Soa como uma continuação não-oficial de O Iluminado - e, consequentemente, superior a Doutor Sono (ainda que sejam filmes diferentes nas suas propostas). Kubrick ficaria orgulhoso.
Provavelmente o último grande filme da Nicole Kidman.
E aqui, Glazer já dava indícios do grande cineasta que se tornaria anos depois, mesmo com uma filmografia tão curta.
Minha infância não foi muito marcada pelos filmes da Disney. Tanto que os primeiros que vi (com 6 ou 7 anos) foram 3 longas que não costumam ser lembrados entre os melhores ou os clássicos absolutos: Robbin Hood (minha animação clássica preferida do estúdio), Aladdin e os 40 ladrões (minha animação feita pra vhs preferida - e melhor que o primeiro filme) e Tarzan, que é minha animação preferida da Disney feita nos anos 90.
Com o passar dos anos fui assistindo as outras mais conhecidas e mais icônicas, tipo O Rei Leão (sem dúvidas a animação mais marcante da Disney feita naquela década). Boa parte delas são maravilhosas.
Mas Tarzan tem um charme extra que nenhuma delas consegue ter, nem sei explicar muito bem o quê, só sei que é bom e o encanto nunca se perde quando revejo. Talvez por ser minha versão preferida entre todas as adaptações já feitas para o personagem, seja em animação ou live action. Talvez as músicas do Ed Motta (que são melhores que as versões originais de Phil Collins, aceitem). Talvez a Jane (uma das minhas primeiras paixões platônicas). Talvez as cenas de ação, que são de tirar o fôlego. Talvez a Terk, uma personagem LGBT muito a frente de seu tempo, apresentada numa época onde ninguém se incomodava com isso.
Nunca imaginei que fosse falar isso, mas: é um filme menor do Mann.
Aqui ele parece um diretor autoral controlado por estúdio, sem aquelas experimentações visuais que já são marca registrada em sua filmografia. Aquela fotografia típica do diretor, aqueles closes em detalhes (uma nuca, uma orelha...), a câmera dando foco no horizonte e não no personagem, enfim, aqueles enquadramentos sensacionais que só Michael Mann sabe fazer. Isso faz muita falta. Até o filtro azul faz. Falta identidade.
Parece filme de qualquer outro diretor. Cambaleando mais para Ridley Scott ou coisa assim (não é por acaso que algumas partes lembram Casa Gucci).
O elenco está ótimo, principalmente Penélope Cruz, que rouba o filme para si sem muito esforço.
Mas, no cinema desse diretor, o poder maior sempre foi a imagem. Aqui não é o caso. O mais próximo de algo catártico é justamente na cena da corrida, talvez a melhor cena do tipo feita nos últimos anos (e seu desfecho trágico não esconde nada, requer estômago forte aos desavisados).
Ainda assim, Ferrari é um filme apenas bom. O que é pouco para quem fez obras-primas como Profissão: Ladrão, Fogo contra Fogo, O Informante, Ali, Miami Vice, entre outras pérolas.
Um filme de Alexander Payne não dirigido por Alexander Payne.
Isso não necessariamente significa um elogio.
Inclusive, me fez lembrar de um filme menos conhecido do Spike Lee, "A Hora do Show". Subestimado, porém, absolutamente superior. Ficção Americana meio que é um primo pobre desse outro filme.
Ainda bem que a linguagem "moderna" do cinema de Paul Greengrass morreu no início dos anos 2010, com aquela montagem frenética que naturalmente se tornou uma tendência esquecida (há quem ainda insista, mas acho que é minoria).
Pelo menos não é insuportável como Zona Verde, filme anterior a Cap. Phillips e que não tem um segundo de respiro, com aqueles takes que mudam a cada piscar de olhos.
Que me desculpem os fãs de Heath Ledger, mas a melhor performance masculina* de 2008 no cinema hollywoodiano está nesse filme aqui, com Clint Eastwood em um trabalho como sempre absolutamente natural e metalinguístico (uma referência ao seu personagem mais icônico, Dirty Harry, e também um retrato geral sobre sua persona de símbolo máximo de machão no cinema).
Se sua carreira como diretor terminasse com Gran Torino, encerraria ela com chave de ouro.
Obra-prima. Provavelmente seu melhor filme como cineasta.
(*Empatado com Joaquin Phoenix em outra obra-prima daquele ano: Amantes.)
Tudo muito épico, tudo muito grandioso, com trilha sonora maior que a vida... Villeneuve tinha razão: é seu filme mais pop até agora.
Mas falta nesse filme a coragem que Blade Runner 2049 tem, ainda seu melhor trabalho em Hollywood.
Mas, por medo de temerem outro fracasso financeiro, é até compreensível abusar dos clichês de blockbuster contemporâneos. A adaptação já é algo arriscado por si só, então "ousar" seria suicídio. O ritmo "lento" de BR 2049, se aplicado aqui, poderia ser um tiro no pé da Warner.
Duna vai ser aquele tipo de filme que prometeu demais no passado e que será esquecido no futuro, por um simples motivo: não é diferente de muita coisa que já saiu por aí, visualmente falando.
A presunção de querer ser um marco no cinema mata a maioria desses filmes exageradamente épicos que têm saído nos últimos anos. Parecem todos iguais, no fim não dá pra diferenciar um do outro. Parece que a única função deles é essa: competir pra ver qual filme entra pra história. Mas acabam empatando. Empate de zero.
Só impressiona a quem nunca assistiu Lawrence da Arábia.
(Revisto agora em 2024; a primeira e única vez que tinha visto foi em seu lançamento. Continua fraco.)
Vale pelos efeitos práticos e direção de arte criativa que impressiona, mesmo 40 anos depois - diferente do trabalho padrão que aparece em 10 de 10 produções dos últimos 10 ou 15 anos no cinema blockbuster, onde tudo parece igual, do design à paleta de cores, do cgi à trilha sonora (e isso inclui a versão de 2021).
Tentei ver como um filme dirigido por qualquer pessoa e não pelo Lynch (que não esconde de ninguém que renega esse trabalho).
Deu certo. Divertiu.
MUBI sabe das coisas. Se colocaram o filme no catálogo é porque viram qualidades...
(comentário referente a revisão de agora, em 2024; na primeira vez que vi esse filme, em 2018, achava ele ruim)
Ben-Hur
4.3 547 Assista AgoraMessala, o primeiro gay possessivo e rancoroso da história.
Hook - A Volta do Capitão Gancho
3.4 282 Assista AgoraProvavelmente o filme infantil mais boboca do Spielberg.
Irmão Urso
3.9 623 Assista AgoraTenho muita preguiça de qualquer animação da Disney depois do período da renascença, que vai de A Pequena Sereia até Tarzan.
Irmão Urso é dos mais esquecíveis, antipáticos e capengas desse pós-período (sou insensível).
Comecei uma maratona de animações da Disney para cinema em jan/24 e devo terminar em abril do mesmo ano.
Não vejo a hora de chegar a vez de rever Zootopia. A única animação de fato decente que fizeram de 2000 pra cá (não conto Pixar, que é algo a parte).
Xuxa Popstar
1.7 248Tesouro nacional com Rodriguinho no auge da beleza (ainda um Travesso, muitos anos antes de ser um ex-BBB cancelado).
Rambo IV
3.3 455 Assista AgoraTalvez o primeiro (ou o melhor) filme que esculhamba o típico white savior, idiotizando-o ao invés de desenha-lo como necessário.
Reencarnação
2.4 385Soa como uma continuação não-oficial de O Iluminado - e, consequentemente, superior a Doutor Sono (ainda que sejam filmes diferentes nas suas propostas).
Kubrick ficaria orgulhoso.
Provavelmente o último grande filme da Nicole Kidman.
E aqui, Glazer já dava indícios do grande cineasta que se tornaria anos depois, mesmo com uma filmografia tão curta.
E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?
3.9 371 Assista AgoraNinguém cria personagens idiotas como os irmãos Coen.
Periga ser a melhor comédia deles.
Lilo & Stitch
3.9 590 Assista AgoraExcessivamente fofo para o meu coração de gelo (que difícil derrete pra qualquer animação da Disney).
Ps: um estrela a mais pelo fato do Stich lembrar meu cachorro em alguns momentos especiais que só quem é pai de pet sabe como são.
Bang Bang
3.9 48"In-A-Gadda-Da-Vida, honey..."
Tarzan
3.8 723 Assista AgoraMinha infância não foi muito marcada pelos filmes da Disney. Tanto que os primeiros que vi (com 6 ou 7 anos) foram 3 longas que não costumam ser lembrados entre os melhores ou os clássicos absolutos: Robbin Hood (minha animação clássica preferida do estúdio), Aladdin e os 40 ladrões (minha animação feita pra vhs preferida - e melhor que o primeiro filme) e Tarzan, que é minha animação preferida da Disney feita nos anos 90.
Com o passar dos anos fui assistindo as outras mais conhecidas e mais icônicas, tipo O Rei Leão (sem dúvidas a animação mais marcante da Disney feita naquela década). Boa parte delas são maravilhosas.
Mas Tarzan tem um charme extra que nenhuma delas consegue ter, nem sei explicar muito bem o quê, só sei que é bom e o encanto nunca se perde quando revejo. Talvez por ser minha versão preferida entre todas as adaptações já feitas para o personagem, seja em animação ou live action. Talvez as músicas do Ed Motta (que são melhores que as versões originais de Phil Collins, aceitem). Talvez a Jane (uma das minhas primeiras paixões platônicas). Talvez as cenas de ação, que são de tirar o fôlego. Talvez a Terk, uma personagem LGBT muito a frente de seu tempo, apresentada numa época onde ninguém se incomodava com isso.
Certamente é tudo isso.
E aquele final é absolute cinema.
Obs: melhor jogo de Playstation 1 também.
O Rei Leão
4.5 2,7K Assista Agora30 anos se passaram e nenhuma animação superou aquela abertura.
Nenhuma.
O Estranho Mundo de Jack
4.1 1,3K Assista AgoraCalor do momento é um perigo, né?
Me faz pensar que assisti a melhor animação de todos os tempos.
Aladdin
4.0 726 Assista AgoraRobin Williams era uma força da natureza.
Talvez o melhor trabalho de dublagem já feito por um astro do cinema.
Ps: nosso Márcio Simões também não fica atrás. Trabalho de dublagem do mesmo nível da voz original. Falo com tranquilidade.
Minha Irmã e Eu
3.1 135 Assista AgoraTem sua graça. Mas cansa e se torna repetitivo. 01h50 é muito.
Nem toda comédia se sustenta com todo esse tempo.
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 278 Assista AgoraO "Cidadão Kane dos filmes de serial killer".
E um dos 10 melhores filmes da história.
Ferrari
3.3 93 Assista AgoraNunca imaginei que fosse falar isso, mas: é um filme menor do Mann.
Aqui ele parece um diretor autoral controlado por estúdio, sem aquelas experimentações visuais que já são marca registrada em sua filmografia. Aquela fotografia típica do diretor, aqueles closes em detalhes (uma nuca, uma orelha...), a câmera dando foco no horizonte e não no personagem, enfim, aqueles enquadramentos sensacionais que só Michael Mann sabe fazer.
Isso faz muita falta.
Até o filtro azul faz.
Falta identidade.
Parece filme de qualquer outro diretor. Cambaleando mais para Ridley Scott ou coisa assim (não é por acaso que algumas partes lembram Casa Gucci).
O elenco está ótimo, principalmente Penélope Cruz, que rouba o filme para si sem muito esforço.
Mas, no cinema desse diretor, o poder maior sempre foi a imagem. Aqui não é o caso. O mais próximo de algo catártico é justamente na cena da corrida, talvez a melhor cena do tipo feita nos últimos anos (e seu desfecho trágico não esconde nada, requer estômago forte aos desavisados).
Ainda assim, Ferrari é um filme apenas bom.
O que é pouco para quem fez obras-primas como Profissão: Ladrão, Fogo contra Fogo, O Informante, Ali, Miami Vice, entre outras pérolas.
Ficção Americana
3.8 369 Assista AgoraUm filme de Alexander Payne não dirigido por Alexander Payne.
Isso não necessariamente significa um elogio.
Inclusive, me fez lembrar de um filme menos conhecido do Spike Lee, "A Hora do Show". Subestimado, porém, absolutamente superior. Ficção Americana meio que é um primo pobre desse outro filme.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraAinda bem que a linguagem "moderna" do cinema de Paul Greengrass morreu no início dos anos 2010, com aquela montagem frenética que naturalmente se tornou uma tendência esquecida (há quem ainda insista, mas acho que é minoria).
Pelo menos não é insuportável como Zona Verde, filme anterior a Cap. Phillips e que não tem um segundo de respiro, com aqueles takes que mudam a cada piscar de olhos.
Gran Torino
4.2 1,5K Assista AgoraQue me desculpem os fãs de Heath Ledger, mas a melhor performance masculina* de 2008 no cinema hollywoodiano está nesse filme aqui, com Clint Eastwood em um trabalho como sempre absolutamente natural e metalinguístico (uma referência ao seu personagem mais icônico, Dirty Harry, e também um retrato geral sobre sua persona de símbolo máximo de machão no cinema).
Se sua carreira como diretor terminasse com Gran Torino, encerraria ela com chave de ouro.
Obra-prima.
Provavelmente seu melhor filme como cineasta.
(*Empatado com Joaquin Phoenix em outra obra-prima daquele ano: Amantes.)
O Palhaço
3.6 2,2K Assista Agora"Ah, muito boooom, muito boooom... a senhora teria um sutiã grande sobrando?"
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraTudo muito épico, tudo muito grandioso, com trilha sonora maior que a vida... Villeneuve tinha razão: é seu filme mais pop até agora.
Mas falta nesse filme a coragem que Blade Runner 2049 tem, ainda seu melhor trabalho em Hollywood.
Mas, por medo de temerem outro fracasso financeiro, é até compreensível abusar dos clichês de blockbuster contemporâneos. A adaptação já é algo arriscado por si só, então "ousar" seria suicídio. O ritmo "lento" de BR 2049, se aplicado aqui, poderia ser um tiro no pé da Warner.
Duna vai ser aquele tipo de filme que prometeu demais no passado e que será esquecido no futuro, por um simples motivo: não é diferente de muita coisa que já saiu por aí, visualmente falando.
A presunção de querer ser um marco no cinema mata a maioria desses filmes exageradamente épicos que têm saído nos últimos anos. Parecem todos iguais, no fim não dá pra diferenciar um do outro. Parece que a única função deles é essa: competir pra ver qual filme entra pra história.
Mas acabam empatando.
Empate de zero.
Só impressiona a quem nunca assistiu Lawrence da Arábia.
(Revisto agora em 2024; a primeira e única vez que tinha visto foi em seu lançamento. Continua fraco.)
Duna
2.9 412 Assista AgoraVale pelos efeitos práticos e direção de arte criativa que impressiona, mesmo 40 anos depois - diferente do trabalho padrão que aparece em 10 de 10 produções dos últimos 10 ou 15 anos no cinema blockbuster, onde tudo parece igual, do design à paleta de cores, do cgi à trilha sonora (e isso inclui a versão de 2021).
Tentei ver como um filme dirigido por qualquer pessoa e não pelo Lynch (que não esconde de ninguém que renega esse trabalho).
Deu certo. Divertiu.
MUBI sabe das coisas. Se colocaram o filme no catálogo é porque viram qualidades...
(comentário referente a revisão de agora, em 2024; na primeira vez que vi esse filme, em 2018, achava ele ruim)
Pobres Criaturas
4.1 1,1K Assista AgoraBarbie +18.
Zona de Interesse
3.6 587 Assista AgoraEcos de "Jeanne Dielman" + Jacques Tati (visualmente falando), em cima de um tema delicado e angustiante.
Nem sempre fácil, muitas vezes incômodo - e isso não é um demérito.
Um filme que pode crescer em futuras revisões. Aconteceu o mesmo com "Sob a Pele", filme anterior do diretor.