar o "sistema", característica típica do didatismo das obras do José Padilha. Em alguns momentos realmente falta sutileza e algumas escolhas dramáticas são questionáveis. É claro que não são todos os políticos e policiais do Rio que estão ligados com a milícia. Mas alguns estão. As notícias estão aí pra provar.
Então acho que o filme entrega seu ponto e é um bom complemento ao já excelente primeiro filme, que para os desatentos já tinha essa mensagem de que o problema não era os traficantes ou polícia, mas o sistema que alimentava tudo isso.
"O sistema é foda".
Tropa de Elite
4.0 1,8K Assista AgoraDaqueles filmes que passei anos enrolando pra assistir. Sei que existe uma grande polêmica ao redor do filme até hoje, com alguns chegando a dizer que o filme é fascista, que glorifica a violência policial etc.
Pessoalmente, não creio ser esse o caso. Saí mais com a sensação de ter visto um retrato da "bestialidade". Isso porque na guerra do tráfico as pessoas envolvidas, aí tanto policiais e traficantes, vão lentamente se transformando em bestas, em que a violência é a única linguagem de comunicação.
Não faltam exemplos disso no filme, no que se destacam o Capitão Nascimento e aspirantes Matias e Neto. No decorrer do filme vemos como o ambiente pesado da guerra ao tráfico vai moldando-os, deixando-os mais nervosos, ansiosos e propensos a resolver tudo com brutalidade, desde discussões domésticas à operações policiais.
E no final fica a sensação que tudo não passa de um circo, e que o verdadeiro inimigo não são nem os policiais nem os traficantes, mas o sistema que alimenta essa guerra inútil e bestializante.
Smallville: As Aventuras do Superboy (2ª Temporada)
3.9 72 Assista AgoraAqui vamos nós novamente.
Primeiramente, tenho que dizer que essa é bem melhor que a primeira temporada. Onde está a evolução? Em uma palavra, continuidade. Diferentemente da primeira, nesta temporada o fluxo de um episódio para o outro é muito mais natural, com as consequências de alguns episódios levando a outros.
Um exemplo disso é o início da exploração do mito do Super-Homem. Através da descoberta de umas cavernas esquisitas, começamos a descobrir sobre os mistérios da origem de Clark Kent, de que planeta ele vem, porque ele veio à Terra e que talvez os kriptonianos vieram à terra muito antes de Kal-El. Mistério desenvolvido em toda temporada, em especial em episódios como Skinwalker (E10), Rosetta (E17), Calling (E22) e Exodus (E23).
Aqui cabe comentar o episódio Rosetta (E17), onde Clark finalmente descobre o nome do planeta de onde vêm e porque foi enviado à Terra, tudo isso pelo ator que interpretou Clark Kent nos filmes da década de 70/80, Christopher Reeve. E para surpresa de todos, a nave que ele veio do espaço guarda uma mensagem: “Neste planeta, você será um deus entre os homens. Eles são uma raça imperfeita. Governe-os com força, meu filho, é aí que reside sua grandeza”. Bom twist.
Outro ponto alto da temporada foi a introdução da criptonita vermelha. Essa variante retira todas as inibições de Clark, que faz e fala tudo que vem à mente sem autocensura. Isso leva à situações divertidíssimas, mas também sombrias, em que Clark se torna totalmente imprevisível, em episódios como Red (E4), Rush (E14) e Exodus (E23).
O tom de High School e vibe “coming of age” continua firme nessa temporada, com situações muitas vezes tolas, mas frequentemente divertidas também. Com destaque para o triângulo amoroso de Lana, Chloe e Clark e uma boa quantidade de episódios guilty pleasures, com destaque para Heat (E2), Dichotic (E9), Visage (E11) e Rush (E14).
Por fim, as interações entre os personagens se torna mais intensa, com especial a relação difícil de Lex e Lionel. Clark revela seu segredo à Pete, o que os torna ainda mais próximos. Lana e Chloe se tornam mais amigas, o que leva à alguma fricção por ambas gostarem de Clark. Vale comentar o episódio Fever (E16) em que Chloe se declara para um Clark inconsciente, dizendo: “Eu sou a garota dos seus sonhos, disfarçada de sua melhor amiga”. Momento fofo, estragado por Clark dizendo em seguida: “Lana”. Affffffffff.
Enfim, temporada extremamente superior às anterior, vamos ver até onde vai...
Melhores Episódios: Vortex (E1); Red (E4); Insurgence (E12); Rosetta (E17); Exodus (E23).
Piores Episódios: Redux (E6); Accelerate (E21).
Guilty Pleasures: Heat (E2); Dichotic (E9); Visage (E11); Rush (E14).
Smallville: As Aventuras do Superboy (1ª Temporada)
3.9 256 Assista AgoraQuando Smallville estreou, em 2001, eu tinha meros quatro anos de idade. Durante os anos seguintes, o SBT foi progressivamente transmitindo os episódios das temporadas. Mas claro, como era de se esperar da emissora de Silvio Santos, os horários variaram bastante. Eu lembro que passou na semana, nos sábados a tarde e por fim nos domingos de manhã, onde foi transmitido por um bom período de tempo. Entretanto, embora tinha muita vontade de assistir, era bastante difícil acompanhar a série, principalmente para uma criança.
Os anos se passaram e aos poucos os heróis começaram a ocupar cada vez mais os cinemas e ali parecia ser uma forma mais acessível de consumir esse tipo de conteúdo. Muito mais fácil que assistir Smallville, que se tornava cada vez mais inacessível para novos telespectadores, com o aumento do número de temporadas.
Além disso, após a conclusão da série em 2011, tudo mudou para os heróis na TV. Com o lançamento de Arrow em 2012, as séries de super heróis começaram a se multiplicar mais rápido que coelhos no cio, dominando tanto a TV aberta com os serviços de Streaming.
Mas ninguém nega que o pai de todas essas séries foi Smallville. Então, após vinte anos da estreia, fui finalmente conferir qual era dessa série.
Primeiro, as coisas boas.
• Os personagens
Essa é a principal vantagem dessa temporada. A escolha do elenco é primorosa. Tom Welling como Clark Kent e Michael Rosenbaum como Lex Luthor são os Stand-outs. Mas, vale mencionar John Glover como Lionel Luthor e Allison Mack como Chole Sullivan e também os intérpretes de Jonathan e Martha Kent. É muito gostoso assistir esses atores interpretarem seus personagens pela primeira vez, e cada um faz o melhor para dar camadas a seus personagens.
Além disso, é realmente satisfatório ver as relação entre os personagens evoluir, especialmente do Clark com o resto do elenco. Destaca-se a relação de Clark e seus pais, baseada em muito afeto e respeito, o desenvolvimento da sua amizade com Lex, a aproximação com Lana e a amizade complicada com Chloe. A complicada relação de Lex com seu pai também vale menção, pois é a mais complexa dessa temporada.
• O tom divertido de High School Americano
Essa série tem muitos paralelos com outra série consagrada de High School: Buffy, a Caça Vampiros. A premissa é bem parecida: Adolescente com super poderes enfrenta os desafios do ensino médio ao mesmo tempo em que tem que usar seus poderes para defender a escola e seus entes queridos de ameaças sobrenaturais/superpoderosas, muitas vezes alunos da própria escola.
Isso permite um compêndio de situação clichês, mas divertidas. Do primeiro dia de calouro, em que Clark é escolhido como o “espantalho” (E1), jogo de futebol americano (E4), a candidatura de Clark ao Grêmio da escola (E18), e o baile de Homecoming (E21) etc.
Agora, a parte ruim.
• Estrutura Repetitiva
Cada episódio tem basicamente a mesma trama: surge um novo “meteor freak”, que é uma pessoa (geralmente um aluno) que desenvolve poder aleatório devido ao contato com criptonita. Esse personagem tem uma compulsão destrutiva ou se torna obcecado com alguém (geralmente Lana) ameaçando a segurança de todos e forçando Clark a investigar a situação e impedir o “meteor freak”.
Além disso, falta uma grande trama que conecte os episódios. Os episódios vão passando e muitas vezes nem levam em conta o que aconteceu no anteriores. Por exemplo, em determinado episódio Chloe, sob o efeito de algum “meteor freak” ,beija clark e revela que é apaixonada por ele. Entretanto, uns episódios seguintes, Pete conta a Clark que Chloe é apaixonada por ele e ele responde com total espanto, como se não soubesse.
E esse ritmo vai até o final da temporada sendo que quando chegamos ao finale, é necessário trazer uma tempestade aleatória com ciclones para gerar um conflito maior para Clark enfrentar.
• Necessidade de Doses Colossais de Suspensão de Descrença
Para assistir esse tipo de série é necessária doses colossais de suspensão de descrença. Não somente para aceitar a parte dos superpoderes.
Por exemplo:
- Como ninguém nunca descobriu os poderes do Clark? O cara é muito descuidado. Todo mundo parece que finge que não vê nada.
- Como que os meteoros não foram recolhidos ou estudados? Uma chuva de meteoros colossal dessa chamaria atenção. Fatalmente a kriptonita seria descoberta, bem como seus efeitos na biologia humana, e seria toda confiscada, bem como a área evacuada.
- Como que não chama atenção todas as coisas estranhas que rolam em Smallville? Parece que só a editora de um Jornal escolar parece se importar.
- Como a Smallville High não foi fechada após tantas mortes e eventos infelizes?
- Porque todo mundo é obcecado por Lana? Até os “Meteor Freaks” (E2, E4).
- Porque o Clark não fica com a Chloe? Essa é zoeira mas, pelo amor. Chloe é muito mais legal, divertida e inteligente que Lana. E tem o dedo podre kkkkk (E5, E19).
Por fim, essa primeira temporada valeu. Vamos ver até onde vou suportar kkkkk.
Melhores Episódios: Pilot (E1); Hourglass (E6); Leech (E12); Zero (E14); Tempest (E21)
Piores Episódios: Metamorphosis (E2); Craving (E7); Shimmer (E10); Kinetic (E13); Reaper (E17); Drone (E18).
Guilty Pleasures: Nicodemus (E15); Crush (E19).
Osmosis (1ª Temporada)
3.1 87 Assista AgoraPara aprender o francês tá bom. Mas parece que não vai ter segunda temporada...
Digam o Que Quiserem
3.7 352- Ninguém imaginou que faríamos isso. Ninguém acha que vai dar certo, né?
- Você acabou de descrever todas as histórias de sucesso.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraExiste um conceito da psicologia que diz que existem dois eus, o eu recordativo e o eu experimental. O eu experimental é o eu do agora, que sente as coisas quando elas estão acontecendo. Já o eu recordativo é aquele que avalia as lembranças e o passado, atribuindo significados e qualidade às experiências vividas pelo eu experimental.
No fim de um relacionamento o eu recordativo sempre dá mais valor aos sentimentos experimentados no final do relacionamento, geralmente ruins, negligenciando sua duração e a quantidade de momentos bons. O que acontece nesse filme é um repeteco do eu experimental, que faz reacender os bons sentimentos e um desejo um pelo outro, mesmo que o final possa ser o mesmo de antes. Um belo filme e uma aula de psicologia.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraTem muitas maneiras de ver esse filme. Como obra de gênero (faroeste) e valor de entretenimento é uma obra prima, uma das melhores espécimes do cinema nacional. Já como alegoria política o filme é - complicado. Um dos objetivos do filme é a valorização do povo nordestino, representado pelos habitantes de Bacurau, algo muito louvável. São pessoas muito mais perspicazes do que parecem e inclusive integradas com as novidades tecnológicas, algo representado muito bem quando um personagem ao ver um disco voador diz: " Tinha um negócio no céu, parecia um disco voador, mas era um drone ". Há claramente a tentativa de criar uma iconografia e mitologia própria para quele povoado, principalmente na figura do Lunga, um personagem com ares de Messias.
Mas infelizmente, nem tudo são flores. Me incomoda muito como os filmes brasileiros sempre usam como fonte do conflito o divisionismo. É pobre x rico, negro x branco, nordeste x sul, americano x latino e embora reconheça que esses são problemas estruturais do nosso Brasil, fica chato quando esse são sempre os motores desses filmes. Principalmente porque o outro lado sempre parece generalizante e até caricato, diluindo-se a complexidade desses conflitos. Enfim, Bacurau é um filmaço que funciona muito bem em dois níveis: como um entretenimento de ação e como uma alegoria política.
PS: Que chato que ninguém pode falar mal do filme nos comentários, ou apenas ter algumas divergências sem ser chamado de sulista, preconceituoso e baba ovo de americano. Por favor, maturidade! E pra quem tiver curiosidade, sim sou nordestino, piauiense.
Titãs (1ª Temporada)
3.8 443 Assista AgoraTitãs é uma lufada de ar fresco para as séries de super-heróis da atualidade. Pessoalmente, já cansei de séries de heróis formulaicas, de estrutura repetitiva e um sem fim de episódios só de enrolação, em que o antagonista desaparece na maior parte da temporada enquanto o herói luta contra seus "minons", retornando apenas para uma grande batalha nos episódios finais. Esse formato é repetido tanto pelas séries da DC na CW como mesmo as últimas temporadas das séries da Marvel na Netflix.
Titãs não é genial, nem brilhante, mas me cativou por sair do padrão. Ao assistir a série a impressão que tive é que os criadores estão empenhados em duas coisas: na criação de um universo DC coerente e crível e no desenvolvimento de seus traumatizados personagens (protagonistas e coadjuvantes).
Talvez por isso muitos devem ter estranhado episódios inteiros focados em personagens secundários como Hawk and Dove ou um finale que foge de todos os padrões e ao criar um futuro distópico para analisar a psiqué de um dos seus personagens. Eu, pelo menos, achei genial o fato da jornada dos personagens estar entrelaçada na construção de um universo que parece vivo e com história, mas sem soar forçado.
Claro que nem tudo são flores e a série se beneficiaria de um pouco de humor e leveza em alguns momentos. Além disso, não dá pra o Mutano ser deixado tão de lado como foi, tendo a importância que tem para os Titãs nos quadrinhos.
Enfim, Titãs é uma série interessante e me surpreendeu na proposta narrativa e caminhos que os personagens tomaram. Espero uma segunda temporada ainda melhor!
O Último Trago
3.7 9Bonzão, me surpreendeu! Achei que ia ver um filme clichê cheio daquelas piadas bobas, mas o filme é tudo menos isso. É muito mais reflexivo e sentimental, temo como tema central a velhice, utilizando muito bem momentos de silêncio e contemplação. Tudo isso, entretanto, sem esquecer a comédia, com momentos engraçadíssimos. Vale a pena!
Luke Cage (1ª Temporada)
3.7 502Fantástica. "Luke Cage" é mais uma bem sucedida série de heróis urbanos da Marvel. Primeiramente, o elenco é talvez o melhor das séries da Marvel na Netflix, com personagens carismáticos e humanos (cheios de nuance) entre heróis e vilões. Cottonmouth, Mariah e Shades são ameaçadores e divertidos e todo o elenco de apoio ao protagonista, como Misty e Claire, trazem personalidade e força feminina. Mas o que mais impressiona é como a série amarra sua narrativa com as questões sociais relacionadas à comunidade negra no Harlem. É mencionado várias vezes na série o fato de Luke ser um herói "negro", que honra suas raízes culturais e isso é demonstrado através do seu cuidado com o Harlem, tanto como espaço físico, legado de grande nomes da comunidade negra, quanto com as pessoas. Dentre tantas séries e filmes de super-herói, Luke Cage é a que talvez melhor demonstre a relação do protagonista com as pessoas que ele quer proteger, realmente representando esperança para elas. Entretanto, a série não é isenta de problemas. Um deles é o ritmo, que é deliberadamente mais lento, focado nos personagens, o que pode irritar alguns. O maior deles, no entanto, é o vilão Diamondback, que é caricato demais e tem uma backstory pouco explorada com o protagonista, o que torna a segunda metade da temporada um pouco inferior à primeira.
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraDepois de tantos blockbusters péssimos que vi esse ano (Batman v Superman, Esquadrão Suicida, A Lenda de Tarzan...) enfim temos uma lufada de ar fresco, um filme com um pouquinho mais de personalidade e alma. Tudo por conta de Rowling, que está a vontade tanto no estabelecimento desse novo setor de seu "Wizarding World" quanto no desenvolvimento dos novos personagens. Aliás, os quatro protagonistas estão ótimos e cativantes, com destaque para o no-maj Jacob e a bruxa Queenie que tem na sua relação o coração na história. Entretanto, o que Animais Fantásticos esbanja em charme e carisma de personagens falta em um fio narrativo coeso. Toda a subtrama relacionada a "ameaça" do filme é repetitiva e desnecessariamente dramática, desembocando em um clímax desalmado e desperdiçando atores do calibre de Ezra Miller, Colin Farrel e Tessa Tomphson; obviamente preparando terreno para os próximos filmes, a mania feia da Hollywood atual. A diversão mesmo fica por parte dos animais fantásticos do título e as confusões que os protagonistas se metem. Portanto, Animais Fantásticos e Onde Habitam é um bom filme e expande muito bem a franquia Harry Potter, só resta esperar que os próximos tenham uma trama tão interessante quanto seus personagens.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraDecepcionante, muito inferior a primeira. O primeiro grande erro dessa segunda temporada é retirar qualquer espécie de conflito moral do personagem Matt, como a sua ânsia de justiça contra a satisfação ou sadismo pela violência da primeira temporada. Assim, o personagem perde dimensão e fica repetitivo, principalmente quando percebe-se que suas outras facetas, como a religiosidade, são negligenciadas. O segundo é a ausência de um vilão forte, enquanto na primeira tínhamos Wilson Fisk e alguns coadjuvantes interessantes, aqui temos... Nobu? Sério, não dá pra engolir essa traminha de ninjas que voltam dos mortos e o seu objetivo é, no mínimo, risível. O Terceiro problema é o modelo de narrativa fragmentada que escolheram. Por mais que o justiceiro foi bem apresentado, seu conflito com o Demolidor sendo o grande ponto forte da temporada, nos últimos episódios sua presença é forçada, só pra encher linguiça. Isso porque a fraca história demolidor-elektra-ninjas não se sustenta, é previsível e cheia de clichês provenientes de séries mais fracas (ahhh...Arrow, é você?). No mais, mesmo com alguns bons momentos, essa segunda temporada está muito abaixo da 1ª, Jessica Jones e Luke Cage.
Formatura Fantasma
3.6 31Uma homenagem bacana aos filmes adolescentes da década de oitenta. Mas sendo um filme espanhol, o humor toma mais riscos e por isso é mais interessante!
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraChega! Assim não dá DC, chama o Christopher Nolan de volta! Não sei nem com o que começar a falar desse filme, maior decepção do ano (ainda mais que BvS). Mas vamos lá. O primeiro defeito é que o filme demora muito a engrenar, passa muito tempo introduzindo os personagens de forma burocrática, sem reuni-los, tentando forçar o aspecto o aspecto "cool" deles. Em um ou outro isso até funciona, o problema é que tudo parece meio forçado. O uso excessivo de música pop do século passado é um exemplo disso, algo até legal mas que é abusado até o talo na narrativa do filme. Os personagens que se destacam são o Pistoleiro (Will Smith sendo Will Smith), Arlequina e o intrigante El Diablo, todos os outros são esquecíveis. E chegamos ao Coringa de Jared Leto. Olha, eu esperava muito desse Coringa, mas ele simplesmente não convence. Ele não é ameaçador o suficiente, não tem presença, caindo longe do peso de Heath Ledger. E aquela risada... Aghhhh, horrível! Quanto ao resto do filme, as coisas só pioram. Com 2 vilões sobrenaturais confusos e uma história que se passa durante uma noite e tem como cenário basicamente uma rua e um prédio. Mas aí você pensa, e pelo menos as cenas de cenas de aço prestam, certo? Não. Escuras, confusas e mau editadas, também não empolgam. Principalmente porque os capangas que eles lutam são uns monstrões de pedra. Aghhhh. E o clímax com aquele maldito feixe de luz azul destruidor de mundos que são obrigatórios em todos os Blockbusters. Portanto, mesmo com alguns momentos de brilhantismo, Esquadrão Suicida é uma decepção total.
Ata-me!
3.7 550A atuação fantástica de Antonio Banderas te faz simpatizar e torcer por um psicopata. Filmaço!
A Lenda de Tarzan
3.1 793 Assista AgoraMeu Deus, que filme fraco! Roteiro pavoroso e clichê e bons atores desperdiçados, até os efeitos visuais foram fracos. Sinceramente, é a velha história do herói que tem sua donzela raptada, e passa o filme inteiro tentando salvá-la. Claro que ele ainda vai salvar o dia depois em uma trama que tenta evocar temas sérios, mas acaba simplista demais. Tarzan é uma história sobre o conflito entre a humanidade e o animalesco, esse filme é tipo um extra, um epílogo desinteressante da história original.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraLonge de ser um lixo, mas muito longe de ser excelente, BvS é um filme esquisito. A impressão que fica é que é uma mistura de ideias boas com acréscimos de última hora visando continuações futuras. É irônico é que o filme tem 3 horas de duração e não consegue estabelecer um arco descente para seus personagens. Esses mudam opinião de maneira repentina, sem uma explicação convincente. O que mais sofre com isso é o Batman, que tem que passar mais de uma hora de filme relembrando flashes do seu passado, sonhando com destruições apocalípticas e pesquisando sobre membros da futura liga da justiça. Tudo isso contribuindo pouquíssimo para a trama. E na hora de desenvolver o estado psicológico do Batman, o filme é simplista demais, longe da minúcia dos filmes do morcego com Christopher Nolan. Lex Luthor está mais para Coringa e até consegue divertir, mesmo sendo completamente unidimensional, embora o roteiro tente lhe dar muitas e muitas frases pseudo inteligentes. O resto dos personagens variam em qualidade. Quanto a estrutura do filme, o primeiro ato é bem lento, cheio de gordurinhas e subtramas desnecessárias, mas tenta, pelo menos, introduzir o tema da legitimidade das ações do Superman de forma até interessante, o grande problema é que mais pra frente esse tema é ignorado. O clímax é apressado, mas cumpre bem seu papel em equilibrar a ação sem torná-la enfadonha (como em Homem de Aço). Por fim, BvS é um filme de super-herói mediano, quem não gosta do gênero vai odiar e quem gosta pode até se divertir (como eu), mas vai ficar com a impressão de que faltou muita coisa pro filme ser o que estávamos esperando.