Nocturnal Animals é um filme perturbador e inquietante. O longa é envolvido por uma atmosfera escura e obscura. Sente-se o significado da palavra "noturno". Apresenta-se uma edição e cinematografia distintas, porém precisas; estão em consonância. A metalinguagem é explorada de maneira louvável. As cenas do presente, dos flashbacks e da leitura do romance são coordenadas e límpidas, nada fica confuso. As atuações estão impecáveis. Amy Adams faz do silêncio a maior virtude da personagem. Aaron Johnson está cínico e seguro de si. É um filme violento, cruel e melancólico.
Hidden Figures é um filme enquadrado, não tem nada de novo. Exagera no entusiasmo e clichês, porém é esperançoso. É um filme importante em sua premissa. E nos mostra como o racismo é estúpido, cruel e cultural (corrompe ,até mesmo, um ambiente de intelectuais). Excelentes atuações, destaco a que mais me chamou atenção: de Janelle Monáe. Ela é forte, audaciosa e marca sua presença.
O enredo de Manchester by the Sea baseia-se na jornada de um personagem, vislumbrando episódios do seu passado. A partir daí, o telespectador entende o porquê da sua personalidade e da sua tênue relação com a família e vizinhos. A ambientação é fria, gelada, entra em consonância com a personalidade do protagonista e sua maneira de relacionar-se. Aliás, as estações (inverso e primavera) são excelentes alegorias da atmosfera do filme e do desenrolar do enredo. Casey Affleck está excelente no papel, atuando de modo singular e com precisão. As outras atuações também estão ótimas. O filme demonstra o quão esquisito e tortuoso o luto pode ser. O contexto dos preparativos é massacrante e penoso. Desde o hospital até, definitivamente, o enterro. Percebe-se que as condolências e pêsames não passam de um ritual social, protocolo a ser seguido. O filme é real, melancólico e verossimilhante com a vida. Em síntese, um ótimo filme.
Que experiência é Hacksaw Ridge. Um filme que emociona, eletriza e choca o telespectador. Embora apresente clichês (que chegam a serem bregas) e problemas no roteiro, o longa tem seu triunfo ao apresentar excelentes cenas de batalhas. Uma direção eficiente e marcante. É uma total imersão no campo de batalha. Sente-se a dor, o terror, a agonia, a perversidade. Um deleite de cinematografia e realismo. Em suma, um bom filme.
Florence Foster Jenkins é, no que pode-se enquadrar, uma comédia-drama. O filme é despretensioso e se propõe a tratar de um caso verídico, mas repleto de comicidade. Uma "amante" da música, que nitidamente não tem talento algum, deseja e é levada pelo ambiente a se tornar uma cantora lírica. Seria a Britney Spears da Ópera? Há momentos divertidíssimos e, tantos outros, emocionantes. A direção é eficiente; a ambientação, apesar de pequena, é extremamente charmosa e cativante. Isso, atrelado aos belos figurinos e maquiagem. A meu ver, o filme trata da inocência e da cegueira que podemos nos envolver acerca de objetivos e sonhos. A personagem de Meryl Streep exala muito bem esse aspecto. O fator predominante que a interpela nessa condição é, com certeza, o dinheiro. O status possibilita a Florence se rodear de "fantoches", que embora possuam suas razões, são movidos pelo benefício de estarem perto daquela mulher. Acredito que Hugh Grant desempenhou um belo trabalho aqui, poderia ter sido indicado ao Oscar. Em suma, um bom filme.
Fences é um filme adaptado de uma peça teatral. Logo, espera-se que seja um filme parado. Entretanto, a eficiência dos diálogos é tanta, que injeta uma efervescência no enredo e dita a velocidade do filme, que por vezes, eletriza o telespectador. Muito disso, vem das extraordinárias atuações: tanto de Denzel, que imprime com maestria um homem atordoado pelo passado e também pelo presente; quanto de Viola Davis. E o que falar de Viola? A construção da personagem é feita de maneira tênue, recheada de nuances. Percebe-se: inocência, bondade, complacência, e é claro, desespero e ira. Há um monólogo poderosíssimo da personagem Rose, onde Viola promove um deleite de artes cênicas. Oscar nela! Talvez não seja um filme para todos, porém trata-se de um longa importante e que suscita significativas reflexões. A meu ver, a maior delas é: qual é o limite do perdão.
Que filme interessante! (Seria um spoiler?, Haha).
Captain Fantastic é um filme emocionante na medida certa; desafiador em sua premissa; contrastante com a realidade de muitos; e indagador, desde questões simples e universais até a mais filosóficas. Excelente escalação e direção de elenco, atores com uma harmonia ímpar. Os personagens cativam o telespectador. O longa é recheado de cenas e diálogos memoráveis. Neles são tratados temas como: filosofia de vida, extremismo, religião, relações, paternidade. Tudo isso, orquestrado de maneira sensível e exposta de forma a suscitar reflexões. Entretanto, há "acordos" que se você não estiver preparado a assinar, provavelmente irá destoar, ou até mesmo afrontar, sua percepção do mundo. Outro aspecto que pode-se dizer negativo: é a tentativa de finalizar o enredo de forma amarrada. Há uma maravilhosa cena que poderia ser um exímio final para o filme. Mas a estória continua e mostra desfechos que não precisariam ser contados. Terminado o filme, a sensação é de ter apreciado uma experiência cinematográfica que ultrapassa os limites da tela.
Um filme de faroeste moderno e ao mesmo tempo nostálgico. Direção e fotografia eficientes. O destaque é a relação desenvolvida pelas duplas: "os foras da lei", vivida por Chris Pine e Ben Foster; e "patrulheiros", Jeff Bridges e Gil Birmingham. Personagens interessantes, cada um possui sua personalidade, que são discrepantes uma da outra. Entretanto, são as diferenças que fazem a atmosfera do filme agradável. Entende-se muito bem os problemas internos e, também, as razões de cada personagem. A interação e relação das duplas, seja fraterna ou profissional, é algo de extrema relevância para o filme. Tanner é um anti-herói carismático e engraçado, você torce por ele. Aliás, o "time cômico" do filme é excelente. Nunca fica cansativo e é apresentado em momentos-chave. As interpretações são ótimas, o elenco está excelente. Um ressalve em relação ao personagem Toby:
ele não me convenceu de sua inocência, principalmente nos assaltos aos bancos. É certo que o irmão tem experiência nisso, mas a atitude dele de prezar pela segurança alheia é, ao menos, contraditória. Ele é um assaltante, não é mesmo?
Ademais, há uma forte crítica ao capitalismo e ao seu mercado financeiro. O capital que é hierarquizado pelas grandes corporações financeiras é problematizado, não de maneira profunda, mas é apresentado de forma contundente. O filme é algo como: "Já que não podemos parar o sistema, roubemos dele.", ou "Paguemos na mesma moeda que nossos inimigos." Nota-se, também, o contexto tradicional e religioso que vive o Texas. De maneira sutil, o filme apresenta uma sociedade interiorana, destacando o estilo de vida e seus preconceitos. Hell or High Water é um filme ambíguo, que problematiza o conceito de moralidade.
La la land é, sem dúvida, um excelente romance. Apresenta dois personagens interessantes e com problemas reais em suas relações, cada um com o seu objetivo e o dilema em comum: vivê-lo ou trocá-lo pela paixão. Entretanto, não convence como musical. Está tudo lá: o cenário, a dança, a música, mas nada deslancha... Tudo parece pequeno, apesar da beleza e eficiência da direção e do design de produção. É bem pobre se comparado com outros musicais. Não há nenhuma música memorável, como: "Singing In The Rain", "Funny Girl", "Favorite Things", "Cell Block Tango", "Sweet transvestite", "Think of Me", "You're The One That I Want", dentre outras. Onde já se viu um MUSICAL não possuir músicas memoráveis? Definitivamente Ryan Gosling não é cantor. O destaque fica para a performance de Emma. Além de cantar razoavelmente bem, ela dá nuances de comédia, ironia e, em alguns momentos, serve-se da dramaticidade em sua atuação. A química dos dois é impressionante, você vai "shippar" o casal. La la land funciona como romance, mas peca ao tentar fazer-se musical.
Moonlight é um filme de roteiro! E como tal, apresenta ótimos diálogos. E o quão poéticos e filosóficos eles são! O filme demostra coragem ao estabelecer novas abordagens a cerca de assuntos polêmicos, tais como: drogas, masculinidade, homossexualidade, maternidade. As interpretações possuem uma consonância ímpar, você é inserido em uma história de vida. Não é Boyhood, porém a vivacidade e constância nas interpretações, leva a crê que estamos acompanhando o crescimento do protagonista. Vê-se uma perspectiva crua e verossímil da vida. Tomara que leve Best Picture no Oscar.
Arrival é um Sci-fi diferente e emocionante. Embora haja exageros e furos no enredo, não deixa de surpreender. Um dos pontos negativos é ver, novamente, a boa imagem que constroem dos Estados Unidos. É a antiga tentativa de mostrar que os estadunidenses são mais complacentes do que as outros povos (China e etc), estratégia que distorce a realidade. Porém, a jornada de Louise é instigante e emocionante. Grande performance de Amy Adams!
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraNocturnal Animals é um filme perturbador e inquietante. O longa é envolvido por uma atmosfera escura e obscura. Sente-se o significado da palavra "noturno". Apresenta-se uma edição e cinematografia distintas, porém precisas; estão em consonância. A metalinguagem é explorada de maneira louvável. As cenas do presente, dos flashbacks e da leitura do romance são coordenadas e límpidas, nada fica confuso. As atuações estão impecáveis. Amy Adams faz do silêncio a maior virtude da personagem. Aaron Johnson está cínico e seguro de si. É um filme violento, cruel e melancólico.
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraHidden Figures é um filme enquadrado, não tem nada de novo. Exagera no entusiasmo e clichês, porém é esperançoso. É um filme importante em sua premissa. E nos mostra como o racismo é estúpido, cruel e cultural (corrompe ,até mesmo, um ambiente de intelectuais). Excelentes atuações, destaco a que mais me chamou atenção: de Janelle Monáe. Ela é forte, audaciosa e marca sua presença.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraO enredo de Manchester by the Sea baseia-se na jornada de um personagem, vislumbrando episódios do seu passado. A partir daí, o telespectador entende o porquê da sua personalidade e da sua tênue relação com a família e vizinhos. A ambientação é fria, gelada, entra em consonância com a personalidade do protagonista e sua maneira de relacionar-se. Aliás, as estações (inverso e primavera) são excelentes alegorias da atmosfera do filme e do desenrolar do enredo. Casey Affleck está excelente no papel, atuando de modo singular e com precisão. As outras atuações também estão ótimas. O filme demonstra o quão esquisito e tortuoso o luto pode ser. O contexto dos preparativos é massacrante e penoso. Desde o hospital até, definitivamente, o enterro. Percebe-se que as condolências e pêsames não passam de um ritual social, protocolo a ser seguido. O filme é real, melancólico e verossimilhante com a vida. Em síntese, um ótimo filme.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraQue experiência é Hacksaw Ridge. Um filme que emociona, eletriza e choca o telespectador. Embora apresente clichês (que chegam a serem bregas) e problemas no roteiro, o longa tem seu triunfo ao apresentar excelentes cenas de batalhas. Uma direção eficiente e marcante. É uma total imersão no campo de batalha. Sente-se a dor, o terror, a agonia, a perversidade. Um deleite de cinematografia e realismo. Em suma, um bom filme.
Florence: Quem é Essa Mulher?
3.5 351 Assista AgoraFlorence Foster Jenkins é, no que pode-se enquadrar, uma comédia-drama. O filme é despretensioso e se propõe a tratar de um caso verídico, mas repleto de comicidade. Uma "amante" da música, que nitidamente não tem talento algum, deseja e é levada pelo ambiente a se tornar uma cantora lírica. Seria a Britney Spears da Ópera?
Há momentos divertidíssimos e, tantos outros, emocionantes.
A direção é eficiente; a ambientação, apesar de pequena, é extremamente charmosa e cativante. Isso, atrelado aos belos figurinos e maquiagem.
A meu ver, o filme trata da inocência e da cegueira que podemos nos envolver acerca de objetivos e sonhos. A personagem de Meryl Streep exala muito bem esse aspecto. O fator predominante que a interpela nessa condição é, com certeza, o dinheiro. O status possibilita a Florence se rodear de "fantoches", que embora possuam suas razões, são movidos pelo benefício de estarem perto daquela mulher.
Acredito que Hugh Grant desempenhou um belo trabalho aqui, poderia ter sido indicado ao Oscar. Em suma, um bom filme.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraFences é um filme adaptado de uma peça teatral. Logo, espera-se que seja um filme parado. Entretanto, a eficiência dos diálogos é tanta, que injeta uma efervescência no enredo e dita a velocidade do filme, que por vezes, eletriza o telespectador.
Muito disso, vem das extraordinárias atuações: tanto de Denzel, que imprime com maestria um homem atordoado pelo passado e também pelo presente; quanto de Viola Davis.
E o que falar de Viola? A construção da personagem é feita de maneira tênue, recheada de nuances. Percebe-se: inocência, bondade, complacência, e é claro, desespero e ira. Há um monólogo poderosíssimo da personagem Rose, onde Viola promove um deleite de artes cênicas. Oscar nela!
Talvez não seja um filme para todos, porém trata-se de um longa importante e que suscita significativas reflexões. A meu ver, a maior delas é: qual é o limite do perdão.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraQue filme interessante! (Seria um spoiler?, Haha).
Captain Fantastic é um filme emocionante na medida certa; desafiador em sua premissa; contrastante com a realidade de muitos; e indagador, desde questões simples e universais até a mais filosóficas.
Excelente escalação e direção de elenco, atores com uma harmonia ímpar. Os personagens cativam o telespectador. O longa é recheado de cenas e diálogos memoráveis. Neles são tratados temas como: filosofia de vida, extremismo, religião, relações, paternidade. Tudo isso, orquestrado de maneira sensível e exposta de forma a suscitar reflexões.
Entretanto, há "acordos" que se você não estiver preparado a assinar, provavelmente irá destoar, ou até mesmo afrontar, sua percepção do mundo. Outro aspecto que pode-se dizer negativo: é a tentativa de finalizar o enredo de forma amarrada. Há uma maravilhosa cena que poderia ser um exímio final para o filme. Mas a estória continua e mostra desfechos que não precisariam ser contados.
Terminado o filme, a sensação é de ter apreciado uma experiência cinematográfica que ultrapassa os limites da tela.
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraUm filme de faroeste moderno e ao mesmo tempo nostálgico. Direção e fotografia eficientes. O destaque é a relação desenvolvida pelas duplas: "os foras da lei", vivida por Chris Pine e Ben Foster; e "patrulheiros", Jeff Bridges e Gil Birmingham. Personagens interessantes, cada um possui sua personalidade, que são discrepantes uma da outra. Entretanto, são as diferenças que fazem a atmosfera do filme agradável. Entende-se muito bem os problemas internos e, também, as razões de cada personagem. A interação e relação das duplas, seja fraterna ou profissional, é algo de extrema relevância para o filme.
Tanner é um anti-herói carismático e engraçado, você torce por ele. Aliás, o "time cômico" do filme é excelente. Nunca fica cansativo e é apresentado em momentos-chave. As interpretações são ótimas, o elenco está excelente. Um ressalve em relação ao personagem Toby:
ele não me convenceu de sua inocência, principalmente nos assaltos aos bancos. É certo que o irmão tem experiência nisso, mas a atitude dele de prezar pela segurança alheia é, ao menos, contraditória. Ele é um assaltante, não é mesmo?
Ademais, há uma forte crítica ao capitalismo e ao seu mercado financeiro. O capital que é hierarquizado pelas grandes corporações financeiras é problematizado, não de maneira profunda, mas é apresentado de forma contundente. O filme é algo como: "Já que não podemos parar o sistema, roubemos dele.", ou "Paguemos na mesma moeda que nossos inimigos." Nota-se, também, o contexto tradicional e religioso que vive o Texas. De maneira sutil, o filme apresenta uma sociedade interiorana, destacando o estilo de vida e seus preconceitos. Hell or High Water é um filme ambíguo, que problematiza o conceito de moralidade.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraLa la land é, sem dúvida, um excelente romance. Apresenta dois personagens interessantes e com problemas reais em suas relações, cada um com o seu objetivo e o dilema em comum: vivê-lo ou trocá-lo pela paixão. Entretanto, não convence como musical.
Está tudo lá: o cenário, a dança, a música, mas nada deslancha... Tudo parece pequeno, apesar da beleza e eficiência da direção e do design de produção. É bem pobre se comparado com outros musicais. Não há nenhuma música memorável, como: "Singing In The Rain", "Funny Girl", "Favorite Things", "Cell Block Tango", "Sweet transvestite", "Think of Me", "You're The One That I Want", dentre outras. Onde já se viu um MUSICAL não possuir músicas memoráveis?
Definitivamente Ryan Gosling não é cantor. O destaque fica para a performance de Emma. Além de cantar razoavelmente bem, ela dá nuances de comédia, ironia e, em alguns momentos, serve-se da dramaticidade em sua atuação. A química dos dois é impressionante, você vai "shippar" o casal.
La la land funciona como romance, mas peca ao tentar fazer-se musical.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraMoonlight é um filme de roteiro! E como tal, apresenta ótimos diálogos. E o quão poéticos e filosóficos eles são!
O filme demostra coragem ao estabelecer novas abordagens a cerca de assuntos polêmicos, tais como: drogas, masculinidade, homossexualidade, maternidade.
As interpretações possuem uma consonância ímpar, você é inserido em uma história de vida. Não é Boyhood, porém a vivacidade e constância nas interpretações, leva a crê que estamos acompanhando o crescimento do protagonista.
Vê-se uma perspectiva crua e verossímil da vida. Tomara que leve Best Picture no Oscar.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraArrival é um Sci-fi diferente e emocionante. Embora haja exageros e furos no enredo, não deixa de surpreender. Um dos pontos negativos é ver, novamente, a boa imagem que constroem dos Estados Unidos. É a antiga tentativa de mostrar que os estadunidenses são mais complacentes do que as outros povos (China e etc), estratégia que distorce a realidade. Porém, a jornada de Louise é instigante e emocionante. Grande performance de Amy Adams!