Amanda

demorei 29 anos para assistir essa obra-prima, eu já sabia que ia ser impactada, não imaginei que seria tanto. é pura arte a expressão das manchas na nossa história por outra perspectiva (sem romantizar, claro), renova um tiquinho a esperança.

para mim, os diálogos do episódio final fizeram valer todas a série, muito bom, inquietante.

Me sinto traindo Friends e Breaking Bad, mas, depois das 7 temporadas, não tenho como dizer o contrário: melhor série que já vi na minha vida, a que mais bagunçou meus pensamentos e me fez reavaliar atitudes. Uma porrada de existencialismo, humanismo, misturada com a sinceridade de ser quem é. Foi um prazer acompanhar o desenvolvimento de cada personagem, um mais complexo que o outro, ver a força bruta das mulheres que tinham que lutar ainda mais por um espaço no meio machista, racista, homofóbico e extremamente caótico dos anos 60. A direção e o roteiro são brilhantes, não de modo geral, mas em cada tacada, a sutileza das cenas pesadas é de derrubar os mais céticos. Don Draper pode ser a capa de todos as chamadas da série, mas Peggy Olson será sempre minha protagonista