Filme morto Novo de Terrence Malick é um teste de paciência
É muito comum nas sessões do filme “A Árvore daVida” (The Tree of Life, EUA, 2011) ouvir bocejos e ver várias pessoas saindo da sala. A princípio, pensei eu, seria por impaciência da maior parte do público. Bastou apenas quarenta minutos sofridos para que eu entendesse os sentimentos da maior parte do público. E mais ainda: tive que me conter para não sair da sala (pois por mais que eu ache um filme ruim, procuro respeitá-lo como uma obra artística).
Todo o enredo gira em torno de Jack (Sean Peen), um homem ligado ao nosso mundo moderno que relembra sua infância marcada por conflitos de personalidades de seus pais. A mãe (Joanna Going) , aqui com um amor divino, capaz de fazer qualquer coisa por seus filhos. E o seu pai (Brad Pitt), super protetor e rígido, que planeja preparar seus filhos para o futuro. Por ser o filho mais velho, Jack sempre foi o mais cobrado pelo pai e por essa razão o odeia tanto chegando até a desejar sua morte. Esse ódio irá perdurar por toda a sua vida até sua fase adulta, onde ele começará a pensar sobre sua vida.
A proposta do filme é muito interessante, no entanto, o longa é muito superficial, mesmo que não pareça. A esplêndida fotografia do mexicano Emmanuel Lubezki tenta disfarçar essa falha, no entanto, se pararmos para pensar no longa em si, veremos como este explora apenas uma coisa: o sentimento de Jack pelos pais. Fatos como: por que aquelas crianças não gostam do pai, por que elas não sorriem, entre outros, não podem ser respondidas por causa do roteiro artificial. A simples ideia de tanto ódio é por causa do pai ser exigente é muito fraca. Meu pai, por exemplo, foi muito rígido comigo e meus irmãos (do mesmo nível – ou mais – de Pitt no filme) e nenhum de nós chegamos a desejar a morte de nosso pai.
Em vez de se aprofundar mais na relação dos personagens, o roteiro quer enrolar mais. Vemos até o Big Bang, a formação da Terra e até dinossauros! (oi?) É tanta enrolação que a película de pouco mais de duas horas parece ter três! Não paguei ingresso para ver a origem da vida, mas sim para ver a relação do pai com o filho. Tudo bem, ver algo que não esperamos em uma produção é bom, mas quando esse está chato e vem mais coisa para deixá-lo ainda mais sonolento, se torna um grande defeito.
“A Árvore da Vida” então é um filme que se constrói (ou tentar se construir) em cima de essências, no entanto, são poucas as pessoas que verão essas essências e as interpretarão de acordo com elas mesmas. Mas, deixar tudo para apenas interpretação não é algo bom. Pode não tocar e no meu caso não tocou, ficou longe. O filme ganhou o festival de Palma e gerou polêmica, vai ver o júri estava louco. Nota: 2.0 www.mulesta.zip.net
A morte está de volta! Boas surpresas em “Premonição 5”
Ninguém imaginaria, nem mesmo eu que sou super fã, que aquele simples filme de suspense de 2000 fosse ganhar tantas continuações. Pois é. Nesta última sexta-feira “Premonição 5” (Final Destination 5, EUA, 2011) chegou aos cinemas cercado de desconfiança, isso por que ele derivava de um quarto filme bastante regular. No entanto, basta apenas dez minutos de exibição para notar que o longa irá ir mais longe de que se poderia imaginar.
Desta vez o grande acidente inicial é em uma ponta, que afetada por uma forte rachada de vento acaba caindo matando muitas pessoas, entre elas Sam (Nicholas DAgosto), que vê seus amigos morrem de formas aterradoras, no entanto, tudo não passou de um sonho e ele consegue salvar todos daquele brutal incidente. Mas, por pouco tempo, uma vez que a Sra. Morte voltará para levar aqueles que deveriam ter morrido. Desta vez, porém, há algo mais chocante em jogo: a escolha. Se um deles retirar a vida de alguma pessoa, poderá ficar com a vida restante dessa mesma pessoa, o que testará a personalidade dos indivíduos.
A surpresa foi causada por um nome: Steven Quale, que dirigiu cenas de ação em “Avatar”. Ele coloca uma direção frenética na película e isso é percebido em grandes momentos de ação, como a sequência da destruição da ponte, simplesmente espetacular. Quale, que assistiu a todos os outros filmes antes de rodar esse novo, trouxe de volta o que havia se perdido desde o terceiro filme: o suspense de fato. A reação da plateia é de pânico e agonia em várias cenas, em destaque a da ginasta. Depois dessa morte, infelizmente, a qualidade da obra diminui, mas o diretor e suas tomadas ousadas conseguem amenizar esse defeito.
Não há, porém, defeito maior que o elenco. Simplesmente ninguém ali convence. O protagonista é tão antipático como no quarto filme. Na trilogia inicial tínhamos ótimos protagonistas: Alex, Kimberly e Wendy. Além de coadjuvantes sempre interessantes, a não ser alguns raros momentos, os personagem desse quinto filme não causam pena para a plateia. O roteiro de Eric Heisserer aprofunda bons temas e salva o elenco de uma desgraça total.
A área técnica do longa é ótima. Temos, mais uma vez, uma trilha sonora forte e impactante, efeitos visuais bem elaborados, som bem trabalhado (principalmente no acidente da ponte) e finalmente um 3D excelente. O filme consegue pregar sustos e impressionar com o uso da tecnologia. Recomendo assistir em 3D, é uma experiência aterradora e cômica, uma vez que desde o filme anterior a franquia ganhou um tom trash.
“Premonição 5” pode não ter nenhuma mudança enorme, mas, cai entre nós, todos só querem ver o filme para assistir as mortes mais macabras que outra. O público que realmente busca isso, vai de deliciar com a projeção. Aqueles que esperam grandes novidades podem se divertir com o 3D. E aqueles de estômago fraco... Saiam de perto! Nota: 6.0 www.mulesta.zip.net
Novo longa nacional se vê sem um gênero realmente definido
A história de alguma pessoa que por alguma razão quer voltar ao passado com o objetivo de alterar alguns acontecimentos não é nenhuma novidade no mercado cinematográfico. Temos grandes exemplos com esse enredo como “De Volta para o Futuro” de 1985 até o mais recente “A Resseca” de 2010. Já filmes que mexem com esse paradoxo de passado e futuro são também comuns, vide o ótimo “Efeito Borboleta”. Com tantos longas (bons ou não) que exploraram o tema ainda é possível inserir algum elemento novo? Provavelmente sim. No entanto, “O Homem do Futuro” (BRA, 2011) fica longe de conseguir tal proeza.
É até inútil tentar escrever a sinopse aqui para vocês, uma vez que o parágrafo anterior apresenta isso. Porém, irei direto a grande falha do filme: tentar ser dois gêneros bem diferentes ao mesmo tempo: comédia e ficção científica. Uma comédia, como todos sabem, pede cenas engraçadas e descontraídas, mesmo que o filme tenha um tom sério como “Ligeiramente Grávidos”. Por outro lado, uma ficção científica pede um roteiro bem mais sério, onde as consequências de alguma coisa são profundamente exploradas. Tentando ser as duas coisas, “O Homem do Futuro” não consegue ter um foco definido. Como comédia não arranca risadas (se ri três vezes durante a projeção foi muito), já como ficção é uma piada de péssimo gosto. Desta maneira, fica difícil o filme passar sua mensagem realmente bem.
Passar a mensagem o filme consegue (Ufa!), no entanto é um caminho árduo até lá. É, por exemplo, um teste de paciência suportar o primeiro ato do filme em que a todo o momento aparece um flashback para que no ato seguinte vermos tudo de novo. A ótima música do Legião Urbana “Tempo Perdido” passa tantas vezes durante o filme que agente reza para não escutar a canção durante uns dois dias, não chega a ser tão abusivo como a música de “Transformers: O Lado Oculto da Lua”, mas chega perto.
O roteiro, incapaz de acrescentar algo ao tema, se sustenta graças ao elenco maravilhoso encabeçado pelo ótimo Wagner Moura, que depois do estrondoso sucesso de “Tropa de Elite 2” ganhou grande respeito – e merecido. Até mesmo Alinne Morais, como par romântico de Moura convence em seu papel. Todos os coadjuvantes estão ótimos, com exceção de Gabriel Braga Nunes que de maneira alguma parece com um adolescente universitário. Temos uma fotografia e uma trilha sonora apagada, mas quem lembra de trilha sonora depois de escutar tantas vezes a mesma música?
Mesmo com tanta dedicação do elenco, efeitos visuais bacanas e uma direção agradável, o filme não consegue se sustentar de maneira nenhuma. Querendo ser duas coisas ao mesmo tempo, “O Homem do Futuro” acabou sendo nada. O filme não é ruim, como eu já dissera, ele consegue passar uma mensagem, mas não é um entretenimento. Recomendo assistir em DVD ou BLU RAY. Nota: 5.0 www.mulesta.zip.net
Quero assistir mais uma vez! Comédia surpreende e mostra como se deve fazer um filme do gênero
Uma vez perdida, estreia nos cinemas uma comédia que surpreende pela sua qualidade narrativa. Foi o que aconteceu com o primeiro “Se Beber não case” e “Um parto de Viagem”. Há algumas semanas a comédia “Quero Matar Meu Chefe” (Horrible Bosses, EUA, 2011) tornou-se um desses filmes que consegue superar as expectativas e se torna um exemplar do gênero.
A trama gira em torno de três amigos Nick, Dale e Kurt (Jason Bateman, Charlie Day, e Jason Sudeikis respectivamente) que discutem entre si seus problemas com os chefes e têm uma ideia: cada um mata o chefe do outro para que assim eles possam ter paz em seus empregos mais uma vez. No entanto, eles sabem que não poderão fazer o que tanto almejam; primeiro porque não são assassinos e segundo porque ficaria óbvio demais o que havia acontecido na verdade. Por essa razão contratam um matador para o serviço em um bairro da pesada. Porém esse assassino é um impostor e fará com que o trio realize o trabalho se acordo com suas dicas. A partir daí é diversão garantida durante toda a projeção.
O trio principal, assim como seus chefes (Kevin Spacey, Colin Farrell, e Jennifer Aniston) estão muito bem em cena e se agregam muito bem um ao outro. O trio de chefes consegue expor todos os sentimentos que os protagonistas sentem ao público, fazendo com que esse também se torne um aliado aos protagonistas. Que com a ajuda de um roteiro extremamente bem elaborado arranca incontáveis gargalhadas.
É muito provável que você queira assistir o filme mais uma vez após a sessão. É uma comédia completa, faz você rir, surpreender e até consegue pregar susto! O final foi um erro, mas os créditos finais amenizam um pouco essa falha. Também a conclusão do filme em si é ótima fazendo com que pensemos em continuações. É só torcer para que não aconteça o que aconteceu com “Se Beber Não Case 2”. Nota: 8.5 www.mulesta.zip.net
Quem nunca se decepcionou com o amor? Ou quantas comédias românticas já trataram sobre o assunto? Ou ainda quantas dessas comédias românticas são realmente boas? A estreia da semana passada “Amor a toda prova” (crazy, stupid, Love, EUA, 2011) é uma daquelas exceções, tratando-se de uma ótima produção apesar de grandes mancadas. Já no início do longa, Carl Weever (Steve Carell) recebe de sua mulher Emily (Julianne Moore) um pedido de divórcio. Apesar de não se rebelar, Carl se sente muito deprimido e tentar apagar a dor bebendo muito e falando para todo o mundo ouvir que fora traído e que agora ele era um “corno”. Em uma dessas noitadas de bebedeira, o charmoso Jacob Palmer (Ryan Gosling) chama a atenção de Carl e resolve ajudar a retomar sua autoestima. Jacob muda completamente a maneira de Carl se vestir, de se arrumar e até mesmo de se comportar diante das mulheres. Como resultado, Carl consegue levar para cama várias mulheres. No entanto, a vontade de ficar e retomar com sua ex-mulher permanece e ele tentará reconquistá-la. Se vai ou não conseguir é incerto, mas pode-se esperar momentos de grandes gargalhadas.
Em seu primeiro ato parece que o longa não vai agradar. Temos uma fotografia, mas principalmente a trilha sonora, tão desprezível e inexistente que o filme perde muito com isso. O longa apresenta mais canções de astros da música de que uma trilha original – o que é péssimo para a maneira que o filme quer ser. No segundo ato e principalmente no último esse defeito é um pouco sanado pelo ótimo roteiro de Dan Folgeman, que junta todas as pequenas histórias do filme em um momento excelente, cômico e dramático ao mesmo tempo.
O elenco é maravilhoso. Apesar de no início parecer perdido, Carell consegue encantar logo nos minutos seguintes, mostrando todas as suas transformações psicológicas. Compartilha boas cenas com Julianne Moore que mais uma vez está ótima. Ryan Gosling convence como o sedutor Jacob e realiza com a carismática Emma Stone, aqui a Hanna, uma das melhores cenas do longa em que alguns dos segredos de seu personagem são revelados de uma maneira mais sensível e romântica possível. Apesar de aparecer pouco, Kevin Bacon, que havia feito um excelente trabalho em “X-men: Primeira Classe”, volta a brilhar. Temos também as participações hilárias de Marisa Tomei e Analeigh Tipton, essa última como a babá dos filhos dos Weever.
E é um desses filhos que encanta: Robbie, interpretado por Johah Bobo. Apesar de ser mais jovem, o personagem parece ser o mais sensato de todo o elenco, mesmo assim se vê perdido na loucura que é se apaixonar. É quase impossível não se lembrar de seu primeiro amor com Robbie tão inocente. Mais uma vez, nota-se que o título em português fora um erro, o original revela muito mais sobre a obra revelando sua essência. Isso pode prejudicar no entendimento da mensagem final do longa. Por causa de algumas cenas que se estenderem demais e de falhas já citadas, a comédia romântica não é um dos melhores exemplar do gênero, mas no meio de tantas comédias ruins lançadas, vale a conferida. Nota: 7.0
Desde que a Marvel decidiu organizar seus próprios filmes com “Homem de Ferro” de 2008 teve início uma levada de filmes baseados nos quadrinhos. A qualidade era visível em cada um deles e a única mancada fora com o “Homem de Ferro 2” em 2010. A estreia da semana passada, “Capitão América: O Primeiro Vingador” (Capitan American: The First Avenger, EUA, 2011) entra nos acertos do estúdio.
Somos apresentados ao magricela Steve Rogers (Chris Evans), um garoto que espelhado na personalidade do pai sonha em entrar no exército norte americano para lutar pelo seu país. No entanto, sempre é recusado devido a sua estrutura física e por mais que ele tenha tentado, não conseguiu a permissão. Quando o cientista Abraham Erskine (Stanley Tucci) entra em sua vida tudo muda. Rogers aceita ser a cobaia de um experimento aperfeiçoado do próprio cientista que tempos atrás transformou Johann Schmidt em um super homem que logo recebera o nome de Caveira Vermelha, contudo, fora vítima de graves efeitos colaterais. Mesmo sabendo o risco, Steve se mantém firme em sua decisão e então acaba entrando finalmente no exército. No quartel conhece a destemida Peggy Carter (Hayley Atwell), com quem acaba tendo uma boa relação. No dia do experimento tudo acontece de acordo como o previsto e o magricela Steve se transforma no poderoso Capitão América.
Enquanto Steve é usado a princípio como um personagem teen para a esperança norte americana, o Caveira Vermelha está disposto a destruir todo o mundo e se tornar o novo governante. Claro, encontra Steve sem seu caminho e não poupará esforços para eliminá-lo. Mais que qualquer coisa, também é um teste para ver qual dos dois é o melhor.
Quando Chris Evans foi escolhido para ser o protagonista muitas pessoas reclamaram, afinal, ele já vinha de uma franquia baseada nos HQs da Marvel, “Quarteto Fantástico”. Ele fez uma ótima participação em Scott Pilgrim mostrando que tinha de fato um grande carisma. Pois bem, são necessários vinte minutos de projeção para que o ator ganhe a plateia. Mais que qualquer carisma, ele chegou a surpreender como ator, sabendo agir com naturalidade e firmeza do início ao fim. Aliás, a Marvel realmente sabe escolher seus protagonistas, vide “Homem de Ferro” e “Thor”. Evans compartilha uma química muito boa com Hayley Atwell, ela também sabe fazer seus movimentos na medida certa, lembra em muito o próprio Steve e também a determinação da Louis Lane de Superman, de maneira bastante positiva.
Em geral, no lado do Capitão América temos um elenco realmente bom, mas a turma do mau não impressiona. Começamos com o vilão interpretado por Hugo Weaving. O ator faz cara de mau, procura uma entonação firme, porém fica longe de impressionar. Seu personagem perde completamente o interesse do público (que já era pouco) quando retira seu rosto. O vilão não agrada e aparece ali apenas para atrapalhar, pois ninguém quer ver ele. Em comparação com “Thor”, “Capitão América: O Primeiro Vingador” sai perdendo um pouquinho, isso por causa do vilão. O maior defeito do filme lançado em maio é sua previsibilidade, no entanto, possuía o melhor vilão da Marvel. O filme do capitão parece estar em desequilíbrio, não temos um antagonista à altura.
A área técnica do longa também é bastante eficaz. A trilha sonora opta por sons que remetem ao momento histórico em que a trama acontece e por essa razão não chega a impressionar, contudo, apresenta bons momentos. Os efeitos visuais estão maravilhosos e aliados a fotografia nos oferecem momentos muito interessantes. Mas o destaque vai para a maravilhosa direção de arte. Em momento algum nada ali parece ser forçado, mas tudo aparece em tela com naturalidade e de maneira bastante sutil. O diretor Joe Johnston auxilia tudo muito bem, aproveitando o que todos ao seu redor têm de melhor para oferecer e acaba nos entregando um grande entretenimento de qualidade assim como os outros grandes filmes da Marvel, embora nenhuma cena de ação seja impressionante, consegue agradar.
Embora não seja a melhor adaptação de quadrinhos do ano, o título ainda continua com “X-men: Primeira Classe”, o filme do primeiro vingador vale o ingresso. Temos também um uso bom do 3D, pois apresenta uma ótima profundidade, mas não tem muitos efeitos. O que importa é que a conversão ficou boa. Temos de tudo um pouco, comédia e ação nas medidas certas, assim como o último Harry Potter. Temos mais um grande filme para ver! Nota: 8.5 P.S. Há um cena depois dos créditos finais. www.mulesta.zip.net
A despedida Harry Potter se despede das telas para entrar na história
Foram dez anos de vida cinematográfica. Em 2001 “Harry Potter e a Pedra Filosofal” iniciou o que viria a ser a maior franquia cinematográfica da história. Foram quase um bilhão de faturamento tornando-o, na época, a segunda maior bilheteria de todos os tempos. Nos capítulos seguintes a série foi ganhado mais adeptos ao mesmo tempo que sua qualidade aumentava. Os livros nos quais os filmes se baseiam, da britânica J.K. Rowling, foram um sucesso de igual porte. Foram mais de 450 milhões de livros vendidos em todo o mundo, e no cinema, com os impressionantes primeiros números do novo filme, soma mais de sete bilhões de dólares. Sim, o oitava e último filme da franquia “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (Harry Potter and the Deathly Hallows – Part 2, INGL., EUA, 2011) estreou nessa última sexta-feira, dia 15, batendo tudo que é recorde: apenas nas sessões de meia noite foram mais de 43,5 milhões de dólares nos EUA, quase 100 milhões no primeiro dia e por fim teve o maior final de semana dos EUA e Canadá com 169.1 milhões de dólares. Em todo mundo foram mais de 481 milhões de dólares, tornando-o o maior lançamento internacional de todos os tempos (antes o recorde era de “O Enigma do Príncipe”, o sexto filme da franquia). No Brasil foram mais de 1.5 milhões de espectadores faturando quase 18 milhões de reais, tendo assim, o segundo maior lançamento de público e o maior em renda. Tudo isso para acompanhar a última batalha entre Voldermot e Harry Potter. O longa começa exatamente onde a parte 1 terminou (por isso recomendo a quem não lembra direito da primeira parte assistir de novo antes de conferir esse novo), Voldermot (Ralph Fiennes) se apossou da varinha das varinhas o que força Harry (Daniel Radcliffe) e seus amigos Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) a acharem as outra horcrux o mais rápido possível e destruí-las para então poder matar o lorde das trevas. É com terror que Harry descobre que a grande batalha de sua vida será em Hogwarts. A escola mágica que sempre se mostrou forte e acolhedora ver seus muros desabarem com o ataque de Voldermot e seu exército. O tempo é curto e os três amigos terão que usá-lo na melhor maneira possível. A primeira surpresa é o que o filme não só tem ação, como se esperava, mas apresenta momentos dramáticos de chocar e de mostrar sentimentos de certos personagens de maneira extremamente eficaz. O roteiro de Steve Kloves, que adaptou sete dos oitos filmes, consegue manter o equilíbrio de ação, suspense, drama e comédia de uma maneira bastante eficaz. Ainda nas mãos de David Yates, a trama nos guia para momentos realmente memoráveis, tudo isso acompanhado pela belíssima trilha sonora de Alexandre Desplat que torna cada grande cena ainda mais tocante ou explora o valor da mesma. Aliás, Yates pareceu estar realmente inspirado nesse filme, as tomadas são bem elaboradas, seja para momentos de ação ou para momentos de reflexão, onde estrategicamente não há trilha sonora, afinal, o silêncio é uma das maiores expressões do mundo. A fotografia de Eduardo Serra encanta mais uma vez e consegue explorar beleza mesmo em cenas escuras. O elenco em todo está excelente. Agora sim, este filme realmente é de Harry Potter, ao contrário da parte 1 que deveria se chamar “Hermione Granger e as Relíquias da Morte”. Radcliffe assumiu de vez o seu personagem, dando-o força e maturidade necessária para enfrentar a maior guerra que o mundo mágico já vira. Com isso, Rupert e Emma ficaram um pouco de lado, mas ainda apresentam momentos muito bons. Ralph Fiennes surpreende como Voldermot, finalmente o ator explora seu potencial revelando traços antes ocultos do personagem. Os coadjuvantes aparecem aqui e ali e de maneira bastante bombástica, é o caso de Maggie Smith, a McGonnall, que rouba a cena em várias ocasiões, Gary Oldman, Helena Boham Carter, Michael Gambon e Clarán Hinds, mas nenhum deles consegue se comparar a Alan Rickman que colocou o seu Severo Snape em outro patamar e conseguiu impressionar a plateia. Direção, atuação, roteiro, fotografia, direção de arte, enfim, com tudo conspirando de maneira conjunta e maravilhosa só poderia render um final épico para o maior fenômeno pop da atualidade. É interessante notar que a maioria dos fãs do bruxinho entraram nos cinemas crianças e saíram adultos e que cresceram junto com o trio de protagonistas. Os soluços podem ser ouvidos antes mesmo de o filme acabar e quando este chega ao fim, vêem-se os olhos inchados de boa parte do público. Esse é um efeito muito raro, que poucas obras artísticas conseguem. O filme só falha na duração, onde alguns fatos foram apressadamente explicados e outros momentos foram demasiadamente rápidos. Em relação ao 3D, ele não é essencial para apreciar os efeitos especiais de tirar o fôlego, há de fato, momentos incríveis no formato, porém, quem preferir o 2D não estará perdendo muita coisa. “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2” é a despedida do bruxo mais famoso do mundo das telas grandes para entrar em algo muito maior: na história. A serie será lembrada no futuro como agora lembramos “Star Wars”, irá se falar dos fãs que se vestiam a caráter para conferir os filmes, das enormes filas e acima de tudo, na influência que o obra gerou – seja nos cinemas ou na literatura. É muito provável que finalmente o bruxo consiga levar os merecidos Oscars, pois o “um bilhão” não é mais sonhos dos fãs (eu, inclusive). Então, Harry viverá para sempre no coração daqueles que sempre o acompanharam. Agora é só torcer pelo merecido reconhecimento. ACCIO Oscar! Nota: 9.5 www.mulesta.zip.net
Novo filme da saga “Crepúsculo” promete mais do que cumpre
Quando, em 2008, “Crepúsculo” estreava nos cinemas, ninguém imaginava que se tornaria uma febre. Cheio de defeitos, o longa recebeu diversas críticas ruins. A continuação no ano passado mostrou uma boa evolução e logo as expectativas para “Eclipse” ficaram ás alturas, afinal, trata-se do melhor livro. Mas, depois que as luzes da sessão se apagam, o que vemos em “A Saga Crepúsculo: Eclipse” (The Twiliht Saga; Eclipse, EUA, 2010) é uma série de acontecimentos chatos.
A história, mais vez, gira em torno do romance envolvendo o trio Bella, Edward e Jacob. Enquanto os dois homens, um vampiro e outro lobo, ficam disputando o amor da garota, a vampira Victoria está mais perto e perigosa do que eles imaginam. Também os Cullen começam a investigar a formação de um exército vampiro em uma cidade próxima. Bella também tenta acabar com a rivalidade os logos com os vampiros, por fim, esses últimos terão que se unirem para proteger a garota.
O que é decepcionante em toda saga é que a cada novo capitulo nada de interessante, realmente interessante, é colocado. No longa anterior, Edward pediu a mão da amada em casamento, e foi esse terceiro filme todinho só para no final ela dizer “sim”. A saga mais está parecendo com uma novela que foi prolongada por causa da boa audiência. Se a história pouco evolui, a produção em si parece não andar. Temos agora o diretor David Slade (“30 dias de noite”), que dá nos primeiros minutos da película um tom sombrio de suspense interessante, mas que acaba se perdendo em meio de tanta melação causada pela indecisão da protagonista. A melhora dos efeitos visuais é empolgante (principalmente se comparados ao primeiro filme), mas esse detalhe logo é esquecido por causa da chatice que, mas uma vez, a indecisão de Bella causa. O diretor então acabou prejudicado pelo roteiro, assim por ter que manter o nível dos filmes anteriores.
O elenco, mais uma vez está desprezível. Kristen Stewart faz bem seu papel de Bella, mas seu grau de chatice se eleva ao máximo com tantas indecisões, sua expressão de boba já está chegando ao limite do suportável o que está fazendo o público se aborrecer mais facilmente com ela. Já o Robert Pattinson despensa comentários, neste filme fica mais claro o quão ruim ele é como ator, “o pato feio” em cena alguma transmite alguma verdade. Até mesmo com seu par romântico ele não convence, prova disso é que a cena em que Jacob beija Bella é muito mais cheia de energia dos que a cenas amorosas com Edward. Taylor Lautnet, como o tão não mais carismático Jacob, é quem salva o filme de ter protagonistas totalmente descartáveis, as melhores cenas de diálogos são as que o ator participa. Ao contrário do Pattinson, ele tem um pequeno carisma, além de ser um ator bem melhor. Então temos os coadjuvantes. A coitada de Bryce Dallas Howard, como Victoria, fora totalmente prejudicada, primeiro porque aquela peruca ficou totalmente artificial e até mesmo cômica, segundo porque não teve tempo em cena o suficiente para poder ser notada, até que sua cena com o novato Xavier Samuel foi boa, contudo, rápida. Aliás, Samuel se mostrou um bom ator, seu Riley mostrou ser um vampiro de verdade, determinado, autoritário e apaixonado. Além de muito bem aproveitado pelo roteiro, seu personagem é de fato interessante e o ator conseguiu ser um dos melhores do longa inteiro.
O que “Lua Nova” havia acertado, “Eclipse” errou e vice-versa. O que mais aborrece é que as falhas de “Crepúsculo” retornaram. O filme ficou com uma péssima edição, tudo ficou rápido demais, a trilha sonora é horrível, poucas vezes as cenas se encaixam com a música no fundo, chega a ser irritante. A maquiagem continuou do mesmo nível de “Lua Nova”, assim como a fotografia. As cenas de ação são as maiores responsáveis pela nota que darei; embora nenhuma delas consiga realmente empolgar, são bem feitas e algumas sequências encantam pela montagem (embora a edição às vezes atrapalhe um pouco).
Sem nenhuma evolução, com uma trama já chegando ao limite de chatice, “A Saga Crepúsculo: Eclipse” se mostra quase do mesmo nível de “Lua Nova”. Faltou melhor adaptação, um pouco mais de tempo de exibição (com conteúdos construtivos) melhoraria várias falhas. Agora vem “Amanhecer”, que será dividido em duas partes. Assim, já se sabe o que esperar de um filme, que mesmo se fosse único já não seria tão bom. Nota: 7.0
Mais que muito ruim e sim extremamente chato Michael Bay não surpreende e nos entrega um filme sem alma
Em 2007 o primeiro Transformers fora uma surpresa agradável de entretenimento. Tudo veio a desmoronar com a fraca continuação em 2009 e agora com “Transformers: O Lado Oculto da Lua” (Transformers: The Dark of the Moon, EUA, 2011) que entra em cartaz hoje em Campina e João Pessoa o diretor Michael Bay havia prometido que o longa teria mais história e menos ação. Particularmente não acreditei nisso e hoje realmente tive a certeza. Bem, como o filme completamente não tem história é até difícil descrevê-lo, mas vamos lá. Como sempre, continua luta entre os dois tipos de robôs... Pronto, já contei tudo. Com raras exceções, nada do filme é bom. Temos uma direção morta do Bay, as cenas de ação estão lá mais bem feitas de que nunca, contudo, continuam sem alma, temos a sensação de que aquele povo luta sem realmente saber do por que está lutando. O roteiro de Ehren Kruger (o mesmo do filme anterior) é incapaz de conseguir um momento realmente interessante em que o medo dos personagens são explorados, e quando parece que isso vai acontecer alguma explosão corta todo o clima. A trilha sonora acerta e erra, a atuação no geral é boa, mas todos os veteranos se destacam. O som e os efeitos especiais são espetaculares, mas a péssima direção do Bay (sim, ele mais uma vez) acaba com tudo. Algumas tomadas parecem ser cópias de grandes cenas de filmes de ação. É impossível não lembrar de “Missão Impossível 3” na cena em que os protagonistas escorregam nas janelas de um prédio ou de “Guerra dos Mundos” quando os lasers dos robôs maus evaporam as pessoas, tudo ali parece ter sido retirado em algo que deu certo e com as dezenas de clichês, nada do filme soa como novo. O pior erro do segundo filme continua nesse terceiro filme: temos tantas sequências de ação que em determinado momento pedidos, ou melhor, imploramos, que o longa acabe, e olhe que filme longo: 157 minutos. Haja explosão. Outra sequência infeliz foi a primeira, em que o homem chega à lua. Tentando misturar imagens reais do prisidente Kennedy, acabou sendo algo tosco, uma vez que logo depois das cenas reais temos lá o ator interpretando, dá uma sensação de superficialidade ainda maior. O recente “X-men: Primeira Classe” usou esse método muito bem. No final das contas, “Transformers: O Lado Oculto da Lua” mostrou-se ser o que já era esperado: um filme sem emoção, sem vida e pior de tudo, extremamente chato. Salvo a atuação de veteranos como John Turturro que dão um tom mais sério ao longa, o resto é abobrinhas (e estragadas). Também é uma pena a bela música do Linkin Park ter sido estragada: ela é tocada cinco vezes na projeção, chega a abusar... E onde está a novidade ai? Eu não sei. Nota: 4.0 P.S. Espere um pouco depois do filme acabar para ver uma cena ótima. www.mulesta.zip.net
Filme de primeira classe Novo da franquia de “X-men” surpreende
Dois filmes pelo menos despertaram bastante desconfiança esse ano. O primeiro fora “Thor”, que aparentemente mostrava ser sem graça e sem um personagem atrativo. No entanto, só passou de parentesco. Com “X-men: Primeira Classe” (X-men: The First Class, EUA, 2011) que está em cartaz há uma semana, as desconfianças foram ainda mais rigorosas. Cada material divulgado era motivo de risadas dentre os internautas e o maior prazer do mundo é sair de uma sala de cinema contente, ao ver que tudo aquilo de ruim que se esperava fora apenas perda de tempo. O início é o mesmo do filme de 2000, vemos o jovem Erik Lehnsherr (Michael Fassbender) sendo separado de sua mãe. É levado até Sebastian Shaw (Kevin Bacon) onde acaba sendo forçado a despertar seu poder de magnetismo. Ao mesmo tempo, conhecemos o jovem Charles Xavier (James McAvoy), que encontra Raven, ou Mística, em sua cozinha e se tornam quase irmãos. Quando o tempo passa, o destino de Charles e Erik se cruza e ambos despertarão a amizade que todos nós já conhecemos. Um dos grandes motivos para acreditar que esse filme não seria bom é o fato de que ele trata de uma história que todo mundo já conhece. Todos sabem do futuro dos personagens. No entanto, o diretor Matthew Vaughn nos oferece um filme completamente novo, com elementos explorados de maneiras diferentes e até mais interessantes, isso, sem desrespeitar a trilogia original. Vaughn extrai de seus atores excelentes interpretações além de nos oferecer cenas dignas de aplausos (sejam elas com grandes efeitos visuais ou apenas um simples diálogo). O diretor quer veio do ótimo “Kick-Ass: Quebrando Tudo” coloca nesse seu novo trabalho todo o lado humano necessário para que o longa toque cada espectador. Claro, o elenco maravilhoso é outro show. O sempre ótimo James McAvoy pode se aparentar estranho no início, contudo, trata apenas de um lado de Xavier antes desconhecido. Mas, bastam apenas alguns minutos para que ele jogue em cima do público todo o seu potencial. Através de novas abordagens do diretor, James acrescenta no trabalho de Patrick Stewart uma força esmagadora. Mesmo assim, o destaque vai para a esplêndida atuação de Michael Fassbender que divide com James cenas encantadoras e participa de sequências solo de tirar o fôlego. Assim como o amigo, respeita tudo aquilo que Ian McKellen havia feito e acrescenta no público uma grande sensibilidade deixando bastante claro o motivo de sua revolta e como veio a se chamar “Magneto”. Os dois atores lideram coadjuvantes excelentes. Temos a Mística impecável de Jennifer Lawrence (que foi indicada ao Oscar por “Inverno na Alma”), ela junto com o Fera (Nicholas Hoult) trás uma trama extremamente emocionante sobre aparência e sobre como aceitar quem você realmente é. Não vou comentar sobre os outros por que quero terminar essa crítica hoje. Dentre os filmes que saíram nessa temporada, “X-men: Primeira Classe” é, de longe, o melhor. O filme consegue ser ainda melhor que todos os outros filmes da franquia. Há, no entanto, um motivo para eu não ter dado “10”: algumas coisinhas não se encaixam com fatos de alguns filmes e isso me incomoda profundamente. Cenas de ação também não faltam no filme (e cenas de fato interessantes e empolgantes). A comédia fora muito bem explorada de uma maneira leve, contudo, eficaz. É até engraçado: esse filme tem efeitos bastante interessantes que podiam ter sido explorados em 3D, no entanto a Fox não o converteu para o formato. Já filmes que não se encaixam são convertidos. Vai entender... Nota: 9.0 www.mulesta.zip.net
Através de uma divulgação interessante, Padre (Priest, EUA, 2011) tornou-se para muitos uma das maiores promessas para o ano. E eu era uma dessas pessoas. A cada trailer era perceptível de como a história era boa – e realmente ela é, contudo, quase todo o resto é triste de ruim.
O tempo de duração do filem (87 minutos) mostra como a seguinte sinopse não pode ser desenvolvida de maneira satisfatória. Desde o início dos tempos, a humanidade dividiu espaço com os vampiros e estes sempre estavam em guerra. No entanto, os vampiros eram mais fortes e rápidos e estavam ganhando a batalha. Contudo, os humanos tinham uma grande arma a favor deles: o sol. Então a Igreja Católica (aqui ela é uma personagem) criou uma série de guerreiros que supostamente ganhariam poderes celestes para enfrentar as criaturas. Esses guerreiros foram chamados de Padres. Quando a guerra acabou com a vitória dos humanos, os padres foram mandados de volta as suas vidas comuns que antes tinham. Um desses é o nosso Padre (Paul Bettany), que continua em uma cidade dominada pela igreja.
Contudo, os vampiros não foram exterminados como a Igreja acreditava e a família do Padre fora atacada. Buscando resgatar sua sobrinha que fora levada pelos monstros, o Padre tenta conseguir a aprovação da Igreja para ir atrás da garota, mas não recebe a permissão e começa a agir por conta própria declarando guerra ao que antes havia jurado defender.
Como você provavelmente notou, a trama precisa de um grande aprofundamento psicológico e emocional dos personagens. Contudo, o fraco roteiro de Cory Goodman esquece que existe algo de interessante na trama: os personagens. O roteiro só dá ênfase à ação e essa fica bastante prejudicada por efeitos de câmera lenta mal feitos, embora algumas tenha, de fato, ficado boas. O elenco é maior ponto positivo da trama. Temos o ótimo Paul Bettany realmente envolvente. Seu personagem é muito interessante e mesmo que o roteiro não o explore bem, o ator conseguiu jogar na plateia toda sua carga dramática. A participação de Maggie Q é bastante boa e compartilha ótimas cenas com Bettany. A trilha sonora é cansativa, mas a fotografia oferece realmente momentos belos. Temos um vilão tão sem graça na trama assim como a direção. Nada no filme (seja técnico ou na história) consegue impressionar.
Apesar de ter uma trama deveras interessante, “Padre” fora totalmente prejudicado pelo curto tempo de duração e por um roteirista péssimo. O final ainda deixa gancho para continuação, basta agora esperar para saber se vai sair e torcer que haja mudanças na equipe técnica. Nota: 6.0 www.mulesta.zip.net
Surpresa esmagadora Filme da Marvel surpreende e revela-se ser um ótimo filme
Desde que foram divulgadas suas primeiras imagens, “Thor” (Idem, EUA, 2011) não se mostrava ser um filme bom. Bastou, no entanto, pouco mais de meia hora de sessão para que essa concepção fosse destruída. Assim como outro filme baseado nos quadrinhos, “Homem de ferro”, “Thor” começa com um acontecimento para depois voltar ao passado. Acompanhamos a bela Jane Foster (Natalie Portman) e seus amigos analisando um evento climático. É quando algo de extraordinário acontece e surge um homem, aparentemente louco no local. Trata-se de Thor, que diz ser o Deus do Trovão. Então vemos os acontecimentos posteriores a essa momento. Em que, por falta de experiência com assuntos profundos, Thor desobedece à ordem do pai e ataca um planeta em que inimigos mortais de seu reino vivem. Tal ato causa sua expulsão do planeta e acaba sendo mandado para Terra com o propósito de apreender com seus erros. Enquanto isso, seu pai acaba adoecendo e seu irmão assume o reinado de sua terra natal. Na Terra. Thor se apaixona por Jane e tenta conviver com as tradições totalmente diferentes de seu mundo. É inacreditável a boa escolha do elenco do filme. Chris Hemsworth se encaixou perfeitamente como Thor, o que aconteceu com Stark e Wolverine. Ele é engraçado de uma maneira natural, sempre de forma espontânea nos faz rir, tudo isso sem, em momento algum, se distanciar de sua personalidade arrogante. Temos sua companheira de cena, a recém vencedora do Oscar Natalie Portman, que mais uma vez encanta e dá à sua personagem grande profundidade, mesmo que esta não seja realmente o maior laço dramático do filme. O relacionamento entre Jane e Thor nasce de maneira normal e encantadora, fora a ótima química entre os dois atores. Contudo, vale muito a pena destacar o ótimo trabalho de Tom Hiddleston, como Loki, irmão de Thor. Em uma atuação digna de aplausos, ele consegue enganar os personagens e o próprio público. Loki é o personagem mais complexo na fita e Hiddleston conseguiu transpor isso de maneira surpreendente. Temos outras breves atuações que fazem com que nesse ponto o filme de fato agrade. Também temos um diretor excelente. Kenneth Branagh nos oferece ângulos interessantes, cenas que não nos deixa piscar. Tudo isso sem deixar que os personagens saiam do ponto mais importante. A ótima fotografia e a direção de arte impecável funcionam muito bem em particular, porém quando são unidas, nos oferece imagens belíssimas que conseguem arrancar exclamações da plateia. O longa apresenta pequenas falhas, como certas passagens previsíveis. Mas para nossa alegria esse fato não afeta muito a história. Realmente foi uma grande surpresa ir ao cinema esperando um filme razoável e se deparar com uma obra gigantesca, bem feita e envolvente. Recomendável! E não saiam do cinema depois de conferir a cena que passa depois dos créditos. Nota: 8.5
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraFilme morto
Novo de Terrence Malick é um teste de paciência
É muito comum nas sessões do filme “A Árvore daVida” (The Tree of Life, EUA, 2011) ouvir bocejos e ver várias pessoas saindo da sala. A princípio, pensei eu, seria por impaciência da maior parte do público. Bastou apenas quarenta minutos sofridos para que eu entendesse os sentimentos da maior parte do público. E mais ainda: tive que me conter para não sair da sala (pois por mais que eu ache um filme ruim, procuro respeitá-lo como uma obra artística).
Todo o enredo gira em torno de Jack (Sean Peen), um homem ligado ao nosso mundo moderno que relembra sua infância marcada por conflitos de personalidades de seus pais. A mãe (Joanna Going) , aqui com um amor divino, capaz de fazer qualquer coisa por seus filhos. E o seu pai (Brad Pitt), super protetor e rígido, que planeja preparar seus filhos para o futuro. Por ser o filho mais velho, Jack sempre foi o mais cobrado pelo pai e por essa razão o odeia tanto chegando até a desejar sua morte. Esse ódio irá perdurar por toda a sua vida até sua fase adulta, onde ele começará a pensar sobre sua vida.
A proposta do filme é muito interessante, no entanto, o longa é muito superficial, mesmo que não pareça. A esplêndida fotografia do mexicano Emmanuel Lubezki tenta disfarçar essa falha, no entanto, se pararmos para pensar no longa em si, veremos como este explora apenas uma coisa: o sentimento de Jack pelos pais. Fatos como: por que aquelas crianças não gostam do pai, por que elas não sorriem, entre outros, não podem ser respondidas por causa do roteiro artificial. A simples ideia de tanto ódio é por causa do pai ser exigente é muito fraca. Meu pai, por exemplo, foi muito rígido comigo e meus irmãos (do mesmo nível – ou mais – de Pitt no filme) e nenhum de nós chegamos a desejar a morte de nosso pai.
Em vez de se aprofundar mais na relação dos personagens, o roteiro quer enrolar mais. Vemos até o Big Bang, a formação da Terra e até dinossauros! (oi?) É tanta enrolação que a película de pouco mais de duas horas parece ter três! Não paguei ingresso para ver a origem da vida, mas sim para ver a relação do pai com o filho. Tudo bem, ver algo que não esperamos em uma produção é bom, mas quando esse está chato e vem mais coisa para deixá-lo ainda mais sonolento, se torna um grande defeito.
“A Árvore da Vida” então é um filme que se constrói (ou tentar se construir) em cima de essências, no entanto, são poucas as pessoas que verão essas essências e as interpretarão de acordo com elas mesmas. Mas, deixar tudo para apenas interpretação não é algo bom. Pode não tocar e no meu caso não tocou, ficou longe. O filme ganhou o festival de Palma e gerou polêmica, vai ver o júri estava louco. Nota: 2.0 www.mulesta.zip.net
Premonição 5
2.9 2,1K Assista AgoraA morte está de volta!
Boas surpresas em “Premonição 5”
Ninguém imaginaria, nem mesmo eu que sou super fã, que aquele simples filme de suspense de 2000 fosse ganhar tantas continuações. Pois é. Nesta última sexta-feira “Premonição 5” (Final Destination 5, EUA, 2011) chegou aos cinemas cercado de desconfiança, isso por que ele derivava de um quarto filme bastante regular. No entanto, basta apenas dez minutos de exibição para notar que o longa irá ir mais longe de que se poderia imaginar.
Desta vez o grande acidente inicial é em uma ponta, que afetada por uma forte rachada de vento acaba caindo matando muitas pessoas, entre elas Sam (Nicholas DAgosto), que vê seus amigos morrem de formas aterradoras, no entanto, tudo não passou de um sonho e ele consegue salvar todos daquele brutal incidente. Mas, por pouco tempo, uma vez que a Sra. Morte voltará para levar aqueles que deveriam ter morrido. Desta vez, porém, há algo mais chocante em jogo: a escolha. Se um deles retirar a vida de alguma pessoa, poderá ficar com a vida restante dessa mesma pessoa, o que testará a personalidade dos indivíduos.
A surpresa foi causada por um nome: Steven Quale, que dirigiu cenas de ação em “Avatar”. Ele coloca uma direção frenética na película e isso é percebido em grandes momentos de ação, como a sequência da destruição da ponte, simplesmente espetacular. Quale, que assistiu a todos os outros filmes antes de rodar esse novo, trouxe de volta o que havia se perdido desde o terceiro filme: o suspense de fato. A reação da plateia é de pânico e agonia em várias cenas, em destaque a da ginasta. Depois dessa morte, infelizmente, a qualidade da obra diminui, mas o diretor e suas tomadas ousadas conseguem amenizar esse defeito.
Não há, porém, defeito maior que o elenco. Simplesmente ninguém ali convence. O protagonista é tão antipático como no quarto filme. Na trilogia inicial tínhamos ótimos protagonistas: Alex, Kimberly e Wendy. Além de coadjuvantes sempre interessantes, a não ser alguns raros momentos, os personagem desse quinto filme não causam pena para a plateia. O roteiro de Eric Heisserer aprofunda bons temas e salva o elenco de uma desgraça total.
A área técnica do longa é ótima. Temos, mais uma vez, uma trilha sonora forte e impactante, efeitos visuais bem elaborados, som bem trabalhado (principalmente no acidente da ponte) e finalmente um 3D excelente. O filme consegue pregar sustos e impressionar com o uso da tecnologia. Recomendo assistir em 3D, é uma experiência aterradora e cômica, uma vez que desde o filme anterior a franquia ganhou um tom trash.
“Premonição 5” pode não ter nenhuma mudança enorme, mas, cai entre nós, todos só querem ver o filme para assistir as mortes mais macabras que outra. O público que realmente busca isso, vai de deliciar com a projeção. Aqueles que esperam grandes novidades podem se divertir com o 3D. E aqueles de estômago fraco... Saiam de perto! Nota: 6.0 www.mulesta.zip.net
O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista AgoraFilme sem gênero
Novo longa nacional se vê sem um gênero realmente definido
A história de alguma pessoa que por alguma razão quer voltar ao passado com o objetivo de alterar alguns acontecimentos não é nenhuma novidade no mercado cinematográfico. Temos grandes exemplos com esse enredo como “De Volta para o Futuro” de 1985 até o mais recente “A Resseca” de 2010. Já filmes que mexem com esse paradoxo de passado e futuro são também comuns, vide o ótimo “Efeito Borboleta”. Com tantos longas (bons ou não) que exploraram o tema ainda é possível inserir algum elemento novo? Provavelmente sim. No entanto, “O Homem do Futuro” (BRA, 2011) fica longe de conseguir tal proeza.
É até inútil tentar escrever a sinopse aqui para vocês, uma vez que o parágrafo anterior apresenta isso. Porém, irei direto a grande falha do filme: tentar ser dois gêneros bem diferentes ao mesmo tempo: comédia e ficção científica. Uma comédia, como todos sabem, pede cenas engraçadas e descontraídas, mesmo que o filme tenha um tom sério como “Ligeiramente Grávidos”. Por outro lado, uma ficção científica pede um roteiro bem mais sério, onde as consequências de alguma coisa são profundamente exploradas. Tentando ser as duas coisas, “O Homem do Futuro” não consegue ter um foco definido. Como comédia não arranca risadas (se ri três vezes durante a projeção foi muito), já como ficção é uma piada de péssimo gosto. Desta maneira, fica difícil o filme passar sua mensagem realmente bem.
Passar a mensagem o filme consegue (Ufa!), no entanto é um caminho árduo até lá. É, por exemplo, um teste de paciência suportar o primeiro ato do filme em que a todo o momento aparece um flashback para que no ato seguinte vermos tudo de novo. A ótima música do Legião Urbana “Tempo Perdido” passa tantas vezes durante o filme que agente reza para não escutar a canção durante uns dois dias, não chega a ser tão abusivo como a música de “Transformers: O Lado Oculto da Lua”, mas chega perto.
O roteiro, incapaz de acrescentar algo ao tema, se sustenta graças ao elenco maravilhoso encabeçado pelo ótimo Wagner Moura, que depois do estrondoso sucesso de “Tropa de Elite 2” ganhou grande respeito – e merecido. Até mesmo Alinne Morais, como par romântico de Moura convence em seu papel. Todos os coadjuvantes estão ótimos, com exceção de Gabriel Braga Nunes que de maneira alguma parece com um adolescente universitário. Temos uma fotografia e uma trilha sonora apagada, mas quem lembra de trilha sonora depois de escutar tantas vezes a mesma música?
Mesmo com tanta dedicação do elenco, efeitos visuais bacanas e uma direção agradável, o filme não consegue se sustentar de maneira nenhuma. Querendo ser duas coisas ao mesmo tempo, “O Homem do Futuro” acabou sendo nada. O filme não é ruim, como eu já dissera, ele consegue passar uma mensagem, mas não é um entretenimento. Recomendo assistir em DVD ou BLU RAY. Nota: 5.0 www.mulesta.zip.net
Quero Matar Meu Chefe
3.4 1,7K Assista AgoraQuero assistir mais uma vez!
Comédia surpreende e mostra como se deve fazer um filme do gênero
Uma vez perdida, estreia nos cinemas uma comédia que surpreende pela sua qualidade narrativa. Foi o que aconteceu com o primeiro “Se Beber não case” e “Um parto de Viagem”. Há algumas semanas a comédia “Quero Matar Meu Chefe” (Horrible Bosses, EUA, 2011) tornou-se um desses filmes que consegue superar as expectativas e se torna um exemplar do gênero.
A trama gira em torno de três amigos Nick, Dale e Kurt (Jason Bateman, Charlie Day, e Jason Sudeikis respectivamente) que discutem entre si seus problemas com os chefes e têm uma ideia: cada um mata o chefe do outro para que assim eles possam ter paz em seus empregos mais uma vez. No entanto, eles sabem que não poderão fazer o que tanto almejam; primeiro porque não são assassinos e segundo porque ficaria óbvio demais o que havia acontecido na verdade. Por essa razão contratam um matador para o serviço em um bairro da pesada. Porém esse assassino é um impostor e fará com que o trio realize o trabalho se acordo com suas dicas. A partir daí é diversão garantida durante toda a projeção.
O trio principal, assim como seus chefes (Kevin Spacey, Colin Farrell, e Jennifer Aniston) estão muito bem em cena e se agregam muito bem um ao outro. O trio de chefes consegue expor todos os sentimentos que os protagonistas sentem ao público, fazendo com que esse também se torne um aliado aos protagonistas. Que com a ajuda de um roteiro extremamente bem elaborado arranca incontáveis gargalhadas.
É muito provável que você queira assistir o filme mais uma vez após a sessão. É uma comédia completa, faz você rir, surpreender e até consegue pregar susto! O final foi um erro, mas os créditos finais amenizam um pouco essa falha. Também a conclusão do filme em si é ótima fazendo com que pensemos em continuações. É só torcer para que não aconteça o que aconteceu com “Se Beber Não Case 2”. Nota: 8.5
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Amor a Toda Prova
3.8 2,1K Assista AgoraDramédia Romântica
Quem nunca se decepcionou com o amor? Ou quantas comédias românticas já trataram sobre o assunto? Ou ainda quantas dessas comédias românticas são realmente boas? A estreia da semana passada “Amor a toda prova” (crazy, stupid, Love, EUA, 2011) é uma daquelas exceções, tratando-se de uma ótima produção apesar de grandes mancadas.
Já no início do longa, Carl Weever (Steve Carell) recebe de sua mulher Emily (Julianne Moore) um pedido de divórcio. Apesar de não se rebelar, Carl se sente muito deprimido e tentar apagar a dor bebendo muito e falando para todo o mundo ouvir que fora traído e que agora ele era um “corno”. Em uma dessas noitadas de bebedeira, o charmoso Jacob Palmer (Ryan Gosling) chama a atenção de Carl e resolve ajudar a retomar sua autoestima. Jacob muda completamente a maneira de Carl se vestir, de se arrumar e até mesmo de se comportar diante das mulheres. Como resultado, Carl consegue levar para cama várias mulheres. No entanto, a vontade de ficar e retomar com sua ex-mulher permanece e ele tentará reconquistá-la. Se vai ou não conseguir é incerto, mas pode-se esperar momentos de grandes gargalhadas.
Em seu primeiro ato parece que o longa não vai agradar. Temos uma fotografia, mas principalmente a trilha sonora, tão desprezível e inexistente que o filme perde muito com isso. O longa apresenta mais canções de astros da música de que uma trilha original – o que é péssimo para a maneira que o filme quer ser. No segundo ato e principalmente no último esse defeito é um pouco sanado pelo ótimo roteiro de Dan Folgeman, que junta todas as pequenas histórias do filme em um momento excelente, cômico e dramático ao mesmo tempo.
O elenco é maravilhoso. Apesar de no início parecer perdido, Carell consegue encantar logo nos minutos seguintes, mostrando todas as suas transformações psicológicas. Compartilha boas cenas com Julianne Moore que mais uma vez está ótima. Ryan Gosling convence como o sedutor Jacob e realiza com a carismática Emma Stone, aqui a Hanna, uma das melhores cenas do longa em que alguns dos segredos de seu personagem são revelados de uma maneira mais sensível e romântica possível. Apesar de aparecer pouco, Kevin Bacon, que havia feito um excelente trabalho em “X-men: Primeira Classe”, volta a brilhar. Temos também as participações hilárias de Marisa Tomei e Analeigh Tipton, essa última como a babá dos filhos dos Weever.
E é um desses filhos que encanta: Robbie, interpretado por Johah Bobo. Apesar de ser mais jovem, o personagem parece ser o mais sensato de todo o elenco, mesmo assim se vê perdido na loucura que é se apaixonar. É quase impossível não se lembrar de seu primeiro amor com Robbie tão inocente.
Mais uma vez, nota-se que o título em português fora um erro, o original revela muito mais sobre a obra revelando sua essência. Isso pode prejudicar no entendimento da mensagem final do longa. Por causa de algumas cenas que se estenderem demais e de falhas já citadas, a comédia romântica não é um dos melhores exemplar do gênero, mas no meio de tantas comédias ruins lançadas, vale a conferida. Nota: 7.0
Capitão América: O Primeiro Vingador
3.5 3,1K Assista AgoraO primeiro vingador
Desde que a Marvel decidiu organizar seus próprios filmes com “Homem de Ferro” de 2008 teve início uma levada de filmes baseados nos quadrinhos. A qualidade era visível em cada um deles e a única mancada fora com o “Homem de Ferro 2” em 2010. A estreia da semana passada, “Capitão América: O Primeiro Vingador” (Capitan American: The First Avenger, EUA, 2011) entra nos acertos do estúdio.
Somos apresentados ao magricela Steve Rogers (Chris Evans), um garoto que espelhado na personalidade do pai sonha em entrar no exército norte americano para lutar pelo seu país. No entanto, sempre é recusado devido a sua estrutura física e por mais que ele tenha tentado, não conseguiu a permissão. Quando o cientista Abraham Erskine (Stanley Tucci) entra em sua vida tudo muda. Rogers aceita ser a cobaia de um experimento aperfeiçoado do próprio cientista que tempos atrás transformou Johann Schmidt em um super homem que logo recebera o nome de Caveira Vermelha, contudo, fora vítima de graves efeitos colaterais. Mesmo sabendo o risco, Steve se mantém firme em sua decisão e então acaba entrando finalmente no exército. No quartel conhece a destemida Peggy Carter (Hayley Atwell), com quem acaba tendo uma boa relação. No dia do experimento tudo acontece de acordo como o previsto e o magricela Steve se transforma no poderoso Capitão América.
Enquanto Steve é usado a princípio como um personagem teen para a esperança norte americana, o Caveira Vermelha está disposto a destruir todo o mundo e se tornar o novo governante. Claro, encontra Steve sem seu caminho e não poupará esforços para eliminá-lo. Mais que qualquer coisa, também é um teste para ver qual dos dois é o melhor.
Quando Chris Evans foi escolhido para ser o protagonista muitas pessoas reclamaram, afinal, ele já vinha de uma franquia baseada nos HQs da Marvel, “Quarteto Fantástico”. Ele fez uma ótima participação em Scott Pilgrim mostrando que tinha de fato um grande carisma. Pois bem, são necessários vinte minutos de projeção para que o ator ganhe a plateia. Mais que qualquer carisma, ele chegou a surpreender como ator, sabendo agir com naturalidade e firmeza do início ao fim. Aliás, a Marvel realmente sabe escolher seus protagonistas, vide “Homem de Ferro” e “Thor”. Evans compartilha uma química muito boa com Hayley Atwell, ela também sabe fazer seus movimentos na medida certa, lembra em muito o próprio Steve e também a determinação da Louis Lane de Superman, de maneira bastante positiva.
Em geral, no lado do Capitão América temos um elenco realmente bom, mas a turma do mau não impressiona. Começamos com o vilão interpretado por Hugo Weaving. O ator faz cara de mau, procura uma entonação firme, porém fica longe de impressionar. Seu personagem perde completamente o interesse do público (que já era pouco) quando retira seu rosto. O vilão não agrada e aparece ali apenas para atrapalhar, pois ninguém quer ver ele. Em comparação com “Thor”, “Capitão América: O Primeiro Vingador” sai perdendo um pouquinho, isso por causa do vilão. O maior defeito do filme lançado em maio é sua previsibilidade, no entanto, possuía o melhor vilão da Marvel. O filme do capitão parece estar em desequilíbrio, não temos um antagonista à altura.
A área técnica do longa também é bastante eficaz. A trilha sonora opta por sons que remetem ao momento histórico em que a trama acontece e por essa razão não chega a impressionar, contudo, apresenta bons momentos. Os efeitos visuais estão maravilhosos e aliados a fotografia nos oferecem momentos muito interessantes. Mas o destaque vai para a maravilhosa direção de arte. Em momento algum nada ali parece ser forçado, mas tudo aparece em tela com naturalidade e de maneira bastante sutil. O diretor Joe Johnston auxilia tudo muito bem, aproveitando o que todos ao seu redor têm de melhor para oferecer e acaba nos entregando um grande entretenimento de qualidade assim como os outros grandes filmes da Marvel, embora nenhuma cena de ação seja impressionante, consegue agradar.
Embora não seja a melhor adaptação de quadrinhos do ano, o título ainda continua com “X-men: Primeira Classe”, o filme do primeiro vingador vale o ingresso. Temos também um uso bom do 3D, pois apresenta uma ótima profundidade, mas não tem muitos efeitos. O que importa é que a conversão ficou boa. Temos de tudo um pouco, comédia e ação nas medidas certas, assim como o último Harry Potter. Temos mais um grande filme para ver! Nota: 8.5
P.S. Há um cena depois dos créditos finais.
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Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista AgoraA despedida
Harry Potter se despede das telas para entrar na história
Foram dez anos de vida cinematográfica. Em 2001 “Harry Potter e a Pedra Filosofal” iniciou o que viria a ser a maior franquia cinematográfica da história. Foram quase um bilhão de faturamento tornando-o, na época, a segunda maior bilheteria de todos os tempos. Nos capítulos seguintes a série foi ganhado mais adeptos ao mesmo tempo que sua qualidade aumentava. Os livros nos quais os filmes se baseiam, da britânica J.K. Rowling, foram um sucesso de igual porte. Foram mais de 450 milhões de livros vendidos em todo o mundo, e no cinema, com os impressionantes primeiros números do novo filme, soma mais de sete bilhões de dólares.
Sim, o oitava e último filme da franquia “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (Harry Potter and the Deathly Hallows – Part 2, INGL., EUA, 2011) estreou nessa última sexta-feira, dia 15, batendo tudo que é recorde: apenas nas sessões de meia noite foram mais de 43,5 milhões de dólares nos EUA, quase 100 milhões no primeiro dia e por fim teve o maior final de semana dos EUA e Canadá com 169.1 milhões de dólares. Em todo mundo foram mais de 481 milhões de dólares, tornando-o o maior lançamento internacional de todos os tempos (antes o recorde era de “O Enigma do Príncipe”, o sexto filme da franquia). No Brasil foram mais de 1.5 milhões de espectadores faturando quase 18 milhões de reais, tendo assim, o segundo maior lançamento de público e o maior em renda. Tudo isso para acompanhar a última batalha entre Voldermot e Harry Potter.
O longa começa exatamente onde a parte 1 terminou (por isso recomendo a quem não lembra direito da primeira parte assistir de novo antes de conferir esse novo), Voldermot (Ralph Fiennes) se apossou da varinha das varinhas o que força Harry (Daniel Radcliffe) e seus amigos Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) a acharem as outra horcrux o mais rápido possível e destruí-las para então poder matar o lorde das trevas. É com terror que Harry descobre que a grande batalha de sua vida será em Hogwarts. A escola mágica que sempre se mostrou forte e acolhedora ver seus muros desabarem com o ataque de Voldermot e seu exército. O tempo é curto e os três amigos terão que usá-lo na melhor maneira possível.
A primeira surpresa é o que o filme não só tem ação, como se esperava, mas apresenta momentos dramáticos de chocar e de mostrar sentimentos de certos personagens de maneira extremamente eficaz. O roteiro de Steve Kloves, que adaptou sete dos oitos filmes, consegue manter o equilíbrio de ação, suspense, drama e comédia de uma maneira bastante eficaz. Ainda nas mãos de David Yates, a trama nos guia para momentos realmente memoráveis, tudo isso acompanhado pela belíssima trilha sonora de Alexandre Desplat que torna cada grande cena ainda mais tocante ou explora o valor da mesma. Aliás, Yates pareceu estar realmente inspirado nesse filme, as tomadas são bem elaboradas, seja para momentos de ação ou para momentos de reflexão, onde estrategicamente não há trilha sonora, afinal, o silêncio é uma das maiores expressões do mundo. A fotografia de Eduardo Serra encanta mais uma vez e consegue explorar beleza mesmo em cenas escuras.
O elenco em todo está excelente. Agora sim, este filme realmente é de Harry Potter, ao contrário da parte 1 que deveria se chamar “Hermione Granger e as Relíquias da Morte”. Radcliffe assumiu de vez o seu personagem, dando-o força e maturidade necessária para enfrentar a maior guerra que o mundo mágico já vira. Com isso, Rupert e Emma ficaram um pouco de lado, mas ainda apresentam momentos muito bons. Ralph Fiennes surpreende como Voldermot, finalmente o ator explora seu potencial revelando traços antes ocultos do personagem. Os coadjuvantes aparecem aqui e ali e de maneira bastante bombástica, é o caso de Maggie Smith, a McGonnall, que rouba a cena em várias ocasiões, Gary Oldman, Helena Boham Carter, Michael Gambon e Clarán Hinds, mas nenhum deles consegue se comparar a Alan Rickman que colocou o seu Severo Snape em outro patamar e conseguiu impressionar a plateia.
Direção, atuação, roteiro, fotografia, direção de arte, enfim, com tudo conspirando de maneira conjunta e maravilhosa só poderia render um final épico para o maior fenômeno pop da atualidade. É interessante notar que a maioria dos fãs do bruxinho entraram nos cinemas crianças e saíram adultos e que cresceram junto com o trio de protagonistas. Os soluços podem ser ouvidos antes mesmo de o filme acabar e quando este chega ao fim, vêem-se os olhos inchados de boa parte do público. Esse é um efeito muito raro, que poucas obras artísticas conseguem. O filme só falha na duração, onde alguns fatos foram apressadamente explicados e outros momentos foram demasiadamente rápidos. Em relação ao 3D, ele não é essencial para apreciar os efeitos especiais de tirar o fôlego, há de fato, momentos incríveis no formato, porém, quem preferir o 2D não estará perdendo muita coisa.
“Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2” é a despedida do bruxo mais famoso do mundo das telas grandes para entrar em algo muito maior: na história. A serie será lembrada no futuro como agora lembramos “Star Wars”, irá se falar dos fãs que se vestiam a caráter para conferir os filmes, das enormes filas e acima de tudo, na influência que o obra gerou – seja nos cinemas ou na literatura. É muito provável que finalmente o bruxo consiga levar os merecidos Oscars, pois o “um bilhão” não é mais sonhos dos fãs (eu, inclusive). Então, Harry viverá para sempre no coração daqueles que sempre o acompanharam. Agora é só torcer pelo merecido reconhecimento. ACCIO Oscar! Nota: 9.5
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A Saga Crepúsculo: Eclipse
2.7 2,5K Assista AgoraDiz que vai, mas não sai
Novo filme da saga “Crepúsculo” promete mais do que cumpre
Quando, em 2008, “Crepúsculo” estreava nos cinemas, ninguém imaginava que se tornaria uma febre. Cheio de defeitos, o longa recebeu diversas críticas ruins. A continuação no ano passado mostrou uma boa evolução e logo as expectativas para “Eclipse” ficaram ás alturas, afinal, trata-se do melhor livro. Mas, depois que as luzes da sessão se apagam, o que vemos em “A Saga Crepúsculo: Eclipse” (The Twiliht Saga; Eclipse, EUA, 2010) é uma série de acontecimentos chatos.
A história, mais vez, gira em torno do romance envolvendo o trio Bella, Edward e Jacob. Enquanto os dois homens, um vampiro e outro lobo, ficam disputando o amor da garota, a vampira Victoria está mais perto e perigosa do que eles imaginam. Também os Cullen começam a investigar a formação de um exército vampiro em uma cidade próxima. Bella também tenta acabar com a rivalidade os logos com os vampiros, por fim, esses últimos terão que se unirem para proteger a garota.
O que é decepcionante em toda saga é que a cada novo capitulo nada de interessante, realmente interessante, é colocado. No longa anterior, Edward pediu a mão da amada em casamento, e foi esse terceiro filme todinho só para no final ela dizer “sim”. A saga mais está parecendo com uma novela que foi prolongada por causa da boa audiência. Se a história pouco evolui, a produção em si parece não andar. Temos agora o diretor David Slade (“30 dias de noite”), que dá nos primeiros minutos da película um tom sombrio de suspense interessante, mas que acaba se perdendo em meio de tanta melação causada pela indecisão da protagonista. A melhora dos efeitos visuais é empolgante (principalmente se comparados ao primeiro filme), mas esse detalhe logo é esquecido por causa da chatice que, mas uma vez, a indecisão de Bella causa. O diretor então acabou prejudicado pelo roteiro, assim por ter que manter o nível dos filmes anteriores.
O elenco, mais uma vez está desprezível. Kristen Stewart faz bem seu papel de Bella, mas seu grau de chatice se eleva ao máximo com tantas indecisões, sua expressão de boba já está chegando ao limite do suportável o que está fazendo o público se aborrecer mais facilmente com ela. Já o Robert Pattinson despensa comentários, neste filme fica mais claro o quão ruim ele é como ator, “o pato feio” em cena alguma transmite alguma verdade. Até mesmo com seu par romântico ele não convence, prova disso é que a cena em que Jacob beija Bella é muito mais cheia de energia dos que a cenas amorosas com Edward. Taylor Lautnet, como o tão não mais carismático Jacob, é quem salva o filme de ter protagonistas totalmente descartáveis, as melhores cenas de diálogos são as que o ator participa. Ao contrário do Pattinson, ele tem um pequeno carisma, além de ser um ator bem melhor. Então temos os coadjuvantes. A coitada de Bryce Dallas Howard, como Victoria, fora totalmente prejudicada, primeiro porque aquela peruca ficou totalmente artificial e até mesmo cômica, segundo porque não teve tempo em cena o suficiente para poder ser notada, até que sua cena com o novato Xavier Samuel foi boa, contudo, rápida. Aliás, Samuel se mostrou um bom ator, seu Riley mostrou ser um vampiro de verdade, determinado, autoritário e apaixonado. Além de muito bem aproveitado pelo roteiro, seu personagem é de fato interessante e o ator conseguiu ser um dos melhores do longa inteiro.
O que “Lua Nova” havia acertado, “Eclipse” errou e vice-versa. O que mais aborrece é que as falhas de “Crepúsculo” retornaram. O filme ficou com uma péssima edição, tudo ficou rápido demais, a trilha sonora é horrível, poucas vezes as cenas se encaixam com a música no fundo, chega a ser irritante. A maquiagem continuou do mesmo nível de “Lua Nova”, assim como a fotografia. As cenas de ação são as maiores responsáveis pela nota que darei; embora nenhuma delas consiga realmente empolgar, são bem feitas e algumas sequências encantam pela montagem (embora a edição às vezes atrapalhe um pouco).
Sem nenhuma evolução, com uma trama já chegando ao limite de chatice, “A Saga Crepúsculo: Eclipse” se mostra quase do mesmo nível de “Lua Nova”. Faltou melhor adaptação, um pouco mais de tempo de exibição (com conteúdos construtivos) melhoraria várias falhas. Agora vem “Amanhecer”, que será dividido em duas partes. Assim, já se sabe o que esperar de um filme, que mesmo se fosse único já não seria tão bom. Nota: 7.0
Transformers: O Lado Oculto da Lua
3.2 1,9K Assista AgoraMais que muito ruim e sim extremamente chato
Michael Bay não surpreende e nos entrega um filme sem alma
Em 2007 o primeiro Transformers fora uma surpresa agradável de entretenimento. Tudo veio a desmoronar com a fraca continuação em 2009 e agora com “Transformers: O Lado Oculto da Lua” (Transformers: The Dark of the Moon, EUA, 2011) que entra em cartaz hoje em Campina e João Pessoa o diretor Michael Bay havia prometido que o longa teria mais história e menos ação. Particularmente não acreditei nisso e hoje realmente tive a certeza.
Bem, como o filme completamente não tem história é até difícil descrevê-lo, mas vamos lá. Como sempre, continua luta entre os dois tipos de robôs... Pronto, já contei tudo.
Com raras exceções, nada do filme é bom. Temos uma direção morta do Bay, as cenas de ação estão lá mais bem feitas de que nunca, contudo, continuam sem alma, temos a sensação de que aquele povo luta sem realmente saber do por que está lutando. O roteiro de Ehren Kruger (o mesmo do filme anterior) é incapaz de conseguir um momento realmente interessante em que o medo dos personagens são explorados, e quando parece que isso vai acontecer alguma explosão corta todo o clima. A trilha sonora acerta e erra, a atuação no geral é boa, mas todos os veteranos se destacam. O som e os efeitos especiais são espetaculares, mas a péssima direção do Bay (sim, ele mais uma vez) acaba com tudo. Algumas tomadas parecem ser cópias de grandes cenas de filmes de ação. É impossível não lembrar de “Missão Impossível 3” na cena em que os protagonistas escorregam nas janelas de um prédio ou de “Guerra dos Mundos” quando os lasers dos robôs maus evaporam as pessoas, tudo ali parece ter sido retirado em algo que deu certo e com as dezenas de clichês, nada do filme soa como novo.
O pior erro do segundo filme continua nesse terceiro filme: temos tantas sequências de ação que em determinado momento pedidos, ou melhor, imploramos, que o longa acabe, e olhe que filme longo: 157 minutos. Haja explosão. Outra sequência infeliz foi a primeira, em que o homem chega à lua. Tentando misturar imagens reais do prisidente Kennedy, acabou sendo algo tosco, uma vez que logo depois das cenas reais temos lá o ator interpretando, dá uma sensação de superficialidade ainda maior. O recente “X-men: Primeira Classe” usou esse método muito bem.
No final das contas, “Transformers: O Lado Oculto da Lua” mostrou-se ser o que já era esperado: um filme sem emoção, sem vida e pior de tudo, extremamente chato. Salvo a atuação de veteranos como John Turturro que dão um tom mais sério ao longa, o resto é abobrinhas (e estragadas). Também é uma pena a bela música do Linkin Park ter sido estragada: ela é tocada cinco vezes na projeção, chega a abusar... E onde está a novidade ai? Eu não sei. Nota: 4.0
P.S. Espere um pouco depois do filme acabar para ver uma cena ótima.
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X-Men: Primeira Classe
3.9 3,4K Assista AgoraFilme de primeira classe
Novo da franquia de “X-men” surpreende
Dois filmes pelo menos despertaram bastante desconfiança esse ano. O primeiro fora “Thor”, que aparentemente mostrava ser sem graça e sem um personagem atrativo. No entanto, só passou de parentesco. Com “X-men: Primeira Classe” (X-men: The First Class, EUA, 2011) que está em cartaz há uma semana, as desconfianças foram ainda mais rigorosas. Cada material divulgado era motivo de risadas dentre os internautas e o maior prazer do mundo é sair de uma sala de cinema contente, ao ver que tudo aquilo de ruim que se esperava fora apenas perda de tempo.
O início é o mesmo do filme de 2000, vemos o jovem Erik Lehnsherr (Michael Fassbender) sendo separado de sua mãe. É levado até Sebastian Shaw (Kevin Bacon) onde acaba sendo forçado a despertar seu poder de magnetismo. Ao mesmo tempo, conhecemos o jovem Charles Xavier (James McAvoy), que encontra Raven, ou Mística, em sua cozinha e se tornam quase irmãos. Quando o tempo passa, o destino de Charles e Erik se cruza e ambos despertarão a amizade que todos nós já conhecemos.
Um dos grandes motivos para acreditar que esse filme não seria bom é o fato de que ele trata de uma história que todo mundo já conhece. Todos sabem do futuro dos personagens. No entanto, o diretor Matthew Vaughn nos oferece um filme completamente novo, com elementos explorados de maneiras diferentes e até mais interessantes, isso, sem desrespeitar a trilogia original. Vaughn extrai de seus atores excelentes interpretações além de nos oferecer cenas dignas de aplausos (sejam elas com grandes efeitos visuais ou apenas um simples diálogo). O diretor quer veio do ótimo “Kick-Ass: Quebrando Tudo” coloca nesse seu novo trabalho todo o lado humano necessário para que o longa toque cada espectador. Claro, o elenco maravilhoso é outro show.
O sempre ótimo James McAvoy pode se aparentar estranho no início, contudo, trata apenas de um lado de Xavier antes desconhecido. Mas, bastam apenas alguns minutos para que ele jogue em cima do público todo o seu potencial. Através de novas abordagens do diretor, James acrescenta no trabalho de Patrick Stewart uma força esmagadora. Mesmo assim, o destaque vai para a esplêndida atuação de Michael Fassbender que divide com James cenas encantadoras e participa de sequências solo de tirar o fôlego. Assim como o amigo, respeita tudo aquilo que Ian McKellen havia feito e acrescenta no público uma grande sensibilidade deixando bastante claro o motivo de sua revolta e como veio a se chamar “Magneto”. Os dois atores lideram coadjuvantes excelentes. Temos a Mística impecável de Jennifer Lawrence (que foi indicada ao Oscar por “Inverno na Alma”), ela junto com o Fera (Nicholas Hoult) trás uma trama extremamente emocionante sobre aparência e sobre como aceitar quem você realmente é. Não vou comentar sobre os outros por que quero terminar essa crítica hoje.
Dentre os filmes que saíram nessa temporada, “X-men: Primeira Classe” é, de longe, o melhor. O filme consegue ser ainda melhor que todos os outros filmes da franquia. Há, no entanto, um motivo para eu não ter dado “10”: algumas coisinhas não se encaixam com fatos de alguns filmes e isso me incomoda profundamente. Cenas de ação também não faltam no filme (e cenas de fato interessantes e empolgantes). A comédia fora muito bem explorada de uma maneira leve, contudo, eficaz. É até engraçado: esse filme tem efeitos bastante interessantes que podiam ter sido explorados em 3D, no entanto a Fox não o converteu para o formato. Já filmes que não se encaixam são convertidos. Vai entender... Nota: 9.0
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Padre
2.8 1,5K Assista AgoraInfelizmente, decepcionante
Através de uma divulgação interessante, Padre (Priest, EUA, 2011) tornou-se para muitos uma das maiores promessas para o ano. E eu era uma dessas pessoas. A cada trailer era perceptível de como a história era boa – e realmente ela é, contudo, quase todo o resto é triste de ruim.
O tempo de duração do filem (87 minutos) mostra como a seguinte sinopse não pode ser desenvolvida de maneira satisfatória. Desde o início dos tempos, a humanidade dividiu espaço com os vampiros e estes sempre estavam em guerra. No entanto, os vampiros eram mais fortes e rápidos e estavam ganhando a batalha. Contudo, os humanos tinham uma grande arma a favor deles: o sol. Então a Igreja Católica (aqui ela é uma personagem) criou uma série de guerreiros que supostamente ganhariam poderes celestes para enfrentar as criaturas. Esses guerreiros foram chamados de Padres. Quando a guerra acabou com a vitória dos humanos, os padres foram mandados de volta as suas vidas comuns que antes tinham. Um desses é o nosso Padre (Paul Bettany), que continua em uma cidade dominada pela igreja.
Contudo, os vampiros não foram exterminados como a Igreja acreditava e a família do Padre fora atacada. Buscando resgatar sua sobrinha que fora levada pelos monstros, o Padre tenta conseguir a aprovação da Igreja para ir atrás da garota, mas não recebe a permissão e começa a agir por conta própria declarando guerra ao que antes havia jurado defender.
Como você provavelmente notou, a trama precisa de um grande aprofundamento psicológico e emocional dos personagens. Contudo, o fraco roteiro de Cory Goodman esquece que existe algo de interessante na trama: os personagens. O roteiro só dá ênfase à ação e essa fica bastante prejudicada por efeitos de câmera lenta mal feitos, embora algumas tenha, de fato, ficado boas. O elenco é maior ponto positivo da trama. Temos o ótimo Paul Bettany realmente envolvente. Seu personagem é muito interessante e mesmo que o roteiro não o explore bem, o ator conseguiu jogar na plateia toda sua carga dramática. A participação de Maggie Q é bastante boa e compartilha ótimas cenas com Bettany. A trilha sonora é cansativa, mas a fotografia oferece realmente momentos belos. Temos um vilão tão sem graça na trama assim como a direção. Nada no filme (seja técnico ou na história) consegue impressionar.
Apesar de ter uma trama deveras interessante, “Padre” fora totalmente prejudicado pelo curto tempo de duração e por um roteirista péssimo. O final ainda deixa gancho para continuação, basta agora esperar para saber se vai sair e torcer que haja mudanças na equipe técnica. Nota: 6.0
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Thor
3.3 3,1K Assista AgoraSurpresa esmagadora
Filme da Marvel surpreende e revela-se ser um ótimo filme
Desde que foram divulgadas suas primeiras imagens, “Thor” (Idem, EUA, 2011) não se mostrava ser um filme bom. Bastou, no entanto, pouco mais de meia hora de sessão para que essa concepção fosse destruída.
Assim como outro filme baseado nos quadrinhos, “Homem de ferro”, “Thor” começa com um acontecimento para depois voltar ao passado. Acompanhamos a bela Jane Foster (Natalie Portman) e seus amigos analisando um evento climático. É quando algo de extraordinário acontece e surge um homem, aparentemente louco no local. Trata-se de Thor, que diz ser o Deus do Trovão. Então vemos os acontecimentos posteriores a essa momento. Em que, por falta de experiência com assuntos profundos, Thor desobedece à ordem do pai e ataca um planeta em que inimigos mortais de seu reino vivem. Tal ato causa sua expulsão do planeta e acaba sendo mandado para Terra com o propósito de apreender com seus erros. Enquanto isso, seu pai acaba adoecendo e seu irmão assume o reinado de sua terra natal. Na Terra. Thor se apaixona por Jane e tenta conviver com as tradições totalmente diferentes de seu mundo.
É inacreditável a boa escolha do elenco do filme. Chris Hemsworth se encaixou perfeitamente como Thor, o que aconteceu com Stark e Wolverine. Ele é engraçado de uma maneira natural, sempre de forma espontânea nos faz rir, tudo isso sem, em momento algum, se distanciar de sua personalidade arrogante. Temos sua companheira de cena, a recém vencedora do Oscar Natalie Portman, que mais uma vez encanta e dá à sua personagem grande profundidade, mesmo que esta não seja realmente o maior laço dramático do filme. O relacionamento entre Jane e Thor nasce de maneira normal e encantadora, fora a ótima química entre os dois atores.
Contudo, vale muito a pena destacar o ótimo trabalho de Tom Hiddleston, como Loki, irmão de Thor. Em uma atuação digna de aplausos, ele consegue enganar os personagens e o próprio público. Loki é o personagem mais complexo na fita e Hiddleston conseguiu transpor isso de maneira surpreendente. Temos outras breves atuações que fazem com que nesse ponto o filme de fato agrade.
Também temos um diretor excelente. Kenneth Branagh nos oferece ângulos interessantes, cenas que não nos deixa piscar. Tudo isso sem deixar que os personagens saiam do ponto mais importante. A ótima fotografia e a direção de arte impecável funcionam muito bem em particular, porém quando são unidas, nos oferece imagens belíssimas que conseguem arrancar exclamações da plateia.
O longa apresenta pequenas falhas, como certas passagens previsíveis. Mas para nossa alegria esse fato não afeta muito a história. Realmente foi uma grande surpresa ir ao cinema esperando um filme razoável e se deparar com uma obra gigantesca, bem feita e envolvente. Recomendável! E não saiam do cinema depois de conferir a cena que passa depois dos créditos. Nota: 8.5
X-Men 2
3.5 784 Assista AgoraAção do começo ao fim, um grande filme de Heroes
Homem-Aranha 3
3.1 1,5K Assista AgoraFicou longe do segundo filme, mas é muito bom!
Na Trilha da Fama
3.0 330Filme extremamente emocionate Muito bom!
A Nova Cinderela
3.0 906 Assista AgoraFilme simples, mas muito gostoso de se ver!
Premonição
3.3 1,2K Assista AgoraO melhor de todos sem dúvida! Suspense de primeira linham onde o vilão é a própria morte!