Eu amo filmes de animais assassinos e principalmente antigos (anos 70, 80 e 90), mas infelizmente "A Invasão das Aranhas Gigantes" não é um bom exemplar disso. O filme é cafona e caricato, sexualiza sem motivo algum várias mulheres do elenco, e a aranha é pavorosa de mal feita (mesmo se levarmos em conta o ano de 1975 onde não havia uso de CGI). Mas ainda assim, mesmo com a aranha sendo pavorosa o filme podia ser divertido e interessante se tivesse no mínimo bons personagens e uma história bacana, mas nada aqui se salva, com exceção da fotografia de cidade pequena que é bem charmosa.
Slasher oitentista com filmagem crua e produção de baixo orçamento, mas que funciona justamente pela simplicidade que sustenta todo o roteiro. O protagonista perturbado tem suas camadas até que exploradas levando em conta o gênero do longa, e também o pouco tempo de duração do mesmo. A atuação do Joe Spinell é muito notável, ele vive o personagem com verdade e coesão. Por mais que em alguns momentos seja maçante e até bem esquisito, talvez até pela falta de recursos ou pela época, o filme acaba sendo um terror interessante com cenas bem marcantes de perseguição, como aquela da enfermeira na estação de metrô que é longa e tensa o suficiente para te deixar aflito.
A fórmula é inovadora e muito interessante, juntando com uma produção inspirada e um elenco bem competente. Porém "Tarde da Noite Com o Diabo" carece de mais informações para mim como telespectador. Mesmo com uma trama diferenciada podíamos ter mais acesso ao Jack Delroy como personagem, porque é muito claro que tudo que aconteceu naquele programa foi justamente algo relacionado á ele e seu passado. Falando no protagonista a atuação do ator David Dastmalchian é realmente notável, ele dá camadas muito boas á seu personagem e no fim fica aquela sensação de querer saber ainda mais sobre ele. A ideia como eu disse é totalmente nova e nos remete aos anos 70, como se estivéssemos de fato assistindo aquele programa de TV ao vivo. Dentro do gênero terror e do subgênero de possessão demoníaca é um fôlego e tanto, ainda que pudesse ser melhor trabalhado, vale muito a pena conferir e tentar entender todas as nuances que a direção quis abordar e envolver aqui.
No fim entendo eu que Jack vendeu á alma ao diabo em busca de audiência no programa, em busca de mais fama, e o capiroto em troca tirou tudo dele (como a esposa) e ainda veio buscá-lo através da menina possuída no fim.
Eu queria muito ver esse filme no cinema e eis que fui assisti-lo, mas confesso que esperava um pouquinho mais dele, mas ainda assim garantiu uma boa sessão para mim. O elenco manda muito bem, com destaque para a talentosa Melissa Barrera que nasceu para ser uma final girl, e da menina Alisha Weir que já tem um notável talento. Gostei da ambientação e do suspense criado no primeiro ato, só acho que as coisas deram uma caída quando tudo se revela, culminando em um ato final um tanto exagerado. Mas como eu disse é um bom filme e tem muitos momentos bons de suspense, muito sangue e até um tom cômico interessante. Essa dupla de diretores até agora não errou, embora "Abigail" pra mim tenha sido o trabalho deles menos eficiente até agora, lembrando que ainda assim é um bom longa dentro de sua proposta vampiresca.
Assisti este filme á muitos anos atrás, e na época não prestei muita atenção e eu odiava o formato "found footage" então obviamente o detestei. Mas revendo hoje com outros olhos e um gosto mais refinado para cinema digamos assim, eu notei a qualidade do longa como um todo. Ainda vejo problemas na produção, mas entendo bem o conceito da obra que é justamente causar "frisson" por fazer algo muito simples causar medo justamente pelo "menos é mais". E a simplicidade é que faz tudo parecer tão verdadeiro, com a câmera em mãos ao melhor estilo documentário o diretor conseguiu extrair quase tudo que podia desse roteiro nos fazendo acreditar na lenda da Bruxa de Blair. O elenco manda bem em suas atuações e há momentos realmente assustadores, principalmente do meio para o fim, cenas na escuridão no meio da floresta com vozes e vultos, e a sequência final que inclusive merecia ter mais tempo de tela. Hoje posso dizer que gostei do que vi, ainda acho que podiam ter ousado mais e mostrado um pouco mais, mas ainda assim é um filme inovador e revolucionário dentro do gênero terror e de sua proposta. E se levarmos em conta o ano de 1999 onde a internet recém dava seus primeiros passos, é mais notável ainda o que o marketing e o filme em si conseguiram fazer já naquela época.
Terror argentino bem interessante, que mesmo com ritmo lento prende sua atenção do início ao fim. Ainda que possua personagens burros e situações que eu particularmente considero estúpidas dentro do roteiro, ele se diferencia dentro do gênero pela forma como conduz sua narrativa. Os irmãos protagonistas convencem e gostei da forma como trabalharam a lenda local dos possuídos, com toda a mitologia argentina de ver a situação e as crendices do vilarejo. É um filme que não tem vergonha de mostrar sua origem, e com isso utiliza uma fotografia crua mas bela dentro da proposta a fim de criar uma atmosfera de terror densa e intrigante. O que achei menos enriquecedor dentro da obra foi seu ato final, mas nada que prejudique o longa como um todo, que é de fato diferente (principalmente dentro do subgênero de possessão) e muito bom.
Com um baixo orçamento e um roteiro onde mil outras produções já utilizaram, o filme não trás nada de novo, e falha inclusive em criar uma atmosfera de suspense. No elenco temos a talentosa Katharine Isabelle que infelizmente não consegue fazer muito com o trabalho que tinha em mãos, e o desfecho é bem ruim. Não acho que o filme seja um lixo, mas é tão mais do mesmo e tão clichê que não deixou absolutamente nada em minha memória, é totalmente dispensável mesmo tendo uma cena ou outra mais tensa.
Imagine um filme que reúne todos os clichês e previsibilidades possíveis do gênero terror e do subgênero de brinquedos maléficos, e então terá este longa genérico e completamente esquecível. A produção é fraca, as atuações são ruins e o terceiro ato é uma piada. Mais um projeto péssimo da Blumhouse para ganhar dinheiro, e acho que até nisso falhou.
Gostei do filme e amo a ambientação ao qual ele conta sua história. Por mais que tenhamos os velhos clichês do gênero, acredito que a direção soube atualizar bem os estereótipos desse tipo de trama e trazer uma heroína plausível. O elenco está ok em suas atuações, e a fotografia é realmente belíssima. Bons efeitos e um desfecho bem satisfatório, então dentro de sua proposta o filme se sai bem e me divertiu.
Começa interessante mas se perde no meio do caminho. A premissa a princípio tinha um toque de "Fale Comigo", filme que eu particularmente gosto muito, mas do meio para o final se torna uma bagunça genérica e previsível. O final é péssimo, e com exceção da atmosfera que é sombria e dá um charme ao longa nada mais se salva, e no fim fica só a sensação de perda de tempo mesmo.
Depois de tanto relutar em assistir essa pérola decidi que era hora de ver o filme conhecido como "a pior continuação de todos os tempos", e o fato é que minha curiosidade me levou a confirmar que ele merece tal título. O filme é horrível e bagunçado, nada faz sentido e a montagem é pavorosa. De terror nada tem, único terror é ver que não souberam conduzir nada aqui e ficou um amontado de coisas mal desenvolvidas. Começando pelo fato de que o primeiro filme não precisava de continuação, e caso o fizessem deveriam ter todo o cuidado em criar uma trama que continuasse aquela história impecável de 1973, e não esse desastre chato e bizarro. Nada aqui se salva, e é uma tortura assistir á quase 2hrs de filme onde nada acontece, e exorcismo mesmo só no título. Coitada da Linda Blair e do Richard Burton por participarem dessa bomba. Sem dúvidas um dos piores filmes já produzidos.
É muito bom ver a Lindsay Lohan bem e de volta á atuação, ainda que seja em projetos abaixo de seu potencial. "Pedido Irlândes" é a típica comédia romântica estilo anos 2000 que não tem medo de abusar dos clichês do gênero e faz um "copia e cola" de tudo que já vimos antes, com o diferencial de ter uma fotografia esplêndida como pano de fundo de uma história que é cheia de momentos caricatos. O elenco em si é cativante, principalmente Lohan que está nitidamente feliz em atuar, e o filme não ofende e entretém bem em um fim de semana qualquer. Então se procura algo bobo e divertido pela Netflix mas nada espetacular, talvez essa seja uma boa escolha para você.
A história é bonita e prende atenção do início ao fim, e mesmo tendo ficado triste com o final eu o compreendi completamente, e creio que condiz com a trama apresentada sobre as escolhas da vida e como um ato pode mudar tudo. A história de amor entre os protagonistas é exatamente assim, um ato no meio da vida deles que mudou todo o desenrolar e tudo que podia ter sido, assim como a vida é e nem tudo é como a gente gostaria que fosse. Os atores estão ótimos em seus papéis e possuem uma química incrível em cena. Fotografia linda e ambientação antiga muito bem produzida. Me conectei bastante com a história e no fim fiquei satisfeito com o que vi. O longa é bonito e melancólico e concretiza em seu final que ser esquecido por um grande amor é talvez um dos atos mais tristes da vida, mas leva também a outros rumos e situações a serem vividas.
Espetáculo visual incrível e conduzido lentamente pelas mãos de um diretor extremamente competente, que consegue criar uma história cheia de detalhes e com pouca ação, mas sem perder o interesse do público. Como eu disse mesmo sendo uma história lenta, "Duna" não entedia em nenhum momento, tudo graças ao visual épico e fotografia incrível que o longa possui. O elenco é extremamente competente com destaque para Timothée Chalamet, Oscar Isaac e Javier Bardem. O trabalho de som também é impecável assim como efeitos especiais, e o roteiro que é tão bem executado a ponto de prender toda sua atenção do início ao fim mesmo com sua longa duração.
Eu achei que estavam exagerando quando falaram tão mal deste filme, e de fato exageraram um pouco, mas a verdade é que o longa é realmente ruim e extremamente mal conduzido. O início me pareceu promissor e eu gostei do trabalho da Dakota Johnson até a metade, depois disso tanto as atuações quanto o roteiro se perdem totalmente e as meninas coadjuvantes ficaram péssimas em seus papéis. É tudo mal desenvolvido, desde a protagonista até o vilão, e nem mesmo a sequência de ação do ato final é empolgante, até porque de heróis o filme tem quase nada né. Tudo que vemos em relação as supostas heroínas são visões á nível de futuro e em frames curtos. Sinceramente desperdiçaram um material que tinha futuro, e a Sony parece amar fazer isso, vide os últimos lançamentos do estúdio: "Venom 2" e "Morbius" e agora este "Madame Teia" que chega a ser pior que estes dois últimos citados. Pra não dizer que tudo é ruim, gostei de ver Emma Roberts como a mãe do Peter Parker, a ambientação de 2003 que está bem feita, e a cena com "Toxic" da Britney que foi a melhor cena do filme todo.
O filme é mequetrefe como eu já esperava, mas eu consegui me divertir bastante com tamanha tosqueira. Me parece que quiseram fazer algo ao estilo "Terrifier" porém sem a mesma inspiração e boa vontade, fazendo com que este seja só mais um terror de baixo orçamento mesmo, cujo destaque é a ousadia em trazer Ursinho Pooh e a turma dele como seres do mal. Como eu disse podia ser bem interessante mas infelizmente é só um amontoado de clichês sem nem ao menos ter uma final girl, e se sustenta em mortes mas sem nenhuma condução de roteiro.
Qualidade cinematográfica inquestionável, mas condução de roteiro extremamente maçante. Não há necessidade de 3hrs de monólogo sobre o cara que criou a bomba, por isso os momentos mais interessantes para mim foram os que abordam mais as consequências da criação dela, e não do criador em si. Como eu disse demora mais que o necessário, mas ainda assim é muito interessante e a cena do teste da bomba é incrível, mas isso são minutos em um filme de 3hrs de duração. Atuação incrível de Cillian Murphy e um elenco estelar que complementa muito bem a obra, só não entendi a indicação ao Oscar da Emily Blunt (ela é fantástica mas aqui está apagadíssima, não vi nada memorável que justificasse essa indicação em uma categoria tão importante como a que ela foi). Fotografia, ambientação de época, direção de arte e todo o trabalho de som do filme também merecem destaque.
O filme é ruim e utiliza todos os clichês possíveis do gênero, sem aprofundar personagens ou a própria história da entidade. Falando na entidade é até interessante até certo ponto, mas a trama se desgasta facilmente sem saber se expõe á mais ou se deixa tudo literalmente no escuro. Atuações fracas, momentos de suspense rasos e um final bem típico compõe o restante de "Mergulho Noturno", filme que tinha potencial mas que fica aquém do que poderia ser.
Cinema é arte, e este filme é uma obra de arte no sentido literal da palavra. O diretor não se preocupou nem um pouco em agradar a grande massa, ele só quis contar a sua história da maneira mais bizarra e artística possível e do jeito dele. "Pobres Criaturas" tem um roteiro até simples se analisar bem, mas conduz suas críticas sociais e políticas de forma pontual e bem construída, além de analisar o patriarcado e o machismo de uma forma bem ácida. Emma Stone está exuberante em cena e creio que este seja um papel extremamente difícil de interpretar, afinal de contas se pesasse a mão em vários momentos Bella Baxter podia soar caricata, mas ao contrário disso ela se torna encantadora e você fica preso á história dela. Mark Ruffalo incrível como de costume e me arrisco a dizer que essa atuação é uma das melhores que vi dele, e eu amo ele como ator. A fotografia e design de arte são fantásticas, cenários e cores muito bem pensados e de acordo com cada momento da trama. A troca de cores e cenários de acordo com os descobrimentos da vida de Bella são geniais, além de que é muito criativo e futurista (mesmo se passando em uma época vitoriana). Trilha sonora muito bem utilizada aqui também, uso de câmeras e lentes diferentes de acordo com o avanço da trama, a verdade é que o longa é extremamente inspirado e foi pensado em vários detalhes, é um trabalho artístico de fato, e amando ou odiando duvido que quem assista fique indiferente ao que acabou de ver.
Longe de ser icônico ou memorável como o longa original mesmo sendo praticamente um "copia e cola" dele com o acréscimo das músicas, mas ainda assim é divertido e muito bom de se acompanhar. As personagens e novos artistas me causaram estranheza de início, até porque seria impossível não comparar as novas versões com as antigas já consagradas na cultura pop á 20 anos. Por exemplo a Regina George de Rachel McAdams era muito mais malvada e cínica do que a Regina George de Reneé Rapp, mas não sei se isso foi culpa da performance da nova atriz ou da própria escrita da personagem para a atualidade. Angourie Rice também não se iguala a Lindsay Lohan como Cady, falta ousadia, mas também não sei se é problema de atuação ou de escrita mesmo. Já Auli'i Carvalho como Janis ficou perfeita e eu adorei como ela conduziu a personagem sem que a gente a compare tanto com a original, encontrou seu próprio tom. No mais, tem muitas cenas iguais ao original (o que é um problema de quase todo remake) e as músicas atrapalham um pouco a narrativa, mas algumas canções são boas. No fim das contas é um bom filme, que eu considero uma homenagem ao icônico de 2004, com direito á uma participação muito boa de Lindsay Lohan.
A produção é bem esforçada e achei que o clima embaixo d'água é bem explorado, uma pena que o roteiro acabe tentando abraçar dois temas ao mesmo tempo (sobrevivência e tubarões) e por fim não executa perfeitamente nenhum dos dois. O elenco é fraco e as atuações ruins, além de que de todos os personagens o único interessante é o comissário de voo, a protagonista em si carece de carisma. Os tubarões como eu disse são a parte menos importante da história, se tivessem focado no acidente aéreo e na tentativa de sobrevivência deles no avião submerso teria sido mais bacana. Mas no geral apesar dos erros grotescos o filme me prendeu, e tem uns momentos até tensos, então no fim é uma diversão despretensiosa.
O filme começa bem e prende atenção, mas vai se alongando demais e ficando maçante, tanto que quando chega no final você já está entediado o suficiente torcendo que acabe logo. No elenco ótimas atuações de Charlize Theron, Margot Robbie e Nicole Kidman e o roteiro explora bem os assédios cometidos nos bastidores da FOX NEWS, porém a direção não parece conduzir isso da melhor forma, tornando algo que poderia ser incrível em algo apenas chato.
Acho que reciclaram bastante coisa do primeiro filme aqui, mas ainda que demore mais a engrenar, a sequência consegue encontrar o seu tom. Aqui temos cenas marcantes como a do carro voando, a das aranhas e a sequência final e as crianças continuam super á vontade em seus papéis, além de que tem bem menos foco na família chata do Harry. Como eu disse demorou mais a me prender, mas quando prendeu nem vi o tempo passar. A produção é de ótimo tom, a fotografia e efeitos muito bons (principalmente levando em conta á época de seu lançamento), e vemos um tom sombrio se aproximando mais da obra. Nunca pensei que diria isso, mas "Harry Potter" vem me conquistando e estou ansioso para assistir ao próximo filme.
Este reboot ou sequência até pega referências do original e tal, e por horas até a fotografia remete bastante aos anos 90, a estética é bem parecida com a do original e sua época de lançamento porém seu problema é que a direção carece de um foco na história. O roteiro é uma colcha de retalhos que tenta a todo custo trazer lições sem encontrar o próprio tom, além de um ato final simples e decepcionante. Uma pena que tenha se perdido em meio á sua própria trama, porque eu vi bastante potencial. As meninas até se esforçam e suas personagens são interessantes, ainda que tenha faltado uma interação maior entre elas com menos foco nos dramas da protagonista, e focando mais na amizade delas e seu desenvolvimento. No mais entre erros e acertos achei "Jovens Bruxas 2" uma diversão despretensiosa ao melhor estilo noventista, o que particularmente não me entediou.
A Invasão das Aranhas Gigantes
2.7 41Eu amo filmes de animais assassinos e principalmente antigos (anos 70, 80 e 90), mas infelizmente "A Invasão das Aranhas Gigantes" não é um bom exemplar disso. O filme é cafona e caricato, sexualiza sem motivo algum várias mulheres do elenco, e a aranha é pavorosa de mal feita (mesmo se levarmos em conta o ano de 1975 onde não havia uso de CGI). Mas ainda assim, mesmo com a aranha sendo pavorosa o filme podia ser divertido e interessante se tivesse no mínimo bons personagens e uma história bacana, mas nada aqui se salva, com exceção da fotografia de cidade pequena que é bem charmosa.
O Maníaco
3.2 120Slasher oitentista com filmagem crua e produção de baixo orçamento, mas que funciona justamente pela simplicidade que sustenta todo o roteiro. O protagonista perturbado tem suas camadas até que exploradas levando em conta o gênero do longa, e também o pouco tempo de duração do mesmo. A atuação do Joe Spinell é muito notável, ele vive o personagem com verdade e coesão. Por mais que em alguns momentos seja maçante e até bem esquisito, talvez até pela falta de recursos ou pela época, o filme acaba sendo um terror interessante com cenas bem marcantes de perseguição, como aquela da enfermeira na estação de metrô que é longa e tensa o suficiente para te deixar aflito.
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 261A fórmula é inovadora e muito interessante, juntando com uma produção inspirada e um elenco bem competente. Porém "Tarde da Noite Com o Diabo" carece de mais informações para mim como telespectador. Mesmo com uma trama diferenciada podíamos ter mais acesso ao Jack Delroy como personagem, porque é muito claro que tudo que aconteceu naquele programa foi justamente algo relacionado á ele e seu passado. Falando no protagonista a atuação do ator David Dastmalchian é realmente notável, ele dá camadas muito boas á seu personagem e no fim fica aquela sensação de querer saber ainda mais sobre ele. A ideia como eu disse é totalmente nova e nos remete aos anos 70, como se estivéssemos de fato assistindo aquele programa de TV ao vivo. Dentro do gênero terror e do subgênero de possessão demoníaca é um fôlego e tanto, ainda que pudesse ser melhor trabalhado, vale muito a pena conferir e tentar entender todas as nuances que a direção quis abordar e envolver aqui.
No fim entendo eu que Jack vendeu á alma ao diabo em busca de audiência no programa, em busca de mais fama, e o capiroto em troca tirou tudo dele (como a esposa) e ainda veio buscá-lo através da menina possuída no fim.
Abigail
3.3 52Eu queria muito ver esse filme no cinema e eis que fui assisti-lo, mas confesso que esperava um pouquinho mais dele, mas ainda assim garantiu uma boa sessão para mim. O elenco manda muito bem, com destaque para a talentosa Melissa Barrera que nasceu para ser uma final girl, e da menina Alisha Weir que já tem um notável talento. Gostei da ambientação e do suspense criado no primeiro ato, só acho que as coisas deram uma caída quando tudo se revela, culminando em um ato final um tanto exagerado. Mas como eu disse é um bom filme e tem muitos momentos bons de suspense, muito sangue e até um tom cômico interessante. Essa dupla de diretores até agora não errou, embora "Abigail" pra mim tenha sido o trabalho deles menos eficiente até agora, lembrando que ainda assim é um bom longa dentro de sua proposta vampiresca.
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KAssisti este filme á muitos anos atrás, e na época não prestei muita atenção e eu odiava o formato "found footage" então obviamente o detestei. Mas revendo hoje com outros olhos e um gosto mais refinado para cinema digamos assim, eu notei a qualidade do longa como um todo. Ainda vejo problemas na produção, mas entendo bem o conceito da obra que é justamente causar "frisson" por fazer algo muito simples causar medo justamente pelo "menos é mais". E a simplicidade é que faz tudo parecer tão verdadeiro, com a câmera em mãos ao melhor estilo documentário o diretor conseguiu extrair quase tudo que podia desse roteiro nos fazendo acreditar na lenda da Bruxa de Blair. O elenco manda bem em suas atuações e há momentos realmente assustadores, principalmente do meio para o fim, cenas na escuridão no meio da floresta com vozes e vultos, e a sequência final que inclusive merecia ter mais tempo de tela. Hoje posso dizer que gostei do que vi, ainda acho que podiam ter ousado mais e mostrado um pouco mais, mas ainda assim é um filme inovador e revolucionário dentro do gênero terror e de sua proposta. E se levarmos em conta o ano de 1999 onde a internet recém dava seus primeiros passos, é mais notável ainda o que o marketing e o filme em si conseguiram fazer já naquela época.
O Mal Que Nos Habita
3.6 525 Assista AgoraTerror argentino bem interessante, que mesmo com ritmo lento prende sua atenção do início ao fim. Ainda que possua personagens burros e situações que eu particularmente considero estúpidas dentro do roteiro, ele se diferencia dentro do gênero pela forma como conduz sua narrativa. Os irmãos protagonistas convencem e gostei da forma como trabalharam a lenda local dos possuídos, com toda a mitologia argentina de ver a situação e as crendices do vilarejo. É um filme que não tem vergonha de mostrar sua origem, e com isso utiliza uma fotografia crua mas bela dentro da proposta a fim de criar uma atmosfera de terror densa e intrigante. O que achei menos enriquecedor dentro da obra foi seu ato final, mas nada que prejudique o longa como um todo, que é de fato diferente (principalmente dentro do subgênero de possessão) e muito bom.
Faces do Medo: Bem Vindo a Família
2.4 104Com um baixo orçamento e um roteiro onde mil outras produções já utilizaram, o filme não trás nada de novo, e falha inclusive em criar uma atmosfera de suspense. No elenco temos a talentosa Katharine Isabelle que infelizmente não consegue fazer muito com o trabalho que tinha em mãos, e o desfecho é bem ruim. Não acho que o filme seja um lixo, mas é tão mais do mesmo e tão clichê que não deixou absolutamente nada em minha memória, é totalmente dispensável mesmo tendo uma cena ou outra mais tensa.
Imaginário: Brinquedo Diabólico
1.9 70 Assista AgoraImagine um filme que reúne todos os clichês e previsibilidades possíveis do gênero terror e do subgênero de brinquedos maléficos, e então terá este longa genérico e completamente esquecível. A produção é fraca, as atuações são ruins e o terceiro ato é uma piada. Mais um projeto péssimo da Blumhouse para ganhar dinheiro, e acho que até nisso falhou.
Donzela
3.1 285 Assista AgoraGostei do filme e amo a ambientação ao qual ele conta sua história. Por mais que tenhamos os velhos clichês do gênero, acredito que a direção soube atualizar bem os estereótipos desse tipo de trama e trazer uma heroína plausível. O elenco está ok em suas atuações, e a fotografia é realmente belíssima. Bons efeitos e um desfecho bem satisfatório, então dentro de sua proposta o filme se sai bem e me divertiu.
A Bruxa dos Mortos: Baghead
2.5 71 Assista AgoraComeça interessante mas se perde no meio do caminho. A premissa a princípio tinha um toque de "Fale Comigo", filme que eu particularmente gosto muito, mas do meio para o final se torna uma bagunça genérica e previsível. O final é péssimo, e com exceção da atmosfera que é sombria e dá um charme ao longa nada mais se salva, e no fim fica só a sensação de perda de tempo mesmo.
O Exorcista II: O Herege
2.1 306 Assista AgoraDepois de tanto relutar em assistir essa pérola decidi que era hora de ver o filme conhecido como "a pior continuação de todos os tempos", e o fato é que minha curiosidade me levou a confirmar que ele merece tal título. O filme é horrível e bagunçado, nada faz sentido e a montagem é pavorosa. De terror nada tem, único terror é ver que não souberam conduzir nada aqui e ficou um amontado de coisas mal desenvolvidas. Começando pelo fato de que o primeiro filme não precisava de continuação, e caso o fizessem deveriam ter todo o cuidado em criar uma trama que continuasse aquela história impecável de 1973, e não esse desastre chato e bizarro. Nada aqui se salva, e é uma tortura assistir á quase 2hrs de filme onde nada acontece, e exorcismo mesmo só no título. Coitada da Linda Blair e do Richard Burton por participarem dessa bomba. Sem dúvidas um dos piores filmes já produzidos.
Pedido Irlandês
2.7 113É muito bom ver a Lindsay Lohan bem e de volta á atuação, ainda que seja em projetos abaixo de seu potencial. "Pedido Irlândes" é a típica comédia romântica estilo anos 2000 que não tem medo de abusar dos clichês do gênero e faz um "copia e cola" de tudo que já vimos antes, com o diferencial de ter uma fotografia esplêndida como pano de fundo de uma história que é cheia de momentos caricatos. O elenco em si é cativante, principalmente Lohan que está nitidamente feliz em atuar, e o filme não ofende e entretém bem em um fim de semana qualquer. Então se procura algo bobo e divertido pela Netflix mas nada espetacular, talvez essa seja uma boa escolha para você.
Nuovo Olimpo
3.5 59 Assista AgoraA história é bonita e prende atenção do início ao fim, e mesmo tendo ficado triste com o final eu o compreendi completamente, e creio que condiz com a trama apresentada sobre as escolhas da vida e como um ato pode mudar tudo. A história de amor entre os protagonistas é exatamente assim, um ato no meio da vida deles que mudou todo o desenrolar e tudo que podia ter sido, assim como a vida é e nem tudo é como a gente gostaria que fosse. Os atores estão ótimos em seus papéis e possuem uma química incrível em cena. Fotografia linda e ambientação antiga muito bem produzida. Me conectei bastante com a história e no fim fiquei satisfeito com o que vi. O longa é bonito e melancólico e concretiza em seu final que ser esquecido por um grande amor é talvez um dos atos mais tristes da vida, mas leva também a outros rumos e situações a serem vividas.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraEspetáculo visual incrível e conduzido lentamente pelas mãos de um diretor extremamente competente, que consegue criar uma história cheia de detalhes e com pouca ação, mas sem perder o interesse do público. Como eu disse mesmo sendo uma história lenta, "Duna" não entedia em nenhum momento, tudo graças ao visual épico e fotografia incrível que o longa possui. O elenco é extremamente competente com destaque para Timothée Chalamet, Oscar Isaac e Javier Bardem. O trabalho de som também é impecável assim como efeitos especiais, e o roteiro que é tão bem executado a ponto de prender toda sua atenção do início ao fim mesmo com sua longa duração.
Madame Teia
2.1 232 Assista AgoraEu achei que estavam exagerando quando falaram tão mal deste filme, e de fato exageraram um pouco, mas a verdade é que o longa é realmente ruim e extremamente mal conduzido. O início me pareceu promissor e eu gostei do trabalho da Dakota Johnson até a metade, depois disso tanto as atuações quanto o roteiro se perdem totalmente e as meninas coadjuvantes ficaram péssimas em seus papéis. É tudo mal desenvolvido, desde a protagonista até o vilão, e nem mesmo a sequência de ação do ato final é empolgante, até porque de heróis o filme tem quase nada né. Tudo que vemos em relação as supostas heroínas são visões á nível de futuro e em frames curtos. Sinceramente desperdiçaram um material que tinha futuro, e a Sony parece amar fazer isso, vide os últimos lançamentos do estúdio: "Venom 2" e "Morbius" e agora este "Madame Teia" que chega a ser pior que estes dois últimos citados. Pra não dizer que tudo é ruim, gostei de ver Emma Roberts como a mãe do Peter Parker, a ambientação de 2003 que está bem feita, e a cena com "Toxic" da Britney que foi a melhor cena do filme todo.
Ursinho Pooh: Sangue e Mel
1.4 192 Assista AgoraO filme é mequetrefe como eu já esperava, mas eu consegui me divertir bastante com tamanha tosqueira. Me parece que quiseram fazer algo ao estilo "Terrifier" porém sem a mesma inspiração e boa vontade, fazendo com que este seja só mais um terror de baixo orçamento mesmo, cujo destaque é a ousadia em trazer Ursinho Pooh e a turma dele como seres do mal. Como eu disse podia ser bem interessante mas infelizmente é só um amontoado de clichês sem nem ao menos ter uma final girl, e se sustenta em mortes mas sem nenhuma condução de roteiro.
Oppenheimer
4.0 1,1KQualidade cinematográfica inquestionável, mas condução de roteiro extremamente maçante. Não há necessidade de 3hrs de monólogo sobre o cara que criou a bomba, por isso os momentos mais interessantes para mim foram os que abordam mais as consequências da criação dela, e não do criador em si. Como eu disse demora mais que o necessário, mas ainda assim é muito interessante e a cena do teste da bomba é incrível, mas isso são minutos em um filme de 3hrs de duração. Atuação incrível de Cillian Murphy e um elenco estelar que complementa muito bem a obra, só não entendi a indicação ao Oscar da Emily Blunt (ela é fantástica mas aqui está apagadíssima, não vi nada memorável que justificasse essa indicação em uma categoria tão importante como a que ela foi). Fotografia, ambientação de época, direção de arte e todo o trabalho de som do filme também merecem destaque.
PS: Mega desnecessárias as cenas de nudez e sexo.
Mergulho Noturno
2.2 103 Assista AgoraO filme é ruim e utiliza todos os clichês possíveis do gênero, sem aprofundar personagens ou a própria história da entidade. Falando na entidade é até interessante até certo ponto, mas a trama se desgasta facilmente sem saber se expõe á mais ou se deixa tudo literalmente no escuro. Atuações fracas, momentos de suspense rasos e um final bem típico compõe o restante de "Mergulho Noturno", filme que tinha potencial mas que fica aquém do que poderia ser.
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraCinema é arte, e este filme é uma obra de arte no sentido literal da palavra. O diretor não se preocupou nem um pouco em agradar a grande massa, ele só quis contar a sua história da maneira mais bizarra e artística possível e do jeito dele. "Pobres Criaturas" tem um roteiro até simples se analisar bem, mas conduz suas críticas sociais e políticas de forma pontual e bem construída, além de analisar o patriarcado e o machismo de uma forma bem ácida. Emma Stone está exuberante em cena e creio que este seja um papel extremamente difícil de interpretar, afinal de contas se pesasse a mão em vários momentos Bella Baxter podia soar caricata, mas ao contrário disso ela se torna encantadora e você fica preso á história dela. Mark Ruffalo incrível como de costume e me arrisco a dizer que essa atuação é uma das melhores que vi dele, e eu amo ele como ator. A fotografia e design de arte são fantásticas, cenários e cores muito bem pensados e de acordo com cada momento da trama. A troca de cores e cenários de acordo com os descobrimentos da vida de Bella são geniais, além de que é muito criativo e futurista (mesmo se passando em uma época vitoriana). Trilha sonora muito bem utilizada aqui também, uso de câmeras e lentes diferentes de acordo com o avanço da trama, a verdade é que o longa é extremamente inspirado e foi pensado em vários detalhes, é um trabalho artístico de fato, e amando ou odiando duvido que quem assista fique indiferente ao que acabou de ver.
Meninas Malvadas
3.2 179 Assista AgoraLonge de ser icônico ou memorável como o longa original mesmo sendo praticamente um "copia e cola" dele com o acréscimo das músicas, mas ainda assim é divertido e muito bom de se acompanhar. As personagens e novos artistas me causaram estranheza de início, até porque seria impossível não comparar as novas versões com as antigas já consagradas na cultura pop á 20 anos. Por exemplo a Regina George de Rachel McAdams era muito mais malvada e cínica do que a Regina George de Reneé Rapp, mas não sei se isso foi culpa da performance da nova atriz ou da própria escrita da personagem para a atualidade. Angourie Rice também não se iguala a Lindsay Lohan como Cady, falta ousadia, mas também não sei se é problema de atuação ou de escrita mesmo. Já Auli'i Carvalho como Janis ficou perfeita e eu adorei como ela conduziu a personagem sem que a gente a compare tanto com a original, encontrou seu próprio tom. No mais, tem muitas cenas iguais ao original (o que é um problema de quase todo remake) e as músicas atrapalham um pouco a narrativa, mas algumas canções são boas. No fim das contas é um bom filme, que eu considero uma homenagem ao icônico de 2004, com direito á uma participação muito boa de Lindsay Lohan.
Desespero Profundo
2.2 57 Assista AgoraA produção é bem esforçada e achei que o clima embaixo d'água é bem explorado, uma pena que o roteiro acabe tentando abraçar dois temas ao mesmo tempo (sobrevivência e tubarões) e por fim não executa perfeitamente nenhum dos dois. O elenco é fraco e as atuações ruins, além de que de todos os personagens o único interessante é o comissário de voo, a protagonista em si carece de carisma. Os tubarões como eu disse são a parte menos importante da história, se tivessem focado no acidente aéreo e na tentativa de sobrevivência deles no avião submerso teria sido mais bacana. Mas no geral apesar dos erros grotescos o filme me prendeu, e tem uns momentos até tensos, então no fim é uma diversão despretensiosa.
O Escândalo
3.6 459 Assista AgoraO filme começa bem e prende atenção, mas vai se alongando demais e ficando maçante, tanto que quando chega no final você já está entediado o suficiente torcendo que acabe logo. No elenco ótimas atuações de Charlize Theron, Margot Robbie e Nicole Kidman e o roteiro explora bem os assédios cometidos nos bastidores da FOX NEWS, porém a direção não parece conduzir isso da melhor forma, tornando algo que poderia ser incrível em algo apenas chato.
Harry Potter e a Câmara Secreta
4.1 1,2K Assista AgoraAcho que reciclaram bastante coisa do primeiro filme aqui, mas ainda que demore mais a engrenar, a sequência consegue encontrar o seu tom. Aqui temos cenas marcantes como a do carro voando, a das aranhas e a sequência final e as crianças continuam super á vontade em seus papéis, além de que tem bem menos foco na família chata do Harry. Como eu disse demorou mais a me prender, mas quando prendeu nem vi o tempo passar. A produção é de ótimo tom, a fotografia e efeitos muito bons (principalmente levando em conta á época de seu lançamento), e vemos um tom sombrio se aproximando mais da obra. Nunca pensei que diria isso, mas "Harry Potter" vem me conquistando e estou ansioso para assistir ao próximo filme.
Jovens Bruxas: Nova Irmandade
2.3 235 Assista AgoraEste reboot ou sequência até pega referências do original e tal, e por horas até a fotografia remete bastante aos anos 90, a estética é bem parecida com a do original e sua época de lançamento porém seu problema é que a direção carece de um foco na história. O roteiro é uma colcha de retalhos que tenta a todo custo trazer lições sem encontrar o próprio tom, além de um ato final simples e decepcionante. Uma pena que tenha se perdido em meio á sua própria trama, porque eu vi bastante potencial. As meninas até se esforçam e suas personagens são interessantes, ainda que tenha faltado uma interação maior entre elas com menos foco nos dramas da protagonista, e focando mais na amizade delas e seu desenvolvimento. No mais entre erros e acertos achei "Jovens Bruxas 2" uma diversão despretensiosa ao melhor estilo noventista, o que particularmente não me entediou.