Respeito terror com enfase no drama e no terror psicológico, não respeito filme que constrói mal seu drama e sua tensão. A relação mãe-filha é muito pior desenvolvida que em, digamos, Agua Negra - que já tem uns 15 anos de idade e inclusive parece influenciar, e muito, esse filme -, a tensão psicológica é díficil de se importar pq a personagem tem uma motivação estúpida pra fazer uma escolha (que segue sendo tomado ao longo do filme inteiro) que está duplamente pondo em risco sua vida e da filha
(tanto pelos espiritinhos assombrando, quanto pelo fato de uma porcaria de uma bomba poder cair na cabeça delas a qualquer instante, como já caiu)
. A crítica social é rasa e tão passageira que parece fora de lugar, a criança é completamente irritante sem nenhuma qualidade redentora (se ao menos tivesse uma puta personalidade que nem o menino do Babadook), as coisas que assombram são o maior clichê e o terror gira em torno de alguns jumpscares gratuitos e uma tensão que mal funciona pq 1) fotografia é clara demais de pouco contraste, tudo indo contra o climao de terror q a cena pretende 2) falta de 'personalidade' das forças antagonistas
em tempos de The Wailing com uma mitologia rica daquelas vcs me vem com espiritinho igual Atividade Paranormal/ Mama só q com uma burca por cima, tenha dó.
Podia ser um grande terror de tensão e metáfora pra guerra Irã-Iraque, mas virou um lugar comum de drama raso e alguns jumpscares um milhao de vezes menos inventivos que os de James Wan
(eu juro, chega a ter aquele famoso jumpscare de filme ruim de quarta parede, em que a coisinha-atividade-paranormal-mama-de-burca vem na direção direta da camera e pára bem pertinho com um barulhão).
Uma crítica que não acho justa é dizer que o filme é lento, porque não é. Se vc não quer dar tempo pras relações se estabelecerem vc nunca vai simpatizar e, então, temer por um personagem de filme de terror.
e, de novo, temos o complexo de A Bruxa: o público vai esperando uma coisa, recebe outra, e automaticamente considera o filme ruim por não atender à todas aquelas coisas que ele já estava esperando - leia-se, Independence Day nesse caso.
dica pra todos nós: vamos aceitar a proposta dos filmes e avaliar com base nisso. Um suspense nunca será uma grande comédia, saca? bjs
não cabe discutir se percebeu ou se não percebeu, mas uma coisa é fato, o filme inteiro depende completamente de um plot twist bobo e isso é péssimo. Pior ainda é que dicas não faltaram, e ele insiste em deixar claro esse ~mistério~ desde os primeiros minutos. A trama então investe em fazer a mãe soar como se não fosse a mãe. Mas é óbvio que é, e ao longo de muito tempo acompanhamos dois meninos muito irritantes (e tem gente que reclama do muleque do Babadook - ele tinha um puta charme) aprontando umas pirraças estúpidas e só sabendo fazer duas expressões na atuação deles. O filme devia ter usado a mãe como protagonista e admitido que o Lukas tá morto desde o princípio, deixando de bobeira e partindo prum estudo psicológico de verdade
fazer filmes com reviravoltas exige muito controle da narrativa, e nesse caso, esse controle não tá nem um pouco perto de O Sexto Sentido, mas sim de Fim dos Tempos.
a perseguição e morte de uma mulher- mas da maneira como fizeram a moça gritar várias vezes direto pra camera sem nem criar um suspense antes foi hilário, parecia aquele estereótipo de teatro experimental de berros. Você não pode jogar um personagem na minha cara, matar ele e esperar que eu me importe: desenvolva-o, me faça passar pela tensão dela, aí me importo
. Além disso, apesar das relações com as migas serem interessantes, logo se estabelece um lugar comum: uma sempre conta histórinhas semi-macabras repetitivas; uma outra se revela o estereótipo da moça mais gordinha que sofre bullying/não é tao aceita - se é pra ela ser rejeitada, pq não contratar uma atriz realmente fora dos padrões? Essa moça esta dentro do padrão de beleza e era só 'a amiga gordinha' pq as outras são magérrimas - e que a história faz passar por situações ridículas. Enfim, já que tou jogando coisas que me incomodaram no filme tem mais essa: estabelecer uma relação entre morte, sexualidade e religião pode ser interessante... mas não quando você tem a sutileza de um cavalo - os evangélicos eram uma caricatura absurda que na primeira vez soava engraçada, nas outras a gnt percebe o exagero imenso e como eram tratados como piada e não gente. Outra coisa interessante era a relação da moça e o irmão, mas que logo se desgasta por funcionar na base de: o rapaz é antissocial e fica no computador, todo diálogo deles tem que expor a mãe ausente. Tem mais um montão de coisas, mas não quero deixar isso mais longo, pq não é uma crítica, tá mais pra um desabafo. No geral, era engraçadinho as vezes, era exageradamente sério em outras e tem pouca coisa interessante rolando pra muita repetição de ideias.
só pra não pular uma parte importante: a sugestão de psicopatia da moça me deixou extremamente desapontado, pq estudos de psicopatas são complexos, jogar isso em meio do filme junto com a temática de adolescencia raramente vai funcionar mais do que superficialmente (Benny's Video deu conta, mas querida, vc não é o Haneke)
na 1h30 desse filme garanto que dava pra ver O Regresso duas vezes, e ainda começar a por em dia uns Tarkovskis. Ambos usam planos da natureza muito mais bonitos e menos visualmente repetitivos.
O tipo de filme em que todo o terror é construído em torno dos sustos, e onde se aproximar dos personagens é ouvir eles aconchegados tocando Elvis - sabe quem faz isso pra aproximação emocional? Adam Sandler. Se em alguns momentos Wan merece palmas (vindas de um armário no escuro, talvez?) pela inventividade nos sustos e no puta trampo que deve dar fazer eles do jeito de Wan faz; em outros, a direção é tão brega que dá vontade de rir - a dona Vera encarando a freira na casa dela, especialmente. Um problema meu: não suporto filmes de terror onde
o final é que nem de blockbuster de ação: todo mundo feliz, calmo, e pronto pra continuação render muitos dólares. Final feliz em filme de terror, só no estilo Massacre da Serra Elétrica, mantendo o desespero e a tensão até o último instante, terminando num suspiro de alivio que beira a histeria.
Surge como um drama voltado na solidão do protagonista, e me conquista nesse aspecto. Mas então, sem avisos - a não ser por aquele 'horror' escrito no IMDB ou site variante - surge uma uma determinada cena com um impacto visual brilhante e perturbador, aquela da garota aguardando a ligação, onde cada aspecto do plano dá um arrepio, coisa que Invocação do Mal sonha em conseguir. Daí pra frente amo o filme: a iluminação exagerada vermelha e azul; a progressão pra uma narrativa embaralhada; mas, principalmente, o medo do espectador que vê o drama do protagonista, vê esse universo macabro e torce pros dois não colidirem. No fim, o filme foi comparável a Mulholland Dr.
Dave McKean é um gênio dos quadrinhos (basta ver Cages ou Signal to Noise), onde incorpora seu trabalho com fotografia, tbm bem feito. Mas cinema é outro meio. O que destrói o filme, além da falta de fluidez nas cenas por conta da inesperiência na direção, é a tentativa de integrar o artista plástico McKean com o cineasta McKean: não apenas o primeiro é muito mais presente q o segundo, como estraga o filme ao investir em transmitir sua arte do papel e de esculturas através de efeitos que são comparáveis aos de produções de ficção científica independente. Juro, não se passa um minuto sem que, ao olhar pra tela vc fique 'hmm, olha a menina subindo num fundo de tela verde pra chegar num castelo de tela verde'. Não vejo ações ficcionais, vejo uma galera brincando de faz-de-conta num estúdio. E o Gaiman não tá na sua melhor forma aqui, recicla muita coisa de Coraline (livro, já que o filme veio depois de Mirrormask), e, na história, há pouca coisa em risco pra justificar essa grande jornada, sem falar que os momentos de sentimentalismo são bem bobinhos -
o final então, quando descobrem que a mãe vai ficar bem.. num dia ela tinha que fazer uma cirurgia, no outro ela se recupera e depois tá lá no circo felizona, tudo muito sem explicação, sem noção de muito tempo entre as ações, parece q nunca teve nada em jogo (além da omissão sádica e boba que o pai faz quando esta no telefone e a filha ouvindo)
. Bom exercício pra se fazer: assistir Coraline e depois esse filme, dá pra sentir em cada plano a diferença de um bom diretor pra um ruim.
O filme não tem nada a ver com 'a tecnologia destruindo a interação social', nem nada dessas coisas. É um romance em que o plano de fundo é uma utopia um pouco futurista, onde obviamente a tecnologia se desenvolveu mais. O filme evita ao máximo esse caráter anti-tecnológico ridículo que as pessoas pensam que ele tem (em oposição a dissertação de Enem 'olha como a tecnologia separa' chamada Medianeras). A beleza do filme esta em quão organico o relacionamento é, em quão bem feita é a direção e edição (que evitam ficar o tempo inteiro no Joaquin Phoenix, mas não exageram nos flashbacks extremamente bem feitos) e na sensibilidade do roteiro do Spike Jonze.
O filme retrata a solidão do ser-humano, mesmo quando sua vida não tem conflitos; a dificuldade de ter suas necessidades e ao mesmo tempo ter que entender as necessidades de seu parceiro; e a comum visão do amor como algo exclusivista (e ai o filme, mesmo q com pouca intenção, poe em pauta o poliamor de uma maneira fofa).
A comparação com David Lynch é absurda. Lynch tem a habilidade de pegar uma história interessante e desconstruir a narrativa pra ela virar um quebra cabeça. Já nesse filme, o roteiro é bem óbvio (não tem nada de díficil de entender) com um ou outro simbolismo que Refn tenta forçar: geralmente relacionados a dominância e submissão, na violência e no sexo. Com cenas incrivelmente bonitas, imitando o estilo Kubrick, Only God Forgives é um ótimo exemplo de um puta diretor que é um roteirista ruim.
Sob a Sombra
3.4 338 Assista AgoraRespeito terror com enfase no drama e no terror psicológico, não respeito filme que constrói mal seu drama e sua tensão. A relação mãe-filha é muito pior desenvolvida que em, digamos, Agua Negra - que já tem uns 15 anos de idade e inclusive parece influenciar, e muito, esse filme -, a tensão psicológica é díficil de se importar pq a personagem tem uma motivação estúpida pra fazer uma escolha (que segue sendo tomado ao longo do filme inteiro) que está duplamente pondo em risco sua vida e da filha
(tanto pelos espiritinhos assombrando, quanto pelo fato de uma porcaria de uma bomba poder cair na cabeça delas a qualquer instante, como já caiu)
em tempos de The Wailing com uma mitologia rica daquelas vcs me vem com espiritinho igual Atividade Paranormal/ Mama só q com uma burca por cima, tenha dó.
Podia ser um grande terror de tensão e metáfora pra guerra Irã-Iraque, mas virou um lugar comum de drama raso e alguns jumpscares um milhao de vezes menos inventivos que os de James Wan
(eu juro, chega a ter aquele famoso jumpscare de filme ruim de quarta parede, em que a coisinha-atividade-paranormal-mama-de-burca vem na direção direta da camera e pára bem pertinho com um barulhão).
Uma crítica que não acho justa é dizer que o filme é lento, porque não é. Se vc não quer dar tempo pras relações se estabelecerem vc nunca vai simpatizar e, então, temer por um personagem de filme de terror.
A Chegada
4.2 3,4K Assista Agorae, de novo, temos o complexo de A Bruxa: o público vai esperando uma coisa, recebe outra, e automaticamente considera o filme ruim por não atender à todas aquelas coisas que ele já estava esperando - leia-se, Independence Day nesse caso.
dica pra todos nós: vamos aceitar a proposta dos filmes e avaliar com base nisso. Um suspense nunca será uma grande comédia, saca? bjs
Evolução
3.2 35Gente, onde ces acharam esse filme? Só acho torrent em site muito não-confiavel..
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista Agoranem uma fotografia bonita salva um filme que poe todas as suas apostas no lugar errado.
não cabe discutir se percebeu ou se não percebeu, mas uma coisa é fato, o filme inteiro depende completamente de um plot twist bobo e isso é péssimo. Pior ainda é que dicas não faltaram, e ele insiste em deixar claro esse ~mistério~ desde os primeiros minutos. A trama então investe em fazer a mãe soar como se não fosse a mãe. Mas é óbvio que é, e ao longo de muito tempo acompanhamos dois meninos muito irritantes (e tem gente que reclama do muleque do Babadook - ele tinha um puta charme) aprontando umas pirraças estúpidas e só sabendo fazer duas expressões na atuação deles. O filme devia ter usado a mãe como protagonista e admitido que o Lukas tá morto desde o princípio, deixando de bobeira e partindo prum estudo psicológico de verdade
fazer filmes com reviravoltas exige muito controle da narrativa, e nesse caso, esse controle não tá nem um pouco perto de O Sexto Sentido, mas sim de Fim dos Tempos.
Mate-me Por Favor
3.0 232 Assista AgoraAs relações de amizade não soam artificiais e as atuações são boas.
Agora, os poréns. A cena de abertura do filme me fez rir, o que é péssimo já que é
a perseguição e morte de uma mulher- mas da maneira como fizeram a moça gritar várias vezes direto pra camera sem nem criar um suspense antes foi hilário, parecia aquele estereótipo de teatro experimental de berros. Você não pode jogar um personagem na minha cara, matar ele e esperar que eu me importe: desenvolva-o, me faça passar pela tensão dela, aí me importo
Enfim, já que tou jogando coisas que me incomodaram no filme tem mais essa: estabelecer uma relação entre morte, sexualidade e religião pode ser interessante... mas não quando você tem a sutileza de um cavalo - os evangélicos eram uma caricatura absurda que na primeira vez soava engraçada, nas outras a gnt percebe o exagero imenso e como eram tratados como piada e não gente.
Outra coisa interessante era a relação da moça e o irmão, mas que logo se desgasta por funcionar na base de: o rapaz é antissocial e fica no computador, todo diálogo deles tem que expor a mãe ausente.
Tem mais um montão de coisas, mas não quero deixar isso mais longo, pq não é uma crítica, tá mais pra um desabafo. No geral, era engraçadinho as vezes, era exageradamente sério em outras e tem pouca coisa interessante rolando pra muita repetição de ideias.
só pra não pular uma parte importante: a sugestão de psicopatia da moça me deixou extremamente desapontado, pq estudos de psicopatas são complexos, jogar isso em meio do filme junto com a temática de adolescencia raramente vai funcionar mais do que superficialmente (Benny's Video deu conta, mas querida, vc não é o Haneke)
O Guerreiro Silencioso
3.1 277 Assista Agorana 1h30 desse filme garanto que dava pra ver O Regresso duas vezes, e ainda começar a por em dia uns Tarkovskis. Ambos usam planos da natureza muito mais bonitos e menos visualmente repetitivos.
Pusher II - Mãos de Sangue
3.8 35por um Refn assim: menos perdido nas próprias imagens, mais envolvido com o drama dos personagens
mas eu vou ver neon demon msm assim..
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraO tipo de filme em que todo o terror é construído em torno dos sustos, e onde se aproximar dos personagens é ouvir eles aconchegados tocando Elvis - sabe quem faz isso pra aproximação emocional? Adam Sandler. Se em alguns momentos Wan merece palmas (vindas de um armário no escuro, talvez?) pela inventividade nos sustos e no puta trampo que deve dar fazer eles do jeito de Wan faz; em outros, a direção é tão brega que dá vontade de rir - a dona Vera encarando a freira na casa dela, especialmente. Um problema meu: não suporto filmes de terror onde
o final é que nem de blockbuster de ação: todo mundo feliz, calmo, e pronto pra continuação render muitos dólares. Final feliz em filme de terror, só no estilo Massacre da Serra Elétrica, mantendo o desespero e a tensão até o último instante, terminando num suspiro de alivio que beira a histeria.
O Teste Decisivo
3.6 381Surge como um drama voltado na solidão do protagonista, e me conquista nesse aspecto. Mas então, sem avisos - a não ser por aquele 'horror' escrito no IMDB ou site variante - surge uma uma determinada cena com um impacto visual brilhante e perturbador, aquela da garota aguardando a ligação, onde cada aspecto do plano dá um arrepio, coisa que Invocação do Mal sonha em conseguir. Daí pra frente amo o filme: a iluminação exagerada vermelha e azul; a progressão pra uma narrativa embaralhada; mas, principalmente, o medo do espectador que vê o drama do protagonista, vê esse universo macabro e torce pros dois não colidirem. No fim, o filme foi comparável a Mulholland Dr.
Máscara da Ilusão
3.8 114 Assista AgoraDave McKean é um gênio dos quadrinhos (basta ver Cages ou Signal to Noise), onde incorpora seu trabalho com fotografia, tbm bem feito. Mas cinema é outro meio.
O que destrói o filme, além da falta de fluidez nas cenas por conta da inesperiência na direção, é a tentativa de integrar o artista plástico McKean com o cineasta McKean: não apenas o primeiro é muito mais presente q o segundo, como estraga o filme ao investir em transmitir sua arte do papel e de esculturas através de efeitos que são comparáveis aos de produções de ficção científica independente.
Juro, não se passa um minuto sem que, ao olhar pra tela vc fique 'hmm, olha a menina subindo num fundo de tela verde pra chegar num castelo de tela verde'. Não vejo ações ficcionais, vejo uma galera brincando de faz-de-conta num estúdio.
E o Gaiman não tá na sua melhor forma aqui, recicla muita coisa de Coraline (livro, já que o filme veio depois de Mirrormask), e, na história, há pouca coisa em risco pra justificar essa grande jornada, sem falar que os momentos de sentimentalismo são bem bobinhos -
o final então, quando descobrem que a mãe vai ficar bem.. num dia ela tinha que fazer uma cirurgia, no outro ela se recupera e depois tá lá no circo felizona, tudo muito sem explicação, sem noção de muito tempo entre as ações, parece q nunca teve nada em jogo (além da omissão sádica e boba que o pai faz quando esta no telefone e a filha ouvindo)
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraO filme não tem nada a ver com 'a tecnologia destruindo a interação social', nem nada dessas coisas. É um romance em que o plano de fundo é uma utopia um pouco futurista, onde obviamente a tecnologia se desenvolveu mais. O filme evita ao máximo esse caráter anti-tecnológico ridículo que as pessoas pensam que ele tem (em oposição a dissertação de Enem 'olha como a tecnologia separa' chamada Medianeras). A beleza do filme esta em quão organico o relacionamento é, em quão bem feita é a direção e edição (que evitam ficar o tempo inteiro no Joaquin Phoenix, mas não exageram nos flashbacks extremamente bem feitos) e na sensibilidade do roteiro do Spike Jonze.
O filme retrata a solidão do ser-humano, mesmo quando sua vida não tem conflitos; a dificuldade de ter suas necessidades e ao mesmo tempo ter que entender as necessidades de seu parceiro; e a comum visão do amor como algo exclusivista (e ai o filme, mesmo q com pouca intenção, poe em pauta o poliamor de uma maneira fofa).
Apenas Deus Perdoa
3.0 632 Assista AgoraA comparação com David Lynch é absurda. Lynch tem a habilidade de pegar uma história interessante e desconstruir a narrativa pra ela virar um quebra cabeça. Já nesse filme, o roteiro é bem óbvio (não tem nada de díficil de entender) com um ou outro simbolismo que Refn tenta forçar: geralmente relacionados a dominância e submissão, na violência e no sexo. Com cenas incrivelmente bonitas, imitando o estilo Kubrick, Only God Forgives é um ótimo exemplo de um puta diretor que é um roteirista ruim.