daí a gente vê que não adianta pesar no elenco, pq ele não salva o resto do filme. e a passagem de uma cena pra outra me incomodou bastante, pareceu coisa que a gente faz no movie maker
Vi esse filme pela primeira vez há uns bons anos e o revi há mais ou menos um ano, numa sala de cinema. Na primeira vez, eu me apaixonei pelo enredo, todas as cores de Almodóvar e por uma das personagens principais: Benigno. Que facilmente foi construído para que o espectador se identifique, para que o ame, independente de qualquer coisa. Quando vi Fale Com Ela pela segunda vez, fiquei inquieta, toda aquela atmosfera de um dramalhão amoroso me era absurdo, olhava para a pessoa que via comigo com um olhar de "mas que porra esse cara tá fazendo?!". Como eu, mulher, me identifico com uma personagem, homem, que ESTUPRA uma mulher inconsciente? Como os espectadores diversos acreditam ser essa uma história de amor? Foi quando percebi que isso é bem recorrente no cinema, como ele passa a ser um instrumento, inconsciente ou não, de reforço para uma cultura do estupro, como ele é a extensão dessa mentalidade social e coletiva que romantiza o abuso, a violência de gênero. É pelo enfermeiro que todos sentem pena, por ele """amar""" e não poder concretizar seu romance (por inúmeros fatores); que, aparentemente, sofre pelas condições da sua amada, por isso não resiste e a estupra, poque seu amor era tão imensamente verdadeiro e simbólico, que precisava concretizá-lo, independente do consentimento de Alícia, seu "objeto" amoroso. E esse estupro tem frutos. Mas Alícia, a mulher com a qual eu deveria me identificar, pouco tem espaço nesse enredo, pouco tem voz (e falo de maneira simbólica), ela não foi construída de fato para que eu me apegasse ao seu sofrimento e fizesse paralelo com o que eu vivo, mesmo que materialmente, vivencialmente e nesse contexto eu tenha muito mais em comum com ela, por também ser mulher. Essa atmosfera dramática, que permite se aproximar de Benigno, não é criado para Alíce. E não porque a moça está inconsciente, pois sabemos que isso não é um problema para o cinema. Não me permite sentir pena pelo estupro e abuso sofrido por ela, porque não é dessa forma que Almodóvar deseja que seu filme seja visto; aquilo é amor, é o amor que nos apontam. Fale Com Ela é o reflexo do imaginário social, é assim que as pessoas lidam com o estupro, sobretudo homens, sobretudo Almodóvar: estupro é visto como demonstração de afeto, carinho, e como a mulher poderia resistir à isso?! Como disse, esse não é o único filme que constrói personagens com esses comportamentos de forma a naturalizá-los, Não Amarás é mais um exemplo. Só pude perceber e detectar esse meu incomodo, na segunda vez, porque, também, estava num processo de compreensão sobre o meu papel social, quando muitas mulheres não estão atentas e não tem acesso à esses questionamentos. Fico pensando como isso é triste, como é triste que ainda se identifiquem com uma personagem que violenta, fico imaginando como mulheres que foram abusadas se sentiram vendo esse filme, com os comentários dos espectadores que amaram Benigno e acharam "normal" tudo que ele fez. Acho que esse é um filme que ilustra muito bem pelo o que passamos, é um bom filme para questionar como são construídos personagens com comportamentos bizarros e transformando-os, sutilmente, em atitudes romantizadas, em "mocinhos" e como isso afeta o espectador, seja reforçando uma ideia/comportamento que ele já tem, ou tentando persuadi-lo. Ou mesmo tentando culpá-lo por achar que aquilo é errado, como no caso de mulheres que passaram por situações parecidas àquelas representadas na tela. É um filme que, também, fala sobre silenciamento, porque Ela, evidentemente, não tem voz.
Acho bastante preocupante como a diretora direciona o documentário pra uma visão moralista,sobrepondo os comentário pessoais da juíza diante da situação real desses jovens, porque mesmo as tomadas no lugar inóspito onde os jovens esperavam a sentença, pra mim, não foram suficientes. Dizer à uma criança que toda a merda que ela vivencia não é justificativa pra estar onde está, é, no mínimo, falta de empatia, é não ter tato e nem entender como a desigualdade social, racismo, classismo, são motivações pra entrar na ilegalidade. É só fazer uma análise da vida social de todos eles alí, que será constatado que a maioria são negros, da periferia. E ela, participando diretamente desse sistema, sendo ferramenta desse Estado, acadêmica, estudada, deveria ter noção de como a sociedade funciona e não profanar moralismo achando que isso é ressocialização ou reeducação. Não consegui entender ao certo qual foi a intenção de Maria Augusta, se era denunciar um sistema que reproduz e reforça a desigualdade ou reiterar a necessidade em tê-lo. Faltou dar voz aos meninos.
Um dos propósitos do filme é explorar a grandiosidade esbanjada pela sociedade de elite, todo o luxo, ganância e materialização, por isso uma preocupação um tanto excessiva com a fotografia em seus detalhes, e não acho que o roteiro ficou prejudicado por isso, como alguns disseram. E achei genial os cortes e as sobreposições das cenas.
A veracidade desse filme... Minha nossa! Um longa simples, mas muito bem produzido. O ritmo com que as coisas vão acontecendo cria uma tensão maior. Com um tema totalmente contemporâneo (depois de tantas notícias de vídeos íntimos soltos pela internet, as toneladas de consequências e comentários hipócritas que surgiram), o filme se apega à questões importantes. O adolescente (chamado de gordo) pra se sentir inserido e aceito num grupo de pessoas, no qual é motivo de zoação pelos mesmos, também pratica o bullying; é um ciclo vicioso muito mais complexo do que a gente pensa. Além de ficar claro que o puritanismo e moralismo não são questões apenas de gerações antigas, é de pasmar que em dias atuais o sexo ainda seja um tabu. Esse é um contexto no qual eu paro e penso sobre a maioridade penal (sou contra): adolescentes mimados de classe média-alta realizando tortura física e psicológica, não são crianças que desconhecem o certo e errado, que não imaginam as consequências que tudo isso gera. Mas isso tudo é fruto da educação que recebem, acostumados a terem tudo o que querem e com pais que fecham os olhos pros tropeços dos filhos. São adolescentes sem limites, acham que a vida que levam lhes dão o direito de zombar e manipular qualquer um. A escola sabe que algo de errado acontece, mas não procura dar suporte e nem se aprofundar. A falta de comunicação entre a filha e o pai é uma das causas da história ter "acabado" - porque o final, logicamente, trará consequências maiores - como acabou. Não sei se sou muito emotiva, mas cara... chorei o filme todo, e olha que nem são cenas melodramáticas, hehe.
Pelo o que eu vejo, ninguém aqui viu o filme, são só expectativas, então julgá-lo como bom, ruim ou clichê não é lá muito justo. Mas gente, qual o sentido de odiar tanto o pessoal que vem aqui comentar, que está curioso pra ver um filme, tanto quanto em outras páginas do filmow? Se não concorda, mas tem um pq coerente, comenta, mas não é necessário atacar ninguém. Assim com dizer que quem comenta aqui não tem a menor noção do que é cinema, que não tem ciência dos filmes do diretor ou whatever, tem que ser no mínimo, um pessoa muito estudada, de uma extensa crítica cinematográfica, um profissional desse ramo, pra não dizer idiota que adora ser contrário pra polemizar (não dizendo que quem discorda da maioria é um idiota, mas quando não se viu o filme ainda, sim), que não deveria ter um perfil nessa rede social feita para cinéfilos, ou seja, admiradores de cinema, o que não significa crítico formado em cinema analítico-filosófico. Somos todos expectadores. E como eu respondi num outro comentário, eu gosto dos filmes do diretor, que faz filmes políticos, de questões raciais, então pra mim é meio novidade ele ter dirigido esse La Vie d'Adèle, que pelo jeito tbm tem um teor político, só que com abordagens diferentes (porque "um filme sobre homossexuais", como sintetizaram de maneira não muito justa, é sim um tema político-social). A história me atrai, já me falaram dessa HQ e disseram ser bem boa, além de gostar do elenco. Esses são os MEUS motivos, e ninguém tem nada a ver com isso, assim como as pessoas tem os delas. Enfim, se não quer spoiler, é só ignorar os links, e cabô ódio gratuito, por favor.
Adoro a maneira como o Harmony produz seus filmes, acho demais sua pegada crua de Gummo e Kids, o ar despretensioso que ele cria, dando a imaginar uma não preocupação com a estética; não é desses que geram críticas profundas e te fazem questionar, ele mostra o real da situação e pronto, sem delongas ou historinhas com começo, meio e fim. Mas Spring Breakers foge totalmente dessa linha do Harmony, é totalmente vazio, mesmo quando dizem ser uma "crítica à juventude americana", não é lá grande coisa... É um filme comercial demais, por isso dizem ser acessível. Acho que o objetivo dele era emplacar o filme na telona, apelando nos atores, que ajudaram no marketing, e fotografia, que se sobressalta de tão trabalhada, coisa que o Harmony não se apega/apegava, voltando àquela história da coisa crua. Não gostei.
Nos últimos filmes que vi o Ryan Gosling, ele está sempre fazendo essa figura de "mala" e antipático, mas que na real, é o mocinho que ama e protege, hahah. Enfim, tava tentando lembrar qual o nome do personagem dele nesse filme, e percebi que ele não tinha! Era sempre tratado como o "driver", e mesmo assim não o tornou impessoal, achei isso bacana. E nem vou comentar da trilha sonora (<3), pq acho que todos já deram seu veredito aqui.
Pra quem está acostumado a ver o Almodóvar do finalzinho da década de 90 e começo dos anos 2000, vai mesmo dizer que nesse filme ele não se encontra, mas não é verdade! Ele traz de volta o humor extremante picante e sexual de "Pepi, Luci, Bom", "Kika", "Mulheres à beira de um ataque de nervos" e outros mais, dos (incríveis) anos 80/90. Sua fotografia continua belíssima e vibrante, ele explora cada um de seus diversos personagens, que vai do mau caráter à apaixonada excêntrica, nenhum fica de fora, deixando-nos o mais íntimos possível. Porém, falta algo em Amantes Passageiros que me faz considerá-lo o filme menos atrativo de Almodóvar, ainda não sei o que é, talvez seja o enredo, mas percebe-se que ele não tinha grandes intenções quanto à história, não queria nada magnífico (como acho que nunca quis), acho que foi mais pela diversão mesmo. Enfim, gostei de assistir.
Ah, Liv... Como não te amar?! Não sou dessas que viram fãs de atores, mas desde o primeiro filme que vi com essa mulher, me despertou uma paixão nunca antes sentida. Sério, sem exageros, é uma das poucas atrizes que consegui gravar o nome, e que realmente me interessa, tanto sua vida particular como profissional; comprei seu livro Mutações e minha paixão acabou se tornando amor. Percebe-se a sinceridade deste documentário e que, mesmo separados, Bergman (por quem eu tenho um amor também) e Liv nunca deixaram de ser um casal, o amor aconteceu de maneira rara, a amizade perdurou e nada foi efêmero; foi uma coisa tão verdadeira que chegou a ser palpável. Eu não sou nada romântica, mas olha... Isso que essas duas pessoas tiveram, foi muito bonito.
"Eu estava sozinha, mas a solidão me pertencia. Não foi nada que ele tenha criado. Não se cria a solidão, não se cria a escuridão do seu estômago, todos nós temos isso. É como nos relacionamos com isso, aí está a diferença."
Achei fraco e superficial, principalmente na questão do roteiro. Não sou fã da Sofia Coppola, mas já vi alguns de seus filmes, que não são geniais, mas tinham algo além de uma fotografia legal, já esse... O tema já não é grande coisa, as atuações tbm não são, mas se ela tivesse se preocupado em focar mais na vida dos personagens, e elaborasse algo legal, daria pra transformar num bom filme, enfim, só minha opinião.
Achei que a história de Chicas y Maletas é muito parecida com um filme que ele fez no final dos anos 80, o Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos. Muito legal essa sacado do Almodóvar!
O filme não é lá tudo isso, é polêmico, blz... Mas o pessoal só fala do boquete que a Chlöe fez, como se nunca tivessem visto uma cena de sexo em qualquer outro filme. Achei que como diretor e roteirista ele foi um pouco fraco (comparado ao Buffalo '66, que ele atuou e dirigiu muito bem); começou a dar ritmo ao filme tardiamente. Vicent Gallo sempre foi meio egocêntrico, mesma coisa aconteceu em Buffalo '66 quando o carinha falou do seu pau. Só não foi um dos seus melhores trabalhos, acontece. O final é interessante, but não dá pra levar o filme nas costas.
Nossa, não imaginava que o filme mexeria tanto comigo da maneira que mexeu. E acho que ele vai além do que muitos me falaram, desse desapego material, exclusão do modo capitalista... Convivência, cara. Não se vive sozinho, sem afeto e amor; somos pessoas e devemos compartilhar tudo isso, sabe?! Sou totalmente a favor dessa liberdade, desse rompimento de grades que nos cercam, e tenho consciência de que não é uma tarefa fácil, mas não dá pra se viver isolado, não se desapega de pessoas. A intimidade é algo terrível e incrível, ao mesmo tempo. A experiência que Christopher passou foi maravilhosa, linda, mas não foi completa. Ou melhor, foi completa ao seu final, quando ele compreendeu tudo aquilo. Não dá pra fugir de nós mesmos. "Tratar cada coisa pelo seu verdadeiro nome".
É difícil tomar partido numa situação dessas, quando não se há realmente como provar se houve ou não abuso da parte do Lucas.
Eu fiquei puta mesmo com a diretora da escola por fazer tanto alarde e ser tão impulsiva, mas eu era espectadora, estava fora do contexto, sabia o que realmente estava acontecendo... Então não julgo, porque provavelmente qualquer um faria o mesmo ou parecido, já que pessoas doentes assim são tão presentes nesses tempos. Criançada acabando com a vida de um adulto, tsc.
O legal de ter assistido Grindhouse, é que eu ri pra caralho no lance dos trailers trash! E eu nem sabia que existia esse "combo" nos cinemas de antigamente... Homenagem genial!
Tudo Vai Ficar Bem
2.8 117 Assista grátisdaí a gente vê que não adianta pesar no elenco, pq ele não salva o resto do filme. e a passagem de uma cena pra outra me incomodou bastante, pareceu coisa que a gente faz no movie maker
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraJá aviso: SPOILER!!!
Vi esse filme pela primeira vez há uns bons anos e o revi há mais ou menos um ano, numa sala de cinema. Na primeira vez, eu me apaixonei pelo enredo, todas as cores de Almodóvar e por uma das personagens principais: Benigno. Que facilmente foi construído para que o espectador se identifique, para que o ame, independente de qualquer coisa. Quando vi Fale Com Ela pela segunda vez, fiquei inquieta, toda aquela atmosfera de um dramalhão amoroso me era absurdo, olhava para a pessoa que via comigo com um olhar de "mas que porra esse cara tá fazendo?!". Como eu, mulher, me identifico com uma personagem, homem, que ESTUPRA uma mulher inconsciente? Como os espectadores diversos acreditam ser essa uma história de amor? Foi quando percebi que isso é bem recorrente no cinema, como ele passa a ser um instrumento, inconsciente ou não, de reforço para uma cultura do estupro, como ele é a extensão dessa mentalidade social e coletiva que romantiza o abuso, a violência de gênero. É pelo enfermeiro que todos sentem pena, por ele """amar""" e não poder concretizar seu romance (por inúmeros fatores); que, aparentemente, sofre pelas condições da sua amada, por isso não resiste e a estupra, poque seu amor era tão imensamente verdadeiro e simbólico, que precisava concretizá-lo, independente do consentimento de Alícia, seu "objeto" amoroso. E esse estupro tem frutos. Mas Alícia, a mulher com a qual eu deveria me identificar, pouco tem espaço nesse enredo, pouco tem voz (e falo de maneira simbólica), ela não foi construída de fato para que eu me apegasse ao seu sofrimento e fizesse paralelo com o que eu vivo, mesmo que materialmente, vivencialmente e nesse contexto eu tenha muito mais em comum com ela, por também ser mulher. Essa atmosfera dramática, que permite se aproximar de Benigno, não é criado para Alíce. E não porque a moça está inconsciente, pois sabemos que isso não é um problema para o cinema. Não me permite sentir pena pelo estupro e abuso sofrido por ela, porque não é dessa forma que Almodóvar deseja que seu filme seja visto; aquilo é amor, é o amor que nos apontam. Fale Com Ela é o reflexo do imaginário social, é assim que as pessoas lidam com o estupro, sobretudo homens, sobretudo Almodóvar: estupro é visto como demonstração de afeto, carinho, e como a mulher poderia resistir à isso?! Como disse, esse não é o único filme que constrói personagens com esses comportamentos de forma a naturalizá-los, Não Amarás é mais um exemplo. Só pude perceber e detectar esse meu incomodo, na segunda vez, porque, também, estava num processo de compreensão sobre o meu papel social, quando muitas mulheres não estão atentas e não tem acesso à esses questionamentos. Fico pensando como isso é triste, como é triste que ainda se identifiquem com uma personagem que violenta, fico imaginando como mulheres que foram abusadas se sentiram vendo esse filme, com os comentários dos espectadores que amaram Benigno e acharam "normal" tudo que ele fez. Acho que esse é um filme que ilustra muito bem pelo o que passamos, é um bom filme para questionar como são construídos personagens com comportamentos bizarros e transformando-os, sutilmente, em atitudes romantizadas, em "mocinhos" e como isso afeta o espectador, seja reforçando uma ideia/comportamento que ele já tem, ou tentando persuadi-lo. Ou mesmo tentando culpá-lo por achar que aquilo é errado, como no caso de mulheres que passaram por situações parecidas àquelas representadas na tela. É um filme que, também, fala sobre silenciamento, porque Ela, evidentemente, não tem voz.
Juízo
4.0 118Acho bastante preocupante como a diretora direciona o documentário pra uma visão moralista,sobrepondo os comentário pessoais da juíza diante da situação real desses jovens, porque mesmo as tomadas no lugar inóspito onde os jovens esperavam a sentença, pra mim, não foram suficientes. Dizer à uma criança que toda a merda que ela vivencia não é justificativa pra estar onde está, é, no mínimo, falta de empatia, é não ter tato e nem entender como a desigualdade social, racismo, classismo, são motivações pra entrar na ilegalidade. É só fazer uma análise da vida social de todos eles alí, que será constatado que a maioria são negros, da periferia. E ela, participando diretamente desse sistema, sendo ferramenta desse Estado, acadêmica, estudada, deveria ter noção de como a sociedade funciona e não profanar moralismo achando que isso é ressocialização ou reeducação. Não consegui entender ao certo qual foi a intenção de Maria Augusta, se era denunciar um sistema que reproduz e reforça a desigualdade ou reiterar a necessidade em tê-lo. Faltou dar voz aos meninos.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraA Rachel McAdams atrai viajantes no tempo, hein.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraUm dos propósitos do filme é explorar a grandiosidade esbanjada pela sociedade de elite, todo o luxo, ganância e materialização, por isso uma preocupação um tanto excessiva com a fotografia em seus detalhes, e não acho que o roteiro ficou prejudicado por isso, como alguns disseram. E achei genial os cortes e as sobreposições das cenas.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraAcho o DiCaprio mais foda a cada filme que ele faz. A capacidade que ele tem de se adaptar e entregar à cada personagem é incrível!
Depois de Lúcia
3.8 1,1KA veracidade desse filme... Minha nossa! Um longa simples, mas muito bem produzido. O ritmo com que as coisas vão acontecendo cria uma tensão maior.
Com um tema totalmente contemporâneo (depois de tantas notícias de vídeos íntimos soltos pela internet, as toneladas de consequências e comentários hipócritas que surgiram), o filme se apega à questões importantes. O adolescente (chamado de gordo) pra se sentir inserido e aceito num grupo de pessoas, no qual é motivo de zoação pelos mesmos, também pratica o bullying; é um ciclo vicioso muito mais complexo do que a gente pensa. Além de ficar claro que o puritanismo e moralismo não são questões apenas de gerações antigas, é de pasmar que em dias atuais o sexo ainda seja um tabu. Esse é um contexto no qual eu paro e penso sobre a maioridade penal (sou contra): adolescentes mimados de classe média-alta realizando tortura física e psicológica, não são crianças que desconhecem o certo e errado, que não imaginam as consequências que tudo isso gera. Mas isso tudo é fruto da educação que recebem, acostumados a terem tudo o que querem e com pais que fecham os olhos pros tropeços dos filhos. São adolescentes sem limites, acham que a vida que levam lhes dão o direito de zombar e manipular qualquer um. A escola sabe que algo de errado acontece, mas não procura dar suporte e nem se aprofundar.
A falta de comunicação entre a filha e o pai é uma das causas da história ter "acabado" - porque o final, logicamente, trará consequências maiores - como acabou. Não sei se sou muito emotiva, mas cara... chorei o filme todo, e olha que nem são cenas melodramáticas, hehe.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraPelo o que eu vejo, ninguém aqui viu o filme, são só expectativas, então julgá-lo como bom, ruim ou clichê não é lá muito justo. Mas gente, qual o sentido de odiar tanto o pessoal que vem aqui comentar, que está curioso pra ver um filme, tanto quanto em outras páginas do filmow? Se não concorda, mas tem um pq coerente, comenta, mas não é necessário atacar ninguém. Assim com dizer que quem comenta aqui não tem a menor noção do que é cinema, que não tem ciência dos filmes do diretor ou whatever, tem que ser no mínimo, um pessoa muito estudada, de uma extensa crítica cinematográfica, um profissional desse ramo, pra não dizer idiota que adora ser contrário pra polemizar (não dizendo que quem discorda da maioria é um idiota, mas quando não se viu o filme ainda, sim), que não deveria ter um perfil nessa rede social feita para cinéfilos, ou seja, admiradores de cinema, o que não significa crítico formado em cinema analítico-filosófico. Somos todos expectadores. E como eu respondi num outro comentário, eu gosto dos filmes do diretor, que faz filmes políticos, de questões raciais, então pra mim é meio novidade ele ter dirigido esse La Vie d'Adèle, que pelo jeito tbm tem um teor político, só que com abordagens diferentes (porque "um filme sobre homossexuais", como sintetizaram de maneira não muito justa, é sim um tema político-social). A história me atrai, já me falaram dessa HQ e disseram ser bem boa, além de gostar do elenco. Esses são os MEUS motivos, e ninguém tem nada a ver com isso, assim como as pessoas tem os delas. Enfim, se não quer spoiler, é só ignorar os links, e cabô ódio gratuito, por favor.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraAdoro a maneira como o Harmony produz seus filmes, acho demais sua pegada crua de Gummo e Kids, o ar despretensioso que ele cria, dando a imaginar uma não preocupação com a estética; não é desses que geram críticas profundas e te fazem questionar, ele mostra o real da situação e pronto, sem delongas ou historinhas com começo, meio e fim. Mas Spring Breakers foge totalmente dessa linha do Harmony, é totalmente vazio, mesmo quando dizem ser uma "crítica à juventude americana", não é lá grande coisa... É um filme comercial demais, por isso dizem ser acessível. Acho que o objetivo dele era emplacar o filme na telona, apelando nos atores, que ajudaram no marketing, e fotografia, que se sobressalta de tão trabalhada, coisa que o Harmony não se apega/apegava, voltando àquela história da coisa crua. Não gostei.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraMas gente, esses spoilers de entrevistas e gifs deixam minha vontade de ver esse longa mais aguçada, não consigo sair dessa página do filmow!!! hahaha
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraNos últimos filmes que vi o Ryan Gosling, ele está sempre fazendo essa figura de "mala" e antipático, mas que na real, é o mocinho que ama e protege, hahah. Enfim, tava tentando lembrar qual o nome do personagem dele nesse filme, e percebi que ele não tinha! Era sempre tratado como o "driver", e mesmo assim não o tornou impessoal, achei isso bacana. E nem vou comentar da trilha sonora (<3), pq acho que todos já deram seu veredito aqui.
Os Amantes Passageiros
3.1 648 Assista AgoraPra quem está acostumado a ver o Almodóvar do finalzinho da década de 90 e começo dos anos 2000, vai mesmo dizer que nesse filme ele não se encontra, mas não é verdade! Ele traz de volta o humor extremante picante e sexual de "Pepi, Luci, Bom", "Kika", "Mulheres à beira de um ataque de nervos" e outros mais, dos (incríveis) anos 80/90. Sua fotografia continua belíssima e vibrante, ele explora cada um de seus diversos personagens, que vai do mau caráter à apaixonada excêntrica, nenhum fica de fora, deixando-nos o mais íntimos possível. Porém, falta algo em Amantes Passageiros que me faz considerá-lo o filme menos atrativo de Almodóvar, ainda não sei o que é, talvez seja o enredo, mas percebe-se que ele não tinha grandes intenções quanto à história, não queria nada magnífico (como acho que nunca quis), acho que foi mais pela diversão mesmo. Enfim, gostei de assistir.
Liv & Ingmar - Uma História de Amor
4.2 125Ah, Liv... Como não te amar?! Não sou dessas que viram fãs de atores, mas desde o primeiro filme que vi com essa mulher, me despertou uma paixão nunca antes sentida. Sério, sem exageros, é uma das poucas atrizes que consegui gravar o nome, e que realmente me interessa, tanto sua vida particular como profissional; comprei seu livro Mutações e minha paixão acabou se tornando amor. Percebe-se a sinceridade deste documentário e que, mesmo separados, Bergman (por quem eu tenho um amor também) e Liv nunca deixaram de ser um casal, o amor aconteceu de maneira rara, a amizade perdurou e nada foi efêmero; foi uma coisa tão verdadeira que chegou a ser palpável. Eu não sou nada romântica, mas olha... Isso que essas duas pessoas tiveram, foi muito bonito.
"Eu estava sozinha, mas a solidão me pertencia. Não foi nada que ele tenha criado. Não se cria a solidão, não se cria a escuridão do seu estômago, todos nós temos isso. É como nos relacionamos com isso, aí está a diferença."
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraAchei fraco e superficial, principalmente na questão do roteiro. Não sou fã da Sofia Coppola, mas já vi alguns de seus filmes, que não são geniais, mas tinham algo além de uma fotografia legal, já esse... O tema já não é grande coisa, as atuações tbm não são, mas se ela tivesse se preocupado em focar mais na vida dos personagens, e elaborasse algo legal, daria pra transformar num bom filme, enfim, só minha opinião.
Abraços Partidos
3.9 661Achei que a história de Chicas y Maletas é muito parecida com um filme que ele fez no final dos anos 80, o Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos. Muito legal essa sacado do Almodóvar!
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraAlmodóvar e suas mulheres. Guerreiras, apaixonadas, independentes, loucas (de amor), ardentes, engraçadas, espontâneas... Todas incríveis.
Brown Bunny
3.1 109O filme não é lá tudo isso, é polêmico, blz... Mas o pessoal só fala do boquete que a Chlöe fez, como se nunca tivessem visto uma cena de sexo em qualquer outro filme. Achei que como diretor e roteirista ele foi um pouco fraco (comparado ao Buffalo '66, que ele atuou e dirigiu muito bem); começou a dar ritmo ao filme tardiamente. Vicent Gallo sempre foi meio egocêntrico, mesma coisa aconteceu em Buffalo '66 quando o carinha falou do seu pau. Só não foi um dos seus melhores trabalhos, acontece. O final é interessante, but não dá pra levar o filme nas costas.
Buffalo '66
4.1 302Se não fosse a falsa Wendy Balsam o Billy estaria ferrado. O que uma garota não faz com um cara, ham.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraAh! Sean Penn deveria trabalhar mais como diretor.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraNossa, não imaginava que o filme mexeria tanto comigo da maneira que mexeu. E acho que ele vai além do que muitos me falaram, desse desapego material, exclusão do modo capitalista... Convivência, cara. Não se vive sozinho, sem afeto e amor; somos pessoas e devemos compartilhar tudo isso, sabe?! Sou totalmente a favor dessa liberdade, desse rompimento de grades que nos cercam, e tenho consciência de que não é uma tarefa fácil, mas não dá pra se viver isolado, não se desapega de pessoas. A intimidade é algo terrível e incrível, ao mesmo tempo. A experiência que Christopher passou foi maravilhosa, linda, mas não foi completa. Ou melhor, foi completa ao seu final, quando ele compreendeu tudo aquilo. Não dá pra fugir de nós mesmos. "Tratar cada coisa pelo seu verdadeiro nome".
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraÉ difícil tomar partido numa situação dessas, quando não se há realmente como provar se houve ou não abuso da parte do Lucas.
A Parte dos Anjos
3.5 98 Assista AgoraAchei de uma comédia super gostosa, nada escancarado... Bem bacana!
Até Que a Sorte Nos Separe
2.8 1,2KÉ um filme de comédia sem graça alguma. Totalmente mal desenvolvido. Nem pra Sessão da Tarde serve.
Grindhouse
4.0 266O legal de ter assistido Grindhouse, é que eu ri pra caralho no lance dos trailers trash! E eu nem sabia que existia esse "combo" nos cinemas de antigamente... Homenagem genial!