Sou grande fã dos trabalhos de Sofia Coppola, ela como uma diretora mulher conquistou muito em sua carreira e é motivo de orgulho e inspiração para mim que almejo o mesmo cargo que ela na industria do cinema. Seus primeiros filmes "As Virgens Suícidas" e "Encontros e Desencontros" foram muito eficientes em passar a solidão e o quanto ela machuca as pessoas. Mesmo não vivendo no mesmo ciclo social que os personagens principais, você conseguia compartilhar da dor deles e se identificar.
Em "Maria Antonieta", Coppola perde um pouco a mão. O filme é belíssimo, tem uma trilha sonora maravilhosa, ideias muito legais como misturar o novo e o antigo, um visual bem "cool", mas é um filme vazio. Isso é inegável! "Maria Antonieta" nada mais é que um belo ensaio fotográfico pra "Vouge" ou um clipe musical de 1 hora e pouco.
"Um Lugar Qualquer" sofre do mesmo problema que "Maria Antonieta". É uma sequencia de imagens bonitas, que são maravilhosas sozinhas, mas juntando todas elas parece algo completamente massante e sem graça. Eu jamais fico impaciente ao ver um filme, mas ao assistir este eu checava a todo instante para ver se já estava acabando. Se a intenção dela ao colocar cenas longas de vázio era nos dar a impressão de ter o mesmo sentimento de incomodo do personagem principal... Pois bem. Talvez ela tenha conseguido. Mas se tem uma coisa que eu aprendi na universidade estudando cinema é que sim, nós devemos retratar o cotidiano, é possível retratar o cotidiano, mas devemos oferecer um pouco mais do que isso as pessoas. Afinal de contas, a maioria delas está indo ao cinema, está alugando esse filme em busca de um ALGO MAIS. Sofia Coppola não alcançou isso em seu novo filme, com ela tinha feito em "As Virgens Suicidas" e "Encontros e Desencontros".
"Um Lugar Qualquer" como um livro fotográfico seria muito mais interessante e talvez passasse muito mais sua mensagem do que esse filme que carece de um roteiro forte. Acho que Sofia devia considerar em contratar roteiristas de talento para dar não só forma (que ela consegue muito bem) mas conteúdo as suas obras.
E essa desculpinha pseudo-cult intelectual de que quer fazer filme intimista não cola pra mim.
Um Lugar Qualquer
3.3 810 Assista AgoraSou grande fã dos trabalhos de Sofia Coppola, ela como uma diretora mulher conquistou muito em sua carreira e é motivo de orgulho e inspiração para mim que almejo o mesmo cargo que ela na industria do cinema. Seus primeiros filmes "As Virgens Suícidas" e "Encontros e Desencontros" foram muito eficientes em passar a solidão e o quanto ela machuca as pessoas. Mesmo não vivendo no mesmo ciclo social que os personagens principais, você conseguia compartilhar da dor deles e se identificar.
Em "Maria Antonieta", Coppola perde um pouco a mão. O filme é belíssimo, tem uma trilha sonora maravilhosa, ideias muito legais como misturar o novo e o antigo, um visual bem "cool", mas é um filme vazio. Isso é inegável! "Maria Antonieta" nada mais é que um belo ensaio fotográfico pra "Vouge" ou um clipe musical de 1 hora e pouco.
"Um Lugar Qualquer" sofre do mesmo problema que "Maria Antonieta". É uma sequencia de imagens bonitas, que são maravilhosas sozinhas, mas juntando todas elas parece algo completamente massante e sem graça. Eu jamais fico impaciente ao ver um filme, mas ao assistir este eu checava a todo instante para ver se já estava acabando. Se a intenção dela ao colocar cenas longas de vázio era nos dar a impressão de ter o mesmo sentimento de incomodo do personagem principal... Pois bem. Talvez ela tenha conseguido. Mas se tem uma coisa que eu aprendi na universidade estudando cinema é que sim, nós devemos retratar o cotidiano, é possível retratar o cotidiano, mas devemos oferecer um pouco mais do que isso as pessoas. Afinal de contas, a maioria delas está indo ao cinema, está alugando esse filme em busca de um ALGO MAIS. Sofia Coppola não alcançou isso em seu novo filme, com ela tinha feito em "As Virgens Suicidas" e "Encontros e Desencontros".
"Um Lugar Qualquer" como um livro fotográfico seria muito mais interessante e talvez passasse muito mais sua mensagem do que esse filme que carece de um roteiro forte. Acho que Sofia devia considerar em contratar roteiristas de talento para dar não só forma (que ela consegue muito bem) mas conteúdo as suas obras.
E essa desculpinha pseudo-cult intelectual de que quer fazer filme intimista não cola pra mim.