Eu quase passei mal de nervoso kkkk Acho que a melhor qualidade do filme é manter a tensão em cena sem deixar a peteca cair. Sim, algumas coisas são previsíveis, mas o filme não se torna ruim por isso. Apesar de ter achado bom, senti que durou umas 3h de duração, sei lá por quê...
A maneira como a história é contada te prende até a revelação dos segredos (apesar de eu ter odiado e achado bem piegas essa narração dos acontecimentos pela personagem principal). Os minutos finais são bem arrastados,
Interessante e promissor na primeira metade, mas fica chato quando começa a inserir muitos elementos explicativos (cenas do passado), ainda que não expliquem nada de fato. Daria um bom curta.
O problema em fazer filme didático é que entrega demais e não sobra nada pra gente concluir sozinha, sabe? Em alguns momentos me lembrou a novelinha Malhação. Entretanto, não posso negar a relevância dos temas abordados e a coragem de bancar a ideia. Mesmo com muitos problemas, entretém.
O hábito de matar faz com que se perca a humanidade, a capacidade de sentir compaixão, empatia, afeto. Tas não se lembra mais como agir com naturalidade porque se torna uma máquina movida a ódio e volúpia. Ela entra no mundo dos homens super milionários não só para matá-los, mas para possui-los - e o título faz uma brincadeira com a noção de possessão do corpo por um espírito mau ou um demônio, mas é sobretudo sobre possuir o outro e tudo o que ele tem e significa, numa dominação simbólica. Dominar e possuir os corpos com a ferocidade que só pode ser representada pelo banho de sangue e apatia que vemos em cena.
Causa um enorme incômodo ver uma mulher agindo com tamanha brutalidade porque esse comportamento parece fazer parte de uma cultura masculina, machista; a cultura da violência e da posse.
Enfim, que filme, minha gente! <3 Andrea Riseborough <3
A mãe de Eilis é uma pessoa claramente manipuladora que ficou completamente só após a morte do marido, pai de suas duas filhas. Rose, a irmã mais velha, não conseguiu fugir das imposições da mãe, deixando de lado os seus próprios desejos, mas, por amar muito sua irmã e nela ver um espelho, esforçou-se para mandá-la para um país distante o suficiente para que vivesse sua própria vida. Era como se, através de Eilis, pudesse voltar no tempo e fazer outras escolhas para si.
Entretanto, não é algo fácil para uma mulher, ainda mais sendo muito jovem e sozinha, ser livre - ela não sabe como ser. O tempo inteiro Eilis é bombardeada por instruções de como deve se portar, como deve se maquiar, usar roupas da moda, estar sempre sorrindo e pronta para servir o outro. Assim, ela aprende como ser uma mulher nesse outro mundo, e começa a vislumbrar uma sensação de satisfação e liberdade, finalmente acreditando que está fazendo de maneira consciente suas escolhas.
Conhece um rapaz jovem e bonito, que a trata bem, mas que também aparece no seu trabalho à noite sem avisar, insiste em levá-la para casa em segurança, e insiste também, sob muitas negativas e resistências, em se casar com ela antes que volte ao seu país para amparar a mãe após a morte da irmã. Muito contrariada e perceptivelmente sem ter certeza de que ama o italiano, Eilis aceita, assim como aceita perder sua virgindade com ele.
Ao retornar para casa, volta a ser manipulada por sua mãe, que gosta de decidir o destino da filha. Agora, já mais adulta e consciente de si, Eilis circula pelo mundo com mais segurança, e conhece um rapaz que a interessa o suficiente para cair em si e perceber a burrada que fez: se casou com alguém que ainda não amava, longe da vida que conhecia, e tudo agora parece pouco familiar para ela.
Quando, perto do fim, a sua ex-patroa tenta chantageá-la, percebe o quanto odeia sua cidade pequena, cheia de gente futriqueira e maldosa, e o quanto a vida numa grande metrópole é mais interessante, lugar onde aprendeu a ser outra...
Vê-se obrigada a fazer uma escolha bastante difícil, mas que já estava tomada mesmo se envolvendo com o irlandês, pois um casamento não poderia ser desfeito, nessa época, sem estigmatizar uma mulher.
Parece-me que nenhuma das opções a deixa realmente feliz ou a torna, de fato, livre.
A Hunter é uma mulher daquelas publicidades dos anos 50 nos EUA, sabe? Quando ela se casa até corta o cabelo chanelzinho pra entrar bem na personagem; passa o dia inteiro passando aspirador de pó nos tapetes, cozinhando, mantendo a casa linda enquanto usa scarpin
(mas por que um casal tão rico do século xxi não teria empregados para lavar, cozinhar, passar? Talvez um exagero para mostrar o quanto ela estava disposta a se submeter para agradar ao marido e à família dele?)
É desesperador assistir ela engolindo todas as vezes que ninguém se importa com o que ela tem a dizer, as humilhações disfarçadas de carinhos, a censura nos olhares dessas pessoas de quem ela desesperadoramente espera amor e afeição.
Devo dizer que o meu coração parou quando ela engoliu aquela tachinha. Ainda havia metade do filme pela frente, e eu não podia esperar para saber como os fatos iriam se denrolar... bom, foi aí que eu comecei a me decepcionar um pouco com os rumos dos personagens e da história. Acho que eu esperava algo mais fantástico e bizarro e menos humano (um erro de expectativa e de gênero de filme?). O trauma do passado que justifica sua compulsão não me pareceu bem estruturado, talvez uma cena mostrando esse passado com sua família/mãe ajudasse a convencer.
No final, entretanto, foi reconfortante vê-la como uma mulher que finalmente pôde decidir por si e ter o domínio do próprio corpo. Imaginem se pudéssemos voltar ao passado, encarar nossos medos e traumas, enfrentar nossos algozes - poderíamos alcançar a mesma liberdade de Hunter?
O filme tinha tudo para ser bom, mas aborda os acontecimentos superficialmente, as coisas vão acontecendo de um jeito estranho, entrecortadas. não sei se é um problema de edição, de roteiro, ou tudo junto... o fato é que não consegui estabelecer um vínculo com nenhuma personagem, apesar de, claro, achar toda a história absurda e querer que encontrassem o(s) culpado(s). Mas em nenhum momento a história me deixou absorta e eu dei graças a Deus quando acabou.
Um filme de baixo orçamento que lembra filmes feitos para a TV anos atrás. A história é interessante e as duas atrizes principais são boas (numa produção mais robusta, entregariam atuações melhores). Realmente o filme tem muitos furos e irrita em alguns momentos, como nas cenas no tribunal, mas recomendo para quem quer se distrair sem maiores pretensões. Além de tudo, é muito bom ver tantos atores negros em um filme de suspense onde normalmente todos seriam brancos.
Me interessa muito a maneira que aborda sexualidade, menstruação e maternidade e seus aspectos maus e sombrios. Há outros filmes que abordam essa temática (referenciados com sucesso), mas "Verónica" o faz de maneira palatável para o grande público, principalmente por utilizar como chamariz os elementos "baseado em história real", "Ouija" e "possessão".
De uma simplicidade linda. Eu veria horas e horas e dias de Ladybird, mas a escolha por um roteiro enxuto teve seus encantos. Chorei em todas as cenas com a mãe (quem sentiu o mesmo sabe o porquê) e sorri de verdade em tantas outras (o baile <3). Um filme muito afetuoso, sensível, leve... pra sair do cinema com o coração gordinho.
Estranhamente, para discutir o quanto a produção intelectual de uma mulher pode ser ofuscada pelo interesse frívolo de outros a respeito de sua vida sexual/amorosa, escolhe dar destaque à vida sexual/amorosa da mulher retratada. Apesar disso, o filme enquanto entretenimento é ótimo, as atrizes que encarnam a Lou são excelentes e a personagem é encantadora!
Este não é um filme de terror: é um drama bem pesado sobre perda, amargura, solidão. Presa dentro da casa (aqui o corpo também é casa), privada do contato com o resto do mundo, privada de uma vida "normal" por escolha própria,
Há alguns buracos na história, coisas que pediam soluções que não foram dadas, enquanto algumas cenas da parte inicial são repetitivas e monótonas, o que me faz crer que não houve uma boa edição. A cena do anjo em CG foi visualmente terrível! Esse era o momento que pedia uma sugestão e não uma aparição. Não dá pra entender essa escolha em um filme que quis criar tensão em tantos momentos apenas sugestionando!
Mas relevo porque, no fim das contas, o final é até bonito. E eu esperando nem conseguir dormir à noite...
As atrizes, muito jovens, tiveram suas imagens exploradas de maneira sexual e perversa, o que me embrulhou o estômago. Não fosse isso, poderia ser um belo filme sobre subversão. Contudo, a cena final é tão boa que me fez dar as 3 estrelas.
até certo ponto, podemos achar que a Helen simplesmente enlouqueceu e as aparições do Candyman eram ilusões. Entretanto, as cenas finais nos tiram essa incerteza, que é algo que sempre me interessa mais nas histórias que a utilizam, especialmente as de terror. Ainda assim, é um puta final, que seria mais icônico se a Helen ainda tivesse seus cabelos loiros, hehe.
Recomendo que assistam à noite, logo antes de dormir... :)
"...Esses indivíduos podem, através do sofrimento que vivem, ter desbloqueado o potencial do cérebro. É o caminho final de acesso para tudo que chamamos de desconhecido? É disso que vem nosso senso de sobrenatural?"
O filme provoca ótimas reflexões, mas não responde nenhuma pergunta de forma definitiva, o que pode deixar alguns indivíduos frustrados. Impressionante como estamos vivendo num tempo imediatista, onde espera-se que tudo se desenrole rapidamente e levante e responda questões de maneira simples e direta! Estejamos mais abertos para o "porém", para o "talvez", para o "não há resposta certa"...
Algo na proposição das questões me lembrou "Brilho eterno de uma mente sem lembranças": como os personagens retornam para refazer suas escolhas e tentar mudar o destino, como suas memórias são apenas parcialmente apagadas, pois há aqueles que nos deixam marcas indeléveis. Só que ao invés de um programa que tenta apagar memórias, é a morte do corpo e a continuidade (ou reinício) da consciência e o desejo de não perdê-las. A ideia de não termos fim gera conforto, e creio que por isso achei o filme curto. Poderia assistir ainda horas e horas sobre esse assunto. Amo a Rooney Mara, mas achei que ela poderia ter se entregado mais. E, sim, há furos na história, mas tudo bem, é apenas um filme e não a vida real (que pena!).
Ela sofreu abuso do George ou havia entre os dois um acordo, como num jogo sexual? Ao mesmo tempo que é interessante deixar isso em aberto, vejo como um problema levar a crer que uma pessoa pode se apaixonar pelo seu algoz (Síndrome de Estocolmo?). Ada é uma mulher tão complexa, tão indecifrável, que é impossível não se atrair pela sua história. Interpreto sua mudez como uma alegoria sobre a opressão sofrida pelas mulheres pela sociedade patriarcal - impedidas de falar, de desejar e de ser. Há uma fala muito marcante de uma das senhoras para o marido de Ada: é mais cômodo ter um animal de estimação, pois ele não fala. Iludido por essa afirmação, não imaginava que Ada seria capaz de encontrar meios de se tornar livre.
Frio nos Ossos
3.0 235 Assista AgoraEu quase passei mal de nervoso kkkk
Acho que a melhor qualidade do filme é manter a tensão em cena sem deixar a peteca cair. Sim, algumas coisas são previsíveis, mas o filme não se torna ruim por isso.
Apesar de ter achado bom, senti que durou umas 3h de duração, sei lá por quê...
Uma Garota de Muita Sorte
3.5 300 Assista AgoraA maneira como a história é contada te prende até a revelação dos segredos (apesar de eu ter odiado e achado bem piegas essa narração dos acontecimentos pela personagem principal). Os minutos finais são bem arrastados,
mas que bom que ela se livrou daquele embuste do noivo & família.
Um novelão. Ah, poderia ter aviso de gatilho também, tem cenas bem problemáticas...
O Alerta
2.9 62 Assista AgoraInteressante e promissor na primeira metade, mas fica chato quando começa a inserir muitos elementos explicativos (cenas do passado), ainda que não expliquem nada de fato. Daria um bom curta.
Assim na Terra, Como no Céu
3.4 2Desconexo e ruim.
M8 – Quando a Morte Socorre a Vida
3.6 219O problema em fazer filme didático é que entrega demais e não sobra nada pra gente concluir sozinha, sabe? Em alguns momentos me lembrou a novelinha Malhação. Entretanto, não posso negar a relevância dos temas abordados e a coragem de bancar a ideia.
Mesmo com muitos problemas, entretém.
Demoníaca
3.1 154 Assista AgoraEstou assombrada é com esses diálogos horríveis e roteiro sem pé nem cabeça...
Possessor
3.4 301 Assista AgoraO hábito de matar faz com que se perca a humanidade, a capacidade de sentir compaixão, empatia, afeto. Tas não se lembra mais como agir com naturalidade porque se torna uma máquina movida a ódio e volúpia. Ela entra no mundo dos homens super milionários não só para matá-los, mas para possui-los - e o título faz uma brincadeira com a noção de possessão do corpo por um espírito mau ou um demônio, mas é sobretudo sobre possuir o outro e tudo o que ele tem e significa, numa dominação simbólica. Dominar e possuir os corpos com a ferocidade que só pode ser representada pelo banho de sangue e apatia que vemos em cena.
Causa um enorme incômodo ver uma mulher agindo com tamanha brutalidade porque esse comportamento parece fazer parte de uma cultura masculina, machista; a cultura da violência e da posse.
Enfim, que filme, minha gente! <3 Andrea Riseborough <3
Brooklin
3.8 1,1KUm outro ponto de vista:
A mãe de Eilis é uma pessoa claramente manipuladora que ficou completamente só após a morte do marido, pai de suas duas filhas. Rose, a irmã mais velha, não conseguiu fugir das imposições da mãe, deixando de lado os seus próprios desejos, mas, por amar muito sua irmã e nela ver um espelho, esforçou-se para mandá-la para um país distante o suficiente para que vivesse sua própria vida. Era como se, através de Eilis, pudesse voltar no tempo e fazer outras escolhas para si.
Entretanto, não é algo fácil para uma mulher, ainda mais sendo muito jovem e sozinha, ser livre - ela não sabe como ser. O tempo inteiro Eilis é bombardeada por instruções de como deve se portar, como deve se maquiar, usar roupas da moda, estar sempre sorrindo e pronta para servir o outro. Assim, ela aprende como ser uma mulher nesse outro mundo, e começa a vislumbrar uma sensação de satisfação e liberdade, finalmente acreditando que está fazendo de maneira consciente suas escolhas.
Conhece um rapaz jovem e bonito, que a trata bem, mas que também aparece no seu trabalho à noite sem avisar, insiste em levá-la para casa em segurança, e insiste também, sob muitas negativas e resistências, em se casar com ela antes que volte ao seu país para amparar a mãe após a morte da irmã. Muito contrariada e perceptivelmente sem ter certeza de que ama o italiano, Eilis aceita, assim como aceita perder sua virgindade com ele.
Ao retornar para casa, volta a ser manipulada por sua mãe, que gosta de decidir o destino da filha. Agora, já mais adulta e consciente de si, Eilis circula pelo mundo com mais segurança, e conhece um rapaz que a interessa o suficiente para cair em si e perceber a burrada que fez: se casou com alguém que ainda não amava, longe da vida que conhecia, e tudo agora parece pouco familiar para ela.
Quando, perto do fim, a sua ex-patroa tenta chantageá-la, percebe o quanto odeia sua cidade pequena, cheia de gente futriqueira e maldosa, e o quanto a vida numa grande metrópole é mais interessante, lugar onde aprendeu a ser outra...
Vê-se obrigada a fazer uma escolha bastante difícil, mas que já estava tomada mesmo se envolvendo com o irlandês, pois um casamento não poderia ser desfeito, nessa época, sem estigmatizar uma mulher.
Parece-me que nenhuma das opções a deixa realmente feliz ou a torna, de fato, livre.
Devorar
3.7 366 Assista AgoraA Hunter é uma mulher daquelas publicidades dos anos 50 nos EUA, sabe? Quando ela se casa até corta o cabelo chanelzinho pra entrar bem na personagem; passa o dia inteiro passando aspirador de pó nos tapetes, cozinhando, mantendo a casa linda enquanto usa scarpin
(mas por que um casal tão rico do século xxi não teria empregados para lavar, cozinhar, passar? Talvez um exagero para mostrar o quanto ela estava disposta a se submeter para agradar ao marido e à família dele?)
É desesperador assistir ela engolindo todas as vezes que ninguém se importa com o que ela tem a dizer, as humilhações disfarçadas de carinhos, a censura nos olhares dessas pessoas de quem ela desesperadoramente espera amor e afeição.
Devo dizer que o meu coração parou quando ela engoliu aquela tachinha. Ainda havia metade do filme pela frente, e eu não podia esperar para saber como os fatos iriam se denrolar... bom, foi aí que eu comecei a me decepcionar um pouco com os rumos dos personagens e da história. Acho que eu esperava algo mais fantástico e bizarro e menos humano (um erro de expectativa e de gênero de filme?). O trauma do passado que justifica sua compulsão não me pareceu bem estruturado, talvez uma cena mostrando esse passado com sua família/mãe ajudasse a convencer.
No final, entretanto, foi reconfortante vê-la como uma mulher que finalmente pôde decidir por si e ter o domínio do próprio corpo. Imaginem se pudéssemos voltar ao passado, encarar nossos medos e traumas, enfrentar nossos algozes - poderíamos alcançar a mesma liberdade de Hunter?
Legado nos Ossos
3.2 141 Assista AgoraRosario é a mãe mais assustadora de todos os filmes que já vi.
A Casa
3.1 591 Assista AgoraCheio de incongruências, personagens burras e um psicopata detestável. Assista se quiser passar muita raiva.
Lost Girls: Os Crimes de Long Island
3.2 153 Assista AgoraO filme tinha tudo para ser bom, mas aborda os acontecimentos superficialmente, as coisas vão acontecendo de um jeito estranho, entrecortadas. não sei se é um problema de edição, de roteiro, ou tudo junto... o fato é que não consegui estabelecer um vínculo com nenhuma personagem, apesar de, claro, achar toda a história absurda e querer que encontrassem o(s) culpado(s). Mas em nenhum momento a história me deixou absorta e eu dei graças a Deus quando acabou.
O Limite da Traição
3.2 596Um filme de baixo orçamento que lembra filmes feitos para a TV anos atrás. A história é interessante e as duas atrizes principais são boas (numa produção mais robusta, entregariam atuações melhores). Realmente o filme tem muitos furos e irrita em alguns momentos, como nas cenas no tribunal, mas recomendo para quem quer se distrair sem maiores pretensões. Além de tudo, é muito bom ver tantos atores negros em um filme de suspense onde normalmente todos seriam brancos.
Verônica: Jogo Sobrenatural
3.1 545 Assista AgoraUm bom filme de terror, com atuações e aspectos técnicos interessantes (trilha sonora, fotografia).
Me interessa muito a maneira que aborda sexualidade, menstruação e maternidade e seus aspectos maus e sombrios. Há outros filmes que abordam essa temática (referenciados com sucesso), mas "Verónica" o faz de maneira palatável para o grande público, principalmente por utilizar como chamariz os elementos "baseado em história real", "Ouija" e "possessão".
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraDe uma simplicidade linda. Eu veria horas e horas e dias de Ladybird, mas a escolha por um roteiro enxuto teve seus encantos. Chorei em todas as cenas com a mãe (quem sentiu o mesmo sabe o porquê) e sorri de verdade em tantas outras (o baile <3). Um filme muito afetuoso, sensível, leve... pra sair do cinema com o coração gordinho.
Lou
3.5 39Estranhamente, para discutir o quanto a produção intelectual de uma mulher pode ser ofuscada pelo interesse frívolo de outros a respeito de sua vida sexual/amorosa, escolhe dar destaque à vida sexual/amorosa da mulher retratada. Apesar disso, o filme enquanto entretenimento é ótimo, as atrizes que encarnam a Lou são excelentes e a personagem é encantadora!
Vozes da Escuridão
3.2 241Este não é um filme de terror: é um drama bem pesado sobre perda, amargura, solidão. Presa dentro da casa (aqui o corpo também é casa), privada do contato com o resto do mundo, privada de uma vida "normal" por escolha própria,
na verdade, busca redenção e não vingança. Quando, no meio do filme, ela nos conta que não pratica o perdão, descobrimos que essa será a sua busca.
Para quem, como eu, esperava um filme de terror, com uma abordagem talvez mais didática sobre os rituais, com aparições de demônios, espíritos
(a entidade que fumava nas sombras foi um bom aperitivo)
Há alguns buracos na história, coisas que pediam soluções que não foram dadas, enquanto algumas cenas da parte inicial são repetitivas e monótonas, o que me faz crer que não houve uma boa edição.
A cena do anjo em CG foi visualmente terrível! Esse era o momento que pedia uma sugestão e não uma aparição. Não dá pra entender essa escolha em um filme que quis criar tensão em tantos momentos apenas sugestionando!
Elena
4.2 1,3K Assista Agoraah, essa coisa que o artista faz! isso de transformar a dor em arte...
Mas não Livrai-nos do Mal
3.8 66As atrizes, muito jovens, tiveram suas imagens exploradas de maneira sexual e perversa, o que me embrulhou o estômago. Não fosse isso, poderia ser um belo filme sobre subversão. Contudo, a cena final é tão boa que me fez dar as 3 estrelas.
O Mistério de Candyman
3.3 407 Assista AgoraO que mais me encantou nesse filme foi a aura de sonho, de irrealidade:
até certo ponto, podemos achar que a Helen simplesmente enlouqueceu e as aparições do Candyman eram ilusões. Entretanto, as cenas finais nos tiram essa incerteza, que é algo que sempre me interessa mais nas histórias que a utilizam, especialmente as de terror. Ainda assim, é um puta final, que seria mais icônico se a Helen ainda tivesse seus cabelos loiros, hehe.
Fragmentado
3.9 2,9K Assista Agora"...Esses indivíduos podem, através do sofrimento que vivem, ter desbloqueado o potencial do cérebro. É o caminho final de acesso para tudo que chamamos de desconhecido? É disso que vem nosso senso de sobrenatural?"
A Descoberta
3.3 385 Assista AgoraO filme provoca ótimas reflexões, mas não responde nenhuma pergunta de forma definitiva, o que pode deixar alguns indivíduos frustrados. Impressionante como estamos vivendo num tempo imediatista, onde espera-se que tudo se desenrole rapidamente e levante e responda questões de maneira simples e direta! Estejamos mais abertos para o "porém", para o "talvez", para o "não há resposta certa"...
Algo na proposição das questões me lembrou "Brilho eterno de uma mente sem lembranças": como os personagens retornam para refazer suas escolhas e tentar mudar o destino, como suas memórias são apenas parcialmente apagadas, pois há aqueles que nos deixam marcas indeléveis. Só que ao invés de um programa que tenta apagar memórias, é a morte do corpo e a continuidade (ou reinício) da consciência e o desejo de não perdê-las. A ideia de não termos fim gera conforto, e creio que por isso achei o filme curto. Poderia assistir ainda horas e horas sobre esse assunto.
Amo a Rooney Mara, mas achei que ela poderia ter se entregado mais. E, sim, há furos na história, mas tudo bem, é apenas um filme e não a vida real (que pena!).
O Piano
4.0 442Belíssimo filme! Me despertou sentimentos conflitantes:
Ela sofreu abuso do George ou havia entre os dois um acordo, como num jogo sexual? Ao mesmo tempo que é interessante deixar isso em aberto, vejo como um problema levar a crer que uma pessoa pode se apaixonar pelo seu algoz (Síndrome de Estocolmo?).
Ada é uma mulher tão complexa, tão indecifrável, que é impossível não se atrair pela sua história. Interpreto sua mudez como uma alegoria sobre a opressão sofrida pelas mulheres pela sociedade patriarcal - impedidas de falar, de desejar e de ser. Há uma fala muito marcante de uma das senhoras para o marido de Ada: é mais cômodo ter um animal de estimação, pois ele não fala. Iludido por essa afirmação, não imaginava que Ada seria capaz de encontrar meios de se tornar livre.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraConseguiu ser pior do que o livro.