Impactante. A idéia inicial do documentário me cativou bastante, mas o final não foi só totalmente chocante e inesperado, como também demonstra o que o ele realmente representa. O tom do documentário mudou de forma violenta. Uma reviravolta lamentável. Eu não sei descrever o que eu senti, acho que uma mistura de raiva, tristeza, revolta, perplexidade, medo e nojo. A cada informação lançada minha esperança ia diminuindo. No final eu perdi totalmente essa esperança. Esperança na lei, na justiça e na humanidade.
Quando chegou na metade, eu fui fazer as contas de quantos anos estaria o Zachary hoje e me peguei pensando "acho que ele já tem idade o suficiente para saber da verdade". O inesperado aconteceu. Shirley acabou sendo solta em circunstâncias inacreditáveis e o que antes era apenas um absurdo se tornou repulsivo. Ela ganha a guarda de Zachary e os pais de Andrew são obrigados a conviver com ela, a assassina do filho deles, para ter contato com seu neto, como se ela fosse um membro da família. Podemos assim perceber que a justiça é absurdamente falha, não só no Brasil, como costumam dizer. Shirley era uma pessoa totalmente insana... uma pessoa louca e qualquer pessoa em sã consciência conseguiria perceber que ela era SIM um perigo não só para os outros, mas também para ela mesma. Revoltante saber que seu próprio psiquiatra ajudou com sua liberdade. Quando eu pensei que estava aguentando tudo bem, chegou a pior parte do documentário: Shirley comete suicídio e leva Zachary junto. Nessa hora eu perdi totalmente a minha fé na humanidade. Simplesmente revoltante. Me da uma imensa raiva e tristeza em saber que se ela não fosse solta, Zachary ainda estaria vivo. Essa parte simplesmente não entra na minha cabeça, não entra. E acho que nunca entrara na cabeça dos avós de Zachary. É de partir o coração quando David ilustra o que ele faria para ter evitado tal situação. Ele pensou inúmeras vezes em fugir, desaparecer e até mesmo em matar a Shirley. Senti o desespero de David quando ele disse "a melhor ideia que tivemos para manter Zachary vivo era que eu a matasse pessoalmente. Não consegui pensar em nada melhor do que isso." o que fez sentido até para o padre, que disse que havia uma lógica nesse pensamento. Uma pena ele não ter matado ela. Confiou cegamente na justiça, que permitiu que uma condenada por um assassinato premeditado de circunstâncias cruéis ficasse solta da cadeia. É impressionante como o documentario muda de perspectiva ao longo do tempo. Primeiro pensamos que ele gira em torno de Andrew e de sua morte, depois pensamos que ele foi feito para Zachary, podendo assim conhecer o pai. E por fim, descobrimos que o cineasta resolveu então dedicar a obra para David e Kathleen, os pais de Andrew que, depois de duas tragédias seguidas, tendo o filho e o neto mortos pela mesma mulher, em situação que a justiça cooperou para que acontecesse, arranjaram forças, de forma misteriosa até agora pra mim. Kathleen se dedicou para aprender Direito, se especializando em direitos da criança, enquanto David começou uma campanha política pedindo mudanças na lei, baseada nos furos que permitiram a morte de Zachary, escrevendo um livro sobre o caso que se tornou best-seller. É difícil aceitar que uma criança que ainda tinha uma vida toda pela frente morreu nas mãos da própria mãe. "nunca tinha visto um caixão tão pequeno. Não deveriam existir daquele tamanho"
Adorei a forma com que ele usou em algumas partes uma sequência de imagens rápidas e um som insuportável, juntamente se tornando o par perfeito para mostrar a angustia e o esgotamento emocional.
Eu fiquei totalmente arrepiada na parte que anunciam a morte de Zachary: sequência de imagens rápidas, barulhos angustiantes, gritos, a voz de David ao fundo falando "Alguém faz aquilo a alguém que você ama. Se quem fez isso estivesse ali, eu o teria matado. Ponto final. Sem perguntas. Mate-os! Enforquem aquela puta, aqui mesmo, agora mesmo." barulhos de tiros, vídeos do Andrew e no final, a certidão de nascimento e a certidão de óbito do Zachary. Impressionante.
Escrever o roteiro de um filme com apenas 16 anos, baseado-se nas experiências de sua vida pessoal, não é para qualquer um. Colocar o filme em pratica com apenas 19 anos, não é para qualquer um. Ter como resultado um filme impecável, totalmente diferente do que se costuma ver (nos dias de hoje), não é para qualquer um. O enquadramento da câmera lenta, os relatos reais, sinceros e intensos durante o filme, a impecável trilha sonora, que deixa o filme bem mais poético e a fotografia fantástica do filme. Esses elementos deixam qualquer pessoa encantada pelo seu trabalho. Há quem diga que o final deixou a desejar, mas é só questão de interpretação.
"sometimes i feel like an owl in the day. Just let me say i want to end my life with this knife. but this is only sometimes" Sinceramente, não tem palavras para descrever esse documentário. "A morte, apesar de fazer parte do ciclo do ser humano sempre é algo incômodo, que fere, especialmente quando se trata de suicídio, um assunto delicado e ainda um tabu, é considerado anti natural, a interrupção abrupta do ciclo natural. O que faz alguém tirar a própria vida? Como saber o que se passa na cabeça de um suicida? A vida que para a maior parte das pessoas é uma dádiva, para alguém que pensa em tirá-la pode ser um tormento." Evan era um garoto inteligente, tinha amigos e tinha um futuro brilhante pela frente, ele sabia disso, é tanto que na sua carta de suicídio, ele enumerou motivos para morrer e motivos para viver, mas a verdade é que nem esses motivos para viver, conseguiram deixar ele vivo. Ele sabia que as coisas poderiam melhorar no futuro, mas ele não queria esperar por isso, ele queria morrer e pronto. Não foi a briga com a mãe, não foi o fato dele ter parado a medicação. Ele era assim desde criança, e a primeira criança com pensamentos suicidas que eu já vi na minha vida. No final, quando ele fala para os amigos que não era mais aquela pessoa que ele era quando criança, eu consegui ver na expressão do rosto dele, que ele estava mentindo e que tinha que fazer isso, pra conseguir o que queria, o suicídio. O documentário acabou e eu não fiquei com aquele sentimento de "por que ele fez isso? Ele tinha uma vida pela frente" Essa é uma imersão na profunda tristeza e na sensação de cansaço de ter que se esforçar pra viver. Só quem já sentiu isso em algum ponto de sua vida, entende o Evan, entende tudo. Acho que as pessoas que não entendem os suicidas, que os acham covardes e ignorantes, deveriam assistir esse documentário. Só assim você percebe o quanto a vida pode ser difícil pra um simples adolescente, a doença atingiu ele completamente e ele já estava morto por dentro, já não havia mais solução. Muitas pessoas fingem ser "bipolar" na internet, postam fotos de corte, mas o transporto bipolar é uma doença séria, uma doença que fazia uma criança de 5 anos admirar a morte, imaginar maneiras de se matar. There is no choice. The rest is silence. "and finally for everyone to move on and know i am sorry but this is for the best" :(
"Sei exatamente como é querer morrer... Como machuca sorrir, como você tenta se encaixar mas não consegue, como você se fere por fora tentando matar o quê tem por dentro" Um dos meus filmes favoritos. O legal desse filme é que os personagens possuem uma profundidade psicológica (que normalmente só a atuação principal possui). Só gostaria de saber o que aconteceu com as personagens depois do final.
Eu lembro que a primeira vez que eu vi esse filme, eu tinha uns 8 anos e não entendi nada. Depois assisti de novo quando cresci e me fez refletir muito. O que você faria se tivesse chance de "voltar no tempo" e mudar as coisas? Fechou com chave de ouro com Stop Crying Your Heart Out.
Puta que pariu! A sensação que esse filme traz é louca, te deixa completamente revirado psicologicamente. "As loucuras das personagens, em um determinado momento, passam a ser suas, assim como as dores e os problemas, os vícios e tudo... Até o suor que escorre no rosto deles parece uma hora ser seu." trilha sonora é a melancolia contida em forma musical. Muito bom.
Dear Zachary: Um Caso Chocante
4.4 251Impactante. A idéia inicial do documentário me cativou bastante, mas o final não foi só totalmente chocante e inesperado, como também demonstra o que o ele realmente representa. O tom do documentário mudou de forma violenta. Uma reviravolta lamentável. Eu não sei descrever o que eu senti, acho que uma mistura de raiva, tristeza, revolta, perplexidade, medo e nojo. A cada informação lançada minha esperança ia diminuindo. No final eu perdi totalmente essa esperança. Esperança na lei, na justiça e na humanidade.
Quando chegou na metade, eu fui fazer as contas de quantos anos estaria o Zachary hoje e me peguei pensando "acho que ele já tem idade o suficiente para saber da verdade". O inesperado aconteceu.
Shirley acabou sendo solta em circunstâncias inacreditáveis e o que antes era apenas um absurdo se tornou repulsivo. Ela ganha a guarda de Zachary e os pais de Andrew são obrigados a conviver com ela, a assassina do filho deles, para ter contato com seu neto, como se ela fosse um membro da família.
Podemos assim perceber que a justiça é absurdamente falha, não só no Brasil, como costumam dizer.
Shirley era uma pessoa totalmente insana... uma pessoa louca e qualquer pessoa em sã consciência conseguiria perceber que ela era SIM um perigo não só para os outros, mas também para ela mesma. Revoltante saber que seu próprio psiquiatra ajudou com sua liberdade.
Quando eu pensei que estava aguentando tudo bem, chegou a pior parte do documentário: Shirley comete suicídio e leva Zachary junto. Nessa hora eu perdi totalmente a minha fé na humanidade. Simplesmente revoltante. Me da uma imensa raiva e tristeza em saber que se ela não fosse solta, Zachary ainda estaria vivo. Essa parte simplesmente não entra na minha cabeça, não entra. E acho que nunca entrara na cabeça dos avós de Zachary. É de partir o coração quando David ilustra o que ele faria para ter evitado tal situação. Ele pensou inúmeras vezes em fugir, desaparecer e até mesmo em matar a Shirley. Senti o desespero de David quando ele disse "a melhor ideia que tivemos para manter Zachary vivo era que eu a matasse pessoalmente. Não consegui pensar em nada melhor do que isso." o que fez sentido até para o padre, que disse que havia uma lógica nesse pensamento. Uma pena ele não ter matado ela. Confiou cegamente na justiça, que permitiu que uma condenada por um assassinato premeditado de circunstâncias cruéis ficasse solta da cadeia.
É impressionante como o documentario muda de perspectiva ao longo do tempo. Primeiro pensamos que ele gira em torno de Andrew e de sua morte, depois pensamos que ele foi feito para Zachary, podendo assim conhecer o pai. E por fim, descobrimos que o cineasta resolveu então dedicar a obra para David e Kathleen, os pais de Andrew que, depois de duas tragédias seguidas, tendo o filho e o neto mortos pela mesma mulher, em situação que a justiça cooperou para que acontecesse, arranjaram forças, de forma misteriosa até agora pra mim. Kathleen se dedicou para aprender Direito, se especializando em direitos da criança, enquanto David começou uma campanha política pedindo mudanças na lei, baseada nos furos que permitiram a morte de Zachary, escrevendo um livro sobre o caso que se tornou best-seller.
É difícil aceitar que uma criança que ainda tinha uma vida toda pela frente morreu nas mãos da própria mãe. "nunca tinha visto um caixão tão pequeno. Não deveriam existir daquele tamanho"
Adorei a forma com que ele usou em algumas partes uma sequência de imagens rápidas e um som insuportável, juntamente se tornando o par perfeito para mostrar a angustia e o esgotamento emocional.
Eu fiquei totalmente arrepiada na parte que anunciam a morte de Zachary: sequência de imagens rápidas, barulhos angustiantes, gritos, a voz de David ao fundo falando "Alguém faz aquilo a alguém que você ama. Se quem fez isso estivesse ali, eu o teria matado. Ponto final. Sem perguntas. Mate-os! Enforquem aquela puta, aqui mesmo, agora mesmo." barulhos de tiros, vídeos do Andrew e no final, a certidão de nascimento e a certidão de óbito do Zachary. Impressionante.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KEscrever o roteiro de um filme com apenas 16 anos, baseado-se nas experiências de sua vida pessoal, não é para qualquer um. Colocar o filme em pratica com apenas 19 anos, não é para qualquer um. Ter como resultado um filme impecável, totalmente diferente do que se costuma ver (nos dias de hoje), não é para qualquer um. O enquadramento da câmera lenta, os relatos reais, sinceros e intensos durante o filme, a impecável trilha sonora, que deixa o filme bem mais poético e a fotografia fantástica do filme. Esses elementos deixam qualquer pessoa encantada pelo seu trabalho. Há quem diga que o final deixou a desejar, mas é só questão de interpretação.
Chelsea Girls
3.5 23Warhol é genial.
Entre o Amor e a Paixão
3.6 427"New things get old"
Garoto Interrompido
4.4 298"sometimes i feel like an owl in the day. Just let me say i want to end my life with this knife.
but this is only sometimes" Sinceramente, não tem palavras para descrever esse documentário. "A morte, apesar de fazer parte do ciclo do ser humano sempre é algo incômodo, que fere, especialmente quando se trata de suicídio, um assunto delicado e ainda um tabu, é considerado anti natural, a interrupção abrupta do ciclo natural. O que faz alguém tirar a própria vida? Como saber o que se passa na cabeça de um suicida? A vida que para a maior parte das pessoas é uma dádiva, para alguém que pensa em tirá-la pode ser um tormento." Evan era um garoto inteligente, tinha amigos e tinha um futuro brilhante pela frente, ele sabia disso, é tanto que na sua carta de suicídio, ele enumerou motivos para morrer e motivos para viver, mas a verdade é que nem esses motivos para viver, conseguiram deixar ele vivo. Ele sabia que as coisas poderiam melhorar no futuro, mas ele não queria esperar por isso, ele queria morrer e pronto. Não foi a briga com a mãe, não foi o fato dele ter parado a medicação. Ele era assim desde criança, e a primeira criança com pensamentos suicidas que eu já vi na minha vida. No final, quando ele fala para os amigos que não era mais aquela pessoa que ele era quando criança, eu consegui ver na expressão do rosto dele, que ele estava mentindo e que tinha que fazer isso, pra conseguir o que queria, o suicídio. O documentário acabou e eu não fiquei com aquele sentimento de "por que ele fez isso? Ele tinha uma vida pela frente" Essa é uma imersão na profunda tristeza e na sensação de cansaço de ter que se esforçar pra viver. Só quem já sentiu isso em algum ponto de sua vida, entende o Evan, entende tudo. Acho que as pessoas que não entendem os suicidas, que os acham covardes e ignorantes, deveriam assistir esse documentário. Só assim você percebe o quanto a vida pode ser difícil pra um simples adolescente, a doença atingiu ele completamente e ele já estava morto por dentro, já não havia mais solução. Muitas pessoas fingem ser "bipolar" na internet, postam fotos de corte, mas o transporto bipolar é uma doença séria, uma doença que fazia uma criança de 5 anos admirar a morte, imaginar maneiras de se matar.
There is no choice. The rest is silence. "and finally for everyone to move on and know i am sorry but this is for the best" :(
Ziggy Stardust and the Spiders from Mars
4.7 42Chorei.
Paixão Suicida
4.0 232"As coisas só acontecem quando você não se importa tanto com elas."
joy division no filme <3
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraThere is no point, that's the point.
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista Agora"Sei exatamente como é querer morrer... Como machuca sorrir, como você tenta se encaixar mas não consegue, como você se fere por fora tentando matar o quê tem por dentro"
Um dos meus filmes favoritos. O legal desse filme é que os personagens possuem uma profundidade psicológica (que normalmente só a atuação principal possui). Só gostaria de saber o que aconteceu com as personagens depois do final.
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista Agora"Every living creature dies alone."
Favorite movie ever.
Efeito Borboleta
4.0 2,9K Assista AgoraEu lembro que a primeira vez que eu vi esse filme, eu tinha uns 8 anos e não entendi nada. Depois assisti de novo quando cresci e me fez refletir muito. O que você faria se tivesse chance de "voltar no tempo" e mudar as coisas?
Fechou com chave de ouro com Stop Crying Your Heart Out.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraPuta que pariu! A sensação que esse filme traz é louca, te deixa completamente revirado psicologicamente. "As loucuras das personagens, em um determinado momento, passam a ser suas, assim como as dores e os problemas, os vícios e tudo... Até o suor que escorre no rosto deles parece uma hora ser seu." trilha sonora é a melancolia contida em forma musical. Muito bom.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KRelata a relação de amor e ódio entre uma mãe e um filho. Muito bom pra quem sente o mesmo.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3K- se eu morresse hoje, o que você faria?
- morreria amanhã.