Direção de arte excelente, com cenários bem retratados em que cada detalhe num esmero que impressiona, efeitos práticos, bonecos como protagonistas e sem a participação de nenhum ser humano em cena e um enredo bem elaborado.
Um roteiro de aventura com um clima de fantasia mórbida, com personagens que, ao mesmo tempo que são sinistros também são fascinantes, e uma história que contêm elementos da nossa realidade na sua cerne como a ganância dos poderosos, a perseguição as minorias, o valor da empatia, etc.
Aquele filme com a cara dos anos 90! Descompromissado, divertido, trilha sonora com dance music da época, efeitos práticos e sem o CGI tomando conta de tudo que aparece em cena.
O carisma das tartarugas e dos outros personagens, as sequências de luta, os cenários, o filme pega a essência dos quadrinhos e do desenho animado e coloca isso na produção de maneira compensadora. O mais surpreendente é que ele é um filme independente, ou seja, não teve o aporte de uma grande empresa de cinema, que costumam fazer os famosos blockbusters, e ele não perde em nada para as gigantes da época.
Parte dessa qualidade visual do filme se dá pelo incrível talento do Jim Henson e sua equipe, craques em confeccionar bonecos e estruturas físicas de personagem de fantasia, que cuidaram da parte de recriação das tartarugas e do Mestre Splinter, aliás, esse foi um dos últimos trabalhos do Jim antes de falecer.
As partes de flashback, em que o Mestre Splinter conta a história das tartarugas e dele mesmo são tão rústicas, tão simplórias para os padrões de hoje, mas é tão legal de ver.
Não sendo muito exigente, "As Tartarugas Ninja" vai ser um passatempo carregado com um bom saudosismo.
Obs.: Mil vezes essas Tartarugas Ninja de 1990 do que as anabolizadas de 2014.
Um filme que aborda as questões sociais e a depressão de maneira interessante.
A personagem Sandra é o centro da trama, onde sua depressão acaba lhe levando a uma situação inesperada: A empresa em que trabalha decide dar um abono aos funcionários em troca de sua cabeça, ou seja, o emprego dela. Essa condição coloca Sandra numa posição que lhe força a reagir, sem trabalho a situação ficará ainda pior, tanto financeiramente quanto psicologicamente. A partir de então, ela vai em busca de cada trabalhador da empresa para tentar convencer eles a recusarem o abono para que assim ela possa se manter no quadro de funcionários.
A trama inicia nos mostrando a questão social vista no modo com que a empresa se torna cruel e indiferente com a condição de um de seus integrantes, fazendo uma analogia ao modo como algumas grandes potências fazem em seus governos, em que, os mais afortunados, aqueles que possuem melhores condições de vida, ficam tranquilos em suas posições e jogam a responsabilidade de dar ou não uma chance nas mãos dos menos favorecidos, que poderão se digladiar, e no caso dessa obra, poderão passar por cima da empatia com o outro. Depois a história evidencia os diferentes ângulos comportamentais, indo da pessoa que se coloca no lugar do outro e não apoia tal decisão, a aquela que precisa muito do abono por ser pobre e que precisa ajudar a família, ao egoísta que se alegra com a possibilidade de uma grana a mais, a aquele que faz por medo, e a condição da própria protagonista, que precisa manter sua situação financeira em pé para que ela não seja arrastada pela doença. A forma como a trama trabalha esses aspectos sem ir ao extremo, mas conseguindo fazer com que o espectador entenda os questionamentos é curiosa.
Marion Cotillard ótima em cena, você vê Sandra carregar o peso da tristeza enquanto faz o esforço de contornar aquele infortúnio, tendo que ir a porta de cada funcionário pedir consideração.
É uma boa obra para reflexão, mesmo na simplicidade de sua produção tem a habilidade de fazer o público pensar no "E se fosse comigo?"
Um espetáculo visual, com uma abordagem videoclíptica as canções dos Beatles, muito bem selecionadas, ganham vida de maneira muito bonita na tela, porém, o roteiro me deu a impressão de faltar alguma coisa, não conseguiu cativar o suficiente.
É uma trama que fala de relacionamentos, estilos de vida e militância durante o período da Guerra do Vietnã que, entre os amores e dissabores dos envolvimentos amorosos, o espírito livre e as consequências da guerra, as músicas dos Beatles embalam as sequências cantadas pelo elenco de forma competente, mas a quantidade de canções apresentadas sem um arranjo mais imponente, feitas quase que só na voz, dá uma diminuída no grau de intensidade que a obra poderia provocar.
As atuações são boas, nada de excelência na interpretação, mas dão conta do recado satisfatoriamente, mas a personagem Prudence fica subaproveitada na história, logo ela que aparece com tantos contextos que poderiam ser desenvolvidos de maneira interessante no enredo acaba tendo os seus entrechos elaborados sem muita profundidade.
Zezé é a personificação simples e cativante de um menino humilde. Por vezes uma criança levada, mas com uma pureza de coração comovente, que consegue facilmente marejar os olhos dos outros ao demonstrar sua empatia com o semelhante. Sua vida também tem seus percalços, devido a condição pobre em que vive e pelo tratamento de alguns familiares com ele, algumas vezes truculentos.
Certas situações no filme podem ser inconcebíveis nos dias de hoje, como o fato de um menino pequeno sair acompanhando pra tudo quanto é canto pessoas que, até então, eram desconhecidas pra ele, a história até tenta incluir mais essas figuras dentro do enredo antes da aproximação, mas não é algo muito confortável de ver atualmente, porém essas proximidades acabam gerando bons entrechos durante a trama, mostrando ainda mais a benevolência presente nas ações do garoto, agora com essas pessoas, que também são conquistadas pelo carisma de Zezé.
Um filme pueril, singelo na sua produção e com um mensagem tocante.
Atuações risíveis, roteiro deficitário, direção pífia, é difícil conseguir ver esse filme até o final.
Acompanhar um protagonista que espalha garrafas PET vazias pelo apartamento e catando e arrancando pedaços de madeira pela rua é dose, viu! Tão chato quanto aquele toque do celular dele.
Visualmente o filme é um primor! Cada detalhe, cada cenário, tudo feito com um esmero que não se vê mais nos filmes atuais, que entopem as produções com chroma key, onde a computação gráfica tira toda a naturalidade dos ambientes e da maquiagem de alguns personagens, mas o enredo é atrapalhado pela edição, que torna o filme confuso em certas partes e apressado em outras. Cortes bruscos e andamento corrido que deixam a trama imperfeita.
Originalmente o filme tinha 125 minutos, mas o diretor Ridley Scott, achando que o filme poderia eliminar certos momentos para dar mais agilidade ao enredo, decidiu diminuir o tempo em 113 minutos e, após um exibição de pesquisa com um público, lá se foram mais minutos e ele acabou ficando com os 94 na sua edição final. Isso foi crucial para a obra acabar deixando a impressão de estar um tanto quanto picotada, atrapalhando o bom desenvolvimento do enredo.
É uma produção contemplativa, um conto de fadas com ares obscuros que fascina pela qualidade visual, mas a história tem seus obstáculos.
Laéssio é um exemplo claro de psicopatia, você percebe a falta de remorso e a atitude de alguém que parece se vangloriar, de se enaltecer por seus "feitos", onde boa parte de seus relatos são acompanhados de um sorriso no final de cada declaração ou de um semblante tranquilo. Muita gente acha que um psicopata é um ser animalesco, que transmite ódio nas suas feições, irracional, uma idealização de vilania que se expressa de maneira visual e comportamental, mas o que algumas pessoas não fazem ideia é de que muitos psicopatas são indivíduos extremamente inteligentes, cultos, que por vezes possuem uma boa aparência, demonstram uma normalidade na frente de grande parte das pessoas e que eles não precisam ser assassinos em série sanguinários. Um psicopata não é só um serial killer, muitas vezes eles estão escondidos atrás de uma imagem comum, pois o psicopata é um ser que não demonstra empatia com o semelhante e na sua busca por um objetivo tem atitudes sórdidas sem qualquer sentimento de culpa, olhando suas ações como um benefício para si mesmo e até chegando a acreditar que isso é para um bem maior, ou seja, para um grupo ou população, e eles podem estar em diversos ambientes, desde salafrários até chefes abusivos.
Curioso também ver alguns comentários de pessoas se mostrando "encantadas" com a cultura e modo agradável de agir de Laéssio diante das câmeras, e é justamente essa a armadilha que os psicopatas usam com destreza para realizar os seus objetivos (persuasão / controle / obtenção / satisfação), e isso ativa o prazer em Laéssio de maneira perceptível no documentário, porque ele sabe o que pode seduzir o outro ao conhecer a sua história e fazer até com que alguns se identifiquem com ele (ele chega a escrever numa carta que a sua última prisão poderia até engrandecer o conteúdo do produção, numa soberba evidente).
Dá pra se fazer uma boa análise psicológica de "Cartas para um Ladrão de Livros".
Um filme arrastado e que só reforça o pensamento de que o Morrissey é um chato de galocha. Como compositor e vocalista do The Smiths, um ícone! Como pessoa fora do mundo musical representada nesse filme, vai saber? Pois um dos amigos de juventude do Morrissey detonou a obra, dizendo que ali tem muitas inverdades.
O filme parece que não evolui, entedia rapidamente, e pra piorar ele não tem uma música sequer do The Smiths ou de sua carreira solo na trilha sonora, até mesmo a canção da qual o título do filme veio (Still Ill) nem dá as caras na produção.
Nem dá pra acreditar que esse filme seja uma animação da Disney!
Gráficos estranhos, história com poucos atrativos, personagens sem carisma. Não é à toa que a produção caiu no limbo do esquecimento das obras da Disney.
Como o fato das filmagens de segurança só serem usadas para mostrar a protagonista correndo "sozinha" desesperada na rua, porque quando acontece um crime num restaurante granfino e em um hospital psiquiátrico de segurança máxima cheio de guardas as gravações nem são conferidas.
A história me lembrou uma mistura de "O Homem Sem Sombra" com "Dormindo com o Inimigo", ao abordar a psicopatia do antagonista e a violência contra as mulheres.
Elisabeth Moss atuando muito bem, exprimindo os temores de sua personagem de maneira gratificante.
Vale a conferida! Um filme, no geral, com boas qualidades.
A cena do naufrágio, de uma simplicidade e criatividade, dá um bom início as atividades, mas logo em seguida fica uma coisa meio estranha ver alguns dos sobreviventes no bote se comportando como se estivessem em um passeio, com bate-papos descontraídos pouco tempo depois do navio ter afundado. Logo as questões dos dramas individuais, em que são colocadas quantidades pingadas de suspense, até geram um pouco de atrativo, mas em certas partes a história fica num clima morno, sem contar que os personagens se deixam levar por decisões contraditórias com muita facilidade. Dá pra entender que a obra quis analisar o comportamento humano em situações adversas, mas algumas ali ficaram artificiais e forçadas, como as tentativas de romance.
Destaque para as atuações, que fazem o filme valer a pena.
P.S.: E não é que o Hitchcock deu um jeito de fazer mais uma de suas participações relâmpago como figurante, mesmo a produção se passando num bote salva-vidas com pouquíssimos personagens em cena. kkkkk
Bacana as referências a outras obras de ficção científica como "E.T.: O Extraterrestre", "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", "MIB - Homens de Preto" e outros.
Engraçado, carismático, "Shaun, O Carneiro - O Filme: A Fazenda Contra-Ataca" é entretenimento puro. Pra passar minutos agradáveis diante de uma produção bastante simpática.
Boa obra! Não é o melhor filme da DC, mas tem seus méritos.
O visual da produção é bem colorido, por vezes lúdico, a Arlequina aqui é mais divertida e independente, e as outras personagens tem interessantes construções de personalidade. O vilão Roman e seu braço direito Zsasz são um pouco estereotipados, parecendo antagonistas de novela mexicana, mas isso não é de todo o mal.
O único ponto que me incomodou foram os vários flashbacks, que pareciam fazer a histórias atravancar em muitos momentos.
O misto de sentimentos que o filme gera é tão sagaz! Tudo se encaixa, tudo evolui e tudo se finaliza de maneira perspicaz.
O contraste entre as classes não fica só na questão visual, está nos comportamentos, nos debates, em todo um contexto social, intelectual, nos grandes e pequenos aspectos.
Um título de filme certeiro! Parasita, espécie que se infiltra em outro organismo para sobreviver ás suas custas sem que ele perceba. Aqui temos não só um parasita, mas vários deles, adentrando e se aproveitando aos poucos, num organismo altamente volúvel e sem defesas.
Atuações muito boas, enredo de uma qualidade precisa e uma direção inteligente.
Suspense até bacana, notei que algumas pessoas não gostaram ou acharam ele fraco, o filme pode não ser excelente, mas entretém e tem suas qualidades. Ele tem aquela vibe de filmes do gênero da década de 90 e anos 2000, nada muito engenhoso, mas como um desenrolar curioso.
O que mais gostei nele foi o modo como o visual dos vidros são colocados nas ambientações, não só nos cenários, como também nos objetos de cena, como na parte em que a personagem Erin pega alguns VHS e o estojo das fitas são transparentes, aliás, o vidro está presente até no sobrenome do casal principal, "Glass" (vidro em inglês).
O elenco conta com nomes de responsa no seu casting: Stellan Skarsgård, Diane Lane, Bruce Dern, e tem como protagonista a Leelee Sobieski, que no final dos anos 90 despontava como uma das promessas do cinema (ela se aposentou da carreira de atriz em 2016).
Boa produção! Como disse, nada de espetacular, mas consegue construir uma história instigante dentro do possível.
Sempre achei os trabalhos do diretor Gabriel Mascaro superestimados, e aqui a coisa não muda muito de figura!
Poderia ser interessante a ideia dele de mostrar como a influência religiosa (no caso do filme, notoriamente exemplificada na religião evangélica) pode afetar negativamente as relações das pessoas, mas o enredo não faz um desenvolvimento envolvente e concludente e, aliado ao exagero em adicionar cenas de sexo e de apelo sexual, longas e sem muito a oferecer a história, acabam fazendo "Divino Amor" parecer pretensioso.
Dira Paes em atuação competente, como sempre, o restante do elenco faz um trabalho satisfatório, mas o roteiro não ajuda muito o pessoal.
O filme nos passa a mensagem do mal que é o preconceito, que não nasce com a gente, mas sim ensinado pelos mais velhos intolerantes. A concepção de uma amizade entre uma raposa e um cachorro, duas espécies diferentes, é a analogia sobre as diferenças raciais que, não deveriam influenciar em nada na boa relação entre as pessoas, mas que algumas vezes são usadas por pessoas racistas como motivação para a não coexistência entre os seres humanos.
Uma história com um enredo envolvente, tendo momentos de doçura, suspense e até ação (como na sequência da cachoeira), os contornos e pinturas de cenas são bem delineados e minuciosos, e os personagens são carismáticos.
O final, de uma ternura sem igual, mostra como mais uma vez a Disney acertou em cheio na conclusão de uma de suas obras.
O respeito e o carinho entre os amigos voltam a ser nutridos em seus corações, mas a raposa é um animal da natureza selvagem e o cachorro do ambiente doméstico, nada mais justo que ambos possam viver em harmonia dentro de seus verdadeiros lares e, apesar dessa mudança, eles ainda guardam dentro de si o sentimento de amor fraterno, como é visto na recordação de Toby ao lembrar da promessa de amizade feita entre eles durante a infância e da imagem de Dodó, junto com sua companheira, contemplando ao longe o rancho onde Dodó vive, compartilhando a mesma lembrança.
Antes de um certo filme dos anos 90 (que eu não posso dizer o nome, pois corre o risco de entregar o plot twist), "A Inocente Face do Terror" brincou com a percepção do espectador. A diferença é que na produção noventista só temos a surpresa no final, enquanto "A Inocente Face do Terror" nos entrega isso pouco depois da metade do filme.
Com essa abordagem, aliado ao clima de estranheza que permeia a história, a obra consegue o efeito de deixar o público instigado, mesmo com um caminhar mais lento. A ambientação bucólica, a áurea da década de 30, período em que se passa a história, e a concepção curiosa de alguns personagens ajudam a criar a sua atmosfera.
As interpretações são boas, principalmente dos gêmeos Chris e Martin Udvarnoky (que largaram a carreira de atores com apenas esse filme no currículo), direção de arte simples, mas bem desenvolvida, roteiro satisfatório e direção interessante. Apenas gostaria de ter ouvido mais a trilha sonora do mago das trilhas Jerry Goldsmith, que pelo o que soube, mais da metade das composições que ele preparou para a obra foram descartadas durante a pós-produção.
P.S.: Quando o filme foi exibido pela primeira vez na TV americana, na cena final em que Winnie chama Niles, a sua fala foi substituída por uma narração de Niles dizendo: "Holland, o jogo acabou. Não podemos mais jogar o jogo. Mas quando o xerife chegar, vou perguntar se podemos jogar em nossa nova casa ". A dublagem é feita por uma criança diferente do ator e pode ter sido editada na versão televisiva para sugerir que Niles não havia escapado de seus crimes, e agora estava esperando para ser levado para uma instituição mental. Porém, todas as transmissões e lançamentos em mídia física subsequentes omitem essa narração em favor do final original.
Eu queria saber onde é que o pessoal da Globo vê graça no que esse Daniel Furlan faz?
Ele tá em duzentas atrações da casa e é incrível como um bolha sem graça como ele ainda consegue emprego como ator (que ele não é!), como comediante (que ele não é!) e em qualquer outra função dentro da emissora. Até as filhas do Silvio Santos conseguem ser menos ruins no que fazem, ou no que tentam fazer.
É um filme abarrotado de tentativas de comédia, acerta em algumas, mas em outras fica forçado.
De cara o filme já chama a atenção por transformar a história de Elton John em um musical, fugindo um pouco do padrão de cinebiografias apenas dramáticas. Fica muito interessante ver as canções do Elton encaixarem de maneira precisa em passagens da vida dele, sendo cantadas não só pelo próprio, como também por outros personagens.
Curioso o contraste entre a imagem de alguém extremamente esfuziante e amoroso perante o público, mas que ainda criança não teve tantas alegrias e pouco amor na vida pessoal. Isso acaba fazendo com que, ao alcançar ao sucesso, ele passe a entrar numa montanha-russa de sentimentos e ações que passam por altos e baixos, numa entrega que por vezes o leva a encontrar o desamor e o vício.
É inevitável compará-lo com "Bohemian Rhapsody", e num ponto de vista pessoal, achei que "Rocketman" se sai muito melhor!
Primeiro: Respeita mais a história de seu protagonista. Apesar de "Bohemian Rhapsody" ser altamente animador e fascinante quando visto inicialmente, depois que você pesquisa mais sobre a história de vida do Freddie Mercury e do Queen você descobre que o filme de 2018 distorce, mistura e apazigua muita coisa da trajetória deles, ao ponto de se tornar um Frankenstein biográfico, deixando a impressão de ter sido feito para agradar o espectador, e não para ser um cinebiografia fiel aos fatos. Em "Rocketman" boa parte do que se vê na tela aconteceu do modo como é mostrado, não é uma obra 100% fiel (e isso acontece com todas as biografias retratadas no cinema, é um fato! Pois os filmes se valem da "liberdade criativa" para deixar uma história mais atraente), mas apresenta concordância com a veracidade dos acontecimentos, não abrandando passagens intensas da vida de Elton, como sua dependência química, seus envolvimentos amorosos e seus momentos tempestuosos e desagradáveis.
Segundo: Se diferencia ao adicionar fantasia a uma história real. Em certas partes a produção se dá a oportunidade de olhar trechos da vida de seu protagonista sob uma ótica mais performática, lúdica e imaginativa sem que isso faça a obra fugir completamente da realidade, fica um casamento bem resolvido entre teatralidade, criatividade e autenticidade.
Terceiro: Não faz um final apoteótico para impressionar. Enquanto "Bohemian Rhapsody" usa a apresentação da banda no Live Aid como o auge do filme, invertendo passagens do tempo e colocando-as em outras sequências de maneira errônea durante a obra apenas para transformar aquela performance em um final grandioso, "Rocketman" decide ser mais simples e simpático com um término aprazível, dando uma finalização mais crível sem deixar de ser agradável.
Ótimas atuações, com destaque para Taron Egedon, que retratou Elton John muitíssimo bem, boa produção de cenários e épocas, mostrando cuidado em cada detalhe, e direção linear.
O Cristal Encantado
3.6 91 Assista AgoraDireção de arte excelente, com cenários bem retratados em que cada detalhe num esmero que impressiona, efeitos práticos, bonecos como protagonistas e sem a participação de nenhum ser humano em cena e um enredo bem elaborado.
Um roteiro de aventura com um clima de fantasia mórbida, com personagens que, ao mesmo tempo que são sinistros também são fascinantes, e uma história que contêm elementos da nossa realidade na sua cerne como a ganância dos poderosos, a perseguição as minorias, o valor da empatia, etc.
Ótima obra!
As Tartarugas Ninja
3.1 277 Assista AgoraAquele filme com a cara dos anos 90!
Descompromissado, divertido, trilha sonora com dance music da época, efeitos práticos e sem o CGI tomando conta de tudo que aparece em cena.
O carisma das tartarugas e dos outros personagens, as sequências de luta, os cenários, o filme pega a essência dos quadrinhos e do desenho animado e coloca isso na produção de maneira compensadora. O mais surpreendente é que ele é um filme independente, ou seja, não teve o aporte de uma grande empresa de cinema, que costumam fazer os famosos blockbusters, e ele não perde em nada para as gigantes da época.
Parte dessa qualidade visual do filme se dá pelo incrível talento do Jim Henson e sua equipe, craques em confeccionar bonecos e estruturas físicas de personagem de fantasia, que cuidaram da parte de recriação das tartarugas e do Mestre Splinter, aliás, esse foi um dos últimos trabalhos do Jim antes de falecer.
As partes de flashback, em que o Mestre Splinter conta a história das tartarugas e dele mesmo são tão rústicas, tão simplórias para os padrões de hoje, mas é tão legal de ver.
Não sendo muito exigente, "As Tartarugas Ninja" vai ser um passatempo carregado com um bom saudosismo.
Obs.: Mil vezes essas Tartarugas Ninja de 1990 do que as anabolizadas de 2014.
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542Um filme que aborda as questões sociais e a depressão de maneira interessante.
A personagem Sandra é o centro da trama, onde sua depressão acaba lhe levando a uma situação inesperada: A empresa em que trabalha decide dar um abono aos funcionários em troca de sua cabeça, ou seja, o emprego dela. Essa condição coloca Sandra numa posição que lhe força a reagir, sem trabalho a situação ficará ainda pior, tanto financeiramente quanto psicologicamente. A partir de então, ela vai em busca de cada trabalhador da empresa para tentar convencer eles a recusarem o abono para que assim ela possa se manter no quadro de funcionários.
A trama inicia nos mostrando a questão social vista no modo com que a empresa se torna cruel e indiferente com a condição de um de seus integrantes, fazendo uma analogia ao modo como algumas grandes potências fazem em seus governos, em que, os mais afortunados, aqueles que possuem melhores condições de vida, ficam tranquilos em suas posições e jogam a responsabilidade de dar ou não uma chance nas mãos dos menos favorecidos, que poderão se digladiar, e no caso dessa obra, poderão passar por cima da empatia com o outro. Depois a história evidencia os diferentes ângulos comportamentais, indo da pessoa que se coloca no lugar do outro e não apoia tal decisão, a aquela que precisa muito do abono por ser pobre e que precisa ajudar a família, ao egoísta que se alegra com a possibilidade de uma grana a mais, a aquele que faz por medo, e a condição da própria protagonista, que precisa manter sua situação financeira em pé para que ela não seja arrastada pela doença.
A forma como a trama trabalha esses aspectos sem ir ao extremo, mas conseguindo fazer com que o espectador entenda os questionamentos é curiosa.
Marion Cotillard ótima em cena, você vê Sandra carregar o peso da tristeza enquanto faz o esforço de contornar aquele infortúnio, tendo que ir a porta de cada funcionário pedir consideração.
É uma boa obra para reflexão, mesmo na simplicidade de sua produção tem a habilidade de fazer o público pensar no "E se fosse comigo?"
20.000 Dias na Terra
4.1 26"Porque a memória é o que somos e a nossa alma e a própria razão de estarmos vivos estão atrelados à memória."
Across the Universe
4.1 2,2K Assista AgoraUm espetáculo visual, com uma abordagem videoclíptica as canções dos Beatles, muito bem selecionadas, ganham vida de maneira muito bonita na tela, porém, o roteiro me deu a impressão de faltar alguma coisa, não conseguiu cativar o suficiente.
É uma trama que fala de relacionamentos, estilos de vida e militância durante o período da Guerra do Vietnã que, entre os amores e dissabores dos envolvimentos amorosos, o espírito livre e as consequências da guerra, as músicas dos Beatles embalam as sequências cantadas pelo elenco de forma competente, mas a quantidade de canções apresentadas sem um arranjo mais imponente, feitas quase que só na voz, dá uma diminuída no grau de intensidade que a obra poderia provocar.
As atuações são boas, nada de excelência na interpretação, mas dão conta do recado satisfatoriamente, mas a personagem Prudence fica subaproveitada na história, logo ela que aparece com tantos contextos que poderiam ser desenvolvidos de maneira interessante no enredo acaba tendo os seus entrechos elaborados sem muita profundidade.
Da mesma maneira como fica sem muita desenvoltura a abordagem na história de Jude com a namorada que ele deixou na Inglaterra e com o pai.
Uma bela embalagem, mas fica a sensação de que poderia ter tido mais vigor, ainda mais se tratando de algo que tem relação com os Beatles.
O Meu Pé de Laranja Lima
3.9 93"O Meu Pé de Laranja Lima" é emoção!
Zezé é a personificação simples e cativante de um menino humilde. Por vezes uma criança levada, mas com uma pureza de coração comovente, que consegue facilmente marejar os olhos dos outros ao demonstrar sua empatia com o semelhante.
Sua vida também tem seus percalços, devido a condição pobre em que vive e pelo tratamento de alguns familiares com ele, algumas vezes truculentos.
Certas situações no filme podem ser inconcebíveis nos dias de hoje, como o fato de um menino pequeno sair acompanhando pra tudo quanto é canto pessoas que, até então, eram desconhecidas pra ele, a história até tenta incluir mais essas figuras dentro do enredo antes da aproximação, mas não é algo muito confortável de ver atualmente, porém essas proximidades acabam gerando bons entrechos durante a trama, mostrando ainda mais a benevolência presente nas ações do garoto, agora com essas pessoas, que também são conquistadas pelo carisma de Zezé.
Um filme pueril, singelo na sua produção e com um mensagem tocante.
O Homem que Parou o Tempo
1.6 19Atuações risíveis, roteiro deficitário, direção pífia, é difícil conseguir ver esse filme até o final.
Acompanhar um protagonista que espalha garrafas PET vazias pelo apartamento e catando e arrancando pedaços de madeira pela rua é dose, viu! Tão chato quanto aquele toque do celular dele.
A Lenda
3.4 295 Assista AgoraVisualmente o filme é um primor! Cada detalhe, cada cenário, tudo feito com um esmero que não se vê mais nos filmes atuais, que entopem as produções com chroma key, onde a computação gráfica tira toda a naturalidade dos ambientes e da maquiagem de alguns personagens, mas o enredo é atrapalhado pela edição, que torna o filme confuso em certas partes e apressado em outras. Cortes bruscos e andamento corrido que deixam a trama imperfeita.
Originalmente o filme tinha 125 minutos, mas o diretor Ridley Scott, achando que o filme poderia eliminar certos momentos para dar mais agilidade ao enredo, decidiu diminuir o tempo em 113 minutos e, após um exibição de pesquisa com um público, lá se foram mais minutos e ele acabou ficando com os 94 na sua edição final. Isso foi crucial para a obra acabar deixando a impressão de estar um tanto quanto picotada, atrapalhando o bom desenvolvimento do enredo.
É uma produção contemplativa, um conto de fadas com ares obscuros que fascina pela qualidade visual, mas a história tem seus obstáculos.
Cartas para um Ladrão de Livros
4.1 16Laéssio é um exemplo claro de psicopatia, você percebe a falta de remorso e a atitude de alguém que parece se vangloriar, de se enaltecer por seus "feitos", onde boa parte de seus relatos são acompanhados de um sorriso no final de cada declaração ou de um semblante tranquilo.
Muita gente acha que um psicopata é um ser animalesco, que transmite ódio nas suas feições, irracional, uma idealização de vilania que se expressa de maneira visual e comportamental, mas o que algumas pessoas não fazem ideia é de que muitos psicopatas são indivíduos extremamente inteligentes, cultos, que por vezes possuem uma boa aparência, demonstram uma normalidade na frente de grande parte das pessoas e que eles não precisam ser assassinos em série sanguinários. Um psicopata não é só um serial killer, muitas vezes eles estão escondidos atrás de uma imagem comum, pois o psicopata é um ser que não demonstra empatia com o semelhante e na sua busca por um objetivo tem atitudes sórdidas sem qualquer sentimento de culpa, olhando suas ações como um benefício para si mesmo e até chegando a acreditar que isso é para um bem maior, ou seja, para um grupo ou população, e eles podem estar em diversos ambientes, desde salafrários até chefes abusivos.
Curioso também ver alguns comentários de pessoas se mostrando "encantadas" com a cultura e modo agradável de agir de Laéssio diante das câmeras, e é justamente essa a armadilha que os psicopatas usam com destreza para realizar os seus objetivos (persuasão / controle / obtenção / satisfação), e isso ativa o prazer em Laéssio de maneira perceptível no documentário, porque ele sabe o que pode seduzir o outro ao conhecer a sua história e fazer até com que alguns se identifiquem com ele (ele chega a escrever numa carta que a sua última prisão poderia até engrandecer o conteúdo do produção, numa soberba evidente).
Dá pra se fazer uma boa análise psicológica de "Cartas para um Ladrão de Livros".
England Is Mine
3.0 44 Assista AgoraDecepção define!
Um filme arrastado e que só reforça o pensamento de que o Morrissey é um chato de galocha.
Como compositor e vocalista do The Smiths, um ícone! Como pessoa fora do mundo musical representada nesse filme, vai saber? Pois um dos amigos de juventude do Morrissey detonou a obra, dizendo que ali tem muitas inverdades.
O filme parece que não evolui, entedia rapidamente, e pra piorar ele não tem uma música sequer do The Smiths ou de sua carreira solo na trilha sonora, até mesmo a canção da qual o título do filme veio (Still Ill) nem dá as caras na produção.
Fraco!
Selvagem
2.8 222 Assista AgoraNem dá pra acreditar que esse filme seja uma animação da Disney!
Gráficos estranhos, história com poucos atrativos, personagens sem carisma. Não é à toa que a produção caiu no limbo do esquecimento das obras da Disney.
Bem fraco!
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraInteressante produção, efeitos especiais satisfatórios, mas não dá pra ignorar alguns furos evidentes na obra.
Como o fato das filmagens de segurança só serem usadas para mostrar a protagonista correndo "sozinha" desesperada na rua, porque quando acontece um crime num restaurante granfino e em um hospital psiquiátrico de segurança máxima cheio de guardas as gravações nem são conferidas.
A história me lembrou uma mistura de "O Homem Sem Sombra" com "Dormindo com o Inimigo", ao abordar a psicopatia do antagonista e a violência contra as mulheres.
Elisabeth Moss atuando muito bem, exprimindo os temores de sua personagem de maneira gratificante.
Vale a conferida! Um filme, no geral, com boas qualidades.
Um Barco e Nove Destinos
4.0 121Um Hitchcock menor!
A cena do naufrágio, de uma simplicidade e criatividade, dá um bom início as atividades, mas logo em seguida fica uma coisa meio estranha ver alguns dos sobreviventes no bote se comportando como se estivessem em um passeio, com bate-papos descontraídos pouco tempo depois do navio ter afundado. Logo as questões dos dramas individuais, em que são colocadas quantidades pingadas de suspense, até geram um pouco de atrativo, mas em certas partes a história fica num clima morno, sem contar que os personagens se deixam levar por decisões contraditórias com muita facilidade.
Dá pra entender que a obra quis analisar o comportamento humano em situações adversas, mas algumas ali ficaram artificiais e forçadas, como as tentativas de romance.
Destaque para as atuações, que fazem o filme valer a pena.
P.S.: E não é que o Hitchcock deu um jeito de fazer mais uma de suas participações relâmpago como figurante, mesmo a produção se passando num bote salva-vidas com pouquíssimos personagens em cena. kkkkk
Shaun, O Carneiro - O Filme: A Fazenda Contra-Ataca
3.5 99 Assista AgoraBacana as referências a outras obras de ficção científica como "E.T.: O Extraterrestre", "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", "MIB - Homens de Preto" e outros.
Engraçado, carismático, "Shaun, O Carneiro - O Filme: A Fazenda Contra-Ataca" é entretenimento puro. Pra passar minutos agradáveis diante de uma produção bastante simpática.
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KBoa obra!
Não é o melhor filme da DC, mas tem seus méritos.
O visual da produção é bem colorido, por vezes lúdico, a Arlequina aqui é mais divertida e independente, e as outras personagens tem interessantes construções de personalidade.
O vilão Roman e seu braço direito Zsasz são um pouco estereotipados, parecendo antagonistas de novela mexicana, mas isso não é de todo o mal.
O único ponto que me incomodou foram os vários flashbacks, que pareciam fazer a histórias atravancar em muitos momentos.
Produção descontraída!
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraÓtimo!
O misto de sentimentos que o filme gera é tão sagaz! Tudo se encaixa, tudo evolui e tudo se finaliza de maneira perspicaz.
O contraste entre as classes não fica só na questão visual, está nos comportamentos, nos debates, em todo um contexto social, intelectual, nos grandes e pequenos aspectos.
Um título de filme certeiro!
Parasita, espécie que se infiltra em outro organismo para sobreviver ás suas custas sem que ele perceba. Aqui temos não só um parasita, mas vários deles, adentrando e se aproveitando aos poucos, num organismo altamente volúvel e sem defesas.
Atuações muito boas, enredo de uma qualidade precisa e uma direção inteligente.
A Casa de Vidro
2.9 566 Assista AgoraSuspense até bacana, notei que algumas pessoas não gostaram ou acharam ele fraco, o filme pode não ser excelente, mas entretém e tem suas qualidades.
Ele tem aquela vibe de filmes do gênero da década de 90 e anos 2000, nada muito engenhoso, mas como um desenrolar curioso.
O que mais gostei nele foi o modo como o visual dos vidros são colocados nas ambientações, não só nos cenários, como também nos objetos de cena, como na parte em que a personagem Erin pega alguns VHS e o estojo das fitas são transparentes, aliás, o vidro está presente até no sobrenome do casal principal, "Glass" (vidro em inglês).
O elenco conta com nomes de responsa no seu casting: Stellan Skarsgård, Diane Lane, Bruce Dern, e tem como protagonista a Leelee Sobieski, que no final dos anos 90 despontava como uma das promessas do cinema (ela se aposentou da carreira de atriz em 2016).
Boa produção! Como disse, nada de espetacular, mas consegue construir uma história instigante dentro do possível.
Divino Amor
3.4 241Sempre achei os trabalhos do diretor Gabriel Mascaro superestimados, e aqui a coisa não muda muito de figura!
Poderia ser interessante a ideia dele de mostrar como a influência religiosa (no caso do filme, notoriamente exemplificada na religião evangélica) pode afetar negativamente as relações das pessoas, mas o enredo não faz um desenvolvimento envolvente e concludente e, aliado ao exagero em adicionar cenas de sexo e de apelo sexual, longas e sem muito a oferecer a história, acabam fazendo "Divino Amor" parecer pretensioso.
Dira Paes em atuação competente, como sempre, o restante do elenco faz um trabalho satisfatório, mas o roteiro não ajuda muito o pessoal.
O Cão e a Raposa
4.1 395 Assista AgoraO filme nos passa a mensagem do mal que é o preconceito, que não nasce com a gente, mas sim ensinado pelos mais velhos intolerantes. A concepção de uma amizade entre uma raposa e um cachorro, duas espécies diferentes, é a analogia sobre as diferenças raciais que, não deveriam influenciar em nada na boa relação entre as pessoas, mas que algumas vezes são usadas por pessoas racistas como motivação para a não coexistência entre os seres humanos.
Uma história com um enredo envolvente, tendo momentos de doçura, suspense e até ação (como na sequência da cachoeira), os contornos e pinturas de cenas são bem delineados e minuciosos, e os personagens são carismáticos.
O final, de uma ternura sem igual, mostra como mais uma vez a Disney acertou em cheio na conclusão de uma de suas obras.
O respeito e o carinho entre os amigos voltam a ser nutridos em seus corações, mas a raposa é um animal da natureza selvagem e o cachorro do ambiente doméstico, nada mais justo que ambos possam viver em harmonia dentro de seus verdadeiros lares e, apesar dessa mudança, eles ainda guardam dentro de si o sentimento de amor fraterno, como é visto na recordação de Toby ao lembrar da promessa de amizade feita entre eles durante a infância e da imagem de Dodó, junto com sua companheira, contemplando ao longe o rancho onde Dodó vive, compartilhando a mesma lembrança.
Lindo demais ver isso!
O Retorno do Agente 003 1/2
3.9 19 Assista Agora"Eu te pago 10 reais que eu economizei do recreio, aí a gente pode transar"
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraO filme é meio confuso no começo, chega a ser um pouco irritante por isso, mas pouco depois da metade do filme para o final ele consegue ficar melhor.
Emily Blunt em atuação segura, o restante do elenco tem interpretações satisfatórias.
Produção regular!
A Inocente Face do Terror
3.7 102 Assista AgoraAntes de um certo filme dos anos 90 (que eu não posso dizer o nome, pois corre o risco de entregar o plot twist), "A Inocente Face do Terror" brincou com a percepção do espectador. A diferença é que na produção noventista só temos a surpresa no final, enquanto "A Inocente Face do Terror" nos entrega isso pouco depois da metade do filme.
Com essa abordagem, aliado ao clima de estranheza que permeia a história, a obra consegue o efeito de deixar o público instigado, mesmo com um caminhar mais lento.
A ambientação bucólica, a áurea da década de 30, período em que se passa a história, e a concepção curiosa de alguns personagens ajudam a criar a sua atmosfera.
As interpretações são boas, principalmente dos gêmeos Chris e Martin Udvarnoky (que largaram a carreira de atores com apenas esse filme no currículo), direção de arte simples, mas bem desenvolvida, roteiro satisfatório e direção interessante. Apenas gostaria de ter ouvido mais a trilha sonora do mago das trilhas Jerry Goldsmith, que pelo o que soube, mais da metade das composições que ele preparou para a obra foram descartadas durante a pós-produção.
P.S.: Quando o filme foi exibido pela primeira vez na TV americana, na cena final em que Winnie chama Niles, a sua fala foi substituída por uma narração de Niles dizendo: "Holland, o jogo acabou. Não podemos mais jogar o jogo. Mas quando o xerife chegar, vou perguntar se podemos jogar em nossa nova casa ". A dublagem é feita por uma criança diferente do ator e pode ter sido editada na versão televisiva para sugerir que Niles não havia escapado de seus crimes, e agora estava esperando para ser levado para uma instituição mental. Porém, todas as transmissões e lançamentos em mídia física subsequentes omitem essa narração em favor do final original.
TOC: Transtornada Obsessiva Compulsiva
2.4 303 Assista AgoraEu queria saber onde é que o pessoal da Globo vê graça no que esse Daniel Furlan faz?
Ele tá em duzentas atrações da casa e é incrível como um bolha sem graça como ele ainda consegue emprego como ator (que ele não é!), como comediante (que ele não é!) e em qualquer outra função dentro da emissora.
Até as filhas do Silvio Santos conseguem ser menos ruins no que fazem, ou no que tentam fazer.
É um filme abarrotado de tentativas de comédia, acerta em algumas, mas em outras fica forçado.
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraDe cara o filme já chama a atenção por transformar a história de Elton John em um musical, fugindo um pouco do padrão de cinebiografias apenas dramáticas. Fica muito interessante ver as canções do Elton encaixarem de maneira precisa em passagens da vida dele, sendo cantadas não só pelo próprio, como também por outros personagens.
Curioso o contraste entre a imagem de alguém extremamente esfuziante e amoroso perante o público, mas que ainda criança não teve tantas alegrias e pouco amor na vida pessoal. Isso acaba fazendo com que, ao alcançar ao sucesso, ele passe a entrar numa montanha-russa de sentimentos e ações que passam por altos e baixos, numa entrega que por vezes o leva a encontrar o desamor e o vício.
É inevitável compará-lo com "Bohemian Rhapsody", e num ponto de vista pessoal, achei que "Rocketman" se sai muito melhor!
Primeiro: Respeita mais a história de seu protagonista.
Apesar de "Bohemian Rhapsody" ser altamente animador e fascinante quando visto inicialmente, depois que você pesquisa mais sobre a história de vida do Freddie Mercury e do Queen você descobre que o filme de 2018 distorce, mistura e apazigua muita coisa da trajetória deles, ao ponto de se tornar um Frankenstein biográfico, deixando a impressão de ter sido feito para agradar o espectador, e não para ser um cinebiografia fiel aos fatos. Em "Rocketman" boa parte do que se vê na tela aconteceu do modo como é mostrado, não é uma obra 100% fiel (e isso acontece com todas as biografias retratadas no cinema, é um fato! Pois os filmes se valem da "liberdade criativa" para deixar uma história mais atraente), mas apresenta concordância com a veracidade dos acontecimentos, não abrandando passagens intensas da vida de Elton, como sua dependência química, seus envolvimentos amorosos e seus momentos tempestuosos e desagradáveis.
Segundo: Se diferencia ao adicionar fantasia a uma história real.
Em certas partes a produção se dá a oportunidade de olhar trechos da vida de seu protagonista sob uma ótica mais performática, lúdica e imaginativa sem que isso faça a obra fugir completamente da realidade, fica um casamento bem resolvido entre teatralidade, criatividade e autenticidade.
Terceiro: Não faz um final apoteótico para impressionar.
Enquanto "Bohemian Rhapsody" usa a apresentação da banda no Live Aid como o auge do filme, invertendo passagens do tempo e colocando-as em outras sequências de maneira errônea durante a obra apenas para transformar aquela performance em um final grandioso, "Rocketman" decide ser mais simples e simpático com um término aprazível, dando uma finalização mais crível sem deixar de ser agradável.
Ótimas atuações, com destaque para Taron Egedon, que retratou Elton John muitíssimo bem, boa produção de cenários e épocas, mostrando cuidado em cada detalhe, e direção linear.