Documentário com um poder nostálgico maravilhoso! Vejo Shirkers como uma pérola perdida da história do cinema de Singapura, bem como, certamente, uma obra encantadora perdida da sétima arte. Achei tudo lindo e tocante de um jeito muito especial. Shirkers se tornou um dos meus filmes favoritos mesmo não "existindo".
Christine era SIM uma mimada, chata, anti-social, super controladora, meio maníaca. Mas não se esqueçam: ela era uma pessoa DOENTE. Claramente ela sofre de depressão combinada com alguma tipo de ansiedade, bipolaridade...enfim, não temos o diagnóstico mas tiveram momentos em que a mãe nos revela o passado de transtornos da saúde mental dela. Então COMO vamos julgá-la por ser supostamente "egoísta", "não querer sair da sua bolha", "ser muito orgulhosa" etc? Ela é doente, não sabe lidar com perdas, não sabe interagir e nutrir relacionamentos sociais. E temos o contexto REAL em que ela vive: no campo profissional, ela se esforça litros e vê todos ao seu redor conseguindo o que ela tenta, tenta e não consegue! É uma frustração dolorida! No campo familiar, o longa não nos revela o que de fato rola/rolou com a mãe mas é claro que houve algum conflito, observe, ela não a chama de "mãe" e nutre um claro rancor contra ela. Não acredito que isso seria sem motivos. No campo amoroso, ela se vê em um amor platônico. E se não pudesse piorar, ela muito provavelmente não vai conseguir ser mãe por conta de uma operação que está prestes a acontecer. Imagina isso na mente de uma mulher que almeja ter filhos. Não são situações fáceis para uma pessoa mentalmente saudável, quem dirá para uma jovem com instabilidade mental. Não é simplesmente "ela se matou por que não foi promovida". É a soma das situações que ela enfrenta com o acúmulo de sofrimentos que ela já suportou combinados com a doença mental e física dela.
É um filme atemporal. Poderia facilmente passar nos dias atuais: um ambiente de trabalho desleal, não-saudável; os sofrimentos invisíveis das pessoas em meio a uma sociedade que julga e só PÁRA pra refletir depois que a m***** acontece. Fiquei triste quando soube que fora baseado em fatos reais, acredito que se ela tivesse buscado ajuda psiquiátrica e tivesse trocado de emprego e procurado por uma emissora mais alinhada aos ideais dela, teria melhorado no mínimo em 50% os problemas dela. Ela não se identificava com as pessoas que a rodeavam, poderia ter buscado por se cercar de amigos e profissionais que se identificasse mais. É um erro insistir em se manter em um ambiente em que você não se encaixa.
Trama com viés biográfico pesado - tal como este - é sempre bem vinda as pitadas cômicas, ainda que leves. Gostei muito dessa abordagem, onde o personagem dialoga com a câmera e, ao mesmo, tempo temos várias "versões" da situação.
No mais, penso que Tonya tinha um talento incrível e, infelizmente, por ter sofrido relacionamentos abusivos praticamente a infância inteira e boa parte da juventude, acabou não tendo condição psicológica e emocional de cultivar esse dom; esse talento (sem mencionar que, depois do "incidente" a coisa desandou de vez). Quando tudo parece dar certo (repare nesses momentos), logo em seguida, acontece algo que faz com que a protagonista mais uma vez perca o foco, a concentração nos treinos e campeonatos. Parece que a vida está em constante guerra com Tonya. Quem somos nós para julgar os "acasos", o "azar" e dizer que foram "escolhas" dela? Não sejamos hipócritas, ela fez o seu melhor dentro das possibilidades que havia. Detesto esse discurso que a torna a principal culpada por tantos erros e/ou que a coloca em uma situação de que ela que fez "escolhas erradas", ao meu ver, ela sempre agia na melhor das intenções, na tentativa de se sentir amada, de amar e de se tornar uma patinadora consagrada. Claro que esta visão, sustento a partir do filme, confesso que não pesquisei a fundo a história real da patinadora, no entanto, como disse, para mim, o longa me convenceu nesse ponto. E esse é um dos aspectos de um filme que o torna um BOM filme: a capacidade de convencer, de provocar empatia, de emocionar e de contar uma história difícil através das imagens (imagina, dificilmente alguém acreditaria na versão da Tonya apenas através - tão somente - de palavras faladas).
Sobretudo, resumidamente, é bem isso: "Essa coisa da verdade não existe. Cada um tem sua própria verdade. E a vida só faz o que ela quer."
Menina mimada e chata. síndrome de "não sou amada" mas na real mesmo, é uma narcisista que quer ser bajulada por todos ao redor. Arf que filme péssimo 😒
Interessante mas medíocre. Spielrein não foi apenas amante ou uma mera aprendiz de Jung, ela teve um papel muito mais efetivo e importante no campo da psicanálise. Certamente pelo fato de ser mulher, sua personagem tomou esse rumo, bem como, assumiu a função de coadjuvante na história. Recomendo a leitura do livro "Sabina Spielrein - uma pioneira da psicanálise vol. I".
"Detachment" é um filme universal; que vai muito além da crítica ao sistema e à instituição escola. Sobretudo, ele retrata a complexidade da condição humana, cuja qual, fatalmente, todos nós estamos submetidos. As dores e angústias de cadas um dos personagens é a representação das nossas próprias lutas diárias, na busca de um sentido para a vida, aceitação e felicidade. Mas como encarar tudo isso diante um passado recheado de experiências ruins ou diante de um presente repleto de descontentamentos e expectativas partidas?
Que filme...! Uma experiência ultra sensível e filosófica, daqueles que você vai ficar pensando sobre, durante alguns dias....uma proposta necessária num mundo atual tão sedento por empatia. Quanto ao protagonista, ao aceitar sempre ser um "substituto" e sempre ir embora antes de estabelecer laços, na verdade, ele está tentando se proteger. Enfim, fica a reflexão: o protagonista é, de fato, "indiferente", "vazio" ou está tão saturado de sentimentos, emoções e dores que não consegue mais lidar com essas sensações e, ao construir um "escudo protetor", acaba passando a impressão de "frio" e "indiferente"?
Roteiro vazio. Mas será que não era essa a intenção? Ou seja, representar a geração atual da juventude: o esforço em "se encontrar" em busca do preenchimento desse "vazio". E, tal esforço, pode ser por meio do misticismo, da arte ou das drogas - caso do personagem principal. Não estamos nos anos 70 ou 80. Não há uma "grande causa para se brigar". A realidade é outra, a "briga" é uma "luta interna"; "a briga consigo mesmo". Se era essa a intenção, acredito que o filme cumpriu seu papel. Um retrato superficial, sem grande profundidade psicológica, mas não deixa de ser interessante (e de quebra temos o Iggy Pop! <3).
Jake Gyllenhaal com uma atuação sensacional, como sempre ...e que filme! Nada está lá por acaso; a trama é muito bem construída. O longa é muito cerebral: é preciso muita atenção aos detalhes para entender a sacada de tudo. Triste ver tantas críticas negativas e vazias, como andei lendo em diversos outros textos por aí, simplesmente por não ser um filme linear e óbvio. "Control, it's all about control".
Shirkers - O Filme Roubado
4.1 45 Assista AgoraDocumentário com um poder nostálgico maravilhoso! Vejo Shirkers como uma pérola perdida da história do cinema de Singapura, bem como, certamente, uma obra encantadora perdida da sétima arte. Achei tudo lindo e tocante de um jeito muito especial. Shirkers se tornou um dos meus filmes favoritos mesmo não "existindo".
Christine
3.7 212 Assista AgoraChristine era SIM uma mimada, chata, anti-social, super controladora, meio maníaca. Mas não se esqueçam: ela era uma pessoa DOENTE. Claramente ela sofre de depressão combinada com alguma tipo de ansiedade, bipolaridade...enfim, não temos o diagnóstico mas tiveram momentos em que a mãe nos revela o passado de transtornos da saúde mental dela. Então COMO vamos julgá-la por ser supostamente "egoísta", "não querer sair da sua bolha", "ser muito orgulhosa" etc? Ela é doente, não sabe lidar com perdas, não sabe interagir e nutrir relacionamentos sociais. E temos o contexto REAL em que ela vive: no campo profissional, ela se esforça litros e vê todos ao seu redor conseguindo o que ela tenta, tenta e não consegue! É uma frustração dolorida! No campo familiar, o longa não nos revela o que de fato rola/rolou com a mãe mas é claro que houve algum conflito, observe, ela não a chama de "mãe" e nutre um claro rancor contra ela. Não acredito que isso seria sem motivos. No campo amoroso, ela se vê em um amor platônico. E se não pudesse piorar, ela muito provavelmente não vai conseguir ser mãe por conta de uma operação que está prestes a acontecer. Imagina isso na mente de uma mulher que almeja ter filhos. Não são situações fáceis para uma pessoa mentalmente saudável, quem dirá para uma jovem com instabilidade mental. Não é simplesmente "ela se matou por que não foi promovida". É a soma das situações que ela enfrenta com o acúmulo de sofrimentos que ela já suportou combinados com a doença mental e física dela.
É um filme atemporal. Poderia facilmente passar nos dias atuais: um ambiente de trabalho desleal, não-saudável; os sofrimentos invisíveis das pessoas em meio a uma sociedade que julga e só PÁRA pra refletir depois que a m***** acontece. Fiquei triste quando soube que fora baseado em fatos reais, acredito que se ela tivesse buscado ajuda psiquiátrica e tivesse trocado de emprego e procurado por uma emissora mais alinhada aos ideais dela, teria melhorado no mínimo em 50% os problemas dela. Ela não se identificava com as pessoas que a rodeavam, poderia ter buscado por se cercar de amigos e profissionais que se identificasse mais. É um erro insistir em se manter em um ambiente em que você não se encaixa.
Paterson
3.9 353 Assista Agora"Às vezes, uma página vazia dá mais possibilidades".
Que filme lindo, sensível ... arrebatador!
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraTrama com viés biográfico pesado - tal como este - é sempre bem vinda as pitadas cômicas, ainda que leves. Gostei muito dessa abordagem, onde o personagem dialoga com a câmera e, ao mesmo, tempo temos várias "versões" da situação.
No mais, penso que Tonya tinha um talento incrível e, infelizmente, por ter sofrido relacionamentos abusivos praticamente a infância inteira e boa parte da juventude, acabou não tendo condição psicológica e emocional de cultivar esse dom; esse talento (sem mencionar que, depois do "incidente" a coisa desandou de vez). Quando tudo parece dar certo (repare nesses momentos), logo em seguida, acontece algo que faz com que a protagonista mais uma vez perca o foco, a concentração nos treinos e campeonatos. Parece que a vida está em constante guerra com Tonya. Quem somos nós para julgar os "acasos", o "azar" e dizer que foram "escolhas" dela? Não sejamos hipócritas, ela fez o seu melhor dentro das possibilidades que havia. Detesto esse discurso que a torna a principal culpada por tantos erros e/ou que a coloca em uma situação de que ela que fez "escolhas erradas", ao meu ver, ela sempre agia na melhor das intenções, na tentativa de se sentir amada, de amar e de se tornar uma patinadora consagrada. Claro que esta visão, sustento a partir do filme, confesso que não pesquisei a fundo a história real da patinadora, no entanto, como disse, para mim, o longa me convenceu nesse ponto. E esse é um dos aspectos de um filme que o torna um BOM filme: a capacidade de convencer, de provocar empatia, de emocionar e de contar uma história difícil através das imagens (imagina, dificilmente alguém acreditaria na versão da Tonya apenas através - tão somente - de palavras faladas).
Sobretudo, resumidamente, é bem isso: "Essa coisa da verdade não existe. Cada um tem sua própria verdade. E a vida só faz o que ela quer."
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraGENIAL!
Ame-me!
2.8 58Menina mimada e chata. síndrome de "não sou amada" mas na real mesmo, é uma narcisista que quer ser bajulada por todos ao redor. Arf que filme péssimo 😒
Um Método Perigoso
3.5 1,1KInteressante mas medíocre. Spielrein não foi apenas amante ou uma mera aprendiz de Jung, ela teve um papel muito mais efetivo e importante no campo da psicanálise. Certamente pelo fato de ser mulher, sua personagem tomou esse rumo, bem como, assumiu a função de coadjuvante na história. Recomendo a leitura do livro "Sabina Spielrein - uma pioneira da psicanálise vol. I".
O Substituto
4.4 1,7K Assista Agora"Detachment" é um filme universal; que vai muito além da crítica ao sistema e à instituição escola. Sobretudo, ele retrata a complexidade da condição humana, cuja qual, fatalmente, todos nós estamos submetidos. As dores e angústias de cadas um dos personagens é a representação das nossas próprias lutas diárias, na busca de um sentido para a vida, aceitação e felicidade. Mas como encarar tudo isso diante um passado recheado de experiências ruins ou diante de um presente repleto de descontentamentos e expectativas partidas?
Que filme...! Uma experiência ultra sensível e filosófica, daqueles que você vai ficar pensando sobre, durante alguns dias....uma proposta necessária num mundo atual tão sedento por empatia. Quanto ao protagonista, ao aceitar sempre ser um "substituto" e sempre ir embora antes de estabelecer laços, na verdade, ele está tentando se proteger. Enfim, fica a reflexão: o protagonista é, de fato, "indiferente", "vazio" ou está tão saturado de sentimentos, emoções e dores que não consegue mais lidar com essas sensações e, ao construir um "escudo protetor", acaba passando a impressão de "frio" e "indiferente"?
Adorei. Nota máxima!
Asthma
3.1 109Roteiro vazio. Mas será que não era essa a intenção? Ou seja, representar a geração atual da juventude: o esforço em "se encontrar" em busca do preenchimento desse "vazio". E, tal esforço, pode ser por meio do misticismo, da arte ou das drogas - caso do personagem principal. Não estamos nos anos 70 ou 80. Não há uma "grande causa para se brigar". A realidade é outra, a "briga" é uma "luta interna"; "a briga consigo mesmo". Se era essa a intenção, acredito que o filme cumpriu seu papel. Um retrato superficial, sem grande profundidade psicológica, mas não deixa de ser interessante (e de quebra temos o Iggy Pop! <3).
O Segredo
2.4 337O assunto é muito interessante mas foi abordado de forma bastante apelativa...não me agrada essa pegada comercial-sensacionalista.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraJake Gyllenhaal com uma atuação sensacional, como sempre ...e que filme! Nada está lá por acaso; a trama é muito bem construída. O longa é muito cerebral: é preciso muita atenção aos detalhes para entender a sacada de tudo. Triste ver tantas críticas negativas e vazias, como andei lendo em diversos outros textos por aí, simplesmente por não ser um filme linear e óbvio. "Control, it's all about control".
Pássaro Branco na Nevasca
3.6 442Fraco, furos no roteiro e previsível. Relevante em dois aspectos:
1-) Atmosfera anos 90 (figurino, trilha sonora <3)
2-) Eva Green enlouquecida
Só.