Pela construção do roteiro e da direção achei que eram os mesmos roteiristas/diretores de Amores Peros e Babel, que também são filmes com essas características de histórias interligadas.
Simplismente não consegui ver o filme até o final. Por mais que a história seja interessante na sua profundidade, o modo como o filme é trabalhado é muito mal elaborado e superficial.
As cenas são curtas, rápidas e atiradas sem profundidade nos sentimentos nem nas atuações, não dá pra criar um laço com o personagem nem com a atuação dos atores. É como se o roteiro não tivesse ligação nenhuma pra formar uma história "profunda".
A falta de comprometimento com a maquiagem dos atores também. Eles começam com uma certa idade e, alguns minutos depois, já estão mais velhos e não há uma sequer diferença nas aparências.
Não tenho base no livro - ainda - para poder fazer comparações sobre quão fiel é ou não essa adaptação. E acho meio tosco querer comparar com a primeira versão do filme, mas acabarei comparando ambas querendo ou não porque foi isso que me fez ir atrás desse longa.
Já deixo avisado que esse texto poderá ter spoilers não escondidos e vários erros de português. Aqui vou eu.
Aquela introdução do filme já é surpreendente pelo "peso histórico" que Immigrant Song tem em si, e com a nova roupagem, está de tirar o fôlego! Os efeitos usados para a abertura são incríveis! Mas para quem tem uma base sobre toda a história, parece não ter uma conectividade legal com o resto da trama em um primeiro momento - esperava algo mais voltado para cores vermelhas que representassem um dragão e ao fogo que está presente no filme ou algo assim - mas achei totalmente aceitável os tons de cinza pela estética fria do filme. Ficou emocionante!
Após essa introdução, o filme começa ligeiro e sem perder tempo já vai entrando no clima da trama e nos apresentando os personagens de maneira interessante, mas sem revelar tantos detalhes - o que é bem instigante. Em alguns pontos, o começo parece passar acelerado de mais e dá a impressão de cortar ou esquecer informações que poderiam ajudar no desenvolvimento do resto da história, porém é só uma impressão dada pela velocidade que com que os assuntos são trocados.
A conectividade que os personagens vão formando para entrar na mesma linha dramática é muito bem trabalhada; não sei se segue a narrativa exata do livro, mas, o modo como eles vão se conectando "forçadamente ao acaso" foi bem pensado. Apesar de Lisbeth e Mikael estarem conectados desde o começo, é legal ver as histórias crescendo separadamente.
Dessas ligações, destaco os assassinatos das outras garotas com o desaparecimento da Harriet. A lista dos nomes ficou muito vaga, e acho que é um detalhe importante para fazer a junção de todos os crimes. Foi levado como um empurrão pra dizer que está ali, assim como outras coisas que poderiam ter sido melhores aproveitadas e com mais intensidade. Senti falta dessa parte da lista pelo fato de na primeira versão o mesmo conteúdo receber um maior destaque e, enfim, aproximar Mikael e Lisbeth. Gostei de como a lista é “descoberta” no novo, mas as cenas com a filha do Mikael são vagas e superficiais de mais.
Não é algo negativo, só recebi essa parte como um leve estranhamento.
A personagem da Lisbeth está muito bem interpretada. Desde o começo ela tem uma personalidade muito forte, cruel e reservada; uma atitude “jovem punk descontente com o mundo” de maneira muito perturbadora. Com o desenrolar de todo o filme ela vai ficando mais doce, sendo mais leve e mais suave – ainda mesclando com o ar pesado do começo. Há um estranhamento claro entre as cenas que rodeiam essa Lisbeth com a Lisbeth do primeiro filme. E é um estranhamento delicioso ver a mesma personagem obscura, só que mais detalhada e com mais “sentimentos internos”. Há contradição do seu jeito reservado para o mundo, mas se abrindo para Mikael é delicioso.
A cena de sexo após Mikael levar o tiro é de tirar o fôlego e ficar espantado ao mesmo tempo! Que coisa intensa! E já falando sobre cenas de sexo, a cena do estrupo é surpreendente! Ver toda a realidade da cena é simplismente angustiante! E no fim entender que todo o filme trata sobre o mesmo assunto e que os assassinatos antigos estão tão pertos da realidade da Lisbeth, é de cortar o peito.
Todo o desenrolar do mistério ao redor da Harriet é bem complexo ao mesmo tempo em que é meio fraco. Ele é complexo por ser uma trama interessante e trabalhada com calma, porém começa de maneira meio superficial e um pouco cansativa; tem alguns picos altos e interessantes, mas ainda tem um pouco daquela sensação de “está falta alguma coisinha mais profunda aqui”. Nada que comprometa o filme.
Uma coisa que me deixou incomodado foi a trilha sonora não estar ao mesmo nível da “introdução”. A abertura com Immigrant Song contém, como já comentei, um peso incrível! E todo o filme tem peso emocional intenso pra merecer uma trilha com o mesmo “peso”, mas não acontece isso. A trilha sonora, que é boa, fica um pouco apagada em alguns momentos e não corresponde muito bem com as sensações que o filme nos mostra. Fiquei um pouco chateado com isso.
Particularmente o filme superou minhas expectativas. Fiquei orgulhoso com tudo que vi. O filme ser mais mais longo que a versão original dá a possibilidade de apresentar mais cenas que nos ajudam a formar opiniões mais “concretas” sobre os personagens. É fácil simpatizar ou não gostar de tal pessoa nesse filme. A direção do Fincher também está de parabéns! É mais direta e não tem muita enrolação sobre o tema principal e consegue mesclar muito bem algumas tramas secundárias, apesar de ser meio vago e superficial com algumas coisas. Em contraponto, a versão original é mais direta e mais focada na trama principal, contendo um detalhamento que constrói todas as ligações para que tenham uma concordância maior com a busca de Harriet. Ambas as adaptações são interessantes no modo em que são trabalhados. Não diria que uma chega a superar a outra, mas conseguem se completar nas semelhanças e diferenças.
Estou aguardando ansiosamente que façam as continuações – que ainda não vi nas versões suecas.
Fiquei espantado com o filme. Demorei algunas vezes e desisti em várias outras de assistir, mas hoje fui até o filme.
Tinha uma visão completamente diferente e um tanto quanto negativa, mas agora, como já disse a garota a baixo, é um tapa na cara da sociedade. Sensacional! Do começo ao fim ele é tocante e emocionante e muito ativo, mesmo contendo poucas cenas de ação. Toda a ação e luta do filme é baseada nos diálogos e no desenrolar incrível do roteiro.
O que mais me chamou atenção é a semelhança que esse filme tem com o 1984 - livro e filme. A linha de ditadura segue com o mesmo clima, tendo várias semelhanças entre os governos. Na minha cabeça, poderia ser considerado como uma continuação tranquilamente. E, putaqueopariu, a ironia que esse V for Vendetta faz com 1984 é sensacional!
Em 1984, John Hurt faz o personagem de mocinho que é contra o governo e o poder do Grande Irmão. Na esperança melancólica e rancorosa de mudar o mundo. Em V for Vendetta, ele é o próprio "Grande Irmão". Ele é o governante odiado e que criar um monde sobre a repressão e omissão de notícias.
As cenas finais do filme são sensacionalmente brutais! Apesar dele enrolar um pouco até chegar ao seu auge, quando chega é muito bem feito, não deixa a desejar.
Já deixo avisado que este texto pode contar pequenas revelações sobre o filme, mas que não chegam a ser spoilers ao meu ver.
Meu, que filme dolorido! A abordagem que ele dá ao assunto drogas e como isso influencia na adolescência e nos conflitos sociais é muito bem representado por Ewan McGregor e sua trupe. As indas e vindas do vício, o apoio da família e o incentivo pela parte dos amigos. Voltas à sanidade e recaídas.
Dou um puta crédito para o momento em que Renton é preso pelos seus pais e começa a ter alucinações. Que cena foda! O impacto que ela tem na pessoa é muito mais dolorido do que ver a morte do bebê - que apesar de chocante, teve pouca intensidade.
Enfim, de crianças drogadas passam a brincar de "adultos" do negócio. A mudança de roupas juvenis para ternos mostra uma seriedade e evolução dos personagens que é contrariada pelas suas ações. Sensacional!
Gostei do filme por não se prender apenas em mostrar como é a crueldade da heroína com o vício, mas mostrar o que o usuário sofre usando e passando pelas fases. O roteiro é muito bem elaborado.
O que me chamou atenção é que o começo do filme tem uma mensagem que pesa positivamente para o descompromisso e faz leve "apologia" para o mundo em que Renton decide viver. E ao fim do filme, com praticamente as mesmas palavras, ele escolhe o mundo real. É uma contradição que ficou muito bonita com todo o desenrolar do filme.
Sem dúvida, é um dos filmes mais fodas que já vi e que trabalha sobre o assunto de drogas. Os outros que havia visto mostram um lado muito negativo - obviamente - porém flertando com momentos poéticos e sentimentalistas - um exemplo é o filme Candy, com o Heath Ledger. Esse não pesa pra nenhum lado. Não influencia, mas também não te deixa com uma sensação de desconforto e repugnância.
Ele consegue cativar e deixar emoções claras e rápidas com pouco tempo de cena. Não é preciso um aprofundamento maior para ser convincente. Muito bom.
Achei todo o abordamento e construção do roteiro sensacionais, assim como as atuações e trilha sonora. O começo é meio lento e frustrante pra quem tem uma noção sobre a história; diria que chega a ser meio torto começar com "dentro" da revista e com um tema e, quase bruscamente, mudar para um enredo completamente diferente. O que vale desse começo é a introdução à Lisbeth, que é o personagem mais interessante do filme, mesmo que durante todo o longa não revelado poucos detalhes sobre a garota, deixando a curiosidade sobre sua personalidade - isso equivale-se para todos personagens, na verdade.
A parte investigativa do filme é muito bem trabalhada, as ligações não são tão óbvias e conseguem nos prender de maneira que não percebemos no início. Demora um pouco até ficar realmente interessante.
As únicas coisas que me decepcionaram, é a falta de adrenalina. Em nenhum momento fiquei ansioso pra ver algo acontecer; é um filme que não cria muitas expectativas e não me fez esperar nenhum acontecimento que pudesse ter sido de outra forma. Uma ação menor ou maior ou um baque mais emocionante - não que isso seja negativo, mas me deixa um pouco incomodado. Ficou meio parado na tentativa de ser um filme de suspense flertando com ação, mas sem as cenas de ação - isso chega a ser positivo no momento que não é um filme apelativo para isso. Tem ação, mas não é exagerada; tem cenas de sexo, mas não é um pornô. Tem suspense, mas não é um filme assustador.
Estou ansioso para ver a versão americana. Pelo que já vi dos trailers, ela parece estar mais exagerada em alguns quesitos, mas mantêm boa parte das sensações passadas por esse filme.
Quero ver as continuações desse longa, apesar do fim deste final não criar uma sensação muito forte sobre uma possível continuação.
É cedo pra dizer, mas confio no Marc Webb. Pelo que conheço dos clipes que já dirigiu e pelo resultado do (500) Days of Summer, acho que o filme será, ao menos, trabalhado de maneira agradável e com bastante foco nas emoções e conflitos dos personagens - externamente e físicos. E ele costuma ter um padrão muito interessante e marcante em seus trabalhos. Acho que foi bem escolhido.
O que me deixou mais aliviado, é que o roteiro foi escrito pelos mesmo roteirista da primeira trilogia com a colaboração de um dos responsáveis pelos roteiro do Harry Potter.
O elenco me deixa preocupado, gosto dos atores principais, porém na minha cabeça eles não combinam muito bem com os personagens que tenho em mente - ainda tenho imagem dos primeiros filmes.
Sinto que esse filme está sendo feito não para combater a trilogia Nolan do homem-morcego, mas para valorizar o Homem-Aranha. Batman virou um filme sensacional, e os primeiros Homem-Aranha são quase idiotas quando comparados. Acho que esse seguirá uma linha mais fiel à história original e mais séria em sua totalidade. Ao menos é o que espero com ansiedade.
Começa de maneira bem sentimentalista, quase poética, pensei que o curta todo estaria nesse caminho. Mas no momento que começam os traços cômicos e vão se agravando
Mas em um ou dois momentos achei que o Doutor e Enfermeiras morreriam também.
A cena inicial da casa e do "catavento" lembram muito o Coragem, o Cão Covarde. O Doutor também parece ser uma versão animada do Super Homem misturado com o Elvis Presley e com um porte físico e garotos no estilo Johnny Bravo de ser.
O curta surpreende pela história "romântica" e isso é sensacional. O modo como é trabalhado faz com que o "desapego" de Ronaldo pelos outros hóspedes seja algo natural. Tem um roteiro bem simples e a animação mais simples ainda, combinam.
Recebi a narativa no começo de forma estranha, não sei se pelo sotaque ou o quê, mas me incomodou um pouco. Depois me acostumei e achei suave também. Não sei quem escreveu o texto, mas tem frases muito bonitas.
"Alguns hotéis são grandes demais para um hóspede só."
Legal ver como a morte pdoe ser cômica e trabalhada com personagens extremamentes sérios. E, como já diz a descrição, realmente tem uma grande referência a Tim Burton:
Acabei de ver a segunda trilogia, e realmente não imaginava que as coisas seriam assim. Claro que com a primeira trilogia já sabemos muito sobre os acontecimentos, mas o porques que são respondidos e como são respondidos durantes os três novos filmes são geniais!
Me emocionei muito pela maneira que o Anakin entrou para o Lado Negro da Força, por amor. Ver como a razão para ele estar ali muda pelo ambição é muito triste. Mas isso realmente acontece no "mundo real". As pessoas esquecem dos sentimentos quanto tem o poder nas mãos.
A crueldade do garoto com os animais; o desejo dele com a garota; o crime cometido. Tudo isso tem uma carga, de certa forma, muito negativa mas que acaba tendo uma redenção de uma outra forma; de perceber o erro e tentar se redimir de algum maneira. O carregar das pedras; o afastamento da garota; a prisão.
Tem todo um aspecto de inocência e maturidade entre os personagens no decorrer do longa, isso acompanha o desenrolar da história também.
Gostei do clima silencioso dos diálogos e da grande presença de sons naturais misturados com a trilha sonora. Todo o filme em sua totalidade tem um clima que atinge o nosso interior de maneira encantadora.
Acho que posso dizer que é um dos filmes mais bonitos que já assisti.
Desde o começo a gente já fica encantado com a "dureza" da vida do Valentin e com o modo que ele conta isso, como se não fosse algo muito sério. O sofrimento e toda a dor que rodeia ele, são refletidos por um sonho e uma inocência incrível! E a maturidade que ele tem pra lidar com essas coisas mostra como tem muita gente chorando de barriga cheia.
A cena em que ele procura a Letícia para conversar e tem o "surto nervoso" chega doer.
Um roteiro simples e complexo, infantil e maduro, calmo e agitado; tudo isso ao mesmo tempo fazem o filme ser lindo. Tem uma ótima fotografia e a trilha sonora está bem marcada nas cenas.
O meu único contra é: queria, pelo menos, mais uma meia-hora de filme. Já tá nos meus favoritos.
Acho que o filme ficou no mesmo clima de Mary & Max, que é um stop-motion infanto-adulto muito cruel.
Comentário idiota para ser ignorado: só eu achei o Valentin parecido com o PC Siqueira - e vice-versa?
Assisti sem criar expectativas - positivas ou negativas - e acho que isso fez com que eu gostasse bastante do filme.
É um filme calmo e leve, com cenas bonitas, diálogos bem mais que interessantes e uma trilha sonora bem marcante. Porém - sim, sempre tem um porém - não achei o filme tão profundo, salvo alguns momentos. Não sei se faltou "química" nas atuações ou se o roteiro ficou meio vago para algumas situações, mas achei o filme meio morno em geral.
Obviamente, a "mensagem" por trás das imagens é sensacional! Todas as "ironias" presentes no filme e brincadeiras com o romance se encaixam perfeitamente e conseguem fazer com que o filme seja marcante, só senti falta de um pouco de exagero nas extremidades sentimentais.
Faz tempo que vi o filme, mas lembro que na época eu gostei. Por ser um filme de "estréia" tanto para o roteirista como para o diretor, achei sensacional. Ele fica meio vago em alguns momentos, mas o tema principal é bem abordado. Essa coisa de "superioridade" das pessoas e nos atos feitos por impulso e por excesso de segurança. Querer cegamente alcançar o topo e estar sempre no campo de visão de todo mundo, ser idolatrado como um rei.
Tudo bem, não chega a ser um filme incrível que merece grande aplausos e prêmios. Tem muitas coisas que deixam a desejar, tanto nas atuações como no roteiro, mas é sim um filme legal e que dá pra ser levado a sério numa boa.
E quanto ao "ah, é um filme brasileiro, que merda!" acho idiotice. Sim, é um filme brasileiro e que, mais uma vez, aborda o tema de ação/violência/roubo, porém de uma maneira diferente. Deixa de ser um filme sobre "sou pobre e faço isso porque é a única opção" pra ser um "tenho a vida ganha, e, ainda assim, sei fazer merda". Acho que no final - gostei do modo como acabou - isso fica claro.
Não sei se pode ser comparado com grandes clássicos violentos, mas parece tem muita influência de grandes obras. A jogada de ter o Marcelo Nova como "a mente" do personagem principal ficou interessante. Sem dúvida, esse filme trouxe uma nova cara para o cinema nacional. É um filme que teve grande apóio, mas que ficou só nisso - tanto pra fazer como pra divulgar. Percebe-se que boa parte do elenco e dos colaboradores são "parceiros" do Charlie Brown Jr. É uma pena que o filme tenha sido reconhecido por ser "um filme do Chorão".
Espero que não me levem à mal; é a minha opinião sobre como eu assisti e o filme e interpretei na tua totalidade.
Recentemente - ontem - assisti o filme Restless (Inquietos; Gus Van Sant) que também aborda o câncer de forma "positiva", porém com uma estrutura diferente.
Gostei do filme por ser mais profundo que o Restless, por se aprofundar mais nos efeitos da doenças e nos sentimentos que essa traz. Ambos tem uma pegada jovem romântica sobre o que é a vida e a morte e como lidar com isso.
Tem um drama - além da doença - que é encarado de maneira muito sútil, mas sem ser superficial.
A falta de contato com a mãe, o pai com Alzheimer, a namorada que o trai etc.
E com tudo isso, as coisas bonitas que o ajudam a fortalecer: os amigos - de maneira geral.
Acho que mais do que ser um filme sobre câncer, é um filme sobre como lidamos com os nossos problemas e como as pessoas ao nosso ao redor lidam com isso.
Me emocionei na cena em ocorre a "briga" entre o Adam e o Kyle, e, em seguida no apartamento do Kyle, tem um livro no banheiro sobre como enfrentar o câncer juntos.
As encenações de todos estão bem naturais e o Joseph encarna o personagem de maneira incrível, assim como o Seth consegue ser o amigo irresponsável que está sempre ali. Esteticamente, acho que o filme se passar em uma época "fria" - inverno ou outono - ajuda nas cenas "tristes e depressivas". O clima de frio dá essa sensação. E o nome é sensacional, além de ser as chances de sobrevivência, o filme todo, praticamente, é divido em cenas alegres e tristes. Não pende pra nenhum lado.
Vi alguns comentários antes de ver o filme e estes transitavam sobre como o filme é clichê e fofo indo ao como é genial e emocionante. Com razão.
A história em si, não tem nada de mais. Já há vários outros filmes que tratam sobre o mesmo tema, com o mesmo enredo e desfecho. Porém, o que é encantador neste, é que um assunto tão maduro, passa a ser algo jovem que é tratado com mais maturidade ainda. O modo como eles se conhecem num encontro desconfortável e como viram um casal meigo e doce sabendo e aceitando todas as complicações do relacionamento, e encarando isso bravamente.
As histórias paralelas não são menosprezadas, contém uma carga sentimental intensa do mesmo modo, mesmo que uma ou duas tenham sido pouco aproveitadas
- achei que teria algo mais sobre a embriaguez da mãe da Anna e sobre os garotos que levaram uma surra do Enoch.
Mas não senti falta disso no filme.
Gostei de como a estética do filme é trabalhada de forma quase otimista. Não se vê muito de depressividade com o acontecimento. O modo como ele é trabalhado, no figurino, nas cores, nas atuações.. é desenvolvido de maneira suave e bela. o filme chega a ser triste pela carga emocional, mas não por ser emotivo ao extremo.
Posso estar enganado e ter visto coisas onde não estavam, mas senti que o filme faz leves referências ao Fight Club. O modo como o casal Annabel e Enoch se encontram passando de funeral à funeral pode até ser comparado ao modo como o casal Marla e Jack/Tyler (Fight Club) se conhecem nas clínicas de reabilitação. Além da amizade fantasma com o Hiroshi e que fica com uma referência quase clara na cena da luta com a fala "Acha que não tem nada? Você tem tudo!" Referencialmente ao livro. Não sei, pode ser apenas semelhança.
Um filme bom de assistir. Aborda um tema de maneira muito natural, mesclando entre as preocupações jovens em relação ao resto do mundo.
Segue muito dessa linha de filmes "indie/jovem" que estão surgindo nos últimos anos. Vale a pena assistir.
E a atuação de todos os atores está natural. O Fiuk em alguns momentos não consegue convencer tanto, mas consegue levar o papel numa boa. Poderiam ter discutido com mais profundidade o personagem dele no restante da trama.
Não sou fã da série apesar de ter visto todos os filmes. Não os considero idiotas nem os menospreso, mesmo não achando que sejam tudo aquilo. Gostei do filme porque, apesar da história desde o começo ser uma quase clichê, ele ainda consegue trazer coisas inovadoras.
O filme tem um desenrolar bom e chega a ser cativante e emocionante - detalhe para a trilha sonora (exagerada em alguns momentos) que ajuda muito nas cenas. A maquiagem da Bella é sensacional!
O modo como ela está morta por carregar uma vida deixa ela parecendo um zumbi. Piada tosca: é o único filme que consegue reunir um vampiro, um lobo e um zumbi sem ser tão patético. *insira uma risada aqui*.
A atuação da Kristen e do Pattinson conseguiram ser um pouco mais interessantes e menos forçadas; parece que nesse filme o desempenhos dos dois rolou com mais química, como se realmente fossem um casal e quisessem isso de verdade. Apesar de sentir um pouco de pena pelo amor que o Jacob sente pela humana.
Apesar de tudo, acho que se a direção do filme tivesse caído nas mãos de outra pessoa poderia ter ficado melhor. Gosto de como o New Moon é trabalhado, talvez se seguisse com a mesma intensidade teria ficado mais bonito. A cenas "cômicas" acabam se tornando idiotas e não engraçadas. E a única cena de ação - isso vale para todos filmes da série - acaba ficando deixada de lado e tem pouca influência e brutalidade no restante da estória.
Não sei quanto às semelhanças com o livro, mas acho que o roteiro ficou mal organizado e encenado de maneira muito superficial. Pode parecer estranho, mas acho que só o Taylor consegue realmente passar a emoção do seu personagem. Seria um filme muito melhor se fosse levado e trabalhado com mais seriadade e deixasse de ser algo para "agradar fãs e ganhar dinheiro".
O modo como cada sentimendo dos monstros é trabalhado personificando algum sentimento do Max, monstrando pra ele mesmo quem ele é por dentro, chega a ser absurdo de tão lindo e intenso. A montanha-russa de cenas lindas e divertidas com a negatividade das cenas pesadas pela carga sentimental que surge com tantas dúvidas e egoísmo.
E o que fica bem óbvio, é a comparação de atitudes da Carol com as do Max, o como ambos são parecidos e como fazem coisas por impulso. E todos os outros monstros tentando ajudar ou atrapalhar, monstrando - externamente - um conflito interno de personalidades e sentimentos.
Comparando o livro infantil com o filme, é incrível ver como a história evoluiu e foi aumentada positivamente, deixando de ser apenas um conto infantil, para vir a ser uma história muito madura. E é sensacional a mudança de como o Max vai parar na floresta, no livro é diferente.
No livro ele nem sai do seu quarto; o próprio quarto se transforma numa floresta, com árvores crescendo até que ele mesmo se perde dentro do lugar. Mas a matáfora do quarto já está presente com todas as semelhanças vistas no decorrer do filme. A maquete em cima da mesa, com bonequinhos; o barco; o globo e a plaquinha "Owner of this World". Além da parte em que ele detona o quarto da irmã que pode ser comparada com a Carol destruindo as casas dos monstros. Sensacional também são os corações presentes nos dois mundos.
Pelo começo do filme parece ser um romance meio óbvio. Mas aos poucos ele toma seus caminhos. Legal a parte em que ele começa a brincar com a personalidade dos personagens, dando caracteristicas complemanente diferentes as que eram imaginadas, aí tá o grande mérito do filme. Mas o impacto entre a perversidade e a inocência do acabou se perdendo e confundindo os personagens.
De maneira muito geral, achei belo. Só o que não me agradou tanto foi o final sem um desfecho grandioso que estivesse na altura do resto do enredo.
Posso até fazer uma comparação meio tola, mas vejo muita semelhança entre esse longa e Black Swan. Algo na fotografia de ambos filmes, nos personagens e no próprio desenrolar das estórias são parecidos. Porém, Black Swan consegue ser cativante e surpreendente do começo ao fim; esse apenas chama a atenção em alguns momentos.
É possível que tenha mais spoilers do que os que estão escondidos, peço desculpas por isso.
Não sei se tô conseguindo descrever o filme ainda. Já tinha uma boa noção de como seria todo o desenrolar pelas críticas, trailers e making ofs que havia visto, mas não sabia que me surpreenderia tanto assim.
Desde as prévias que havia visto, já sabia que o filme mudaria em algumas coisas a história dos clássicos sobre como Caesar se tornou um grande líder, e tava torcendo o nariz pra isso. Achei que tiraria a magia da série original, mas pelo contrário.
Apesar de todas as mudanças bruscas e fortes, o filme consegue ter uma leveza ao dar uma nova explicação para a rebeldia dos símios. Todo o processo de evolução do Caesar é bem explicado e muito bem expressado. O crescimento da sua inteligência assim como o crescimento das suas emoções (humanas e animais) em relação aos atos e emoções dos própris humanos, que agem como animais.
O legal desse início é que acaba convencendo mais do que a explicação "viagem no tempo" dada pelo Escape from the Planet of the Apes/Conquest of the Planet of the Apes. E, o mais legal ainda, é que ele consegue trazer as características que os macacos tem no futuro da série clássica, como a fúria dos gorilas, a inteligência e sabedoria dos orangotangos e, principalmente, a liderança do Ceasar.
Destaque para às referências como os nomes citados, algumas frases, e para o lançamento da espaço-nave, que é demonstrado suavemente.
Acho que isso trouxe as características que dariam uma bela continuação e convenceu muito mais a aceitar esse filme; o fato dele não ter ignorado os originais.
Como disse, o desenvolvimento do filme é muito sútil; é trabalhado com calma, não é algo brusco que, de uma hora pra outra, sem muitas explicações, simplismente acontece. O começo parece ser um pouco apressado, o tempo passa rápido e isso acaba acelerando um pouco, mas só por um pouco, depois a história já começa a ser trabalha com calma. A evolução do macaco.
Ambos lados convenceram muito; tanto nas emoções humano-humano, como o romance do casal - ok, esse foi meio fraco - mas, principalmente, na relação pai-filho. Já no lado humano-animal, foi mais convincente ainda. A atuação do James Franco com a expressão do Andy Serkis foi extrema. Era possível enxergar o sentimento criado entre os personagens.
Além do óbvio, é incrível ver como o egoísmo do homem é enorme em relação a tudo. Ao dinheiro, ao amor, à vida. O filme deixa isso claro de várias formas.
Gostei muito dos efeitos especiais; fizeram juz aos vários comentários e expectativas criados. Dá pra perceber que é algo não real, mas dá pra acreditar que realmente isso poderia ser.
E, não tem como não achar incrível o momento que o Caesar fala. Já é algo que acontece de maneira meio precoce nos clássicos, mas nesse, com toda o desenvolvimento e evolução dele pela língua dos sinais e compreensão das falas humanas. O momento que ele começa a falar "NO!" é surpreendente e emocionante.
Única coisa que deixa a desejar, de certo modo, é a falta de aprofundamento em alguns momentos dramáticos nas relações humanas, que são um pouco ignoradas de vez em quando.
É um baita filme! Parte de mim espera que seja feito um remake do primeiro e talvez do segundo Planet of the Apes, mas parte de mim espera que isso não aconteça e que, a partir desse ponto, a história continue com os clássicos mesmo.
VIPs
3.3 1,0KO filme é uma mistura do Catch Me If You Can com The Aviator e que deu muito certo.
Apesar de faltar um grande clímax pra história - que tivesse sido bem trabalhado e mais "exagerado" - o filme inteiro tem um andamento bem trabalhado.
Gostei um pouco mais pela ironia de ter assistido em plena semana de carnaval - trocando os desfiles das escolas por esse filme.
Crash: No Limite
3.9 1,2KÉ um sensacional!
Pela construção do roteiro e da direção achei que eram os mesmos roteiristas/diretores de Amores Peros e Babel, que também são filmes com essas características de histórias interligadas.
Os Amantes do Café Flore
3.7 63Simplismente não consegui ver o filme até o final.
Por mais que a história seja interessante na sua profundidade, o modo como o filme é trabalhado é muito mal elaborado e superficial.
As cenas são curtas, rápidas e atiradas sem profundidade nos sentimentos nem nas atuações, não dá pra criar um laço com o personagem nem com a atuação dos atores. É como se o roteiro não tivesse ligação nenhuma pra formar uma história "profunda".
A falta de comprometimento com a maquiagem dos atores também. Eles começam com uma certa idade e, alguns minutos depois, já estão mais velhos e não há uma sequer diferença nas aparências.
Não acabei de assistir e não pretendo.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraNão tenho base no livro - ainda - para poder fazer comparações sobre quão fiel é ou não essa adaptação. E acho meio tosco querer comparar com a primeira versão do filme, mas acabarei comparando ambas querendo ou não porque foi isso que me fez ir atrás desse longa.
Já deixo avisado que esse texto poderá ter spoilers não escondidos e vários erros de português. Aqui vou eu.
Aquela introdução do filme já é surpreendente pelo "peso histórico" que Immigrant Song tem em si, e com a nova roupagem, está de tirar o fôlego! Os efeitos usados para a abertura são incríveis! Mas para quem tem uma base sobre toda a história, parece não ter uma conectividade legal com o resto da trama em um primeiro momento - esperava algo mais voltado para cores vermelhas que representassem um dragão e ao fogo que está presente no filme ou algo assim - mas achei totalmente aceitável os tons de cinza pela estética fria do filme. Ficou emocionante!
Após essa introdução, o filme começa ligeiro e sem perder tempo já vai entrando no clima da trama e nos apresentando os personagens de maneira interessante, mas sem revelar tantos detalhes - o que é bem instigante. Em alguns pontos, o começo parece passar acelerado de mais e dá a impressão de cortar ou esquecer informações que poderiam ajudar no desenvolvimento do resto da história, porém é só uma impressão dada pela velocidade que com que os assuntos são trocados.
A conectividade que os personagens vão formando para entrar na mesma linha dramática é muito bem trabalhada; não sei se segue a narrativa exata do livro, mas, o modo como eles vão se conectando "forçadamente ao acaso" foi bem pensado. Apesar de Lisbeth e Mikael estarem conectados desde o começo, é legal ver as histórias crescendo separadamente.
Dessas ligações, destaco os assassinatos das outras garotas com o desaparecimento da Harriet. A lista dos nomes ficou muito vaga, e acho que é um detalhe importante para fazer a junção de todos os crimes. Foi levado como um empurrão pra dizer que está ali, assim como outras coisas que poderiam ter sido melhores aproveitadas e com mais intensidade. Senti falta dessa parte da lista pelo fato de na primeira versão o mesmo conteúdo receber um maior destaque e, enfim, aproximar Mikael e Lisbeth. Gostei de como a lista é “descoberta” no novo, mas as cenas com a filha do Mikael são vagas e superficiais de mais.
A personagem da Lisbeth está muito bem interpretada. Desde o começo ela tem uma personalidade muito forte, cruel e reservada; uma atitude “jovem punk descontente com o mundo” de maneira muito perturbadora. Com o desenrolar de todo o filme ela vai ficando mais doce, sendo mais leve e mais suave – ainda mesclando com o ar pesado do começo. Há um estranhamento claro entre as cenas que rodeiam essa Lisbeth com a Lisbeth do primeiro filme. E é um estranhamento delicioso ver a mesma personagem obscura, só que mais detalhada e com mais “sentimentos internos”. Há contradição do seu jeito reservado para o mundo, mas se abrindo para Mikael é delicioso.
A cena de sexo após Mikael levar o tiro é de tirar o fôlego e ficar espantado ao mesmo tempo! Que coisa intensa! E já falando sobre cenas de sexo, a cena do estrupo é surpreendente! Ver toda a realidade da cena é simplismente angustiante! E no fim entender que todo o filme trata sobre o mesmo assunto e que os assassinatos antigos estão tão pertos da realidade da Lisbeth, é de cortar o peito.
Todo o desenrolar do mistério ao redor da Harriet é bem complexo ao mesmo tempo em que é meio fraco. Ele é complexo por ser uma trama interessante e trabalhada com calma, porém começa de maneira meio superficial e um pouco cansativa; tem alguns picos altos e interessantes, mas ainda tem um pouco daquela sensação de “está falta alguma coisinha mais profunda aqui”. Nada que comprometa o filme.
Uma coisa que me deixou incomodado foi a trilha sonora não estar ao mesmo nível da “introdução”. A abertura com Immigrant Song contém, como já comentei, um peso incrível! E todo o filme tem peso emocional intenso pra merecer uma trilha com o mesmo “peso”, mas não acontece isso. A trilha sonora, que é boa, fica um pouco apagada em alguns momentos e não corresponde muito bem com as sensações que o filme nos mostra. Fiquei um pouco chateado com isso.
Particularmente o filme superou minhas expectativas. Fiquei orgulhoso com tudo que vi. O filme ser mais mais longo que a versão original dá a possibilidade de apresentar mais cenas que nos ajudam a formar opiniões mais “concretas” sobre os personagens. É fácil simpatizar ou não gostar de tal pessoa nesse filme. A direção do Fincher também está de parabéns! É mais direta e não tem muita enrolação sobre o tema principal e consegue mesclar muito bem algumas tramas secundárias, apesar de ser meio vago e superficial com algumas coisas. Em contraponto, a versão original é mais direta e mais focada na trama principal, contendo um detalhamento que constrói todas as ligações para que tenham uma concordância maior com a busca de Harriet. Ambas as adaptações são interessantes no modo em que são trabalhados. Não diria que uma chega a superar a outra, mas conseguem se completar nas semelhanças e diferenças.
Estou aguardando ansiosamente que façam as continuações – que ainda não vi nas versões suecas.
V de Vingança
4.3 3,0K Assista AgoraFiquei espantado com o filme. Demorei algunas vezes e desisti em várias outras de assistir, mas hoje fui até o filme.
Tinha uma visão completamente diferente e um tanto quanto negativa, mas agora, como já disse a garota a baixo, é um tapa na cara da sociedade. Sensacional! Do começo ao fim ele é tocante e emocionante e muito ativo, mesmo contendo poucas cenas de ação. Toda a ação e luta do filme é baseada nos diálogos e no desenrolar incrível do roteiro.
O que mais me chamou atenção é a semelhança que esse filme tem com o 1984 - livro e filme. A linha de ditadura segue com o mesmo clima, tendo várias semelhanças entre os governos. Na minha cabeça, poderia ser considerado como uma continuação tranquilamente. E, putaqueopariu, a ironia que esse V for Vendetta faz com 1984 é sensacional!
Em 1984, John Hurt faz o personagem de mocinho que é contra o governo e o poder do Grande Irmão. Na esperança melancólica e rancorosa de mudar o mundo. Em V for Vendetta, ele é o próprio "Grande Irmão". Ele é o governante odiado e que criar um monde sobre a repressão e omissão de notícias.
As cenas finais do filme são sensacionalmente brutais! Apesar dele enrolar um pouco até chegar ao seu auge, quando chega é muito bem feito, não deixa a desejar.
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraJá deixo avisado que este texto pode contar pequenas revelações sobre o filme, mas que não chegam a ser spoilers ao meu ver.
Meu, que filme dolorido! A abordagem que ele dá ao assunto drogas e como isso influencia na adolescência e nos conflitos sociais é muito bem representado por Ewan McGregor e sua trupe. As indas e vindas do vício, o apoio da família e o incentivo pela parte dos amigos. Voltas à sanidade e recaídas.
Dou um puta crédito para o momento em que Renton é preso pelos seus pais e começa a ter alucinações. Que cena foda! O impacto que ela tem na pessoa é muito mais dolorido do que ver a morte do bebê - que apesar de chocante, teve pouca intensidade.
Enfim, de crianças drogadas passam a brincar de "adultos" do negócio. A mudança de roupas juvenis para ternos mostra uma seriedade e evolução dos personagens que é contrariada pelas suas ações. Sensacional!
Gostei do filme por não se prender apenas em mostrar como é a crueldade da heroína com o vício, mas mostrar o que o usuário sofre usando e passando pelas fases. O roteiro é muito bem elaborado.
O que me chamou atenção é que o começo do filme tem uma mensagem que pesa positivamente para o descompromisso e faz leve "apologia" para o mundo em que Renton decide viver. E ao fim do filme, com praticamente as mesmas palavras, ele escolhe o mundo real. É uma contradição que ficou muito bonita com todo o desenrolar do filme.
Sem dúvida, é um dos filmes mais fodas que já vi e que trabalha sobre o assunto de drogas. Os outros que havia visto mostram um lado muito negativo - obviamente - porém flertando com momentos poéticos e sentimentalistas - um exemplo é o filme Candy, com o Heath Ledger. Esse não pesa pra nenhum lado. Não influencia, mas também não te deixa com uma sensação de desconforto e repugnância.
Ele consegue cativar e deixar emoções claras e rápidas com pouco tempo de cena. Não é preciso um aprofundamento maior para ser convincente. Muito bom.
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KFiquei dividido muito nesse filme.
Achei todo o abordamento e construção do roteiro sensacionais, assim como as atuações e trilha sonora. O começo é meio lento e frustrante pra quem tem uma noção sobre a história; diria que chega a ser meio torto começar com "dentro" da revista e com um tema e, quase bruscamente, mudar para um enredo completamente diferente. O que vale desse começo é a introdução à Lisbeth, que é o personagem mais interessante do filme, mesmo que durante todo o longa não revelado poucos detalhes sobre a garota, deixando a curiosidade sobre sua personalidade - isso equivale-se para todos personagens, na verdade.
A parte investigativa do filme é muito bem trabalhada, as ligações não são tão óbvias e conseguem nos prender de maneira que não percebemos no início. Demora um pouco até ficar realmente interessante.
As únicas coisas que me decepcionaram, é a falta de adrenalina. Em nenhum momento fiquei ansioso pra ver algo acontecer; é um filme que não cria muitas expectativas e não me fez esperar nenhum acontecimento que pudesse ter sido de outra forma. Uma ação menor ou maior ou um baque mais emocionante - não que isso seja negativo, mas me deixa um pouco incomodado. Ficou meio parado na tentativa de ser um filme de suspense flertando com ação, mas sem as cenas de ação - isso chega a ser positivo no momento que não é um filme apelativo para isso. Tem ação, mas não é exagerada; tem cenas de sexo, mas não é um pornô. Tem suspense, mas não é um filme assustador.
Estou ansioso para ver a versão americana. Pelo que já vi dos trailers, ela parece estar mais exagerada em alguns quesitos, mas mantêm boa parte das sensações passadas por esse filme.
Quero ver as continuações desse longa, apesar do fim deste final não criar uma sensação muito forte sobre uma possível continuação.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraÉ cedo pra dizer, mas confio no Marc Webb. Pelo que conheço dos clipes que já dirigiu e pelo resultado do (500) Days of Summer, acho que o filme será, ao menos, trabalhado de maneira agradável e com bastante foco nas emoções e conflitos dos personagens - externamente e físicos. E ele costuma ter um padrão muito interessante e marcante em seus trabalhos. Acho que foi bem escolhido.
O que me deixou mais aliviado, é que o roteiro foi escrito pelos mesmo roteirista da primeira trilogia com a colaboração de um dos responsáveis pelos roteiro do Harry Potter.
O elenco me deixa preocupado, gosto dos atores principais, porém na minha cabeça eles não combinam muito bem com os personagens que tenho em mente - ainda tenho imagem dos primeiros filmes.
Sinto que esse filme está sendo feito não para combater a trilogia Nolan do homem-morcego, mas para valorizar o Homem-Aranha. Batman virou um filme sensacional, e os primeiros Homem-Aranha são quase idiotas quando comparados. Acho que esse seguirá uma linha mais fiel à história original e mais séria em sua totalidade. Ao menos é o que espero com ansiedade.
A Senhora e a Morte
4.0 370Começa de maneira bem sentimentalista, quase poética, pensei que o curta todo estaria nesse caminho. Mas no momento que começam os traços cômicos e vão se agravando
o momento que a Morte e o Doutor conseguem ver um ao outro é muito interessante.
Gostei do final, bem pontuado.
Mas em um ou dois momentos achei que o Doutor e Enfermeiras morreriam também.
A cena inicial da casa e do "catavento" lembram muito o Coragem, o Cão Covarde. O Doutor também parece ser uma versão animada do Super Homem misturado com o Elvis Presley e com um porte físico e garotos no estilo Johnny Bravo de ser.
Muito bom.
Hotel do Coração Partido
3.6 172O curta surpreende pela história "romântica" e isso é sensacional. O modo como é trabalhado faz com que o "desapego" de Ronaldo pelos outros hóspedes seja algo natural. Tem um roteiro bem simples e a animação mais simples ainda, combinam.
Recebi a narativa no começo de forma estranha, não sei se pelo sotaque ou o quê, mas me incomodou um pouco. Depois me acostumei e achei suave também. Não sei quem escreveu o texto, mas tem frases muito bonitas.
"Alguns hotéis são grandes demais para um hóspede só."
This Way Up
4.0 38Legal ver como a morte pdoe ser cômica e trabalhada com personagens extremamentes sérios. E, como já diz a descrição, realmente tem uma grande referência a Tim Burton:
O momento em que os coveiros também morrem e surgem os esqueletos dançantes praticamente IGUAIS aos do filme Corpse Bride.
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraAcabei de ver a segunda trilogia, e realmente não imaginava que as coisas seriam assim. Claro que com a primeira trilogia já sabemos muito sobre os acontecimentos, mas o porques que são respondidos e como são respondidos durantes os três novos filmes são geniais!
Me emocionei muito pela maneira que o Anakin entrou para o Lado Negro da Força, por amor. Ver como a razão para ele estar ali muda pelo ambição é muito triste. Mas isso realmente acontece no "mundo real". As pessoas esquecem dos sentimentos quanto tem o poder nas mãos.
Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera
4.3 377Cada "parte" do filme está de acordo com as estações. Isso está muito bem representado.
A história é intensa e forte, porém é trabalhada de maneira leve e calma.
A crueldade do garoto com os animais; o desejo dele com a garota; o crime cometido. Tudo isso tem uma carga, de certa forma, muito negativa mas que acaba tendo uma redenção de uma outra forma; de perceber o erro e tentar se redimir de algum maneira. O carregar das pedras; o afastamento da garota; a prisão.
Gostei do clima silencioso dos diálogos e da grande presença de sons naturais misturados com a trilha sonora. Todo o filme em sua totalidade tem um clima que atinge o nosso interior de maneira encantadora.
Valentin
4.4 297Acho que posso dizer que é um dos filmes mais bonitos que já assisti.
Desde o começo a gente já fica encantado com a "dureza" da vida do Valentin e com o modo que ele conta isso, como se não fosse algo muito sério. O sofrimento e toda a dor que rodeia ele, são refletidos por um sonho e uma inocência incrível! E a maturidade que ele tem pra lidar com essas coisas mostra como tem muita gente chorando de barriga cheia.
A cena em que ele procura a Letícia para conversar e tem o "surto nervoso" chega doer.
Um roteiro simples e complexo, infantil e maduro, calmo e agitado; tudo isso ao mesmo tempo fazem o filme ser lindo. Tem uma ótima fotografia e a trilha sonora está bem marcada nas cenas.
O meu único contra é: queria, pelo menos, mais uma meia-hora de filme.
Já tá nos meus favoritos.
Acho que o filme ficou no mesmo clima de Mary & Max, que é um stop-motion infanto-adulto muito cruel.
Comentário idiota para ser ignorado: só eu achei o Valentin parecido com o PC Siqueira - e vice-versa?
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraAssisti sem criar expectativas - positivas ou negativas - e acho que isso fez com que eu gostasse bastante do filme.
É um filme calmo e leve, com cenas bonitas, diálogos bem mais que interessantes e uma trilha sonora bem marcante. Porém - sim, sempre tem um porém - não achei o filme tão profundo, salvo alguns momentos. Não sei se faltou "química" nas atuações ou se o roteiro ficou meio vago para algumas situações, mas achei o filme meio morno em geral.
Obviamente, a "mensagem" por trás das imagens é sensacional! Todas as "ironias" presentes no filme e brincadeiras com o romance se encaixam perfeitamente e conseguem fazer com que o filme seja marcante, só senti falta de um pouco de exagero nas extremidades sentimentais.
O Magnata
2.7 232Faz tempo que vi o filme, mas lembro que na época eu gostei. Por ser um filme de "estréia" tanto para o roteirista como para o diretor, achei sensacional. Ele fica meio vago em alguns momentos, mas o tema principal é bem abordado. Essa coisa de "superioridade" das pessoas e nos atos feitos por impulso e por excesso de segurança. Querer cegamente alcançar o topo e estar sempre no campo de visão de todo mundo, ser idolatrado como um rei.
Tudo bem, não chega a ser um filme incrível que merece grande aplausos e prêmios. Tem muitas coisas que deixam a desejar, tanto nas atuações como no roteiro, mas é sim um filme legal e que dá pra ser levado a sério numa boa.
E quanto ao "ah, é um filme brasileiro, que merda!" acho idiotice. Sim, é um filme brasileiro e que, mais uma vez, aborda o tema de ação/violência/roubo, porém de uma maneira diferente. Deixa de ser um filme sobre "sou pobre e faço isso porque é a única opção" pra ser um "tenho a vida ganha, e, ainda assim, sei fazer merda". Acho que no final - gostei do modo como acabou - isso fica claro.
Não sei se pode ser comparado com grandes clássicos violentos, mas parece tem muita influência de grandes obras. A jogada de ter o Marcelo Nova como "a mente" do personagem principal ficou interessante.
Sem dúvida, esse filme trouxe uma nova cara para o cinema nacional. É um filme que teve grande apóio, mas que ficou só nisso - tanto pra fazer como pra divulgar. Percebe-se que boa parte do elenco e dos colaboradores são "parceiros" do Charlie Brown Jr. É uma pena que o filme tenha sido reconhecido por ser "um filme do Chorão".
Espero que não me levem à mal; é a minha opinião sobre como eu assisti e o filme e interpretei na tua totalidade.
50%
3.9 2,2K Assista AgoraRecentemente - ontem - assisti o filme Restless (Inquietos; Gus Van Sant) que também aborda o câncer de forma "positiva", porém com uma estrutura diferente.
Gostei do filme por ser mais profundo que o Restless, por se aprofundar mais nos efeitos da doenças e nos sentimentos que essa traz. Ambos tem uma pegada jovem romântica sobre o que é a vida e a morte e como lidar com isso.
Tem um drama - além da doença - que é encarado de maneira muito sútil, mas sem ser superficial.
A falta de contato com a mãe, o pai com Alzheimer, a namorada que o trai etc.
Acho que mais do que ser um filme sobre câncer, é um filme sobre como lidamos com os nossos problemas e como as pessoas ao nosso ao redor lidam com isso.
Me emocionei na cena em ocorre a "briga" entre o Adam e o Kyle, e, em seguida no apartamento do Kyle, tem um livro no banheiro sobre como enfrentar o câncer juntos.
As encenações de todos estão bem naturais e o Joseph encarna o personagem de maneira incrível, assim como o Seth consegue ser o amigo irresponsável que está sempre ali. Esteticamente, acho que o filme se passar em uma época "fria" - inverno ou outono - ajuda nas cenas "tristes e depressivas". O clima de frio dá essa sensação. E o nome é sensacional, além de ser as chances de sobrevivência, o filme todo, praticamente, é divido em cenas alegres e tristes. Não pende pra nenhum lado.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraVi alguns comentários antes de ver o filme e estes transitavam sobre como o filme é clichê e fofo indo ao como é genial e emocionante. Com razão.
A história em si, não tem nada de mais. Já há vários outros filmes que tratam sobre o mesmo tema, com o mesmo enredo e desfecho. Porém, o que é encantador neste, é que um assunto tão maduro, passa a ser algo jovem que é tratado com mais maturidade ainda. O modo como eles se conhecem num encontro desconfortável e como viram um casal meigo e doce sabendo e aceitando todas as complicações do relacionamento, e encarando isso bravamente.
As histórias paralelas não são menosprezadas, contém uma carga sentimental intensa do mesmo modo, mesmo que uma ou duas tenham sido pouco aproveitadas
- achei que teria algo mais sobre a embriaguez da mãe da Anna e sobre os garotos que levaram uma surra do Enoch.
Gostei de como a estética do filme é trabalhada de forma quase otimista. Não se vê muito de depressividade com o acontecimento. O modo como ele é trabalhado, no figurino, nas cores, nas atuações.. é desenvolvido de maneira suave e bela. o filme chega a ser triste pela carga emocional, mas não por ser emotivo ao extremo.
É um ótimo filme.
Posso estar enganado e ter visto coisas onde não estavam, mas senti que o filme faz leves referências ao Fight Club. O modo como o casal Annabel e Enoch se encontram passando de funeral à funeral pode até ser comparado ao modo como o casal Marla e Jack/Tyler (Fight Club) se conhecem nas clínicas de reabilitação. Além da amizade fantasma com o Hiroshi e que fica com uma referência quase clara na cena da luta com a fala "Acha que não tem nada? Você tem tudo!" Referencialmente ao livro. Não sei, pode ser apenas semelhança.
As Melhores Coisas do Mundo
3.4 1,5K Assista AgoraUm filme bom de assistir. Aborda um tema de maneira muito natural, mesclando entre as preocupações jovens em relação ao resto do mundo.
Segue muito dessa linha de filmes "indie/jovem" que estão surgindo nos últimos anos. Vale a pena assistir.
E a atuação de todos os atores está natural. O Fiuk em alguns momentos não consegue convencer tanto, mas consegue levar o papel numa boa. Poderiam ter discutido com mais profundidade o personagem dele no restante da trama.
As Aventuras de Agamenon - O Repórter
1.2 1,0KVou ser crucificado, mas tá parecendo uma versão brasileira, idiota, e um tanto vergonhosa para Forrest Gump.
Se for pelo entretenimento, até parece ser um filme assistível na sessão da tarde quando todos os outros canais estão fora do ar.
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1
2.8 2,8K Assista AgoraNão sou fã da série apesar de ter visto todos os filmes. Não os considero idiotas nem os menospreso, mesmo não achando que sejam tudo aquilo. Gostei do filme porque, apesar da história desde o começo ser uma quase clichê, ele ainda consegue trazer coisas inovadoras.
O filme tem um desenrolar bom e chega a ser cativante e emocionante - detalhe para a trilha sonora (exagerada em alguns momentos) que ajuda muito nas cenas. A maquiagem da Bella é sensacional!
O modo como ela está morta por carregar uma vida deixa ela parecendo um zumbi. Piada tosca: é o único filme que consegue reunir um vampiro, um lobo e um zumbi sem ser tão patético. *insira uma risada aqui*.
Apesar de tudo, acho que se a direção do filme tivesse caído nas mãos de outra pessoa poderia ter ficado melhor. Gosto de como o New Moon é trabalhado, talvez se seguisse com a mesma intensidade teria ficado mais bonito. A cenas "cômicas" acabam se tornando idiotas e não engraçadas. E a única cena de ação - isso vale para todos filmes da série - acaba ficando deixada de lado e tem pouca influência e brutalidade no restante da estória.
Não sei quanto às semelhanças com o livro, mas acho que o roteiro ficou mal organizado e encenado de maneira muito superficial. Pode parecer estranho, mas acho que só o Taylor consegue realmente passar a emoção do seu personagem. Seria um filme muito melhor se fosse levado e trabalhado com mais seriadade e deixasse de ser algo para "agradar fãs e ganhar dinheiro".
Mas é só uma opinião toda torta.
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista AgoraImpossível não se apaixonar!
O modo como cada sentimendo dos monstros é trabalhado personificando algum sentimento do Max, monstrando pra ele mesmo quem ele é por dentro, chega a ser absurdo de tão lindo e intenso. A montanha-russa de cenas lindas e divertidas com a negatividade das cenas pesadas pela carga sentimental que surge com tantas dúvidas e egoísmo.
E o que fica bem óbvio, é a comparação de atitudes da Carol com as do Max, o como ambos são parecidos e como fazem coisas por impulso. E todos os outros monstros tentando ajudar ou atrapalhar, monstrando - externamente - um conflito interno de personalidades e sentimentos.
Comparando o livro infantil com o filme, é incrível ver como a história evoluiu e foi aumentada positivamente, deixando de ser apenas um conto infantil, para vir a ser uma história muito madura. E é sensacional a mudança de como o Max vai parar na floresta, no livro é diferente.
No livro ele nem sai do seu quarto; o próprio quarto se transforma numa floresta, com árvores crescendo até que ele mesmo se perde dentro do lugar. Mas a matáfora do quarto já está presente com todas as semelhanças vistas no decorrer do filme. A maquete em cima da mesa, com bonequinhos; o barco; o globo e a plaquinha "Owner of this World". Além da parte em que ele detona o quarto da irmã que pode ser comparada com a Carol destruindo as casas dos monstros. Sensacional também são os corações presentes nos dois mundos.
O fim do filme faz o coração virar uma gelatina!
Todo o sofrimento e amor imposto no silêncio e nas faltas de palavras chegam a doer de tão bonito.
O Spike Jonze é um gênio! Todos os filmes dele tem uma puta mensagem e uma estética maravilhosa! Respeito imensamente o cara.
A Professora de Piano
4.0 686 Assista AgoraPelo começo do filme parece ser um romance meio óbvio. Mas aos poucos ele toma seus caminhos. Legal a parte em que ele começa a brincar com a personalidade dos personagens, dando caracteristicas complemanente diferentes as que eram imaginadas, aí tá o grande mérito do filme. Mas o impacto entre a perversidade e a inocência do acabou se perdendo e confundindo os personagens.
De maneira muito geral, achei belo. Só o que não me agradou tanto foi o final sem um desfecho grandioso que estivesse na altura do resto do enredo.
Posso até fazer uma comparação meio tola, mas vejo muita semelhança entre esse longa e Black Swan. Algo na fotografia de ambos filmes, nos personagens e no próprio desenrolar das estórias são parecidos. Porém, Black Swan consegue ser cativante e surpreendente do começo ao fim; esse apenas chama a atenção em alguns momentos.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraÉ possível que tenha mais spoilers do que os que estão escondidos, peço desculpas por isso.
Não sei se tô conseguindo descrever o filme ainda. Já tinha uma boa noção de como seria todo o desenrolar pelas críticas, trailers e making ofs que havia visto, mas não sabia que me surpreenderia tanto assim.
Desde as prévias que havia visto, já sabia que o filme mudaria em algumas coisas a história dos clássicos sobre como Caesar se tornou um grande líder, e tava torcendo o nariz pra isso. Achei que tiraria a magia da série original, mas pelo contrário.
Apesar de todas as mudanças bruscas e fortes, o filme consegue ter uma leveza ao dar uma nova explicação para a rebeldia dos símios. Todo o processo de evolução do Caesar é bem explicado e muito bem expressado. O crescimento da sua inteligência assim como o crescimento das suas emoções (humanas e animais) em relação aos atos e emoções dos própris humanos, que agem como animais.
O legal desse início é que acaba convencendo mais do que a explicação "viagem no tempo" dada pelo Escape from the Planet of the Apes/Conquest of the Planet of the Apes. E, o mais legal ainda, é que ele consegue trazer as características que os macacos tem no futuro da série clássica, como a fúria dos gorilas, a inteligência e sabedoria dos orangotangos e, principalmente, a liderança do Ceasar.
Destaque para às referências como os nomes citados, algumas frases, e para o lançamento da espaço-nave, que é demonstrado suavemente.
Como disse, o desenvolvimento do filme é muito sútil; é trabalhado com calma, não é algo brusco que, de uma hora pra outra, sem muitas explicações, simplismente acontece. O começo parece ser um pouco apressado, o tempo passa rápido e isso acaba acelerando um pouco, mas só por um pouco, depois a história já começa a ser trabalha com calma. A evolução do macaco.
Ambos lados convenceram muito; tanto nas emoções humano-humano, como o romance do casal - ok, esse foi meio fraco - mas, principalmente, na relação pai-filho. Já no lado humano-animal, foi mais convincente ainda. A atuação do James Franco com a expressão do Andy Serkis foi extrema. Era possível enxergar o sentimento criado entre os personagens.
Além do óbvio, é incrível ver como o egoísmo do homem é enorme em relação a tudo. Ao dinheiro, ao amor, à vida. O filme deixa isso claro de várias formas.
Gostei muito dos efeitos especiais; fizeram juz aos vários comentários e expectativas criados. Dá pra perceber que é algo não real, mas dá pra acreditar que realmente isso poderia ser.
E, não tem como não achar incrível o momento que o Caesar fala. Já é algo que acontece de maneira meio precoce nos clássicos, mas nesse, com toda o desenvolvimento e evolução dele pela língua dos sinais e compreensão das falas humanas. O momento que ele começa a falar "NO!" é surpreendente e emocionante.
Única coisa que deixa a desejar, de certo modo, é a falta de aprofundamento em alguns momentos dramáticos nas relações humanas, que são um pouco ignoradas de vez em quando.
É um baita filme! Parte de mim espera que seja feito um remake do primeiro e talvez do segundo Planet of the Apes, mas parte de mim espera que isso não aconteça e que, a partir desse ponto, a história continue com os clássicos mesmo.