Referências vomitadas aqui e ali não salvam essa reprodução de clichês americanos com uma carga ainda maior de imbecilidade. Matheus Souza como ator... bem, era melhor ter ficado atrás das câmeras mesmo - talvez isso tivesse dado mais certo.
Frio e distante, esse filme polonês confunde mistério com omissão. Faltou a compreensão de algo relativamente simples: o que é emocionante ao montar um quebra-cabeças é a jornada de encaixar as peças em seus devidos lugares - mas é impossível fazê-lo, e bastante decepcionante, quando se chega ao fim com metade das peças faltando.
Um grande conceito pra uma execução pífia, a sensação que A Ilha da Fantasia deixa é de que poderia ser muito melhor com um roteiro menos mequetrefe e uma direção mais inspirada.
Ao misturar uma pitada de ficção científica em seu "thriller for dummies", o diretor e roteirista Oriol Paulo conta mais uma história repleta de mistério e infidelidade. Ao repetir a fórmula pela terceira vez em sequência, porém, o surpreendente fica manjado, o incrível se torna óbvio e o espanhol se reafirma como um ótimo cineasta de um filme só.
Minha curiosidade me leva a lugares muito estranhos... meia estrela pela poc Anitter (único personagem plausível dessa bomba) e mais uma outra pelas coreografias (que parecem ser legais, mas dança não é meu lugar de fala) e pelo cursinho de inglês que a Bruna Marquezine fez pra ter cinco linhas de diálogo nesse filme.
Daquelas boas alegorias que surgem de tempos em tempos, O Poço é uma metáfora nada sutil, mas com poucas respostas para suas próprias perguntas - o que o torna interessante, mas menos memorável do que deveria. Estudantes do Ensino Médio, se desesperem: vejo um novo favorito da sua professora de Sociologia.
A primeira sequência do filme é uma divertida e elaborada paródia de "Pânico". O grande problema é que tudo que vem depois disso são piadas mal ajambradas e apelativas sem a mínima graça, uma trilha sonora completamente equivocada, uma estranha obsessão pela cor amarela, uma receita de torta de limão e um plot twist insípido e despropositado.
Esteticamente perfeito, desnecessariamente longo e com protagonistas pouco carismáticos, o novo filme da Pixar parece algo que a Dreamworks faria atualmente - o que não é, necessariamente, o melhor dos elogios. Bom, mas longe da mágica essência dos últimos originais do estúdio como "Viva - A Vida É uma Festa" e "Divertidamente", "Dois Irmãos" até funciona, mas ao lado do seus "irmãos" de estúdio, essa aventura é um pouco agridoce.
PS.: Muito legal ter a primeira personagem abertamente LGBT com falas dos filmes da Pixar. Representatividade importa, mesmo que seja a pequenos passos.
Ineficiente na sua própria mitologia, o longa desperdiça uma premissa interessante e vive o suficiente apenas para se tornar um filme de assombração genérico que tenta emular James Wan da maneira mais apática e higienista possível.
Embora eu tenha lá minhas ressalvas com a brusca mudança de clima num terceiro ato que insiste em tentar se superar o tempo todo, essa remake de O Homem Invisível é provavelmente um dos melhores filmes de terror do ano (e olha que ele está apenas começando). Bem dirigido, o longa acerta em explorar o vazio e o silêncio - e é isso que nos deixa tensos por quase a totalidade de suas duas horas de projeção. Elizabeth Moss é uma atriz e incrível e, além de ser finalmente um (único) grande acerto no meio do desmantelado Monsterverse da Universal, O Homem Invisível é capaz de trazer uma discussão social altamente pertinente para 2020.
Hoje os jovens só querem saber de found footage!!! Alan Smithee teria conseguido se não fossem esses jovens intrometidos!
PS.: Matthew Lillard e Cassandra Peterson vivem os mesmos personagens a tanto tempo que basicamente se tornaram eles e não precisam fazer esforço nenhum, né?
A direção e a estética setentista superestilizada o diferenciam de outros lançamentos genéricos do gênero, mas num roteiro em que pouquíssima coisa relevante acontece os quase 90 minutos parecem uma pequena eternidade, tornando essa versão obscura do conto de fadas uma bela e morosa experiência.
15 anos depois da primeira tentativa de recontar o longa japonês, mais uma bola fora. Não sei se "Ju-On" é um conceito muito complexo para ser ocidentalizado, mas transformá-lo num thriller sobrenatural modorrento, vazio e repleto de jump scares ineficientes soa quase como uma ofensa. Talvez seja melhor esperar estrear no Supercine, afinal é claramente o lugar ao qual essa obra pertence.
A remodelagem do protagonista digital e a escalação de Jim Carrey (embora bastante magro pra um bom Robotinik) fazem toda a diferença no resultado final. Surpreendentemente, o live action de Sonic é um ótimo entretenimento - longe de ser uma boa adaptação dos games, mas visualmente agradável, bastante colorido, com uma pegada infantil perfeita pras crianças e claro, evocando a nostalgia dos adultos. Talvez seja o mais próximo que a nova geração chegará do sentimento que nós (e nossos pais) tivemos ao ver o live-action de Scooby-Doo nas telonas, há quase vinte anos. E é tão divertido quanto.
Há uma cena no meio dos créditos que me fez sorrir de orelha a orelha. Vale a pena ficar mais dois minutinhos!
Com certeza um dos documentários mais completos e repleto de depoimentos de amantes e especialistas do horror oitentista, mas QUATRO HORAS? Podia ser uma seriezinha de três episódios, né?
IT'S ART, DON'T TOUCH! Debochado, com um elenco afiado e uma trilha sonora escolhida a dedo, Aves de Rapina é a prova final que o fracasso do DCEU só fez bem a Warner Bros. Cathy Yan dirige cenas de ação incríveis mescladas com piadas que funcionam no tempo certo. Feminista sem ser panfletário e sem precisar imbecilizar os personagens masculinos, o filme reforça a importância de mais obras dirigidas, roteirizadas e produzidas por mulheres em Hollywood. Não importa quantas indicações ao Oscar Margot Robbie tenha, Arlequina é o papel da sua vida e sua emancipação fantabulosa é espetacularmente divertida.
Mesmo que meticulosamente pensado para mostrar uma Taylor Swift com questionamentos de meia-idade, o documentário é uma surpreendente reflexão sobre os papéis femininos na sociedade, na indústria musical e no sistema.
Quantas versões de A Volta do Parafuso são realmente necessárias? A história do inglês Henry James publicada originalmente em 1898 foi adaptada três vezes só nos últimos cinco anos (uma versão brasileira, uma argentina e uma neozelandesa!) e Os Órfãos é a primeira das duas novas releituras americanas com lançamento agendado para esse ano. Nesse caso, as belas locações na Irlanda e as atuações acima da média não compensam os jump scares baratos e ineficazes e a incapacidade do roteiro de suscitar a dúvida - principalmente por não entender a diferença entre ela e a desinformação. Não sei quantas adaptações da obra de Henry James são necessárias, mas sei que essa está muito longe de ser a definitiva.
Numa imitação barata de Adam McKay, esse Oscar bait joga todo seu potencial no lixo ao deixar uma história essencialmente sobre mulheres ser roteirizada e dirigida por homens. Isso fica claro com diálogos repletos de frases de efeito estúpidas e vazias e na forma em que o longa transforma a reconstituição de crimes asquerosos numa crítica quase fetichista ao governo de Donald Trump. Ok, vocês tem um presidente machista e desprezível. Mas seu filme não é muito diferente disso...
Tamo Junto
2.7 75Referências vomitadas aqui e ali não salvam essa reprodução de clichês americanos com uma carga ainda maior de imbecilidade. Matheus Souza como ator... bem, era melhor ter ficado atrás das câmeras mesmo - talvez isso tivesse dado mais certo.
Crimes Obscuros
2.3 128 Assista AgoraFrio e distante, esse filme polonês confunde mistério com omissão. Faltou a compreensão de algo relativamente simples: o que é emocionante ao montar um quebra-cabeças é a jornada de encaixar as peças em seus devidos lugares - mas é impossível fazê-lo, e bastante decepcionante, quando se chega ao fim com metade das peças faltando.
A Ilha da Fantasia
2.3 342 Assista AgoraUm grande conceito pra uma execução pífia, a sensação que A Ilha da Fantasia deixa é de que poderia ser muito melhor com um roteiro menos mequetrefe e uma direção mais inspirada.
Viver Duas Vezes
3.9 192 Assista AgoraAmar não é nunca esquecer - é, na verdade, criar novas memórias sempre que preciso.
#52FilmsByWomen
Durante a Tormenta
4.0 901 Assista AgoraAo misturar uma pitada de ficção científica em seu "thriller for dummies", o diretor e roteirista Oriol Paulo conta mais uma história repleta de mistério e infidelidade. Ao repetir a fórmula pela terceira vez em sequência, porém, o surpreendente fica manjado, o incrível se torna óbvio e o espanhol se reafirma como um ótimo cineasta de um filme só.
Breaking Through: No Ritmo do Coração
2.3 23 Assista AgoraMinha curiosidade me leva a lugares muito estranhos... meia estrela pela poc Anitter (único personagem plausível dessa bomba) e mais uma outra pelas coreografias (que parecem ser legais, mas dança não é meu lugar de fala) e pelo cursinho de inglês que a Bruna Marquezine fez pra ter cinco linhas de diálogo nesse filme.
Grande Hotel
3.4 336 Assista AgoraEnvelheceu tão mal assim ou já era bem qualquer coisa lá nos ano 90?
#52FilmsByWomen
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraDaquelas boas alegorias que surgem de tempos em tempos, O Poço é uma metáfora nada sutil, mas com poucas respostas para suas próprias perguntas - o que o torna interessante, mas menos memorável do que deveria. Estudantes do Ensino Médio, se desesperem: vejo um novo favorito da sua professora de Sociologia.
Duplamente Grávida
2.9 10 Assista AgoraA primeira sequência do filme é uma divertida e elaborada paródia de "Pânico". O grande problema é que tudo que vem depois disso são piadas mal ajambradas e apelativas sem a mínima graça, uma trilha sonora completamente equivocada, uma estranha obsessão pela cor amarela, uma receita de torta de limão e um plot twist insípido e despropositado.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 663 Assista AgoraEsteticamente perfeito, desnecessariamente longo e com protagonistas pouco carismáticos, o novo filme da Pixar parece algo que a Dreamworks faria atualmente - o que não é, necessariamente, o melhor dos elogios. Bom, mas longe da mágica essência dos últimos originais do estúdio como "Viva - A Vida É uma Festa" e "Divertidamente", "Dois Irmãos" até funciona, mas ao lado do seus "irmãos" de estúdio, essa aventura é um pouco agridoce.
PS.: Muito legal ter a primeira personagem abertamente LGBT com falas dos filmes da Pixar. Representatividade importa, mesmo que seja a pequenos passos.
A Hora da Sua Morte
2.5 558Ineficiente na sua própria mitologia, o longa desperdiça uma premissa interessante e vive o suficiente apenas para se tornar um filme de assombração genérico que tenta emular James Wan da maneira mais apática e higienista possível.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraEmbora eu tenha lá minhas ressalvas com a brusca mudança de clima num terceiro ato que insiste em tentar se superar o tempo todo, essa remake de O Homem Invisível é provavelmente um dos melhores filmes de terror do ano (e olha que ele está apenas começando). Bem dirigido, o longa acerta em explorar o vazio e o silêncio - e é isso que nos deixa tensos por quase a totalidade de suas duas horas de projeção. Elizabeth Moss é uma atriz e incrível e, além de ser finalmente um (único) grande acerto no meio do desmantelado Monsterverse da Universal, O Homem Invisível é capaz de trazer uma discussão social altamente pertinente para 2020.
Scooby-Doo De Volta à Ilha dos Zumbis
2.9 17Hoje os jovens só querem saber de found footage!!!
Alan Smithee teria conseguido se não fossem esses jovens intrometidos!
PS.: Matthew Lillard e Cassandra Peterson vivem os mesmos personagens a tanto tempo que basicamente se tornaram eles e não precisam fazer esforço nenhum, né?
#52FilmsByWomen
Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis
3.7 179 Assista Agoraesse filme: a
meu eu de cinco anos de idade: vai quebrando senhor toda maldição e feitiçaria
Maria e João: O Conto das Bruxas
2.6 527A direção e a estética setentista superestilizada o diferenciam de outros lançamentos genéricos do gênero, mas num roteiro em que pouquíssima coisa relevante acontece os quase 90 minutos parecem uma pequena eternidade, tornando essa versão obscura do conto de fadas uma bela e morosa experiência.
O Grito
1.9 332 Assista Agora15 anos depois da primeira tentativa de recontar o longa japonês, mais uma bola fora. Não sei se "Ju-On" é um conceito muito complexo para ser ocidentalizado, mas transformá-lo num thriller sobrenatural modorrento, vazio e repleto de jump scares ineficientes soa quase como uma ofensa. Talvez seja melhor esperar estrear no Supercine, afinal é claramente o lugar ao qual essa obra pertence.
Sonic: O Filme
3.4 712 Assista AgoraA remodelagem do protagonista digital e a escalação de Jim Carrey (embora bastante magro pra um bom Robotinik) fazem toda a diferença no resultado final. Surpreendentemente, o live action de Sonic é um ótimo entretenimento - longe de ser uma boa adaptação dos games, mas visualmente agradável, bastante colorido, com uma pegada infantil perfeita pras crianças e claro, evocando a nostalgia dos adultos. Talvez seja o mais próximo que a nova geração chegará do sentimento que nós (e nossos pais) tivemos ao ver o live-action de Scooby-Doo nas telonas, há quase vinte anos. E é tão divertido quanto.
Há uma cena no meio dos créditos que me fez sorrir de orelha a orelha. Vale a pena ficar mais dois minutinhos!
In Search of Darkness
4.3 46Com certeza um dos documentários mais completos e repleto de depoimentos de amantes e especialistas do horror oitentista, mas QUATRO HORAS? Podia ser uma seriezinha de três episódios, né?
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KIT'S ART, DON'T TOUCH!
Debochado, com um elenco afiado e uma trilha sonora escolhida a dedo, Aves de Rapina é a prova final que o fracasso do DCEU só fez bem a Warner Bros. Cathy Yan dirige cenas de ação incríveis mescladas com piadas que funcionam no tempo certo. Feminista sem ser panfletário e sem precisar imbecilizar os personagens masculinos, o filme reforça a importância de mais obras dirigidas, roteirizadas e produzidas por mulheres em Hollywood. Não importa quantas indicações ao Oscar Margot Robbie tenha, Arlequina é o papel da sua vida e sua emancipação fantabulosa é espetacularmente divertida.
#52FilmsByWomen
Bad Boys Para Sempre
3.4 395 Assista AgoraMas de que narconovela de quinto escalão saiu esse roteiro???
Taylor Swift: Miss Americana
4.0 215 Assista AgoraMesmo que meticulosamente pensado para mostrar uma Taylor Swift com questionamentos de meia-idade, o documentário é uma surpreendente reflexão sobre os papéis femininos na sociedade, na indústria musical e no sistema.
#52FilmsByWomen
Os Órfãos
1.8 365Quantas versões de A Volta do Parafuso são realmente necessárias? A história do inglês Henry James publicada originalmente em 1898 foi adaptada três vezes só nos últimos cinco anos (uma versão brasileira, uma argentina e uma neozelandesa!) e Os Órfãos é a primeira das duas novas releituras americanas com lançamento agendado para esse ano. Nesse caso, as belas locações na Irlanda e as atuações acima da média não compensam os jump scares baratos e ineficazes e a incapacidade do roteiro de suscitar a dúvida - principalmente por não entender a diferença entre ela e a desinformação. Não sei quantas adaptações da obra de Henry James são necessárias, mas sei que essa está muito longe de ser a definitiva.
#52FilmsByWomen
1917
4.2 1,8K Assista AgoraUma epopeia visual em que a forma se sobressai a substância, mas tá tudo bem.
O Escândalo
3.6 460 Assista AgoraNuma imitação barata de Adam McKay, esse Oscar bait joga todo seu potencial no lixo ao deixar uma história essencialmente sobre mulheres ser roteirizada e dirigida por homens. Isso fica claro com diálogos repletos de frases de efeito estúpidas e vazias e na forma em que o longa transforma a reconstituição de crimes asquerosos numa crítica quase fetichista ao governo de Donald Trump. Ok, vocês tem um presidente machista e desprezível. Mas seu filme não é muito diferente disso...