Angel Lopes

Eu amo esse filme, mas até hoje fico muito arrasada com esse final - queria muito que o Ian tivesse ficado com a Samantha. (E a música que ela também canta ainda nesse final é linda demais.).

Só vim nesse filme depois que me apaixonei perdidamente pela atuação maravilhosa da Sissy Spacek em ''Carrie, a Estranha'' e realmente, eu não deixo de admitir que amei suas atuações além de ''Carrie'', como em ''Três Mulheres'', ''Marca da Brutalidade'', ''Crimes do Coração'', ''Uma História Americana'' e até ''O Rio do Desespero'' (A química dela com o Mel Gibson estava perfeita), ela é uma atriz excelente. A do Martin Sheen, queria poder comentar, mas como não vi ou não lembro de outros filmes que ele já participou, então essa vou ter que infelizmente pular. Enfim, o que entendi é que a proposta de ''Terra de Ninguém'' é ter inspiração no caso sobre Charles Starkweather e Caril Ann, mas costumo chamar de como ''mais uma versão de Bonnie & Clyde'' - e isso não é um xingamento, porque eu amo a história desse icônico casal de Hollywood. E pela premissa, juntamente com a bela fotografia que esse filme apresenta, dava pra sair um filme excelente. E juntando principalmente com a dupla da Sissy e o Martin, acredito que dava pra ser promissor porém, não foi o que infelizmente aconteceu.

Eu não sei se sou eu que vi e estou vendo esse filme errado, mas o casal da Holly com o Kit não me passa carisma nenhum. Achei que os atores ficaram muito apáticos, não consegui me cativar nem com o romance deles assim como não consegui sentir nenhuma tensão a partir do momento que o Kit começa a se revelar mais psicótico e sair matando todo mundo como se não fosse nada. E nem posso culpar os atores, porque ao meu ver, eles parecem até tentar trazer algo, achei que o Terrence focou tanto na bela fotografia e o cenário bem feito que esqueceu de desenvolver o casal principal, trazendo ao menos um pouco de carisma, por mais que o Kit seja um sociopata e a Holly, apenas uma telespectadora que vê tudo mas não reage a nada contra seu namorado.

Enfim, a minha nota infelizmente será um 4.5 - porque eu gostei da idéia ''Bonnie & Clyde'', o elenco parecia promissor (especialmente o casal principal), a fotografia é perfeita, a trilha sonora é até boa e fora as referências com os artistas daquela época, como o clássico James Dean ou Frank Sinatra, mas a apatia e a falta de carisma por parte do Kit com a Holly é tão evidente que vou ter que me ver obrigada a me afastar desse filme com aperto no coração, ainda mais porque a minha ''Carrie'' favorita (Sissy Spacek) está aí e novamente acrescento que amo os trabalhos dessa mulher, mas infelizmente, nem ela foi o suficiente pra me fazer reassistir esse filme mais vezes.

Esse é com certeza, minha versão favorita de Carrie a Estranha. Roubou até o lugar da versão de 2002 (que é minha outra xodózinha pela memória afetiva de tê-la assistido várias vezes no SBT). Apesar dos efeitos simples e algumas coisinhas típicas da época, mas ainda sim, não é um filme que estraga a experiência. Arrisco a dizer que para a história que foi feita nos anos 70, é uma das poucas que permanece bastante atual, não importe quantos anos passe. O bullying, fanatismo religioso e massacre escolar são um dos exemplos e pelo amor de Deus!! Que atuação monstruosa foram principalmente da Sissy Spacek e da Piper Laurie?? Elas duas mandaram tão bem em seus respectivos papéis que eu acho injusto como essas duas não ganharam o Oscar de 77. Desde aquela época, o Oscar já era roubada.

E voltando principalmente na Carrie, eu como alguém que sofreu muito bullying na escola, não tive como não se compadecer e sentir tão próxima da garota. De todas as Carries, essa foi a que achei mais fofinha e mais simpatizante em comparação com as outras. Durante todo o filme, me vi tão apegada na personagem que eu ficava feliz vendo ela dançando com o Tommy e ganhando o concurso do baile, assim como sofri vendo ela sendo tão maltratada tanto na escola quanto em casa. Essa garota não tinha um minuto de paz.

Spoilers: De todas as adaptações, essa é a única que realmente não me importaria de ter um final feliz. Depois que a pobrezinha chega em casa e fica chorando enquanto se limpa na banheira, cara - não vou mentir. Até hoje ainda choro e sempre fico de coração partido quando lembro que a bichinha sofreu tanto pra no final, morrer. Sendo sincera com vocês, toda vez que chego naquela cena onde a Margaret esfaqueia a filha e fica perseguindo ela até a cozinha com aquela faca e sorriso diabólico, eu fico muito apreensiva porque atrás da Carrie havia uma porta, e eu queria muito que a Carrie tivesse escapado, aí ela se encontrava com a Sue, elas morariam juntas e então, viravam amigas. (Assim como na versão de 2002). Porque de verdade, eu fiquei tão sentida pela personagem que tudo que só queria era dar um abraço nela, ser amiga dela e depois ajudá-la a escapar de sua mãe abusiva e seu ''lar'' opressor.

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