Em seu livro: "Em busca de mim", Viola Davis se pergunta quem ela é. A resposta seria uma menina de 12 anos que corria dos garotos que batiam nela na saída da escola.
A menção a Breonna Taylor no pós-crédito fez ele ser ainda mais revolucionário. Somos guerreiras! Só precisamos encontrar algo pelo que valha a pena lutar!
Primeiramente, gostaria de compartilhar que li o livro e assisti esse filme quatro anos atrás, eu tinha 16 anos e estava na mesma fase de Charlie. Lembro-me de ter odiado ambos, não lembro o motivo mas recordo que não notei
, que foi tão suavemente exposto, então acredito que não prestei atenção o suficiente. Hoje, tenho 20 anos, e no domingo, 10 de julho de 2016, resolvi reler o livro e foi a melhor decisão que tomei. Como era de se esperar, há algumas diferenças e ausências entre livro/filme, entretanto, consegui absorver as mesmas sensações em ambos, mas acho que a intensidade dos personagens ficou mais bem elaborada no livro, como a Sam por exemplo, porém as emoções ainda estão lá(chorei no término de ambos).
Dear friend, Charlie, 15 anos. Na flor da idade. Idade da flor. Momento em que a vida floresce, a personalidade é construída, é quando somos primavera até a estação seguinte: Verão.
"I haven't really talked to anyone outside my family all SUMMER." "I'm both happy and sad. And I'm still trying to figure out how that could be.
Nothing. Patrick is everything. Um rapaz puro, de bom coração, uma flor que já floresceu e já se encontra no Outono onde as pétalas caem, murchas, e precisam aprender a serem firmes para não serem levadas pelo vento. Quem não adoraria ter um amigo como Patrick?
"Raise your glasses to Charlie. We just wanna toast to our new friend. You see things and you understand. You are wallflower."
Sua relação com Brad é uma das mais bonitas. Há o sacrifício. Brad é popular e vive dessa máscara, é uma daquelas flores com duas cores distintas, só mostra aquela que lhe convém. Mas Patrick conhece todas as suas cores. Um arco-íris. Depois de tanta mentira, até quando Patrick lidaria com isso? Patrick é um homem, luta pelo que quer, haja o que houver, vive cada dia como se fosse o último. Patrick sabe viver.
Mas também se sente impotente com algumas decisões irrefutáveis do destino: "Why can't we save anybody?"
SAM, três letras, uma catástrofe. Amor à primeira vista, e aprendizado em todas as vistas seguintes. Sam sempre pareceu tão decidida, tão segura de si por fora, e por dentro todos nós temos nossos abismos:
"I always tell her: 'don't make yourself small. I can't save anybody" - Patrick "I was eleven. His name was Robert. He used to come over to the house all the time.[...] He was my daddy's boss." "You know, Charlie, I used to sleep with guys who treated me like shit. And I get wasted all time."
O primeiro beijo de Charlie, uma menina que queria crescer rápido para fugir correndo do passado. Uma quase mulher que se acorrenta no "não merecer", que esmaece seu próprio brilho por compaixão de si mesma. Uma pequena flor que recebe dia após dia o cuidado que Charlie mantém, assim como o regar de uma flor.
"EXPECTATIVA "— TRUTH!" "— How is your first relationship?" "— It's too bad that I keep fantasizing one of us is dying of cancer so that I don't have to break up with her."
REALIDADE: "— DARE!" "— I dare you to kiss the prettiest girl in the room on the lips" *Then he goes and kisses Sam"
"You are not small. You are beautiful"
Sam aprende a cuidar também, ensina a Charlie a sinceridade:
"Don't you get, Charlie? I can't feel it. It's really sweet and everything but you can't just sit there and put everybody's like ahead of yours and think that it counts as love. I don't wanna be somebody's crush. I want people to like the real me."
Teacher Bill. Fez uma grande diferença na vida de Charlie, expõe sua capacidade e sua inteligência, apesar dele estar bem mais presente no livro, mais uma vez no filme sua preocupação com Charlie é suavizada:
"She was insane." Tia Helen havia apanhado pelo seu ex-marido e Charlie conviveu com o sofrimento dela durante a infância. Esse tipo de ato na infância sempre marca muito a vida de qualquer pessoa. Assim como com Sam, Charlie carregou esse trauma para a sua vida, culpando-se pela morte dela no acidente."I'll get your present" - in his bday.
Se sentir infinito é se sentir vivo. É fazer parte do mundo, é ser o mundo. É sonhar e ser o sonho(essa parte é a letra de uma das músicas da trilha sonora, que trilha sonora!). É a confiança de falar e a paciência de ouvir. É a dádiva de estar e a sorte de pertencer. Ser infinito nada mais é que viver. Se tornou um dos meus filmes favoritos porque eu consigo me ver em Charlie, eu me vejo em Sam, em Patrick e eu me identifiquei demais com Mary Elisabeth, eu vejo um pouco do meu reflexo em todos os personagens. O reflexo do medo. Medo de ser, medo de viver, medo de admitir e medo de aprender. Somos todos invisíveis. Mas nesse caos que é desabrochar, nossas pétalas sempre terão opção: Ou você é uma flor amarela, e medrosa; Ou você é uma wall(flower), infinita. É um filme muito bonito e repleto de detalhes, li ao livro duas vezes e assisti ao filme três vezes(em 4 anos) e ainda assim, tenho a sensação de que posso absorver mais dele na próxima vez que assistir/ler, dependerá muito mais da minha maturidade. E você, que desistiu do livro ou disse que o filme é chato, dê mais uma chance ao Charlie, ele não chora demais no livro, é apenas emotivo, acredito, há muito aprendizado em tudo isso. Só espero que todos nós possamos ser heróis nem que seja por um único dia e encontrar o nosso túnel que nos fará sentir a liberdade.
Sabe aquela Regina Casé apresentadora do programa Esquenta? Eu não a reconheci. Mas isso é normal. Sempre acontece quando uma atriz faz o seu papel tão bem, de forma tão brilhante que se torna irreconhecível.
Val. Babá e empregada doméstica. Representa uma das classes mais desrespeitadas e desvalorizadas do país. Mulher humilde, devota à família com um respeito acima dos que eles mereciam receber. Val tem estilo. Criou Fabinho como seu próprio filho enquanto a mãe dele trabalhava. Enquanto preferiu deixar sua filha Jéssica em Pernambuco para trabalhar em São Paulo e poder dar uma vida melhor pra ele quando voltasse. Se voltasse. Não voltou. 10 anos se passaram e durante esse tempo a maior semelhança entre a vida de Jéssica e Fabinho foi a seguinte pergunta: "Que horas ela volta?"
"Você acha que seu pai e eu a gente nunca fumou maconha?" Que família! Um casal distante, um filho mimado pela mãe justamente por ela não lhe dar a atenção necessária, se tornando liberais em um propósito oposto ao necessário. Uma família onde não há diálogo à mesa. Todos vidrados em seus respectivos celulares formando bolhas impenetráveis.
Jéssica. A avalanche. Mesmo sem possuir intimidade alguma com a mãe(apesar da distância ficou 3 anos sem falar com ela por telefone, acredito que por conta do filho), se esforçou para tentar ser filha e fazer Val enxergar a realidade. "Segura demais de si". Quando as pessoas estão acostumadas a serem rebaixadas, acham isso parte do ciclo social natural da vida, passam a confundir desejo com presunção pois aprenderam a ser assim..."Quando eles oferecem alguma coisa que é deles, é por educação, é porque eles tem certeza que a gente vai dizer 'não'!" A grande maioria dos empregados não tem instrução alguma."Mas não dá mais não, já não dá mais tempo não. Tem tempo que Fabinho já fez a inscrição. Ele também vai faze... na internet? E pode?", e para se encaixarem no "protocolo", precisam abaixar a cabeça, ser invisível. Apesar das dificuldades de ensino, "aonde eu vou estudar aqui?" desde o princípio ficou óbvio a dedicação e a preocupação dela com os estudos. E Jéssica aprendeu a ser crítica com seu professor de história, aprendeu a pensar, a colocar a cabeça para funcionar por si mesma e, principalmente, aprendeu que se fazer de coitada devido as dificuldades eminentes, devido a classe social, para que os outros sintam pena, não leva ninguém a lugar algum,"Ai coitadinha", ela correu atrás dos seus sonhos, admirável."Na FAU(Faculdade de Arquitetura e Urbanismo)???"Tal perplexidade não é infundada, todos sabemos da precariedade do ensino brasileiro, sem o seu esforço, dependendo apenas do ensino, Jessica não teria chance alguma. Mas a diferença é que Jessica sabe disso. "Finja que está podando que eu finjo que estou aguando(...) estudar o dia inteiro? A pessoa fica doida"
Dr. Carlos. Pode-se dizer coadjuvante mas tem a sua importância. Não tem mais nenhuma relação com a própria esposa, não há mais diálogo nem nada em comum. Quando Jessica surge, com sua curiosidade natural, havendo um diálogo com assuntos interessantes, uma "menina" interessante, diferente do que ele está acostumado a encontrar, ele relembra a si mesmo. Artista. Pintava quadros lindos que é provável que sua esposa nunca tenha reconhecido."Eu parei porque todo mundo falava que eu era o cara$, e eu acreditei..." Todo mundo dança mas sou eu que ponho a música. Pelo fato de não estar acostumado com tanta atenção, Dr Carlos acaba achando que o interesse de Jessica é algo a mais. Enganou-se. "Quer casar comigo?" Mais sincero impossível. Três palavras definiram o que esse homem vive naquela casa. Não sei se ele é digno de pena, talvez não, mas ele foi corajoso apesar de permanecer enjaulado sem a esperança que Jessica havia lhe dado.
"Barbára te sustenta?" "Bárbara?(risos)" Não tem nada de bárbara. Hipócrita, ela é a presunçosa do filme e não, Jéssica. "Her gracious little daughter is back". Que atitude pífia da parte de uma mulher sem perspectiva, que vive sustentada pelo marido e ainda assim, acredita ser superior. Grande farsa é a sua vida."Val, pode não parecer mas essa casa ainda é minha"
O jogo de xícaras. Presente de Val. "Vamos guardá-lo para usar assim... numa ocasião especial". O aniversário de Bárbara. O evento do ano. Festa cercada de gente importante e especial. Especialmente ignorantes que tratam a empregada/garçonete como se fosse invisível e nem ao menos agradecem ao serem servidos. O jogo de xícaras. Possuem um valor sentimental, um significado tão grande para Val, até mesmo por sua complexidade, preto e branco, não, pretoxpreto, brancoxbranco, é diferente "que nem Jessica". Mas esses vão para o Guarujá, pegue os da Suécia, que possuem um valor mais socialmente caro. Que evento especial! Sem perder em nenhum momento sua personalidade simples, ao final, Val toma café com as cores correspondentes, mostrando sua integridade. A piscina. Sempre houve uma cerca invisível ao seu redor que, para Val era impenetrável. Jessica conseguiu fazê-la enxergar a realidade."Minha mãe viu um rato aqui ontem, é perigoso, pode pegar alguma doença" "Você acha que eu sou um rato?" Jessica era um rato. Que infectou toda aquela família, não com leptospirose mas com dignidade, inteligência e esperança. "Tô dentro da piscina". Símbolo de liberdade. Símbolo de 10 anos na senzala. A piscina foi sua princesa Isabel, assinando sua carta de Euforia. O sorvete de Fabinho. É muito interessante observar a desigualdade nessas pequenas coisas.
O vestibular. "Porra, Val, por dois pontos" A relação materna entre Val e Fabinho é serena. Nesse aspecto podemos observar ainda mais essa diferença entre Val e Bárbara com relação a ele. Bárbara: "Poxa, Fabinho, a Val pode te abraçar e eu não posso?" Fabinho: "A Val me acha inteligente, você me acha burro." (...) Bárbara: "O Val, mas aqui, não fica muito animada não, porque ainda tem a 2ª fase, um tanto mais difícil..." Bárbara: "68... não fazia outra coisa, só ficava estudando..." É incrível sua capacidade de encontrar maneiras de rebaixar um ser humano mesmo não havendo nenhuma. Em um instante ela cobra Fabinho por não abraçá-la e, após saber do resultado de Jessica, o Fabinho se apoia nela e ela sai do quarto. Brilhante. Brilhante maneira de deixá-lo ainda mais distante afinal, Recife > Austrália.
Arrependo-me hoje por não ter tido tempo de assistir a esse filme no cinema. Não foi preconceito. Será? Sinceramente espero que o cinema nacional amadureça pois sempre senti que preferem abraçar comédias, pra você ter uma noção, os únicos filmes que a mídia faz questão de anunciar(muitas vezes agradecendo pelos tantos milhões de espectadores) são de comédia, incluindo continuações(trágico); dos 33 filmes lançados em 2015, 13 são de comédia. Vocês não cansam de rir? Sim, já assisti filmes nacionais impecáveis ainda tenho esperança, nós somos capazes de erguer o nosso cinema que confirmar que o Brasil não é somente prostituição e drogas como afirmara o grande ator Robin Williams, outrora.
Mágico. Essa palavra poderia definir meu sentimento por esse filme. "Qual é a graça em ser sério?" Essa pergunta não deveria ser feita apenas pelas crianças mas pelos adultos também. Conforme vamos crescendo e relativamente, amadurecendo, começamos a esquecer de valorizar as pequenas coisas devido a rotina.
"Meus pais dizem que a televisão queima os neurônios". Concordo plenamente. Nem todo o conteúdo presente nos televisores é deplorável, não sejamos hipócritas. A questão é a zona de conforto. Assistimos coisas banais, que não acrescentarão nada para nós, rimos de coisas chulas, que não proporcionam nenhum ensinamento relevante e principalmente não fortalece nosso cérebro. Mas é muito bom ficar enraizado no sofá, não é mesmo? Sim, muito, mas que isso não se torne um hábito que o impeça de viver.
Muitos ensinamentos em um único filme "infantil" para alguns. A viva relação entre pais e filhos diante das dificuldades, nos faz enxergar o como muitas vezes as crianças não são compreendidas e acabam se fechando. As crianças devem ser ouvidas sempre, elas precisam desvendar o seu mundo e, Jess encontrou sua voz em Leslie.
Que morte trágica! Leslie foi a coragem na vida de Jess. Talvez esse fosse o destino dela, encorajá-lo na luta contra todos os seus monstros, a voar com suas próprias asas e a correr atrás dos seus sonhos.
Usar a imaginação, ter sonhos, não é privilégio apenas das crianças, a diferença é que as crianças são puras, não tem medo do que os outros pensam sobre elas, são puramente confiantes em seus sonhos. Confiam tanto que eles se tornam realidade. Feche os seus olhos, e mantenha a sua mente aberta pois, assim que você cruzar a ponte para Terabítia, seu mundo jamais será o mesmo.
Welton Academy, uma escola de prestígio(carinhosamente chamada de Hellton= inferno), zela por valores que tornam autêntico o seu ensino. Entretanto, como não é difícil captar, tal busca pela excelência acaba ofuscando um valor muito mais importante: o de ser humano. Ser livre que, dentro da academia, soa autômato devido a tamanha imposição.
Em contrapartida, conhecemos Mr John Keating, o substituto. "Ó, Capitão. Meu Capitão" para os mais audaciosos."Agora, classe, vocês aprenderão a pensar sozinhos de novo. Aprenderão a saborear a palavra e a linguagem. Não importa o que digam, palavras e ideias podem mudar o mundo."
Para os não familiarizados com a riqueza literária, Carpe Diem provém da arte barroca do século XVII. Essa característica propõe a efemeridade da vida, o quanto ela é passageira, havendo assim, a necessidade de gozá-la antes que acabe(não focarei nos aspectos religiosos).
"Isso cai na prova?" Nenhum daqueles estudantes estavam preocupados em aproveitar a sua adolescência, em se aprofundar em um assunto de seu interesse, estavam literalmente condicionados a estudar mais e mais, a fazer o que devem fazer apenas pelas notas, pela graduação, um simples pedaço de papel, valendo bem mais que a liberdade mas a vida de todos aqueles jovens.
Mr Mc Allister: "Mostre-me um coração não afetado por sonhos tolos e eu lhe mostrarei um homem feliz." Mr Keating: "Mas só nos sonhos pode um homem ser livre. Sempre foi assim e sempre será." (O brilhantismo e a rima está na versão em inglês, ao interessados recomendo)
Tão jovens, 17 anos, muito o que aprender, muito o que descobrir, e já possuem grandes responsabilidades, claramente estão ali mais pelos pais, que ingenuamente acreditam que aquilo seja o melhor, do que por eles mesmos. "Você só poderá me desobedecer depois que se formar." A Midsummer Night's Dream, eu atuei essa peça alguns meses atrás(eu era Titania, the Queen of the fairies), e fiquei ainda mais feliz por encontrá-lo nesse filme. Neil. Um aluno brilhante, um filho magnífico, jamais ousou desrespeitar seu pai mesmo que isso o impedisse de ser ele mesmo. Soa injusto o seu fim. Mas "Carpe Diem! Mesmo que isso me mate." Para Welton Academy foi fácil criar uma maneira de esconder a verdade sobre a morte de Neil. Tudo pela excelência, não é mesmo? Valores vazios. Hellton Academy. Mas John Keating fez muito mais por aqueles jovens, até mesmo por um dos professores. John Keating é um verdadeiro mestre, um exemplo do que é ser professor. Não importa se toda a escola não compreender suas lições, se seu método não agrada a todos, lidar com alunos são fases, nem todos estão no mesmo parâmetro, o que importa é que se você conseguir fazer a diferença para um aluno, a gratificação será eterna. Viva nossos mestres!
"DEAD POETS SOCIETY: meetings Fui à floresta porque queria viver profundamente e tirar toda a essência da vida. Fazer apodrecer tudo aquilo que não era vida e não, quando eu morrer, descobrir que não vivi."
"Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que vivemos."
No decorrer da vida, tomamos decisões que não queremos e acabamos buscando sonhos que não são nossos. No caso de Neil, o pai o pressionava, ele não teve escolha. Mas e você? Feche seus olhos por um instante e pense se é feliz com a vida que está levando. Não quero soar como os livros de auto-ajuda, só quero provar que a literatura não está baseada em poemas e versos com palavras difíceis que ninguém entende. Acima de tudo, a literatura é uma forma de expressão, um sentimento escrito, que nos liberta do que está entalado na garganta, da falta de palavras na voz e, de repente, nos apresenta a descoberta do sentimento no lápis.
NOTA DOS AUTORES: Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é coincidência. Principalmente você Jenny Beckman. Bitch! Com uma única palavra o autor já nos coloca na defesa de Tom.
"Essa é a história de uma garoto que conhece uma garota.(...) Tom cresceu acreditando que nunca seria verdadeiramente feliz, até o dia em que conheceu a garota. Essa crença vem de uma exposição precoce à triste música britânica(pôster do The Smiths ao fundo)(...)." Muitas coisas acabam se tornando crenças para nós mas nem todas são realmente verdade. Uma pessoa não pode nos fazer feliz, simplesmente. Uma pessoa completa você, deve te fazer mais feliz do que você já é, completa a sua felicidade, não é a felicidade em si. "Summer só amava duas coisas: A primeira era seu longo cabelo escuro. A segunda era cortá-lo sem sentir nada." Summer já havia perdido as esperanças. No amor mas não na vida. Seus pais eram divorciados e, para ela, com ela seria assim também afinal, com todos eram. Isso mostra o quanto as nossas crenças interferem na nossa vida. Poderíamos acreditar em uma mentira que ela se tornaria verdade para nós, foi isso o que houve com Tom. Enquanto Summer, com o seu medo de usar as palavras a seu favor e dizer o que sente, acabou impedindo o Tom de se descobrir, de compreender o que "houve de errado". Se ela tivesse dialogado de maneira sincera com Tom e não, simplesmente, levasse o relacionamento com a barriga, o ignorando quando não estivesse a fim, talvez o verão teria durado no máximo 90 dias(ano não bissexto) como de costume.
Só a ideia do título, da passagem aleatória dos dias, é brilhante, se completam. A felicidade e a comemoração um dia após a transa, expectativa x realidade, que muitos nós vislumbramos na nossa mente está ali, e isso torna o filme mágico e real.
"Acho que estou apaixonado pela Summer. Amo o seu sorriso, seu cabelo(...) qualidades. Não sei a idade de sua irmã Rachel mas ela em 20 segundos consegue enxergar além de Tom(muitos podem achá-la jovem para dar conselhos mas aquém aos pais, Rachel é a pessoa em que Tom mais confia, ela o conhece de verdade, e principalmente, conhece seus defeitos e os aponta sem piedade. Não importa se Rachel tem 13 ou 24 anos para aconselhá-lo, ela o conhece e o ama, e isso é o suficiente para realizar críticas sinceras e verdadeiras), principalmente quando ela diz: "Sei que você acha que ela é a mulher perfeita mas eu não acho. Acho que você só está lembrando das coisas boas."
"Não é só porque alguém gosta das mesmas porcarias bizarras que você, não significa que ela seja sua alma gêmea". Realmente. Se encontrássemos o amor naquele que tem gosto semelhante ao nosso haveriam muitas "opções" para se escolher. "Alma gêmea" não está baseado em semelhanças mas principalmente em diferenças. O que Summer tinha de diferente? Na visão de Tom ela não tinha nenhum defeito, ele amou a imagem que ele criou em sua cabeça. Em nenhum momento ele conheceu a Summer através da Summer, ele só conhece a Summer através dele mesmo."
Summer: "Eu acordei um dia e simplesmente sabia." Tom: "Sabia de quê?" Summer: "Do que eu nunca tive certeza com você!"
"Acho que, tecnicamente, a garota dos meus sonhos, provavelmente teria um peito avantajado, cabelo diferente, provavelmente gostaria de esportes. Mas, na verdade, a Robin é melhor que a melhor mulher dos meus sonhos... ela é real" Criamos o hábito de viver através de experiências alheias, não que isso seja ruim, afinal ajuda muito quando se pode evitar o sofrimento mas com isso podemos acabar evitando a nossa felicidade também. Muitos se apegam a teorias como: "Ah, eu nunca perdoaria uma traição!", mas e na prática? Porque há mulheres que "perdoam", seriam elas tolas? A verdade é que o início de uma relação deve ser unidade, confiança e diálogo. Numa traição, por exemplo, a primeira coisa que passa pela nossa cabeça é: "Que canalha safado! Eu achei que você me amasse." E não pensamos no que poderia ter causado isso, como chegou a isso? O que eu fiz ou deixei de fazer para que isso acontecesse? Sempre há uma explicação(descartando as pessoas que realmente traem por prazer, sim, elas existem, até porque "fraqueza" não existe, sejamos sinceros). E quando escolhemos compartilhar as nossas vidas com alguém, devemos estar dispostos a ouvir tais explicações e reconhecer os erros, corrigi-los não importa de que forma seja, a partir daí o amor dirá se você perdoará ou não.
"I'm Autumm(outono)."
Devemos parar de esperar do outro mais do que eles podem oferecer. Talvez, absorveremos mais do outro dessa forma, aprenderemos mais, permitindo, assim, que o outro nos surpreenda. Mas agir, assim, é difícil confesso, porque as pessoas confundem "não ter expectativa" com indiferença e frieza e quando "esperamos demais" soa para eles como algo semelhante a carência e dependência. Na verdade, o ser humano é um paradoxo, por isso é tão fascinante se descobrir no outro.
As pessoas deveriam assistir a esse filme não assim que nascerem, porque nesse momento ainda não possuiriam poder cognitivo suficiente para absorver o aprendizado dessa obra prima, mas esse é um filme essencial para a vida. Carpe Diem! É tão lisonjeiro e simples que vou assisto-lo novamente com medo de não fazer um comentário à altura. Retornarei em breve...
Por que as pessoas se contentam em serem infelizes? Para manter um status de casado? Ninguém jamais se casa para se separar, mas quando há o desgaste, o desconhecimento, a solidão, definitivamente há algo errado.
"Sejamos sinceros. " "Eu fui sincero durante todos os anos de casados." "Eu estão infeliz..." "Você um dia me amou? Quando você parou de me amar? "
Poderia ser mais fácil, conhecer diversos caras e escolher um para passar o resto de suas vidas. Filhos interferem em todas as nossas decisões a partir do momento que nascem.
Então, qual seria a explicação para esse final se eles se admiravam tanto? Carência? Talvez. Ambos sentiam a necessidade de serem entendidos, de serem apreciados. O amor não nasce em um único dia, eles mal se conheciam. Haveria alguma chance de dar certo?
Pouca. Todos nós temos medos, principalmente quando se trata de amor. Medo de sofrer, medo da traição. É normal de todo ser humano. O que faz dar certo de verdade é a sinceridade, não deixar que o diálogo se perca. A conquista diária, surpreender o parceiro. Confiança e liberdade que, apesar de parecerem sentimentos opostos, devem ser unidade. Apesar de os filmes franceses serem frios e realistas, minha crença no amor permanece intacta. Bem distante de todo final feliz, precisamos valorizar o olhar tímido de um flerte, a carícia espontânea de um cafuné, pequenos gestos que tornam uma relação a dois tão magnífica. Além disso, defeitos não são para serem aceitados, os defeitos completam nossas imperfeições nos mantendo em equilíbrio afinal, ninguém é perfeito mas todos somos perfeitos para alguém.
Eu ainda acredito. Acredito que mesmo em um século em que as pessoas não se importam mais, em que não há confiança no outro, em que sexo é tão banal, ainda possa existir amor de verdade. Não aquele amor de conto de fadas em que é tudo perfeito, príncipes não existem. Falo daquele amor em que um conhece o outro quase como a si mesmo, não aceita os defeitos mas se completa com eles, um sentimento muito além de conexão física na cama, um sentimento capaz de fazer você querer ser melhor a cada dia só para fazê-lo(a) feliz todos os dias. A relação entre a Maggie e o Jamie é fruto de amor e complacência, todos merecem encontrar essa relação na vida.
Assisti a esse filme duas vezes, fiquei maravilhada. Nem sei por onde começar... há tantos pontos que gostaria de ressaltar, tentarei ser sucinta. O filme se inicia com Will Hunting se dedicando à leitura em sua humilde residência, é necessária a percepção dessa dedicação e perseverança pois, apesar de parecer "fácil" para ele, adquirir conhecimento não é tão simples com relação a persistência necessária para alcançar, a força que é preciso para continuar e se tornar um profissional de qualidade e que, em pleno século XXI, há pessoas que acham que inteligência é um dom divino, já se nasce com todas as informações no cérebro. Em contrapartida, Will apresenta atitudes violentas que o faz ser detido algumas vezes e, já até mesmo durante a sentença, Will ataca com seu brilhantismo, se defende com maestria e uma das coisas que chamam a atenção no filme, é a sua educação irrisória(agradece sempre, a palavra obrigado já está entrando em extinção no nosso tempo, parecem que querem poupá-la). Para não ficar na cadeia, Gerald Lambeau(Gerry), um professor de matemática arrogante e, digamos, visionário, propõe que ele tenha aulas de matemática e sessões com psicologo duas vezes por semana. Diante de tentativas frustradas com psicanalistas e hipnotistas, Gerry convida seu amigo Sean Maguire, psicólogo e professor que, ao invés de julgar o comportamento agressivo de Will, tenta entendê-lo:
Além disso, Sean tenta mostrar a Will que a inteligência não é composta apenas por cálculos e ácidos nucleicos; inclui experiências de vida, situações singulares. Literatura, arte, música, são preciosidades que podem fazer um homem se diferenciar do outro. Will usou isso como camuflagem, uma forma de ignorar a realidade, vencer debates como se estivesse disposto a criticar a todos e sair vitorioso por sua inteligente capacidade cognitiva. Pobre Will, mal sabia ele que a realidade, as conquistas, valem mais. Conquistas não se tratando de adornos como a Medalha Field, mas sim, de lembranças. O fazer sua própria história. A história que será escrita na sua memória e relida, reescrita, reinventada pela eternidade por aqueles que fizeram e farão parte dela.
"Se te perguntar sobre arte, me dirás tudo escrito sobre o tema. Mas não pode falar do cheiro da Capela Sistina, porque você nunca esteve lá, nem olhou aquele teto lindo."
O amor. Will viveu durante 20 anos tentando fugir do passado. Fugir não resolve. Nunca resolve. Ao conhecer Skylar, ele tenta mas não resiste, ela consegue mudá-lo de forma que ele percebe a importância de ter alguém que se ame ao seu lado, alguém que te faça sorrir, que faça você se sentir fraco em sua pequenez ao olhar para ela e se sentir descoberto, e forte ao tocá-la e sentir que aquele é o seu lugar.
"Idiossincrasias que somente eu conheço. Era o que fazia dela minha mulher, Chamam isso de imperfeições, mas não são. São coisas boas. Nós escolhemos quem deixamos entrar em nossa vida. Skylar não é perfeita, você também não. A pergunta é se são perfeitos um para o outro. Esse é o segredo. Isso é intimidade. Pode saber de muitas coisas, mas só vai descobrir tentando."
Para quem acompanha a série, o filme foi bem fiel, o narrador-personagem fez a trama evoluir de uma forma bem mais engraçada, diferente do que geralmente fazem com o humor brasileiro. Entretanto, quem não acompanha a série não fica muito atrás, os personagens são bem pontuados com suas características marcantes, não há como ficar perdido enquanto a isso. Como toda a comédia nacional, é um filme regular, fizeram o máximo para que não se tornasse previsível. Já sabemos que o humor brasileiro tem muito o que evoluir para ganhar a devida admiração mas estamos no caminho certo, tentando fugir do óbvio, do plágio e das repetições, Vai que cola simplesmente quer te convencer, e em alguns momentos consegue devido ao enredo que expõe aspectos que são marcantes no Brasil. Quem tem riso frouxo vai gargalhar com frequência, um expectador mais exigente vai acabar focando em poucas sacadas que fizeram a diferença mas ainda assim vai se divertir. Fazer humor, ser humor, improviso na hora? Vai que cola.
Amor. Uma palavra tão pequena mas que pode causar grandes catástrofes. Conheci esse filme por uma citação pela qual me interessei, ela dizia o seguinte: "Você se importa comigo mas ama outra pessoa.", que, no filme, é uma das citações do Otto. Você não precisará ser emotivo ou estar na TPM para se sensibilizar por esse filme e, para aqueles que o julgaram "chato", infelizmente não compreenderam o quão real é essa história. Adoraria me aprofundar em outros personagens, principalmente Henri, mas focarei no trio principal.
Junie, novata, passando por uma série de acontecimentos delicados na família, inicia em uma nova escola. Entre aulas de inglês e matemática, Otto se apaixona por ela - o que não é tão difícil, os franceses possuem traços naturais encantadores, sem a necessidade de extrema maquiagem, são culturalmente elogiados simplesmente por serem franceses e, apesar de dizerem que eles não costumam tomar banho, isso não parece um problema pela tela do cinema - parece óbvio que o amor que Otto sentia por Junie não era recíproco mas, como sempre achamos que com o tempo vamos "aprender a amar o outro", ela aceita o "desafio", até mesmo pela sua situação, pela necessidade de conforto nos braços de alguém, proteção. Otto é diferente. Diferente? Sim, mas eu diria, romântico, daqueles que acreditam em amor à primeira vista, daqueles que precisariam de um tempo maior para compreender que um relacionamento envolve muito mais do que se doar ao outro: envolve comunicação para que haja a percepção da realidade; sinceridade para que haja confiança e, o que mais lhe faltou: força, para lidar com as adversidades, para aceitar decisões adversas. Diferente de todo o seu círculo de amizade onde todos já traíram alguma vez ou foram traídos e, supostamente, já transaram com alguém sem sentir nada pela mesma, sim, ali o Otto era totalmente diferente, até um pouco alheio a tal realidade. Otto precisava aprender que o término de um relacionamento não era o fim do mundo mas a suposta traição o afetou mesmo que Junie tivesse confessado "tudo" a ele. Além disso, ele não teve quem o afirmasse a verdade: que ele encontraria alguém que o amasse exatamente como ele é. Sendo assim, ele simplesmente constatou: "Bom, se ela foi capaz de me trair, tem algo errado comigo." O suicídio foi surpreendente para mim, tanto que me peguei boquiaberta após o ocorrido e ainda gritei "NÃO!" antes que ele o fizesse. Professor Nemours, um belo homem, daqueles que sabem o efeito que podem causar e sabem tirar proveito desses atributos. Garanhão, e não sente remorso algum por isso. Se apaixona por Junie e isso o afeta intensamente, muda sua vida, como ele mesmo disse: "Eu limpei o caminho por ela", ele pediu dispensa das aulas para que ela não perdesse o ano com sua forma fugitiva de ser. Grandes atitudes. E não dizem que o amor se prova com atitudes? Pois Nemours provou. Mas, até quando é recíproco, o amor é um labirinto: quando você achar que encontrou a saída, estará mais perdido. Junie era seu labirinto, uma mulher decidida e complicada, ele lutou por ela mas não foi suficiente, nunca é suficiente. Com toda certeza, o aprendizado que Nemours tirará de tudo isso o fará um novo homem, o amor é capaz de mudar, mudar nossas direções nesse labirinto até nos encontrarmos, nos descobrirmos. Junie. Forte demais. Tão forte que acabou perdendo a sensibilidade, me identifiquei com ela, Junie é cética, pensa minuciosamente antes de agir, checa suas "regras" antes de cada passo que dará. E, ao se apaixonar por Nemours sente que perderá o controle, dessa forma, ela primeiramente analisa seu currículo, claro, e tendo como experiência, no mesmo período de tempo, uma professora e uma aluna, ela partiu para a defesa, se defendeu o máximo que pôde para não expressar seus sentimentos, não permitir que o amor a dominasse. Quando percebeu que estava "encurralada", ela simplesmente fugiu. Fugiu por ser burra em rejeitar um homem daqueles? Ela estava se fazendo de difícil? Não! Ela era fraca. Com apenas 16 anos, ainda não estava preparada para lidar com o ciúmes, a prova disso é que antes mesmo que acontecesse ela confessou que não suportaria. Essa transparência de Junie me admira. Pareceu egoísmo de sua parte fugir, e por um lado foi, mas por outro, ela era apenas uma adolescente não querendo se complicar, fugindo das dificuldades até que um dia, ela não terá para onde correr, e quando finalmente resolver lidar com os problemas frente a frente, a bela Junie amadurecerá, para o mundo, e para a vida.
Um tipo de filme que merece ser compartilhado porque trata de assuntos que ignoramos de tal forma que chegam a cair no esquecimento. Mr Barthes. Um homem impassível, um professor que já "aprendeu" ou melhor, se acostumou a lidar com grande parte das dificuldades que as escolas públicas proporcionam e, ainda assim, prefere ser apenas um substituto de outros professores. Por que? Porque mesmo com toda a sua benevolência, com toda a sua vontade de fazer a diferença na vida dos adolescentes, ele também tem seus próprios pesadelos que, mesmo que tentamos esconder, sempre estarão conosco. E a forma que ele encontrou para tentar esconder
-- o fato de ter presenciado a morte da mãe na infância o abalou--
é não manter relações afetivas com alunos nem professores, saber o menos possível mesmo que seja requisitado apenas um diálogo ou até quando a visão de um relacionamento amoroso passa pelos seus olhos
-- Quando Henry percebeu estar se envolvendo demais com adolescente que se prostituía, de imediato a mandou para um abrigo e a estudante Meredith--
. Sua relação com o seu avô também é difícil até de se argumentar, tal dificuldade muitos de nós enfrentamos com os idosos, deixá-los em um asilo, lidar com seus monstros que, mesmo com o passar dos anos, os impedem de progredir, se libertar. O filme não se fecha apenas no Henry, mas também em outros os professores e coordenadores que enfrentam o ambiente "vivo" escolar. Também podemos ver outros pesadelos que assombram o século XXI:
um dos professores já se sente invisível: é ignorado pelos alunos, o que geralmente acontece a todos mas ele não sabe lidar com isso; ao chegar em casa, é ignorado pela própria família, trocado por televisores e laptops.
. Em suma, é um filme regrado de sabedoria, com citações magníficas
, incentivando a literatura, mostrando que vivemos em um mundo de incertezas, influências e mentiras. Para que sobrevivamos temos que ler. Ler. Um verbo tão simples mas que diz tanto. Nos manter informados, ter nossas próprias convicções, crenças, argumentos. Ninguém pode dizer quem somos, ninguém pode nos impedir de ser, apenas. Seres humanos.
Quando vi o trailer me lembrou muito do livro "Belle Époque", que é um dos melhores livros que já li, e trata dessa questão de "contratar" uma mulher "feia" para destacar as demais em um grupo. Tirando todo o clichê colegial, esse tipo de filme nunca deixará de ser atual e de agradar não só os grupos jovens. Com a tecnologia dominando as escolas de tal forma que hoje pode estar tudo bem e amanhã, com apenas um clique, milhões de pessoas estarem rindo de você ou te ofendendo por alguma postagem. Uma coisa que me agradou também foi que, nesses tipos de filme, é comum a atriz mudar completamente o visual, dar uma repaginada milagrosa, e não é isso que vemos em "The Duff", ela manteve sua personalidade. A interação entre o casal Bianca/Wesley é admirável, apesar dele ser popular a amizade deles vem de infância, o que foi bem ressaltado. Bom, é um filme agradável por fim, previsível mas que aborda temas atuais que farão os adolescentes serem mais cautelosos com as coisas que compartilham e que até mesmo tentem lidar com isso caso algo "vaze" na rede descontrolavelmente. Percebemos que sempre haverá um "DUFF" mesmo que ninguém aponte, temos que admitir que isso provêm mais da personalidade daqueles que se deixam intimidar, acabam aderindo medos desnecessários e, tendo medo de viver, formarão mais "DUFFs". O que destruirá os "DUFFs" será a entrega, a sinceridade, a superação e o amor pela vida; sem receios, medos nem arrependimentos, apenas vivendo com prazer a melhor fase da vida que é a adolescência.
Não sei como fiquei tanto tempo sem ver esse filme. Fiquei hipnotizada, quando acabou me peguei boquiaberta. Um dos melhores filmes de 2015 senão o melhor
Parei exatamente na página na página 151 desse livro e não consegui concluir. A autora tentou fazer com que o ápice do livro tivesse cunho sexual ao invés de focar em construir uma história interessante e "real". Ana Steele trata Christian como um Deus, e esse foi um dos maiores erros da história. Anastasia não parece ter qualquer dignidade, comprovado em diversos momentos em que sua própria consciência a chama de prostituta. Amor? Neste livro? Quem não cairia de "amores" por um homem bilionário e "perfeito" em "todos os aspectos físicos"? A autora quer fazer de Ana uma ingênua virgem, uma mulher que não "sabe nada da vida", interesseira que tenta passar a visão de boa moça, quer que tenhamos pena dela ou até mesmo inveja, claro, basicamente. Christian Grey está longe de ser uma expectativa de homem perfeito, independente de suas características físicas, ele é rude, altivo, presunçoso, dominador muito além do sexo, dominou também os valores de uma mulher "imaculada" e, como mostra majestosamente no livro "The Picture of Dorian Gray", a beleza acaba e nossa dignidade, honra e pureza da alma se sobressaem no final. Percebi também, logo de início, o nome Christian Grey me lembrou imediatamente "Dorian Gray" que faz parte desse um livro magnífico, mencionado anteriormente, que trata a beleza de maneira verídica, não de maneira altiva e presunçosa, como 50 shades of Grey propõe.
Magnífico. Essa palavra descreve o quanto fiquei maravilhada ao concluir esse filme. Homens, mulheres e filhos, descreve perfeitamente o século XXI, onde não há mais olho no olho, onde as conversas entre familiares estão cada vez mais sucintas e principalmente, onde não se conhece mais as pessoas que estão ao redor até mesmo os mais próximos. Foram abordados tantos casos que eu poderia enfatizar mas por mais difícil que seja, escolhi apenas um.
O caso do casal, onde o personagem de Adam Sandler e sua esposa traem um ao outro.
O amor é algo complicado, passar a sua vida com uma pessoa completamente diferente de você é algo que está se tornando repulsivo hoje em dia, temos medo da traição, medo de se entregar e, por fim sermos magoados. Conseguiríamos perdoar? Será que o amor nos transforma a ponto de confiar? Acredito que não falte confiança nos relacionamentos e sim, diálogo e sinceridade, por mais difícil que seja, após anos de casado, há o desgaste, isso é normal, para mim, a melhor solução é conversar com o parceiro, fazer com que ele saiba de tudo o que estás sentindo, dos momentos de tédio, dos momentos em que não se sente "saciada" como outrora. A solução para recuperar o desejo deve ser discutida mas deixamos o medo dos apropriar, deixamos o tempo passar e isso se arrasta, se prolonga e decisões extravagantes são tomadas para saciar um desejo momentâneo. Eu acredito no amor, acredito que as pessoas podem aprender muito sendo um casal e acredito mais ainda que seja possível um casal ficar junto "até que a morte os separe" sem qualquer tipo de traição(sendo, no caso, a definição como "enganar o parceiro 'sem' seu consentimento"). Um filme fantástico, essencial para abrir a mente dos internautas e questionar em qual mundo estamos vivendo: no virtual ou no real. Recomendo!
Piadas previsíveis, senti vontade de sair do cinema antes do término e isso é vergonhoso. Não parecia um filme e sim uma das séries que passava na Globo ou até o Zorra Total. Patético!
É um filme espetacular para os que acreditam Nele em detrimento das outras religiões. A princípio, há debates equilibrados, é sempre interessante perceber e discernir as duas partes da moeda entre ateus e teístas mas é claro que, como o título propõe, um lado venceria. Foi planejado encontrar um motivo explicito para ser ateu, tratando isso como se fosse algo refutável,
como, no caso, o fato do Professor Radisson odiá-Lo devido a morte de sua mãe
. Sou católica entretanto, acima de tudo acredito que minha religião não deve ser tratada como algo obrigatório, tive a graça de encontrar a minha felicidade Nele, de perceber que Ele é maior em MINHA vida e sei que nem todos pensam assim, e nem espero que se iludam pelo meu ''achado'', espero sim é que todos tenham a oportunidade de encontrar ''algo'' que faça a sua alma relaxar, um refúgio que fortaleça a sua vida a cada dia, sei que todos encontrarão e que, se não for por intermédio Dele, será válido e abençoado do mesmo modo para vos.
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A Mulher Rei
4.1 486 Assista AgoraEm seu livro: "Em busca de mim", Viola Davis se pergunta quem ela é. A resposta seria uma menina de 12 anos que corria dos garotos que batiam nela na saída da escola.
E em "The Woman King" Viola Davis descobrir e dominou seu monstro: a menina que foi silenciada e deixou passarem por cima dela.
A menção a Breonna Taylor no pós-crédito fez ele ser ainda mais revolucionário. Somos guerreiras! Só precisamos encontrar algo pelo que valha a pena lutar!
O Turista
3.3 3,3K Assista AgoraStarlight - MUSE
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraPrimeiramente, gostaria de compartilhar que li o livro e assisti esse filme quatro anos atrás, eu tinha 16 anos e estava na mesma fase de Charlie. Lembro-me de ter odiado ambos, não lembro o motivo mas recordo que não notei
o estupro efetuado pela tia
Como era de se esperar, há algumas diferenças e ausências entre livro/filme, entretanto, consegui absorver as mesmas sensações em ambos, mas acho que a intensidade dos personagens ficou mais bem elaborada no livro, como a Sam por exemplo, porém as emoções ainda estão lá(chorei no término de ambos).
Dear friend,
Charlie, 15 anos. Na flor da idade. Idade da flor. Momento em que a vida floresce, a personalidade é construída, é quando somos primavera até a estação seguinte: Verão.
"I haven't really talked to anyone outside my family all SUMMER."
"I'm both happy and sad. And I'm still trying to figure out how that could be.
Nothing. Patrick is everything. Um rapaz puro, de bom coração, uma flor que já floresceu e já se encontra no Outono onde as pétalas caem, murchas, e precisam aprender a serem firmes para não serem levadas pelo vento. Quem não adoraria ter um amigo como Patrick?
"Raise your glasses to Charlie. We just wanna toast to our new friend. You see things and you understand. You are wallflower."
Sua relação com Brad é uma das mais bonitas. Há o sacrifício. Brad é popular e vive dessa máscara, é uma daquelas flores com duas cores distintas, só mostra aquela que lhe convém. Mas Patrick conhece todas as suas cores. Um arco-íris. Depois de tanta mentira, até quando Patrick lidaria com isso? Patrick é um homem, luta pelo que quer, haja o que houver, vive cada dia como se fosse o último. Patrick sabe viver.
Mas também se sente impotente com algumas decisões irrefutáveis do destino: "Why can't we save anybody?"
SAM, três letras, uma catástrofe. Amor à primeira vista, e aprendizado em todas as vistas seguintes. Sam sempre pareceu tão decidida, tão segura de si por fora, e por dentro todos nós temos nossos abismos:
"I always tell her: 'don't make yourself small. I can't save anybody" - Patrick
"I was eleven. His name was Robert. He used to come over to the house all the time.[...] He was my daddy's boss."
"You know, Charlie, I used to sleep with guys who treated me like shit. And I get wasted all time."
O primeiro beijo de Charlie, uma menina que queria crescer rápido para fugir correndo do passado. Uma quase mulher que se acorrenta no "não merecer", que esmaece seu próprio brilho por compaixão de si mesma. Uma pequena flor que recebe dia após dia o cuidado que Charlie mantém, assim como o regar de uma flor.
"EXPECTATIVA
"— TRUTH!"
"— How is your first relationship?"
"— It's too bad that I keep fantasizing one of us is dying of cancer so that I don't have to break up with her."
REALIDADE:
"— DARE!"
"— I dare you to kiss the prettiest girl in the room on the lips"
*Then he goes and kisses Sam"
"You are not small. You are beautiful"
Sam aprende a cuidar também, ensina a Charlie a sinceridade:
"Don't you get, Charlie? I can't feel it. It's really sweet and everything but you can't just sit there and put everybody's like ahead of yours and think that it counts as love. I don't wanna be somebody's crush. I want people to like the real me."
Teacher Bill. Fez uma grande diferença na vida de Charlie, expõe sua capacidade e sua inteligência, apesar dele estar bem mais presente no livro, mais uma vez no filme sua preocupação com Charlie é suavizada:
"Why didn't you raise your hand?" E ao final, a tentativa de fazer Charlie participar e "levantar a mão funciona, finalmente:
"— Who here is gonna read for pleasure this summer?"
"— CHARLIE!"
"— Why do nice people choose the wrong person to date?
"— We accept the love we think we deserve."
"You are the best teacher I've ever had!"
Tia Helen. "Ela teve uma vida terrível", Charlie acreditava.
"She was insane."
Tia Helen havia apanhado pelo seu ex-marido e Charlie conviveu com o sofrimento dela durante a infância. Esse tipo de ato na infância sempre marca muito a vida de qualquer pessoa. Assim como com Sam, Charlie carregou esse trauma para a sua vida, culpando-se pela morte dela no acidente."I'll get your present" - in his bday.
Se sentir infinito é se sentir vivo. É fazer parte do mundo, é ser o mundo. É sonhar e ser o sonho(essa parte é a letra de uma das músicas da trilha sonora, que trilha sonora!). É a confiança de falar e a paciência de ouvir. É a dádiva de estar e a sorte de pertencer. Ser infinito nada mais é que viver.
Se tornou um dos meus filmes favoritos porque eu consigo me ver em Charlie, eu me vejo em Sam, em Patrick e eu me identifiquei demais com Mary Elisabeth, eu vejo um pouco do meu reflexo em todos os personagens. O reflexo do medo. Medo de ser, medo de viver, medo de admitir e medo de aprender. Somos todos invisíveis. Mas nesse caos que é desabrochar, nossas pétalas sempre terão opção: Ou você é uma flor amarela, e medrosa; Ou você é uma wall(flower), infinita.
É um filme muito bonito e repleto de detalhes, li ao livro duas vezes e assisti ao filme três vezes(em 4 anos) e ainda assim, tenho a sensação de que posso absorver mais dele na próxima vez que assistir/ler, dependerá muito mais da minha maturidade. E você, que desistiu do livro ou disse que o filme é chato, dê mais uma chance ao Charlie, ele não chora demais no livro, é apenas emotivo, acredito, há muito aprendizado em tudo isso. Só espero que todos nós possamos ser heróis nem que seja por um único dia e encontrar o nosso túnel que nos fará sentir a liberdade.
Love always,
Fernanda Ferreira Ventura.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraSabe aquela Regina Casé apresentadora do programa Esquenta? Eu não a reconheci. Mas isso é normal. Sempre acontece quando uma atriz faz o seu papel tão bem, de forma tão brilhante que se torna irreconhecível.
Val. Babá e empregada doméstica. Representa uma das classes mais desrespeitadas e desvalorizadas do país. Mulher humilde, devota à família com um respeito acima dos que eles mereciam receber. Val tem estilo. Criou Fabinho como seu próprio filho enquanto a mãe dele trabalhava. Enquanto preferiu deixar sua filha Jéssica em Pernambuco para trabalhar em São Paulo e poder dar uma vida melhor pra ele quando voltasse. Se voltasse. Não voltou. 10 anos se passaram e durante esse tempo a maior semelhança entre a vida de Jéssica e Fabinho foi a seguinte pergunta: "Que horas ela volta?"
"Você acha que seu pai e eu a gente nunca fumou maconha?" Que família! Um casal distante, um filho mimado pela mãe justamente por ela não lhe dar a atenção necessária, se tornando liberais em um propósito oposto ao necessário. Uma família onde não há diálogo à mesa. Todos vidrados em seus respectivos celulares formando bolhas impenetráveis.
Jéssica. A avalanche. Mesmo sem possuir intimidade alguma com a mãe(apesar da distância ficou 3 anos sem falar com ela por telefone, acredito que por conta do filho), se esforçou para tentar ser filha e fazer Val enxergar a realidade. "Segura demais de si". Quando as pessoas estão acostumadas a serem rebaixadas, acham isso parte do ciclo social natural da vida, passam a confundir desejo com presunção pois aprenderam a ser assim..."Quando eles oferecem alguma coisa que é deles, é por educação, é porque eles tem certeza que a gente vai dizer 'não'!"
A grande maioria dos empregados não tem instrução alguma."Mas não dá mais não, já não dá mais tempo não. Tem tempo que Fabinho já fez a inscrição. Ele também vai faze... na internet? E pode?", e para se encaixarem no "protocolo", precisam abaixar a cabeça, ser invisível. Apesar das dificuldades de ensino, "aonde eu vou estudar aqui?" desde o princípio ficou óbvio a dedicação e a preocupação dela com os estudos. E Jéssica aprendeu a ser crítica com seu professor de história, aprendeu a pensar, a colocar a cabeça para funcionar por si mesma e, principalmente, aprendeu que se fazer de coitada devido as dificuldades eminentes, devido a classe social, para que os outros sintam pena, não leva ninguém a lugar algum,"Ai coitadinha", ela correu atrás dos seus sonhos, admirável."Na FAU(Faculdade de Arquitetura e Urbanismo)???"Tal perplexidade não é infundada, todos sabemos da precariedade do ensino brasileiro, sem o seu esforço, dependendo apenas do ensino, Jessica não teria chance alguma. Mas a diferença é que Jessica sabe disso. "Finja que está podando que eu finjo que estou aguando(...) estudar o dia inteiro? A pessoa fica doida"
Dr. Carlos. Pode-se dizer coadjuvante mas tem a sua importância. Não tem mais nenhuma relação com a própria esposa, não há mais diálogo nem nada em comum. Quando Jessica surge, com sua curiosidade natural, havendo um diálogo com assuntos interessantes, uma "menina" interessante, diferente do que ele está acostumado a encontrar, ele relembra a si mesmo. Artista. Pintava quadros lindos que é provável que sua esposa nunca tenha reconhecido."Eu parei porque todo mundo falava que eu era o cara$, e eu acreditei..." Todo mundo dança mas sou eu que ponho a música. Pelo fato de não estar acostumado com tanta atenção, Dr Carlos acaba achando que o interesse de Jessica é algo a mais. Enganou-se. "Quer casar comigo?" Mais sincero impossível. Três palavras definiram o que esse homem vive naquela casa. Não sei se ele é digno de pena, talvez não, mas ele foi corajoso apesar de permanecer enjaulado sem a esperança que Jessica havia lhe dado.
"Barbára te sustenta?" "Bárbara?(risos)" Não tem nada de bárbara. Hipócrita, ela é a presunçosa do filme e não, Jéssica.
"Her gracious little daughter is back". Que atitude pífia da parte de uma mulher sem perspectiva, que vive sustentada pelo marido e ainda assim, acredita ser superior. Grande farsa é a sua vida."Val, pode não parecer mas essa casa ainda é minha"
O jogo de xícaras. Presente de Val. "Vamos guardá-lo para usar assim... numa ocasião especial". O aniversário de Bárbara. O evento do ano. Festa cercada de gente importante e especial. Especialmente ignorantes que tratam a empregada/garçonete como se fosse invisível e nem ao menos agradecem ao serem servidos. O jogo de xícaras. Possuem um valor sentimental, um significado tão grande para Val, até mesmo por sua complexidade, preto e branco, não, pretoxpreto, brancoxbranco, é diferente "que nem Jessica". Mas esses vão para o Guarujá, pegue os da Suécia, que possuem um valor mais socialmente caro. Que evento especial! Sem perder em nenhum momento sua personalidade simples, ao final, Val toma café com as cores correspondentes, mostrando sua integridade.
A piscina. Sempre houve uma cerca invisível ao seu redor que, para Val era impenetrável. Jessica conseguiu fazê-la enxergar a realidade."Minha mãe viu um rato aqui ontem, é perigoso, pode pegar alguma doença" "Você acha que eu sou um rato?" Jessica era um rato. Que infectou toda aquela família, não com leptospirose mas com dignidade, inteligência e esperança.
"Tô dentro da piscina". Símbolo de liberdade. Símbolo de 10 anos na senzala. A piscina foi sua princesa Isabel, assinando sua carta de Euforia.
O sorvete de Fabinho. É muito interessante observar a desigualdade nessas pequenas coisas.
O vestibular. "Porra, Val, por dois pontos" A relação materna entre Val e Fabinho é serena. Nesse aspecto podemos observar ainda mais essa diferença entre Val e Bárbara com relação a ele.
Bárbara: "Poxa, Fabinho, a Val pode te abraçar e eu não posso?"
Fabinho: "A Val me acha inteligente, você me acha burro."
(...)
Bárbara: "O Val, mas aqui, não fica muito animada não, porque ainda tem a 2ª fase, um tanto mais difícil..."
Bárbara: "68... não fazia outra coisa, só ficava estudando..."
É incrível sua capacidade de encontrar maneiras de rebaixar um ser humano mesmo não havendo nenhuma. Em um instante ela cobra Fabinho por não abraçá-la e, após saber do resultado de Jessica, o Fabinho se apoia nela e ela sai do quarto. Brilhante. Brilhante maneira de deixá-lo ainda mais distante afinal, Recife > Austrália.
Arrependo-me hoje por não ter tido tempo de assistir a esse filme no cinema. Não foi preconceito. Será? Sinceramente espero que o cinema nacional amadureça pois sempre senti que preferem abraçar comédias, pra você ter uma noção, os únicos filmes que a mídia faz questão de anunciar(muitas vezes agradecendo pelos tantos milhões de espectadores) são de comédia, incluindo continuações(trágico); dos 33 filmes lançados em 2015, 13 são de comédia. Vocês não cansam de rir?
Sim, já assisti filmes nacionais impecáveis ainda tenho esperança, nós somos capazes de erguer o nosso cinema que confirmar que o Brasil não é somente prostituição e drogas como afirmara o grande ator Robin Williams, outrora.
Ponte para Terabítia
3.9 1,6KMágico. Essa palavra poderia definir meu sentimento por esse filme. "Qual é a graça em ser sério?" Essa pergunta não deveria ser feita apenas pelas crianças mas pelos adultos também. Conforme vamos crescendo e relativamente, amadurecendo, começamos a esquecer de valorizar as pequenas coisas devido a rotina.
"Meus pais dizem que a televisão queima os neurônios".
Concordo plenamente. Nem todo o conteúdo presente nos televisores é deplorável, não sejamos hipócritas. A questão é a zona de conforto. Assistimos coisas banais, que não acrescentarão nada para nós, rimos de coisas chulas, que não proporcionam nenhum ensinamento relevante e principalmente não fortalece nosso cérebro. Mas é muito bom ficar enraizado no sofá, não é mesmo? Sim, muito, mas que isso não se torne um hábito que o impeça de viver.
Muitos ensinamentos em um único filme "infantil" para alguns. A viva relação entre pais e filhos diante das dificuldades, nos faz enxergar o como muitas vezes as crianças não são compreendidas e acabam se fechando. As crianças devem ser ouvidas sempre, elas precisam desvendar o seu mundo e, Jess encontrou sua voz em Leslie.
Que morte trágica! Leslie foi a coragem na vida de Jess. Talvez esse fosse o destino dela, encorajá-lo na luta contra todos os seus monstros, a voar com suas próprias asas e a correr atrás dos seus sonhos.
Usar a imaginação, ter sonhos, não é privilégio apenas das crianças, a diferença é que as crianças são puras, não tem medo do que os outros pensam sobre elas, são puramente confiantes em seus sonhos. Confiam tanto que eles se tornam realidade. Feche os seus olhos, e mantenha a sua mente aberta pois, assim que você cruzar a ponte para Terabítia, seu mundo jamais será o mesmo.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraVocê gosta de literatura? Não? Tudo bem. Você não precisa ser um poeta para ser feliz mas ajudaria se fosse.
Welton Academy, uma escola de prestígio(carinhosamente chamada de Hellton= inferno), zela por valores que tornam autêntico o seu ensino. Entretanto, como não é difícil captar, tal busca pela excelência acaba ofuscando um valor muito mais importante: o de ser humano. Ser livre que, dentro da academia, soa autômato devido a tamanha imposição.
Em contrapartida, conhecemos Mr John Keating, o substituto. "Ó, Capitão. Meu Capitão" para os mais audaciosos."Agora, classe, vocês aprenderão a pensar sozinhos de novo. Aprenderão a saborear a palavra e a linguagem. Não importa o que digam, palavras e ideias podem mudar o mundo."
Para os não familiarizados com a riqueza literária, Carpe Diem provém da arte barroca do século XVII. Essa característica propõe a efemeridade da vida, o quanto ela é passageira, havendo assim, a necessidade de gozá-la antes que acabe(não focarei nos aspectos religiosos).
"Isso cai na prova?" Nenhum daqueles estudantes estavam preocupados em aproveitar a sua adolescência, em se aprofundar em um assunto de seu interesse, estavam literalmente condicionados a estudar mais e mais, a fazer o que devem fazer apenas pelas notas, pela graduação, um simples pedaço de papel, valendo bem mais que a liberdade mas a vida de todos aqueles jovens.
Mr Mc Allister: "Mostre-me um coração não afetado por sonhos tolos e eu lhe mostrarei um homem feliz."
Mr Keating: "Mas só nos sonhos pode um homem ser livre. Sempre foi assim e sempre será." (O brilhantismo e a rima está na versão em inglês, ao interessados recomendo)
Tão jovens, 17 anos, muito o que aprender, muito o que descobrir, e já possuem grandes responsabilidades, claramente estão ali mais pelos pais, que ingenuamente acreditam que aquilo seja o melhor, do que por eles mesmos. "Você só poderá me desobedecer depois que se formar." A Midsummer Night's Dream, eu atuei essa peça alguns meses atrás(eu era Titania, the Queen of the fairies), e fiquei ainda mais feliz por encontrá-lo nesse filme. Neil. Um aluno brilhante, um filho magnífico, jamais ousou desrespeitar seu pai mesmo que isso o impedisse de ser ele mesmo. Soa injusto o seu fim. Mas "Carpe Diem! Mesmo que isso me mate." Para Welton Academy foi fácil criar uma maneira de esconder a verdade sobre a morte de Neil. Tudo pela excelência, não é mesmo? Valores vazios. Hellton Academy. Mas John Keating fez muito mais por aqueles jovens, até mesmo por um dos professores. John Keating é um verdadeiro mestre, um exemplo do que é ser professor. Não importa se toda a escola não compreender suas lições, se seu método não agrada a todos, lidar com alunos são fases, nem todos estão no mesmo parâmetro, o que importa é que se você conseguir fazer a diferença para um aluno, a gratificação será eterna. Viva nossos mestres!
"DEAD POETS SOCIETY: meetings
Fui à floresta porque queria viver profundamente e tirar toda a essência da vida. Fazer apodrecer tudo aquilo que não era vida e não, quando eu morrer, descobrir que não vivi."
"Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que vivemos."
No decorrer da vida, tomamos decisões que não queremos e acabamos buscando sonhos que não são nossos. No caso de Neil, o pai o pressionava, ele não teve escolha. Mas e você? Feche seus olhos por um instante e pense se é feliz com a vida que está levando. Não quero soar como os livros de auto-ajuda, só quero provar que a literatura não está baseada em poemas e versos com palavras difíceis que ninguém entende. Acima de tudo, a literatura é uma forma de expressão, um sentimento escrito, que nos liberta do que está entalado na garganta, da falta de palavras na voz e, de repente, nos apresenta a descoberta do sentimento no lápis.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraCaramba! Me identifiquei tanto com esse filme, há tanto do que falar, sem mais delongas... vamos do começo.
NOTA DOS AUTORES: Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é coincidência. Principalmente você Jenny Beckman. Bitch! Com uma única palavra o autor já nos coloca na defesa de Tom.
"Essa é a história de uma garoto que conhece uma garota.(...) Tom cresceu acreditando que nunca seria verdadeiramente feliz, até o dia em que conheceu a garota. Essa crença vem de uma exposição precoce à triste música britânica(pôster do The Smiths ao fundo)(...)." Muitas coisas acabam se tornando crenças para nós mas nem todas são realmente verdade. Uma pessoa não pode nos fazer feliz, simplesmente. Uma pessoa completa você, deve te fazer mais feliz do que você já é, completa a sua felicidade, não é a felicidade em si. "Summer só amava duas coisas: A primeira era seu longo cabelo escuro. A segunda era cortá-lo sem sentir nada." Summer já havia perdido as esperanças. No amor mas não na vida. Seus pais eram divorciados e, para ela, com ela seria assim também afinal, com todos eram. Isso mostra o quanto as nossas crenças interferem na nossa vida. Poderíamos acreditar em uma mentira que ela se tornaria verdade para nós, foi isso o que houve com Tom. Enquanto Summer, com o seu medo de usar as palavras a seu favor e dizer o que sente, acabou impedindo o Tom de se descobrir, de compreender o que "houve de errado". Se ela tivesse dialogado de maneira sincera com Tom e não, simplesmente, levasse o relacionamento com a barriga, o ignorando quando não estivesse a fim, talvez o verão teria durado no máximo 90 dias(ano não bissexto) como de costume.
Só a ideia do título, da passagem aleatória dos dias, é brilhante, se completam. A felicidade e a comemoração um dia após a transa, expectativa x realidade, que muitos nós vislumbramos na nossa mente está ali, e isso torna o filme mágico e real.
"Acho que estou apaixonado pela Summer. Amo o seu sorriso, seu cabelo(...) qualidades. Não sei a idade de sua irmã Rachel mas ela em 20 segundos consegue enxergar além de Tom(muitos podem achá-la jovem para dar conselhos mas aquém aos pais, Rachel é a pessoa em que Tom mais confia, ela o conhece de verdade, e principalmente, conhece seus defeitos e os aponta sem piedade. Não importa se Rachel tem 13 ou 24 anos para aconselhá-lo, ela o conhece e o ama, e isso é o suficiente para realizar críticas sinceras e verdadeiras), principalmente quando ela diz: "Sei que você acha que ela é a mulher perfeita mas eu não acho. Acho que você só está lembrando das coisas boas."
"Não é só porque alguém gosta das mesmas porcarias bizarras que você, não significa que ela seja sua alma gêmea". Realmente. Se encontrássemos o amor naquele que tem gosto semelhante ao nosso haveriam muitas "opções" para se escolher. "Alma gêmea" não está baseado em semelhanças mas principalmente em diferenças. O que Summer tinha de diferente? Na visão de Tom ela não tinha nenhum defeito, ele amou a imagem que ele criou em sua cabeça. Em nenhum momento ele conheceu a Summer através da Summer, ele só conhece a Summer através dele mesmo."
Summer: "Eu acordei um dia e simplesmente sabia."
Tom: "Sabia de quê?"
Summer: "Do que eu nunca tive certeza com você!"
"Acho que, tecnicamente, a garota dos meus sonhos, provavelmente teria um peito avantajado, cabelo diferente, provavelmente gostaria de esportes. Mas, na verdade, a Robin é melhor que a melhor mulher dos meus sonhos... ela é real" Criamos o hábito de viver através de experiências alheias, não que isso seja ruim, afinal ajuda muito quando se pode evitar o sofrimento mas com isso podemos acabar evitando a nossa felicidade também. Muitos se apegam a teorias como: "Ah, eu nunca perdoaria uma traição!", mas e na prática? Porque há mulheres que "perdoam", seriam elas tolas? A verdade é que o início de uma relação deve ser unidade, confiança e diálogo. Numa traição, por exemplo, a primeira coisa que passa pela nossa cabeça é: "Que canalha safado! Eu achei que você me amasse." E não pensamos no que poderia ter causado isso, como chegou a isso? O que eu fiz ou deixei de fazer para que isso acontecesse? Sempre há uma explicação(descartando as pessoas que realmente traem por prazer, sim, elas existem, até porque "fraqueza" não existe, sejamos sinceros). E quando escolhemos compartilhar as nossas vidas com alguém, devemos estar dispostos a ouvir tais explicações e reconhecer os erros, corrigi-los não importa de que forma seja, a partir daí o amor dirá se você perdoará ou não.
"I'm Autumm(outono)."
Devemos parar de esperar do outro mais do que eles podem oferecer. Talvez, absorveremos mais do outro dessa forma, aprenderemos mais, permitindo, assim, que o outro nos surpreenda. Mas agir, assim, é difícil confesso, porque as pessoas confundem "não ter expectativa" com indiferença e frieza e quando "esperamos demais" soa para eles como algo semelhante a carência e dependência. Na verdade, o ser humano é um paradoxo, por isso é tão fascinante se descobrir no outro.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraAs pessoas deveriam assistir a esse filme não assim que nascerem, porque nesse momento ainda não possuiriam poder cognitivo suficiente para absorver o aprendizado dessa obra prima, mas esse é um filme essencial para a vida. Carpe Diem! É tão lisonjeiro e simples que vou assisto-lo novamente com medo de não fazer um comentário à altura. Retornarei em breve...
Um Novo Amor
3.2 113Por que as pessoas se contentam em serem infelizes? Para manter um status de casado? Ninguém jamais se casa para se separar, mas quando há o desgaste, o desconhecimento, a solidão, definitivamente há algo errado.
"Sejamos sinceros. " "Eu fui sincero durante todos os anos de casados." "Eu estão infeliz..." "Você um dia me amou? Quando você parou de me amar? "
Poderia ser mais fácil, conhecer diversos caras e escolher um para passar o resto de suas vidas. Filhos interferem em todas as nossas decisões a partir do momento que nascem.
Então, qual seria a explicação para esse final se eles se admiravam tanto? Carência? Talvez. Ambos sentiam a necessidade de serem entendidos, de serem apreciados. O amor não nasce em um único dia, eles mal se conheciam. Haveria alguma chance de dar certo?
Pouca. Todos nós temos medos, principalmente quando se trata de amor. Medo de sofrer, medo da traição. É normal de todo ser humano. O que faz dar certo de verdade é a sinceridade, não deixar que o diálogo se perca. A conquista diária, surpreender o parceiro. Confiança e liberdade que, apesar de parecerem sentimentos opostos, devem ser unidade.
Apesar de os filmes franceses serem frios e realistas, minha crença no amor permanece intacta. Bem distante de todo final feliz, precisamos valorizar o olhar tímido de um flerte, a carícia espontânea de um cafuné, pequenos gestos que tornam uma relação a dois tão magnífica. Além disso, defeitos não são para serem aceitados, os defeitos completam nossas imperfeições nos mantendo em equilíbrio afinal, ninguém é perfeito mas todos somos perfeitos para alguém.
Amor e Outras Drogas
3.6 2,5K Assista AgoraEu ainda acredito. Acredito que mesmo em um século em que as pessoas não se importam mais, em que não há confiança no outro, em que sexo é tão banal, ainda possa existir amor de verdade. Não aquele amor de conto de fadas em que é tudo perfeito, príncipes não existem. Falo daquele amor em que um conhece o outro quase como a si mesmo, não aceita os defeitos mas se completa com eles, um sentimento muito além de conexão física na cama, um sentimento capaz de fazer você querer ser melhor a cada dia só para fazê-lo(a) feliz todos os dias. A relação entre a Maggie e o Jamie é fruto de amor e complacência, todos merecem encontrar essa relação na vida.
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista AgoraAssisti a esse filme duas vezes, fiquei maravilhada. Nem sei por onde começar... há tantos pontos que gostaria de ressaltar, tentarei ser sucinta.
O filme se inicia com Will Hunting se dedicando à leitura em sua humilde residência, é necessária a percepção dessa dedicação e perseverança pois, apesar de parecer "fácil" para ele, adquirir conhecimento não é tão simples com relação a persistência necessária para alcançar, a força que é preciso para continuar e se tornar um profissional de qualidade e que, em pleno século XXI, há pessoas que acham que inteligência é um dom divino, já se nasce com todas as informações no cérebro.
Em contrapartida, Will apresenta atitudes violentas que o faz ser detido algumas vezes e, já até mesmo durante a sentença, Will ataca com seu brilhantismo, se defende com maestria e uma das coisas que chamam a atenção no filme, é a sua educação irrisória(agradece sempre, a palavra obrigado já está entrando em extinção no nosso tempo, parecem que querem poupá-la).
Para não ficar na cadeia, Gerald Lambeau(Gerry), um professor de matemática arrogante e, digamos, visionário, propõe que ele tenha aulas de matemática e sessões com psicologo duas vezes por semana. Diante de tentativas frustradas com psicanalistas e hipnotistas, Gerry convida seu amigo Sean Maguire, psicólogo e professor que, ao invés de julgar o comportamento agressivo de Will, tenta entendê-lo:
"Não é a sua culpa"
Além disso, Sean tenta mostrar a Will que a inteligência não é composta apenas por cálculos e ácidos nucleicos; inclui experiências de vida, situações singulares. Literatura, arte, música, são preciosidades que podem fazer um homem se diferenciar do outro. Will usou isso como camuflagem, uma forma de ignorar a realidade, vencer debates como se estivesse disposto a criticar a todos e sair vitorioso por sua inteligente capacidade cognitiva. Pobre Will, mal sabia ele que a realidade, as conquistas, valem mais. Conquistas não se tratando de adornos como a Medalha Field, mas sim, de lembranças. O fazer sua própria história. A história que será escrita na sua memória e relida, reescrita, reinventada pela eternidade por aqueles que fizeram e farão parte dela.
"Se te perguntar sobre arte, me dirás tudo escrito sobre o tema. Mas não pode falar do cheiro da Capela Sistina, porque você nunca esteve lá, nem olhou aquele teto lindo."
O amor. Will viveu durante 20 anos tentando fugir do passado. Fugir não resolve. Nunca resolve. Ao conhecer Skylar, ele tenta mas não resiste, ela consegue mudá-lo de forma que ele percebe a importância de ter alguém que se ame ao seu lado, alguém que te faça sorrir, que faça você se sentir fraco em sua pequenez ao olhar para ela e se sentir descoberto, e forte ao tocá-la e sentir que aquele é o seu lugar.
"Idiossincrasias que somente eu conheço. Era o que fazia dela minha mulher, Chamam isso de imperfeições, mas não são. São coisas boas. Nós escolhemos quem deixamos entrar em nossa vida. Skylar não é perfeita, você também não. A pergunta é se são perfeitos um para o outro. Esse é o segredo. Isso é intimidade. Pode saber de muitas coisas, mas só vai descobrir tentando."
Vai Que Cola - O Filme
2.7 526 Assista AgoraPara quem acompanha a série, o filme foi bem fiel, o narrador-personagem fez a trama evoluir de uma forma bem mais engraçada, diferente do que geralmente fazem com o humor brasileiro. Entretanto, quem não acompanha a série não fica muito atrás, os personagens são bem pontuados com suas características marcantes, não há como ficar perdido enquanto a isso. Como toda a comédia nacional, é um filme regular, fizeram o máximo para que não se tornasse previsível. Já sabemos que o humor brasileiro tem muito o que evoluir para ganhar a devida admiração mas estamos no caminho certo, tentando fugir do óbvio, do plágio e das repetições, Vai que cola simplesmente quer te convencer, e em alguns momentos consegue devido ao enredo que expõe aspectos que são marcantes no Brasil. Quem tem riso frouxo vai gargalhar com frequência, um expectador mais exigente vai acabar focando em poucas sacadas que fizeram a diferença mas ainda assim vai se divertir. Fazer humor, ser humor, improviso na hora? Vai que cola.
A Bela Junie
3.7 826Amor. Uma palavra tão pequena mas que pode causar grandes catástrofes. Conheci esse filme por uma citação pela qual me interessei, ela dizia o seguinte: "Você se importa comigo mas ama outra pessoa.", que, no filme, é uma das citações do Otto. Você não precisará ser emotivo ou estar na TPM para se sensibilizar por esse filme e, para aqueles que o julgaram "chato", infelizmente não compreenderam o quão real é essa história. Adoraria me aprofundar em outros personagens, principalmente Henri, mas focarei no trio principal.
Junie, novata, passando por uma série de acontecimentos delicados na família, inicia em uma nova escola. Entre aulas de inglês e matemática, Otto se apaixona por ela - o que não é tão difícil, os franceses possuem traços naturais encantadores, sem a necessidade de extrema maquiagem, são culturalmente elogiados simplesmente por serem franceses e, apesar de dizerem que eles não costumam tomar banho, isso não parece um problema pela tela do cinema - parece óbvio que o amor que Otto sentia por Junie não era recíproco mas, como sempre achamos que com o tempo vamos "aprender a amar o outro", ela aceita o "desafio", até mesmo pela sua situação, pela necessidade de conforto nos braços de alguém, proteção. Otto é diferente. Diferente? Sim, mas eu diria, romântico, daqueles que acreditam em amor à primeira vista, daqueles que precisariam de um tempo maior para compreender que um relacionamento envolve muito mais do que se doar ao outro: envolve comunicação para que haja a percepção da realidade; sinceridade para que haja confiança e, o que mais lhe faltou: força, para lidar com as adversidades, para aceitar decisões adversas. Diferente de todo o seu círculo de amizade onde todos já traíram alguma vez ou foram traídos e, supostamente, já transaram com alguém sem sentir nada pela mesma, sim, ali o Otto era totalmente diferente, até um pouco alheio a tal realidade. Otto precisava aprender que o término de um relacionamento não era o fim do mundo mas a suposta traição o afetou mesmo que Junie tivesse confessado "tudo" a ele. Além disso, ele não teve quem o afirmasse a verdade: que ele encontraria alguém que o amasse exatamente como ele é. Sendo assim, ele simplesmente constatou: "Bom, se ela foi capaz de me trair, tem algo errado comigo." O suicídio foi surpreendente para mim, tanto que me peguei boquiaberta após o ocorrido e ainda gritei "NÃO!" antes que ele o fizesse. Professor Nemours, um belo homem, daqueles que sabem o efeito que podem causar e sabem tirar proveito desses atributos. Garanhão, e não sente remorso algum por isso. Se apaixona por Junie e isso o afeta intensamente, muda sua vida, como ele mesmo disse: "Eu limpei o caminho por ela", ele pediu dispensa das aulas para que ela não perdesse o ano com sua forma fugitiva de ser. Grandes atitudes. E não dizem que o amor se prova com atitudes? Pois Nemours provou. Mas, até quando é recíproco, o amor é um labirinto: quando você achar que encontrou a saída, estará mais perdido. Junie era seu labirinto, uma mulher decidida e complicada, ele lutou por ela mas não foi suficiente, nunca é suficiente. Com toda certeza, o aprendizado que Nemours tirará de tudo isso o fará um novo homem, o amor é capaz de mudar, mudar nossas direções nesse labirinto até nos encontrarmos, nos descobrirmos. Junie. Forte demais. Tão forte que acabou perdendo a sensibilidade, me identifiquei com ela, Junie é cética, pensa minuciosamente antes de agir, checa suas "regras" antes de cada passo que dará. E, ao se apaixonar por Nemours sente que perderá o controle, dessa forma, ela primeiramente analisa seu currículo, claro, e tendo como experiência, no mesmo período de tempo, uma professora e uma aluna, ela partiu para a defesa, se defendeu o máximo que pôde para não expressar seus sentimentos, não permitir que o amor a dominasse. Quando percebeu que estava "encurralada", ela simplesmente fugiu. Fugiu por ser burra em rejeitar um homem daqueles? Ela estava se fazendo de difícil? Não! Ela era fraca. Com apenas 16 anos, ainda não estava preparada para lidar com o ciúmes, a prova disso é que antes mesmo que acontecesse ela confessou que não suportaria. Essa transparência de Junie me admira. Pareceu egoísmo de sua parte fugir, e por um lado foi, mas por outro, ela era apenas uma adolescente não querendo se complicar, fugindo das dificuldades até que um dia, ela não terá para onde correr, e quando finalmente resolver lidar com os problemas frente a frente, a bela Junie amadurecerá, para o mundo, e para a vida.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraUm tipo de filme que merece ser compartilhado porque trata de assuntos que ignoramos de tal forma que chegam a cair no esquecimento. Mr Barthes. Um homem impassível, um professor que já "aprendeu" ou melhor, se acostumou a lidar com grande parte das dificuldades que as escolas públicas proporcionam e, ainda assim, prefere ser apenas um substituto de outros professores. Por que? Porque mesmo com toda a sua benevolência, com toda a sua vontade de fazer a diferença na vida dos adolescentes, ele também tem seus próprios pesadelos que, mesmo que tentamos esconder, sempre estarão conosco. E a forma que ele encontrou para tentar esconder
-- o fato de ter presenciado a morte da mãe na infância o abalou--
-- Quando Henry percebeu estar se envolvendo demais com adolescente que se prostituía, de imediato a mandou para um abrigo e a estudante Meredith--
um dos professores já se sente invisível: é ignorado pelos alunos, o que geralmente acontece a todos mas ele não sabe lidar com isso; ao chegar em casa, é ignorado pela própria família, trocado por televisores e laptops.
do livro 1984 e Edgar Allan Poe
D.U.F.F. - Você Conhece, Tem ou É
3.3 578 Assista AgoraQuando vi o trailer me lembrou muito do livro "Belle Époque", que é um dos melhores livros que já li, e trata dessa questão de "contratar" uma mulher "feia" para destacar as demais em um grupo. Tirando todo o clichê colegial, esse tipo de filme nunca deixará de ser atual e de agradar não só os grupos jovens. Com a tecnologia dominando as escolas de tal forma que hoje pode estar tudo bem e amanhã, com apenas um clique, milhões de pessoas estarem rindo de você ou te ofendendo por alguma postagem. Uma coisa que me agradou também foi que, nesses tipos de filme, é comum a atriz mudar completamente o visual, dar uma repaginada milagrosa, e não é isso que vemos em "The Duff", ela manteve sua personalidade. A interação entre o casal Bianca/Wesley é admirável, apesar dele ser popular a amizade deles vem de infância, o que foi bem ressaltado. Bom, é um filme agradável por fim, previsível mas que aborda temas atuais que farão os adolescentes serem mais cautelosos com as coisas que compartilham e que até mesmo tentem lidar com isso caso algo "vaze" na rede descontrolavelmente. Percebemos que sempre haverá um "DUFF" mesmo que ninguém aponte, temos que admitir que isso provêm mais da personalidade daqueles que se deixam intimidar, acabam aderindo medos desnecessários e, tendo medo de viver, formarão mais "DUFFs". O que destruirá os "DUFFs" será a entrega, a sinceridade, a superação e o amor pela vida; sem receios, medos nem arrependimentos, apenas vivendo com prazer a melhor fase da vida que é a adolescência.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraNão sei como fiquei tanto tempo sem ver esse filme. Fiquei hipnotizada, quando acabou me peguei boquiaberta. Um dos melhores filmes de 2015 senão o melhor
D.U.F.F. - Você Conhece, Tem ou É
3.3 578 Assista AgoraMe lembrou muito o livro "Belle Époque". Espero gostar...
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraParei exatamente na página na página 151 desse livro e não consegui concluir. A autora tentou fazer com que o ápice do livro tivesse cunho sexual ao invés de focar em construir uma história interessante e "real". Ana Steele trata Christian como um Deus, e esse foi um dos maiores erros da história. Anastasia não parece ter qualquer dignidade, comprovado em diversos momentos em que sua própria consciência a chama de prostituta. Amor? Neste livro? Quem não cairia de "amores" por um homem bilionário e "perfeito" em "todos os aspectos físicos"? A autora quer fazer de Ana uma ingênua virgem, uma mulher que não "sabe nada da vida", interesseira que tenta passar a visão de boa moça, quer que tenhamos pena dela ou até mesmo inveja, claro, basicamente. Christian Grey está longe de ser uma expectativa de homem perfeito, independente de suas características físicas, ele é rude, altivo, presunçoso, dominador muito além do sexo, dominou também os valores de uma mulher "imaculada" e, como mostra majestosamente no livro "The Picture of Dorian Gray", a beleza acaba e nossa dignidade, honra e pureza da alma se sobressaem no final. Percebi também, logo de início, o nome Christian Grey me lembrou imediatamente "Dorian Gray" que faz parte desse um livro magnífico, mencionado anteriormente, que trata a beleza de maneira verídica, não de maneira altiva e presunçosa, como 50 shades of Grey propõe.
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraMagnífico. Essa palavra descreve o quanto fiquei maravilhada ao concluir esse filme. Homens, mulheres e filhos, descreve perfeitamente o século XXI, onde não há mais olho no olho, onde as conversas entre familiares estão cada vez mais sucintas e principalmente, onde não se conhece mais as pessoas que estão ao redor até mesmo os mais próximos. Foram abordados tantos casos que eu poderia enfatizar mas por mais difícil que seja, escolhi apenas um.
O caso do casal, onde o personagem de Adam Sandler e sua esposa traem um ao outro.
O amor é algo complicado, passar a sua vida com uma pessoa completamente diferente de você é algo que está se tornando repulsivo hoje em dia, temos medo da traição, medo de se entregar e, por fim sermos magoados. Conseguiríamos perdoar? Será que o amor nos transforma a ponto de confiar? Acredito que não falte confiança nos relacionamentos e sim, diálogo e sinceridade, por mais difícil que seja, após anos de casado, há o desgaste, isso é normal, para mim, a melhor solução é conversar com o parceiro, fazer com que ele saiba de tudo o que estás sentindo, dos momentos de tédio, dos momentos em que não se sente "saciada" como outrora. A solução para recuperar o desejo deve ser discutida mas deixamos o medo dos apropriar, deixamos o tempo passar e isso se arrasta, se prolonga e decisões extravagantes são tomadas para saciar um desejo momentâneo. Eu acredito no amor, acredito que as pessoas podem aprender muito sendo um casal e acredito mais ainda que seja possível um casal ficar junto "até que a morte os separe" sem qualquer tipo de traição(sendo, no caso, a definição como "enganar o parceiro 'sem' seu consentimento"). Um filme fantástico, essencial para abrir a mente dos internautas e questionar em qual mundo estamos vivendo: no virtual ou no real. Recomendo!
Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel
2.0 175Piadas previsíveis, senti vontade de sair do cinema antes do término e isso é vergonhoso. Não parecia um filme e sim uma das séries que passava na Globo ou até o Zorra Total. Patético!
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraÉ um filme espetacular para os que acreditam Nele em detrimento das outras religiões. A princípio, há debates equilibrados, é sempre interessante perceber e discernir as duas partes da moeda entre ateus e teístas mas é claro que, como o título propõe, um lado venceria. Foi planejado encontrar um motivo explicito para ser ateu, tratando isso como se fosse algo refutável,
como, no caso, o fato do Professor Radisson odiá-Lo devido a morte de sua mãe