Atypical vista de longe pode parecer uma série teenager como muitas por aí, mas digo que definitivamente não é isso.
Essa série que é para todas as idades é sobre descobrir quem você é e sobre o que você quer ser, é sobre dilemas familiares, de sexualidade, frustrações com a faculdade e também profissionais, é sobre amor, é sobre amizade, é sobre a vida complexa que junta tudo isso, e deixa como "recado" que às vezes somos muito duros conosco, enfrentar medos e possíveis fracassos ao escolher os caminhos mais difíceis, mas que são sonhos ou a própria felicidade. É sobre se reinventar. É ir de encontro ao novo.
Tudo isso com uma construção e diálogos - de uma delicadeza e leveza - que fazem sorrir, chorar e dar um aperto no estômago ao mesmo tempo.
Que trilha sonora perfeita. A fotografia, as luzes e cores combinado com as músicas encaixaram de forma magnífica. Tudo isso, junto com a maravilhosa atuação de Zendaya, fazem dessa série, com absoluta certeza, uma das melhores desse estilo.
Queria parabenizar essa diretora e roteirista FODA que é Ava DuVernay.
Filmes e documentários incríveis como Selma e 13° Emenda e agora, para mim, sua melhor obra When They See Us. Ansiosa para os próximos trabalhos. Que venha o reconhecimento.
1) Ao longo ele vai fazendo as coisas e não sendo descoberto, tipo a lista que vai parar com os policiais, a invasão na casa da Peach e ele se passando de rico, ele dentro do chuveiro da Beck e ela liga o chuveiro sem abrir a cortina, ele matando o Ben e jogando uma pedrada na Peach na cidade de NY, sem ter nenhuma investigação, sendo que ele ficou com o celular deles e a coisa mais simples do mundo é rastrear um celular. A cena da fogueira. Ele indo no mesmo psicólogo que Beck e contando a mesma história e só mudando os nomes, qualquer psicólogo perceberia isso. Todas essas coisas brocham demais. Nem.
2) Tem gente tendo crush por um cara psicopata que mata as namoradas, um cara que romantiza sua obsessão doentia machista. Me poupe.
1 - Os questionamentos da séria estão centrados na existência humana e sua criação, fazendo sempre um contraponto com os anfitriões(robôs). O que realmente nos difere deles? Se for nada, ou ainda, se eles forem melhores do que nós (como falado algumas vezes nessa temporada), entramos num dos maiores embates da vida humana pois, para quê vamos existir? Eles irão nos substituir aos poucos como uma nova espécie da evolução. O embate entre criação e criatura vai na ferida das crises existenciais filosóficas e religiosas, afinal, como surge o ser humano? quem criou o ser humano?
2- Outro ponto fantástico diz respeito ao livre arbítrio. O ser humano ao longo de sua história sempre se achou um ser livre mas, a verdade é que não somos. Como eles mostraram, a conversa entre Delos e Logan - que levou a morte do filho por overdose - mesmo com a simulação de diversas outras possibilidades, no final levava o Delos sempre a uma mesma decisão: humilhar e ignorar ajuda ao filho. Ora, será mesmo que somos livres? Será que podemos mesmo mudar? Ou essas mudanças acontecem simplesmente por fatos isolados que nos impactam (o acaso). Alguns ramos da psicologia dizem que não somos livres, afinal, tudo o que acontece em nossas vidas, desde a nossa infância, é algo que não temos controle e isso molda quem somos. É igual o background dos anfitriões. Tanto que quando a Maeve quer destruir a lembrança de sua filha, alguém diz para ela que não tinha como, somente destruindo ela própria.
3- Não poderia deixar de citar outro questionamento FODA da série que é: o que é a realidade? A todo momento a Dolores quer viver no nosso mundo e ao ser questionada ela diz que quer viver o mundo real. Depois, ao longo da temporada é mostrado como é possível simular diversos outros espaços para viver, mas que estes não seriam verdadeiros. Tanto que ela acaba destruindo o atalho que vai para um desses novos mundos. Essa busca pela realidade me fez pensar se no mundo em que estamos é de fato real. Ou se realidade é um conceito completamente relativo mesmo, cada um possui a sua realidade (com o seu mundo, o local onde vc vive e toda sua angulação) ou se estamos vivendo uma simulação. A conclusão da Dolores depois sobre a realidade é interessante, ela diz que real é o que é insubstituível, ou seja, somente a morte é que nos torna vivos?
Enfim, por esses motivos e interpretações eu acho a melhor série que já vi na minha vida.
Love Life (2ª Temporada)
3.5 9todo mundo falando que gostou mais da 1 temporada enquanto eu achei no mesmo nível....amei as personagens e tudo envolta!
Fleabag (2ª Temporada)
4.7 886 Assista AgoraPhoebe Waller-Bridge, eu te venero!
Atypical (3ª Temporada)
4.4 343 Assista AgoraAtypical vista de longe pode parecer uma série teenager como muitas por aí, mas digo que definitivamente não é isso.
Essa série que é para todas as idades é sobre descobrir quem você é e sobre o que você quer ser, é sobre dilemas familiares, de sexualidade, frustrações com a faculdade e também profissionais, é sobre amor, é sobre amizade, é sobre a vida complexa que junta tudo isso, e deixa como "recado" que às vezes somos muito duros conosco, enfrentar medos e possíveis fracassos ao escolher os caminhos mais difíceis, mas que são sonhos ou a própria felicidade. É sobre se reinventar. É ir de encontro ao novo.
Tudo isso com uma construção e diálogos - de uma delicadeza e leveza - que fazem sorrir, chorar e dar um aperto no estômago ao mesmo tempo.
Euphoria (1ª Temporada)
4.3 893Que trilha sonora perfeita. A fotografia, as luzes e cores combinado com as músicas encaixaram de forma magnífica. Tudo isso, junto com a maravilhosa atuação de Zendaya, fazem dessa série, com absoluta certeza, uma das melhores desse estilo.
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraQueria parabenizar essa diretora e roteirista FODA que é Ava DuVernay.
Filmes e documentários incríveis como Selma e 13° Emenda e agora, para mim, sua melhor obra When They See Us. Ansiosa para os próximos trabalhos. Que venha o reconhecimento.
Você (1ª Temporada)
3.7 916 Assista AgoraA série é viciante, sem dúvidas, vi em um dia, mas, é decepcionante como:
1) Ao longo ele vai fazendo as coisas e não sendo descoberto, tipo a lista que vai parar com os policiais, a invasão na casa da Peach e ele se passando de rico, ele dentro do chuveiro da Beck e ela liga o chuveiro sem abrir a cortina, ele matando o Ben e jogando uma pedrada na Peach na cidade de NY, sem ter nenhuma investigação, sendo que ele ficou com o celular deles e a coisa mais simples do mundo é rastrear um celular. A cena da fogueira. Ele indo no mesmo psicólogo que Beck e contando a mesma história e só mudando os nomes, qualquer psicólogo perceberia isso. Todas essas coisas brocham demais. Nem.
2) Tem gente tendo crush por um cara psicopata que mata as namoradas, um cara que romantiza sua obsessão doentia machista. Me poupe.
O Conto da Aia (2ª Temporada)
4.5 1,2K Assista AgoraAquele gosto amargo na boca quando o ep season finale acabou :(
Westworld (2ª Temporada)
4.2 491Westworld é uma obra prima e eu explico a razão:
1 - Os questionamentos da séria estão centrados na existência humana e sua criação, fazendo sempre um contraponto com os anfitriões(robôs). O que realmente nos difere deles? Se for nada, ou ainda, se eles forem melhores do que nós (como falado algumas vezes nessa temporada), entramos num dos maiores embates da vida humana pois, para quê vamos existir? Eles irão nos substituir aos poucos como uma nova espécie da evolução. O embate entre criação e criatura vai na ferida das crises existenciais filosóficas e religiosas, afinal, como surge o ser humano? quem criou o ser humano?
2- Outro ponto fantástico diz respeito ao livre arbítrio. O ser humano ao longo de sua história sempre se achou um ser livre mas, a verdade é que não somos. Como eles mostraram, a conversa entre Delos e Logan - que levou a morte do filho por overdose - mesmo com a simulação de diversas outras possibilidades, no final levava o Delos sempre a uma mesma decisão: humilhar e ignorar ajuda ao filho. Ora, será mesmo que somos livres? Será que podemos mesmo mudar? Ou essas mudanças acontecem simplesmente por fatos isolados que nos impactam (o acaso). Alguns ramos da psicologia dizem que não somos livres, afinal, tudo o que acontece em nossas vidas, desde a nossa infância, é algo que não temos controle e isso molda quem somos. É igual o background dos anfitriões. Tanto que quando a Maeve quer destruir a lembrança de sua filha, alguém diz para ela que não tinha como, somente destruindo ela própria.
3- Não poderia deixar de citar outro questionamento FODA da série que é: o que é a realidade? A todo momento a Dolores quer viver no nosso mundo e ao ser questionada ela diz que quer viver o mundo real. Depois, ao longo da temporada é mostrado como é possível simular diversos outros espaços para viver, mas que estes não seriam verdadeiros. Tanto que ela acaba destruindo o atalho que vai para um desses novos mundos. Essa busca pela realidade me fez pensar se no mundo em que estamos é de fato real. Ou se realidade é um conceito completamente relativo mesmo, cada um possui a sua realidade (com o seu mundo, o local onde vc vive e toda sua angulação) ou se estamos vivendo uma simulação. A conclusão da Dolores depois sobre a realidade é interessante, ela diz que real é o que é insubstituível, ou seja, somente a morte é que nos torna vivos?
Enfim, por esses motivos e interpretações eu acho a melhor série que já vi na minha vida.