Guilherme

acompanhamos a jornada da personagem em busca de se tornar uma estrela pornô como se estivéssemos na pele dela, assistimos ela depilando a vagina, tirando fotos com esperma na cara, e mais tarde, sendo abusada física e verbalmente no set de filmagem. eles dizem que ela pode mudar de ideia a qualquer momento, mas quando ela se atreve a dizer um “não”, é tratada feito merda. eles dizem que ela não é obrigada a fazer nada, mas quando ela pensa em desistir, há uma pressão pra que ela continue a cena. ela é sufocada de uma maneira perturbadora, mas essa é só uma das várias cenas difíceis de assistir.

joy é a melhor personagem do filme, super carismática e divertida, foi cruel ter que ver ela lambendo o sapato de um cara que a tinha humilhado na festa sem nenhum motivo e a encurralado minutos antes da filmagem. mais cruel ainda ela não ter tido o apoio da bella, que naquela altura já estava decidida a fazer qualquer coisa pra se tornar uma estrela, inclusive sacrificar uma amizade. a partir dali, bella vai se afundando cada vez mais nesse mundo repleto de competitividade, ganância e manipulação.

ponto fraco do filme: a motivação da personagem de ter viajado da suécia até los angeles pra se tornar uma atriz pornô não é nada convincente. ela diz que ama p4u e que ama transar, mas não parece que ela está realmente curtindo e vivendo um sonho, pelo contrário, ela aparenta estar desconfortável o filme quase todo. pontos fortes: a trilha sonora impecável, a direção, a performance de sofia kappel em seu primeiro papel como atriz, o cast formado 90% por pessoas da própria industria (simplesmente por eles terem sido melhores nas audições do que atores regulares) e a mensagem que transmite. pleasure não é anti-pornografia nem pró-pornografia, o objetivo aqui é conscientizar as pessoas sobre a realidade que é estar envolvido nessa indústria.

mitsuko vencedora moral

adoro quando no filme a protagonista eh mau carater e eu me pego torcendo por ela mesmo assim 😳😳😳