Em contraste com o personagem principal, o filme é até honesto para o que se propõem. Mas não deixa de ser um retrato horrível para homens bissexuais que usam cropped.
Eu adoro temáticas BDSM e afins, então a relação sado/masoquista não me causa nenhum tipo de choque ou repulsa. Ainda assim, é bizarro pensar no contexto em que as outras secretárias foram submetidas sem haver consentimento ou um entendimento prévio do tipo de dinâmica que estava sendo estabelecida ali. O próprio protagonista parece ter uma mínima consciência do peso das suas ações dentro de um ambiente profissional e esse é o ponto onde o filme falha, na excessiva e irresponsável romantização do assédio como uma prática fetichista.
O filme nos entrega a princípio um desconforto que sempre esteve ali, seja na solidão ou na desconexão da personagem com o mundo ao seu redor. Sabemos que o deterioramento de sua condição decorre em função de uma experiência pós-traumática e a conversão recente nos indica que a religiosidade é facilmente um dos agentes de produção delirante. A medida que se dedica ao cuidado de uma paciente em estado terminal, alimenta em si sua própria enfermidade. A fotografia é sensível, sufocante e adoecedora. As simbologias cristãs amarram muito bem a alegoria do sofrimento psíquico a uma narrativa poética e esquizofrênica.
Brinco que filme inteiro parece ter sido gravado numa crack house. As atuações e o roteiro são bem caricatos, mas mesmo datado consegue ser icônico e bem atmosférico. Um gore-punk-fetichista para mentes insanas
Um exercício de metalinguagem ou uma projeção crua da exploração dos corpos femininos na indústria pornográfica? Pra mim, critica é sim pertinente, já os métodos parecem absurdamente questionáveis. Apesar da eficiência em gerar horror psicológico e desconforto (o que é no mínimo um ótimo contraponto a ironia de seu título), é no aproveitamento abusivo de seu potencial gráfico que o filme se iguala aquilo que busca criticar. Por fim, me parece uma armadilha do feminismo liberal tudo aquilo que me faz querer gostar desse filme
É preciso ler o livro para entender a angústia que é assistir a personalidade de uma das personagens femininas mais fodas da literatura (lê-se Lady Jessica) sendo esvaziadas pela construção narrativa de Denis Villeneuve. Literalmente todas as falas e protagonismo da personagem foram dadas a Paul, restando uma representação odiosa e clichê de virgem maria de arrakis. O que dói mais: ver uma mulher sendo brilhante? ou aceitar a figura de um herói que ainda não está totalmente pronto? Que merda hein...
O checklist do que poderia vir a ser um clássico “Slasher” numa linguagem contemporânea foi seguido. O problema é que a construção narrativa é tão caótica que nada parece funcionar. Os estímulos sonoros são excessivos e a trilha que poderia vir a ser um ponto alto (com grandes clássicos dos 90’s) se torna extremamente apelativa e irritante. Já o roteiro nos arrasta ao redor de acontecimentos frenéticos que tentam conduzir o filme de forma totalmente anticlímax e antinatural. Pra mim, não serviu nem como fanservice, mas fez Pânico parecer ainda mais genial.
As mazelas e decadências são humanizadas aqui. O filme é preciso nas critícas, sensível no olhar. Nunca vou esquecer da atuação da pequena Brooklynn, me deixou em prantos.
Por aqui, só homens questionando o senso de maternidade da Halley, é de se esperar...
Se ainda resta alguma dúvida sobre a qualidade provocativa desse documentário... basta observar a postura de pessoas aqui, que passam o dia respondendo comentários alheios pra pregar militâncias esquizofrênicas rs. Expositivo na síntese da contradição, estético e extremamente necessário.
A vivência da autora reflete suas indagações políticas acerca da polarização. Reflexo do micro que se manifesta no macro. Reforça seu ponto de vista através da fundamentação política legislativa e dos preceitos de historicidade colonizatória. Porém, as pessoas aqui continuam a procurar na produção, confirmações absolutas que alimentam essa polarização. Não entenderam nada, mas pelo menos não saíram indiferentes ao que viram. Cumpre seu papel de provocação.
Visualmente e técnicamente atrativo. As analogias dão um tom de subliminaridade, mas não são muito bem exploradas no desenvolvimento do roteiro. Apesar dos personagens não serem tão bem construídos, as atuações são impecáveis. O plot twist é pretensioso demais e falha ao tentar dar consistência ao filme.
Reassistindo esse filme pude me ater aos detalhes técnicos incríveis. Que trilha mermão, que fotografia e atuações cínicas. Existem detalhes tão sutis e bem colocados que o tornam tão impactante. Ele se desenvolve entre vários gêneros, é um clássico contemporâneo até difícil de categorizar.
O filme consegue ser incomum apesar dos clichês, consegue ser cheio de significados subliminares apesar da aparente falta de sentido. Uma experiência sensorial visualmente interessante.
Uma ótima representação social da vida no contexto pós industrial. Simon se sente invisível, e o confronto interno causado pela pressão de uma existência sufocante, faz com que o personagem busque então deixar de ser um fantasma, criando uma projeção mais "atrativa" de si mesmo.
Passagens
3.4 81 Assista AgoraEm contraste com o personagem principal, o filme é até honesto para o que se propõem. Mas não deixa de ser um retrato horrível para homens bissexuais que usam cropped.
Secretária
3.5 296Eu adoro temáticas BDSM e afins, então a relação sado/masoquista não me causa nenhum tipo de choque ou repulsa. Ainda assim, é bizarro pensar no contexto em que as outras secretárias foram submetidas sem haver consentimento ou um entendimento prévio do tipo de dinâmica que estava sendo estabelecida ali. O próprio protagonista parece ter uma mínima consciência do peso das suas ações dentro de um ambiente profissional e esse é o ponto onde o filme falha, na excessiva e irresponsável romantização do assédio como uma prática fetichista.
Saint Maud
3.5 336 Assista AgoraO filme nos entrega a princípio um desconforto que sempre esteve ali, seja na solidão ou na desconexão da personagem com o mundo ao seu redor. Sabemos que o deterioramento de sua condição decorre em função de uma experiência pós-traumática e a conversão recente nos indica que a religiosidade é facilmente um dos agentes de produção delirante. A medida que se dedica ao cuidado de uma paciente em estado terminal, alimenta em si sua própria enfermidade. A fotografia é sensível, sufocante e adoecedora. As simbologias cristãs amarram muito bem a alegoria do sofrimento psíquico a uma narrativa poética e esquizofrênica.
Hellraiser: Renascido do Inferno
3.5 858 Assista AgoraBrinco que filme inteiro parece ter sido gravado numa crack house. As atuações e o roteiro são bem caricatos, mas mesmo datado consegue ser icônico e bem atmosférico. Um gore-punk-fetichista para mentes insanas
Pleasure
3.4 113 Assista AgoraUm exercício de metalinguagem ou uma projeção crua da exploração dos corpos femininos na indústria pornográfica? Pra mim, critica é sim pertinente, já os métodos parecem absurdamente questionáveis. Apesar da eficiência em gerar horror psicológico e desconforto (o que é no mínimo um ótimo contraponto a ironia de seu título), é no aproveitamento abusivo de seu potencial gráfico que o filme se iguala aquilo que busca criticar. Por fim, me parece uma armadilha do feminismo liberal tudo aquilo que me faz querer gostar desse filme
Os Demônios de Dorothy
3.2 4Tão camp.....
O Peso do Talento
3.4 255 Assista AgoraNão acredito que gostei desse filme.......
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraÉ preciso ler o livro para entender a angústia que é assistir a personalidade de uma das personagens femininas mais fodas da literatura (lê-se Lady Jessica) sendo esvaziadas pela construção narrativa de Denis Villeneuve. Literalmente todas as falas e protagonismo da personagem foram dadas a Paul, restando uma representação odiosa e clichê de virgem maria de arrakis. O que dói mais: ver uma mulher sendo brilhante? ou aceitar a figura de um herói que ainda não está totalmente pronto? Que merda hein...
Rua do Medo: 1994 - Parte 1
3.1 773 Assista AgoraO checklist do que poderia vir a ser um clássico “Slasher” numa linguagem contemporânea foi seguido. O problema é que a construção narrativa é tão caótica que nada parece funcionar. Os estímulos sonoros são excessivos e a trilha que poderia vir a ser um ponto alto (com grandes clássicos dos 90’s) se torna extremamente apelativa e irritante. Já o roteiro nos arrasta ao redor de acontecimentos frenéticos que tentam conduzir o filme de forma totalmente anticlímax e antinatural. Pra mim, não serviu nem como fanservice, mas fez Pânico parecer ainda mais genial.
Antes de Dormir
3.4 763 Assista AgoraNem a Nicole Kidman conseguiu salvar esse filme...
Projeto Flórida
4.1 1,0KAs mazelas e decadências são humanizadas aqui. O filme é preciso nas critícas, sensível no olhar. Nunca vou esquecer da atuação da pequena Brooklynn, me deixou em prantos.
Por aqui, só homens questionando o senso de maternidade da Halley, é de se esperar...
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KSe ainda resta alguma dúvida sobre a qualidade provocativa desse documentário... basta observar a postura de pessoas aqui, que passam o dia respondendo comentários alheios pra pregar militâncias esquizofrênicas rs. Expositivo na síntese da contradição, estético e extremamente necessário.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KA vivência da autora reflete suas indagações políticas acerca da polarização. Reflexo do micro que se manifesta no macro. Reforça seu ponto de vista através da fundamentação política legislativa e dos preceitos de historicidade colonizatória. Porém, as pessoas aqui continuam a procurar na produção, confirmações absolutas que alimentam essa polarização. Não entenderam nada, mas pelo menos não saíram indiferentes ao que viram. Cumpre seu papel de provocação.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraVisualmente e técnicamente atrativo. As analogias dão um tom de subliminaridade, mas não são muito bem exploradas no desenvolvimento do roteiro. Apesar dos personagens não serem tão bem construídos, as atuações são impecáveis. O plot twist é pretensioso demais e falha ao tentar dar consistência ao filme.
Bernardes
4.2 4Sergio transcende singularidade, me sinto imensamente grata pelo valor de seu legado.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraReassistindo esse filme pude me ater aos detalhes técnicos incríveis. Que trilha mermão, que fotografia e atuações cínicas. Existem detalhes tão sutis e bem colocados que o tornam tão impactante. Ele se desenvolve entre vários gêneros, é um clássico contemporâneo até difícil de categorizar.
Metrópolis
4.4 633 Assista AgoraVisionário! Impressionante em seus simbolismos e reflexões atemporais. Esse filme inspira o universo sci-fi até os dias de hoje.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraAhh cara, a mãe do Baby é a Sky Ferreira. Pra quem gosta de música esse filme é um prato cheio <3
Wrong
3.2 96O filme consegue ser incomum apesar dos clichês, consegue ser cheio de significados subliminares apesar da aparente falta de sentido. Uma experiência sensorial visualmente interessante.
O Monstro Dentro de Você
2.2 137 Assista grátisWeird movie pra quem gosta de trash. Noir, psicodélico, me lembrou o bebê de rosemary no que diz respeito ao estranhamento criado pela gravidez.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraUma ótima representação social da vida no contexto pós industrial. Simon se sente invisível, e o confronto interno causado pela pressão de uma existência sufocante, faz com que o personagem busque então deixar de ser um fantasma, criando uma projeção mais "atrativa" de si mesmo.
Lovelace
3.4 548 Assista AgoraUm dos plot twists mais revoltantes da minha vida
Será Que?
3.5 913 Assista AgoraChega a manteiga derrete <3
Estrada para Lugar Nenhum
3.8 97Trasheira alucinante. Queria viver num mundo com essa estética.