Jackie foi um filme que esperei muito e vislumbrava cada notícia a respeito. Me venderam um filme que eu estava disposta a comprar. O assunto que muitos já estudaram, um dos assuntos mais falados na história dos EUA no século 20 e que em algum momento já sentiram o impacto que teve desde o ocorrido. Fiquei empolgada ao me sentar e assistir mas durante 1h de filme eu me senti: Entediada, cansada, irritada e algumas vezes com raiva. Foi durante os últimos 30 min que senti uma emoção, apenas na conclusão. Deixei de lado os quadros totalmente alinhados e assisti ao filme que eu esperava. Por muitas vezes pude ver Natalie Portman e não Jackie Kennedy, mas devo reconhecer o trabalho dela em manter viva a postura elegante e o sotaque que são características marcantes. Dois momentos em que fiquei chocada e poderia aplaudir sua atuação foi: Quando Jackie limpava seu rosto coberto com o sangue do marido e na conclusão, quando mostram com detalhes vivos, realmente explícitos, o que aconteceu na carreata. Assistir ao real acontecimento já é extremamente chocante, mas a versão de "Jackie" com os detalhes é aterrorizante. Foi horrível imaginar como ela se sentiu naquele exato momento, coberta de sangue e olhando para o corpo de seu marido. Como dito antes, o diretor de fotografia estava muito preocupado em deixar os quadros organizados, até demais. A cada quadro havia algo pra nos tirar a atenção do filme e pensar "Posso ver como ele montou essa imagem". Muito alinhado e ensaiado. Há momentos em que isso agride o telespectador, tirando o total foco. Há momentos em que você percebe que aquela cena foi ensaiada várias vezes e montada. A direção artística está impecável. Aliás, toda a produção é visível em "Jackie". Um filme que a todo momento te lembra do luto, principalmente com a trilha sonora. É um filme com formato complexo e exige bastante atenção. Um filme que, se visto com os olhos certos, tem potencial, apesar de ser completamente conflituoso.
Se tornou um dos meus favoritos, o filme tem corpo, alma e voz. Tem drama, comédia, romance e música. Quer mais ? Se passa nos anos 80. A atmosfera é contagiante, os personagens tem uma ótima retrospectiva e, apesar de serem clichês, alguns fazem com que o roteiro funcione bem. A presença dos pais se separando, o irmão mais velho que serve como inspiração, o melhor amigo e o valentão são óbvias e elas funcionam. Além de ser recheado de referências musicais, o filme tem trilha original. A fotografia é ao mesmo tempo aproveitosa e confusa, a direção de John Carney sempre tenta o ar de "independente" mas seus filmes musicais tem muito mais que isso, é alma de musico. Seu trabalho em "Mesmo se nada der certo" e "Apenas uma vez" respondem por si. Vou me arriscar a dizer que Sing Street foi parte biografia.
Se pesquisar, provavelmente vai ler que se trata de um filme sobre um grupo de universitários jogadores de basebol. Bom, na verdade é. Mas a última coisa que irá assistir são eles jogando basebol... Treinando, na verdade. Mas vamos lá, isso não é um ponto negativo. Apenas um fato. Uma das coisas mais interessantes no filme é a troca constante de cenários. Passamos por uma discoteca, um bar cowntry e até por um show sinistro de rock. Inicialmente pensamos que seguiria a plataforma padrão, a qual o principal e novato chega na fraternidade, tenta se enturmar e se sente deslocado, mas não. Rapidamente essa etapa fica para trás e quando pensamos que irá acontecer um tipo de intriga, não acontece. O filme te faz esquecer a discussão e que o novato é novato. Apesar da linha do Jake ter mais foco no decorrer, isso não afeta muito, todos eles são essenciais paras as cenas. A construção dos personagens é um pouco confusa e genial. Alguns tem personalidade exagerada. A maior parte são caras se insultando, bebendo, falando de basebol, de garotas e sim, acredite... O filme tecnicamente não tem um objetivo! O romance está lá mas fica bem de lado, se resolve no final e falando em final, essa é uma parte frustrante pois ele simplesmente termina. Quero dizer, o filme não tem objetivo nenhum, então não vamos discutir o modo como termina. O trabalho de fotografia é impecável e, em certo ponto, houve um jogo de câmera bem interessante e divertido. Apesar de se passar nos anos 80 o figurino é ridiculamente engraçado, mas a caracterização não ficou superficial. A trilha sonora é contagiante, é de se esperar. Por fim, é uma ótima comédia pra nesses tempos de seca e se estiver de bom humor, nem notará as 1h50. Ótima produção, elenco parcialmente conhecido e foi dirigido, escrito e adaptado pela mesma pessoa, que também ajudou na produção. Então podemos dizer que o filme tem alma. PS: Linklater deu ao filme o nome "That's what i'm talking about" como working title. Se você pesquisar Everybody Wants Some no Google, vão trocar os títulos.
O filme é, na minha visão, totalmente pretensioso. Transformando uma biografia como a de Snowden em um show de Hollywood, e não digo isso de uma maneira negativa. Em vista que o assunto foi e ainda é muito polêmico, era de se esperar uma boa arrecadação de uma versão cinematográfica com atores conhecidos e uma linguagem, digamos assim, menos difícil. O filme apela mais pra vida pessoal de Snowden, relata até como conheceu sua namorada, com direito a cena de sexo. A cada freme você fica mais intimo e pode ver tudo dos olhos de Snowden. O modo como ele vê as atitudes do governo americano, como cada dia que passou trabalhando para a CIA foi contribuindo para a decisão de vir a público. Em alguns momentos, o roteiro cai no padrão e até mesmo previsível. Apesar de se tratar de uma biografia, o filme inseriu cenas que não são relevantes e estão lá apenas para te deixar mais intimo do personagem. A grande expectativa do filme nem chega a ser a parte da publicação, mas como ele conseguiu todos os fatores. Como ele chegou a trabalhar na CIA, como ele se saia no trabalho lá. Quando foi que ele começou a questionar e como foi que ele arquitetou tudo. Um dos grandes momentos do filme aconteceu quando o próprio Edward Snowden aparece nas cenas finais, ocupando o lugar de Joseph Gordon-Levitt, que o interpreta no filme. Dirigido por Oliver Stone, um veterano nesse assunto. Uma das grandes mentes de conspiração americana. O filme tem ingredientes que te prendem e, de certa forma, te obrigam a escolher um lado da história. Fazem suas 2h14 valerem a pena se levar em conta a produção do longa que fazem um ótimo trabalho apesar de deixarem mais "colorida" uma história tão "cinza".
Jackie
3.4 739 Assista AgoraJackie foi um filme que esperei muito e vislumbrava cada notícia a respeito. Me venderam um filme que eu estava disposta a comprar. O assunto que muitos já estudaram, um dos assuntos mais falados na história dos EUA no século 20 e que em algum momento já sentiram o impacto que teve desde o ocorrido. Fiquei empolgada ao me sentar e assistir mas durante 1h de filme eu me senti: Entediada, cansada, irritada e algumas vezes com raiva. Foi durante os últimos 30 min que senti uma emoção, apenas na conclusão. Deixei de lado os quadros totalmente alinhados e assisti ao filme que eu esperava. Por muitas vezes pude ver Natalie Portman e não Jackie Kennedy, mas devo reconhecer o trabalho dela em manter viva a postura elegante e o sotaque que são características marcantes. Dois momentos em que fiquei chocada e poderia aplaudir sua atuação foi: Quando Jackie limpava seu rosto coberto com o sangue do marido e na conclusão, quando mostram com detalhes vivos, realmente explícitos, o que aconteceu na carreata. Assistir ao real acontecimento já é extremamente chocante, mas a versão de "Jackie" com os detalhes é aterrorizante. Foi horrível imaginar como ela se sentiu naquele exato momento, coberta de sangue e olhando para o corpo de seu marido. Como dito antes, o diretor de fotografia estava muito preocupado em deixar os quadros organizados, até demais. A cada quadro havia algo pra nos tirar a atenção do filme e pensar "Posso ver como ele montou essa imagem". Muito alinhado e ensaiado. Há momentos em que isso agride o telespectador, tirando o total foco. Há momentos em que você percebe que aquela cena foi ensaiada várias vezes e montada. A direção artística está impecável. Aliás, toda a produção é visível em "Jackie". Um filme que a todo momento te lembra do luto, principalmente com a trilha sonora. É um filme com formato complexo e exige bastante atenção. Um filme que, se visto com os olhos certos, tem potencial, apesar de ser completamente conflituoso.
Sing Street - Música e Sonho
4.1 714 Assista AgoraSe tornou um dos meus favoritos, o filme tem corpo, alma e voz. Tem drama, comédia, romance e música. Quer mais ? Se passa nos anos 80. A atmosfera é contagiante, os personagens tem uma ótima retrospectiva e, apesar de serem clichês, alguns fazem com que o roteiro funcione bem. A presença dos pais se separando, o irmão mais velho que serve como inspiração, o melhor amigo e o valentão são óbvias e elas funcionam. Além de ser recheado de referências musicais, o filme tem trilha original. A fotografia é ao mesmo tempo aproveitosa e confusa, a direção de John Carney sempre tenta o ar de "independente" mas seus filmes musicais tem muito mais que isso, é alma de musico. Seu trabalho em "Mesmo se nada der certo" e "Apenas uma vez" respondem por si. Vou me arriscar a dizer que Sing Street foi parte biografia.
Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
3.4 147 Assista AgoraSe pesquisar, provavelmente vai ler que se trata de um filme sobre um grupo de universitários jogadores de basebol. Bom, na verdade é. Mas a última coisa que irá assistir são eles jogando basebol... Treinando, na verdade. Mas vamos lá, isso não é um ponto negativo. Apenas um fato. Uma das coisas mais interessantes no filme é a troca constante de cenários. Passamos por uma discoteca, um bar cowntry e até por um show sinistro de rock. Inicialmente pensamos que seguiria a plataforma padrão, a qual o principal e novato chega na fraternidade, tenta se enturmar e se sente deslocado, mas não. Rapidamente essa etapa fica para trás e quando pensamos que irá acontecer um tipo de intriga, não acontece. O filme te faz esquecer a discussão e que o novato é novato. Apesar da linha do Jake ter mais foco no decorrer, isso não afeta muito, todos eles são essenciais paras as cenas. A construção dos personagens é um pouco confusa e genial. Alguns tem personalidade exagerada. A maior parte são caras se insultando, bebendo, falando de basebol, de garotas e sim, acredite... O filme tecnicamente não tem um objetivo!
O romance está lá mas fica bem de lado, se resolve no final e falando em final, essa é uma parte frustrante pois ele simplesmente termina. Quero dizer, o filme não tem objetivo nenhum, então não vamos discutir o modo como termina. O trabalho de fotografia é impecável e, em certo ponto, houve um jogo de câmera bem interessante e divertido. Apesar de se passar nos anos 80 o figurino é ridiculamente engraçado, mas a caracterização não ficou superficial. A trilha sonora é contagiante, é de se esperar. Por fim, é uma ótima comédia pra nesses tempos de seca e se estiver de bom humor, nem notará as 1h50. Ótima produção, elenco parcialmente conhecido e foi dirigido, escrito e adaptado pela mesma pessoa, que também ajudou na produção. Então podemos dizer que o filme tem alma.
PS: Linklater deu ao filme o nome "That's what i'm talking about" como working title. Se você pesquisar Everybody Wants Some no Google, vão trocar os títulos.
Snowden: Herói ou Traidor
3.8 411 Assista AgoraO filme é, na minha visão, totalmente pretensioso. Transformando uma biografia como a de Snowden em um show de Hollywood, e não digo isso de uma maneira negativa. Em vista que o assunto foi e ainda é muito polêmico, era de se esperar uma boa arrecadação de uma versão cinematográfica com atores conhecidos e uma linguagem, digamos assim, menos difícil. O filme apela mais pra vida pessoal de Snowden, relata até como conheceu sua namorada, com direito a cena de sexo. A cada freme você fica mais intimo e pode ver tudo dos olhos de Snowden. O modo como ele vê as atitudes do governo americano, como cada dia que passou trabalhando para a CIA foi contribuindo para a decisão de vir a público. Em alguns momentos, o roteiro cai no padrão e até mesmo previsível. Apesar de se tratar de uma biografia, o filme inseriu cenas que não são relevantes e estão lá apenas para te deixar mais intimo do personagem. A grande expectativa do filme nem chega a ser a parte da publicação, mas como ele conseguiu todos os fatores. Como ele chegou a trabalhar na CIA, como ele se saia no trabalho lá. Quando foi que ele começou a questionar e como foi que ele arquitetou tudo. Um dos grandes momentos do filme aconteceu quando o próprio Edward Snowden aparece nas cenas finais, ocupando o lugar de Joseph Gordon-Levitt, que o interpreta no filme. Dirigido por Oliver Stone, um veterano nesse assunto. Uma das grandes mentes de conspiração americana. O filme tem ingredientes que te prendem e, de certa forma, te obrigam a escolher um lado da história. Fazem suas 2h14 valerem a pena se levar em conta a produção do longa que fazem um ótimo trabalho apesar de deixarem mais "colorida" uma história tão "cinza".