Últimas opiniões enviadas
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Ninjababy
10
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O jogo de cores e estampas em algumas cenas é fantástico, mágico. O filme trata do avanço da demência da Suzanne, mãe do Alex, e como ele lida com essa "perda" da mãe que ele conhecia. Fiquei tocada pela parte em que ele e a Noémie, sua parceira, discutem sobre uma foto que ela tirou da mãe dele, feliz lavando o carro que não podia mais dirigir. Ele fica incomodado com o registro dessa nova pessoa, a quem ele está deixando de reconhecer como mãe, dizendo que "não é mais ela", o que Noémie rebate com "então não se pode tirar mais nenhuma foto da sua mãe? Nem dos momentos felizes?"
O filme é visualmente e emocionalmente muito bonito. Para quem já conviveu com alguém com uma doença neurodegenerativa é muito tocante. Gostei muito da conclusão também. A cena dos pais da Noémie indo visitá-los foi um barato.
É a primeira vez que escrevo uma resenha de filme, e o faço para encorajar a quem quiser assisti-lo.
Últimos recados
- Nenhum recado para Betina.
De algum jeito o filme é ao mesmo tempo sério, engraçado, triste, e aconchegante. A inevitabilidade da chegada do bebê leva Rakel a imaginar diálogos com ele para decidir seu futuro. Isso é tratado com leveza e humor, e ao mesmo tempo com o pesar e a seriedade de uma maternidade indesejada e inesperada.
É raro ver um filme que aborda o tabu da 'mãe ausente'. Uma mulher que, como o próprio filme descreve, sonhava com 5 coisas que queria ser, e nenhuma delas era 'mãe'. Isso não muda miraculosamente após ver e tocar na bebê, não rola um 'awakening'. Apesar disso, a maior preocupação da Rakel ao longo do filme era como o Ninjababy iria crescer (o que rende diálogos muito bons com o próprio), desde os critérios para escolha dos pais adotivos, à Angelina Jolie, a ser criado pela meio-irmã dela.
Não costumo escrever reviews, mas ao ver que só havia comentários masculinos aqui, faço um apelo: não julguem a Rakel. Maternidade é uma circunstância que não é pra todo mundo. Encarem com leveza, é só um filme, e só quem já esteve ou tem medo de estar na posição da Rakel é que vai entender a dificuldade da escolha dela. Isso dito, é um dos melhores filmes dessa temática que já assisti.