Paradoxo do viciado: Está sempre à busca de reviver suas primeiras experiências alucinógenas, mas a cada novo uso amplia-se a distância entre ele e o objeto idealizado. Com o cinema não é diferente; a cada novo filme busca-se o encanto produzido pelas primeiras grandes experiências cinematográficas. Infelizmente com o tempo vem sendo cada vez mais difícil vivenciar estas experiências "like a virgin" , por isso deixo este recado de indicação deste filme, pois creio que quanto mais singular for o estilo do cineasta, maior a probabilidade de se ter este acontecimento tão magnifico que se encontra não só no cinema, mas nas artes em geral; e este filme certamente possui esta particularidade de estilo tão preciosa ao cinema. Ademais, não achei tão cansativo quanto os outros o declararam nos comentários que li. Mas não ouso dizer que esta não seja uma característica do filme em si, ou que o seja, pois me parece ser muito mais um juízo baseado na experiência que se teve com o filme do que sobre o filme em si mesmo.
Que surpresa ver um de meus contos preferidos aludido no filme !! Pra quem se interessou pela história, o conto chama-se senhorita Cora e está no livro todos os fogos o fogo do Julio Cortázar.
Porra que documentário!!!Herzog destila por entre as imagens selecionadas de Timothy um ser cheio de frustrações psicológicas,dentre as íntimas imagens podemos perceber um possível homossexualismo reprimido,uma tão obstinada performance de uma persona criada para substituir sua antiga, que tanto lhe causou sofrimento. É incrível também o uso da trilha sonora instrumental cheia de feeling,o modo como ele as harmoniza com as imagens de Treadwell,que são sem dúvidas imagens fantásticas,únicas.O documentário mostra a arte feita por um louco,ao mesmo tempo que destila esse ser,é uma obra de beleza e intimidade. Fiz uma observação também que me interessou,uma das pessoas entrevistadas,o homem que entrega o relógio à Jewel,tive a impressão de que ele estava interpretando uma personagem para a câmera ,seus gestos e expressões parecem performances de um personagem tanto quanto obvio,e tive a impressão de que o Werner resolveu expor isso através de técnicas cinematográficas,por exemplo,quando o homem está ao lado de uma cama, fazendo seu depoimento,a cena é constituída de diversos cortes que mudam sua posição,evidenciando a montagem,a falta de sinceridade da cena,que contrasta com a técnica de filmagem em outros depoimentos,em que a câmera vai gradualmente se aproximando do entrevistado,sem nenhum tipo de corte.Há também outra evidência no final desta cena da cama,quando o homem termina sua fala,parece que seu personagem termina,ele fica desconfortável,meio que sem saber o que fazer,porque o Herzog o continua filmando,como que querendo demonstrar como este homem é quando acaba sua personagem,sua mudança.
Nas tragédias gregas o telespectador já sabia o que aconteceria nas cenas antes de assisti-las,os gregos usavam este método para que não se perdesse a concentração na cena,enquanto se especulava o que aconteceria. Lars usa sutilmente este meio para nos emergir,sem que percebamos,à dor.Todo o tempo não duvidei do destino de Selma,sabia o que aconteceria a ela,e mesmo assim fiquei preso ao sensorial das cenas,sentindo a dor se aproximando a cada segunda sem nada poder fazer para evitá-la,completamente impotente,até que o final chega ao seu clímax devastador.
Um filme mais sensorial em relação aos antigos do Chan-wook Park, com bela fotografia e uma delicadeza marcante nos detalhes, sem falar em uma excelente cena erótica cujos únicos movimentos são os ao tocar o piano. Um típico trabalho de arte explícita sem grandes manobras, beleza delicada e sutis detalhes psicológicos.
A cena em que a naomi watts chora amarrada depois de terem matado o filho;A cena é feita com uma câmera parada,um som de televisão de fundo e ela no meio do cenário chorando imóvel,por mais que seja uma cena em que nada acontece o segredo para interpreta-la é se colocar no lugar da personagem,com o filho morto num canto, uma narração alta na tv que só aumenta a loucura e todo aquele turbilhão de informações passando pela cabeça. É uma cena propositalmente demorada,ela é pra causar desconforto,é pra colocar o telespectador no meio de tudo aquilo.
Paris nos Pertence
3.7 24Paradoxo do viciado: Está sempre à busca de reviver suas primeiras experiências alucinógenas, mas a cada novo uso amplia-se a distância entre ele e o objeto idealizado.
Com o cinema não é diferente; a cada novo filme busca-se o encanto produzido pelas primeiras grandes experiências cinematográficas.
Infelizmente com o tempo vem sendo cada vez mais difícil vivenciar estas experiências "like a virgin" , por isso deixo este recado de indicação deste filme, pois creio que quanto mais singular for o estilo do cineasta, maior a probabilidade de se ter este acontecimento tão magnifico que se encontra não só no cinema, mas nas artes em geral; e este filme certamente possui esta particularidade de estilo tão preciosa ao cinema.
Ademais, não achei tão cansativo quanto os outros o declararam nos comentários que li. Mas não ouso dizer que esta não seja uma característica do filme em si, ou que o seja, pois me parece ser muito mais um juízo baseado na experiência que se teve com o filme do que sobre o filme em si mesmo.
A Vida Secreta das Palavras
4.1 247 Assista AgoraQue surpresa ver um de meus contos preferidos aludido no filme !!
Pra quem se interessou pela história, o conto chama-se senhorita Cora e está no livro todos os fogos o fogo do Julio Cortázar.
À Flor Da Pele
2.8 94Um filme pra provocar sensações. Tive algumas estranhas, nunca tinha sentido nada assim. Adorei.
O Homem-Urso
4.0 143 Assista AgoraPorra que documentário!!!Herzog destila por entre as imagens selecionadas de Timothy um ser cheio de frustrações psicológicas,dentre as íntimas imagens podemos perceber um possível homossexualismo reprimido,uma tão obstinada performance de uma persona criada para substituir sua antiga, que tanto lhe causou sofrimento.
É incrível também o uso da trilha sonora instrumental cheia de feeling,o modo como ele as harmoniza com as imagens de Treadwell,que são sem dúvidas imagens fantásticas,únicas.O documentário mostra a arte feita por um louco,ao mesmo tempo que destila esse ser,é uma obra de beleza e intimidade.
Fiz uma observação também que me interessou,uma das pessoas entrevistadas,o homem que entrega o relógio à Jewel,tive a impressão de que ele estava interpretando uma personagem para a câmera ,seus gestos e expressões parecem performances de um personagem tanto quanto obvio,e tive a impressão de que o Werner resolveu expor isso através de técnicas cinematográficas,por exemplo,quando o homem está ao lado de uma cama, fazendo seu depoimento,a cena é constituída de diversos cortes que mudam sua posição,evidenciando a montagem,a falta de sinceridade da cena,que contrasta com a técnica de filmagem em outros depoimentos,em que a câmera vai gradualmente se aproximando do entrevistado,sem nenhum tipo de corte.Há também outra evidência no final desta cena da cama,quando o homem termina sua fala,parece que seu personagem termina,ele fica desconfortável,meio que sem saber o que fazer,porque o Herzog o continua filmando,como que querendo demonstrar como este homem é quando acaba sua personagem,sua mudança.
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraProvavelmente o filme mais charmoso do Woody Allen!
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraNas tragédias gregas o telespectador já sabia o que aconteceria nas cenas antes de assisti-las,os gregos usavam este método para que não se perdesse a concentração na cena,enquanto se especulava o que aconteceria.
Lars usa sutilmente este meio para nos emergir,sem que percebamos,à dor.Todo o tempo não duvidei do destino de Selma,sabia o que aconteceria a ela,e mesmo assim fiquei preso ao sensorial das cenas,sentindo a dor se aproximando a cada segunda sem nada poder fazer para evitá-la,completamente impotente,até que o final chega ao seu clímax devastador.
Segredos de Sangue
3.5 1,2K Assista AgoraUm filme mais sensorial em relação aos antigos do Chan-wook Park, com bela fotografia e uma delicadeza marcante nos detalhes, sem falar em uma excelente cena erótica cujos únicos movimentos são os ao tocar o piano.
Um típico trabalho de arte explícita sem grandes manobras, beleza delicada e sutis detalhes psicológicos.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraGenial, David Lynch é mestre
Violência Gratuita
3.4 1,3KÉ um filme de terror psicológico,as cenas mais lentas e "sem sentido" são as que melhor reforçam esse terror.
A cena em que a naomi watts chora amarrada depois de terem matado o filho;A cena é feita com uma câmera parada,um som de televisão de fundo e ela no meio do cenário chorando imóvel,por mais que seja uma cena em que nada acontece o segredo para interpreta-la é se colocar no lugar da personagem,com o filho morto num canto, uma narração alta na tv que só aumenta a loucura e todo aquele turbilhão de informações passando pela cabeça.
É uma cena propositalmente demorada,ela é pra causar desconforto,é pra colocar o telespectador no meio de tudo aquilo.
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