O cinema francês encontra o brasileiro com uma pincelada de violência e cultura sertaneja, que nos encantou tão facilmente! Como uma poesia há tanto esperada pelo brasileiro, Bacurau nos abraça em forma de resistência política e cultural, colocando um sorriso confortável e esperançoso no rosto do espectador ao ouvir a voz suave de Geraldo Vandré, enquanto sobem os créditos.
Gaspar Noé finalmente pulou o muro criado entre a sua estética e o horror - o desespero dança com a psicose e brinca com o telespectador, nos deixando tão angustiados quanto os próprios personagens. O plano sequência inicial do grupo ainda enquanto (sóbrios) dançarinos nos faz questionar o plano que Noé teria para o restante da película.
Gritos, desespero e indivíduos voltando à natureza animalesca nos fazem lembrar que esse não é de longe o filme mais polêmico do diretor, mas talvez um dos mais (se não o mais) experimentais. Continua, entretanto, com a capacidade sinestésica de nos fazer segurar no braço do sofá, e não piscar até o fim.
A facilidade com que o ser humano é capaz de retornar ao seu "eu" pré evolução e com que a empatia se transforma em violência traduz-se pela fotografia e cinematografia,
pois a câmera é perfeitamente manuseada para aparentar estar tão psicótica quanto os próprios personagens, acompanhando a (pseudo?)possessão como se fizesse parte dela.
A estética do filme já foi capaz de me deixar extasiada antes dos 5 minutos de filme. O cotidiano refletido assim como ele é: indócil e defectível, porém deliciosamente preenchido por formas de afeto distintas que tornaram Roma tão notável.
A angústia de Cleo compunha perfeitamente a estética B&W, perfeitamente harmonizada com a linearidade do filme, que contém em si uma crítica social para além do visual impecável.
Além disso, sobre o momento em que os filhos de Cléo ao fim do filme surgem com uma "sugestão de viagem divertida" ao vilarejo Oaxaca: senti que a pouca referência ao passado dela foi um detalhe genial de Cuarón ao apontar a cultura sufocada da doméstica.
Destaque para a sensibilidade da cena em que Ron passa pelos alvos os quais os membros do Klan utilizaram para praticar tiro... a cena emocionante mostrou o personagem frente a perecibidade do negro, parece que foi quando ele notou o risco contido na “Organização”.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraPRA QUE CÊ VAI QUERER ENTRAR EM UM POÇO MEU FILHO NÃO BASTA A QUARENTENA
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraMelancolia e loucura em forma de dança por Joaquin Phoenix.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista Agoraacho que chorei um pouco
Amantes
3.5 340Doeu assistir.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraO cinema francês encontra o brasileiro com uma pincelada de violência e cultura sertaneja, que nos encantou tão facilmente! Como uma poesia há tanto esperada pelo brasileiro, Bacurau nos abraça em forma de resistência política e cultural, colocando um sorriso confortável e esperançoso no rosto do espectador ao ouvir a voz suave de Geraldo Vandré, enquanto sobem os créditos.
Fora de Série
3.9 491 Assista AgoraWas that Cardi B?
Guava Island
4.0 248THIS IS AMERICA!
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraFilmes que criticam a violência, produto do modo de produção capitalista americano <3
O Processo
4.0 240Forte, real. Revivi.
Batismo de Sangue
4.0 223 Assista AgoraForte, doloroso e necessário.
Como Falar com Garotas em Festas
3.2 205 Assista Agoraculto de aliens siameses enfiam o dedo no ânus de jovens punks
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraGaspar Noé finalmente pulou o muro criado entre a sua estética e o horror - o desespero dança com a psicose e brinca com o telespectador, nos deixando tão angustiados quanto os próprios personagens. O plano sequência inicial do grupo ainda enquanto (sóbrios) dançarinos nos faz questionar o plano que Noé teria para o restante da película.
Gritos, desespero e indivíduos voltando à natureza animalesca nos fazem lembrar que esse não é de longe o filme mais polêmico do diretor, mas talvez um dos mais (se não o mais) experimentais. Continua, entretanto, com a capacidade sinestésica de nos fazer segurar no braço do sofá, e não piscar até o fim.
A facilidade com que o ser humano é capaz de retornar ao seu "eu" pré evolução e com que a empatia se transforma em violência traduz-se pela fotografia e cinematografia,
pois a câmera é perfeitamente manuseada para aparentar estar tão psicótica quanto os próprios personagens, acompanhando a (pseudo?)possessão como se fizesse parte dela.
Perguntas que surgem durante o filme
(o menino morreu? quem colocou a droga na bebida?)
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A Favorita
3.9 1,2K Assista Agoramulheres brabas de vestido com trilha sonora impecável
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraA estética do filme já foi capaz de me deixar extasiada antes dos 5 minutos de filme. O cotidiano refletido assim como ele é: indócil e defectível, porém deliciosamente preenchido por formas de afeto distintas que tornaram Roma tão notável.
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A angústia de Cleo compunha perfeitamente a estética B&W, perfeitamente harmonizada com a linearidade do filme, que contém em si uma crítica social para além do visual impecável.
Além disso, sobre o momento em que os filhos de Cléo ao fim do filme surgem com uma "sugestão de viagem divertida" ao vilarejo Oaxaca: senti que a pouca referência ao passado dela foi um detalhe genial de Cuarón ao apontar a cultura sufocada da doméstica.
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Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraDestaque para a sensibilidade da cena em que Ron passa pelos alvos os quais os membros do Klan utilizaram para praticar tiro... a cena emocionante mostrou o personagem frente a perecibidade do negro, parece que foi quando ele notou o risco contido na “Organização”.