A série é uma carta de amor para os anos 80 e o carisma dos personagens vende a série como um todo, junto com a fotografia. O que me incomodou essa temporada foi o romance de Hopper com Joyce que ficou INSUPORTÁVEL e o enredo que convenhamos, não tem nada de absurdo.
Achei que poderia ser o final impecável da série, mas sendo uma das mais famosas da netflix (se não a mais famosa) não seria terminada com apenas 3 temporadas. Espero que o final definitivo seja no nível dessa. Onde todos se separem como em (Stand by me) porém mesmo com a mudança, eles sempre irão ter as memórias de Hawkins. E assim, o que eles viveram será eterno.
Já no primeiro momento somos apresentados a sutileza da primeira cena: a personagem acorda com um susto após ser " perfurada". Simples e sucinta, já nos mostra como é doloroso a vivência de Camille e como machuca acordar todos os dias.
Outro detalhe é a escrita no carro "Dirt" uma forma explícita de dizer como a personagem se sente. Da mesma forma que no final do primeiro episódio vemos as cicatrizes como escritas. Sexualidade frustrada também é outro fator importante presente na memória dela.
Tudo no primeiro episódio é impecável. A direção, o som e a fotografia que nos faz sentir o peso daquele ambiente. A miniatura da casa das bonecas mostra a relação da mãe com as filhas e um espírito materno autocrático, rígido e sufocante.
Camille se encaixa até mesmo no caso, pois uma das meninas era considerada má influência para outra que era justamente da forma como sua mãe fazia se sentir. Depois posteriormente descobrimos que a mãe rejeitava a filha pela fato de que não conseguia moldar ela com sua síndrome. Por mais que todo mundo odeie a mãe da Camille não consegui colocar ela como criminosa em potencial. Achava que apenas rejeitava a filha. Acho que muito dessa falta de suspeita se dá ao segundo caso que a menina aparece sem os dentes. Méritos ao enredo que conseguiu me enganar. ( Duas vezes).
No final quando descobrimos que foi a Amma é brutal. A todo tempo ela era louca por atenção. A última amiga provavelmente foi morta pois recebia mais atenção que ela na mesa de jantar por exemplo. No livro se diz que ela arrancou os dentes simplesmente pra completar a casa de bonecas. E ela vai presa. Mas a série nos deu vários pequenos detalhes. Um dos diálogos foi quando a Amma diz: Meninos são mais fáceis de manipular, meninas as vezes você precisa machucar. A capa do celular de Amma é igual ao do banco da bicicleta das meninas. O fato de não deixar tocar na casa de bonecas. Quando Amma aparece vestida da branca na floresta e etc.
Sobre a adaptação , graças ao diretor foi impecável. Em vez de ser narrativa foi expositiva. " Me mostre, não me conte". Aula de direção.
Cru, insano e brutal. Mais uma série impecável da HBO.
Ps1: dois momentos sobre machismo na série. Uma na não consideração de que poderia ser uma mulher que cometeu o crime e a outra quando policial está na ronda e fala que um bêbado pode atropelar as meninas e elas falam " não seja machista chefe, pode ser uma bêbada. São mensagens sutis mas que levam a uma reflexão sobre o tema
Ps2: i'll eat you up foi uma referência a 'Onde vivem os monstros "
Rust é de longe a coisa mais interessante da série. Sua filosofia niilista rende bons questionamentos.
Um detalhe interessante é como a série mostra a duplicidade de ambos os personagens. De prima achamos que Rust é único insatisfeito com sua vida, o único a sentir dor. Mas seu parceiro, mesmo com uma vida " perfeita" consegue ter a mesma instabilidade que Rust. Brigas conjugais, adultério, medo do questionamento da fé, problemas na criação das filhas, ausência paterna e etc.
Em contraponto Rust se sente livre. Pois não tem mais o que perder. Schopenhauer falava que a vida é dor e se adequa exatamente a situação do personagem. Uma existência tão dura e sem propósito que conseguia ver no rosto dos cadáveres uma sensação de aceitação de seus destinos. Como se deixassem de carregar o peso da vida.
No existencialismo Sartreano a existência precede a essência. Você é livre pra viver do jeito que bem entender. Desde uma vida normal mas que te faça feliz ou uma vivência isolada como Rust. Contanto que você a escolha sabendo todas terão sua dores e não existe maneira fácil de viver.
O final por incrível que pareça foi otimista. " Antes só havia escuridão. Na minha opinião estamos vencendo."
Infinitamente superior ao filme. Mesmo que não goste e não ache nada de extraordinário o universo criado pelo irmãos Coen, a série é uma ótima trama policial. O que me incomoda são alguns personagens caricatos e umas coincidências narrativas (muito menos problemáticas do que as do filme).
Sub-tramas de personagens secundários ridículas, único personagem que cativa é próprio David que tem seu romance com a personagem fabricado e não construído. Você sente que os dois têm química, mas nada daquilo é plausível.
O romance de Melanie...o que falar então. O cara mais parece um personagem canastrão de filme mexicano.
Quanto aos efeitos especiais que destoam certas cenas, porém é compreensível por conta das limitações com gasto na televisão. Mas não é nada de obra visual que chamam. Outro personagem que sofreu com a limitação foi o Rei das Sombras, que ficou parecendo um boneco inflável tosco. Infelizmente te tira da trama e em vez de medo te causa risada.
A maquiagem também ficou mediana quanto aquele personagem que tem o rosto queimado. Mas essas limitações não são o pior da série. Somente David tem espaço ou gera interesse e uma série não pode se limitar a um único personagem, mesmo que a trama gire em torno dele.
Em contrapartida a edição da série é fantástica, principalmente dos episódios iniciais. Dan Stevens está fantástico como Legião. E é muito melhor do que os filmes do X-men que estão no cinema; o que não é, de certa forma, difícil.
Alguns episódios são divertidos porém muitos personagens e tramas são banais. O desfecho dos 4 cavalheiros do Apocalipse foi ridículo de ruim. O encontro da bruxa com os protagonistas foi um facilitador narrativo explícito e o personagem caçador de bruxas é irritante e praticamente não serve pra nada de relevante.
O humor é sútil, ri em alguns momentos. O que me fez continuar foi os protagonistas que são muito bons. Mas digo somente uma coisa:
O episódio 2 leva uma das pessoas mais céticas da série a passar a acreditar numa teoria maluca de transportar pessoas. É quase que inescapável a vontade de Nora tem de ir atrás de seus filhos.
Novamente o enredo brinca com nossa possibilidade de crença.
O sumiço repentino também nos leva a discussão das pessoas que realmente desaparecem no mundo. Já pensou o quão é desesperador? Quando alguém morre e é enterrado, se fecha o ciclo da vida. Mas quando isso é roubado? Quando vc não pode ter essa certeza? Vivendo com a possibilidade de que talvez um dia, por minimamente que seja, aquela pessoa possa voltar ou quem sabe, ser enterrada.
Nora por exemplo, afirma que Lily teria sido deixada pra ela, porém aquilo também foi fruto do acaso. A simples crença de destino já descredibiliza o ceticismo de Nora, que assim como o filho adotivo de Kevin, prefere a ignorância de não saber a verdade para não conviver com a dor. Na vida há dor, não é possível separar ambos, se você não aprender a conviver com isso, ela te frustrarar e impedirá de evoluir.
No episódio 6 temos Laurie dando isqueiro de sua filha ao Kevin, adquirindo um novo significado. O episódio é impecável e cheio de camadas. A música do início " suicide" a ligação dela com Judas que ambos tiveram o mesmo final, a frase que se inicia o episódio, porém não achei plausível Laurie se matar. Ela era a mais equilibrada no meio de tudo, e por mais que tivesse busca por significado e não acreditar no meio místico, não acho que justifique o suicídio dela. Por mais que ela já tivesse abandonado sua família antes, mesmo já tendo tentado suicídio, essa era a chance de se redimir pra sempre, ainda mais com a filha a ligando no último momento. Posteriormente sabemos que ela não fez isso e o enredo brincou com nossa certeza. A Jill impediu indiretamente da mãe se matar.
A série brinca com nossa crença colocando aleatoriedades nos levando a acreditar em algo sobrenatural. Quanto na verdade até o próprio grande acontecimento da série é fruto do acaso. ... "E no ele ficou com medo. Com muito medo dela, de se deitar ao lado dela, de ser consolado por ela enquanto chorava, de lhe mostrar como era pequeno, de ela ver isso ao tocar seu rosto e sussurrar palavras em seu ouvido. Tudo era um pesadelo. Só o que ele sabia fazer era fugir. Ele respirou fundo, sentiu o sal na língua e fechou os olhos. Inclinando-se o misericordioso acelerava em direção ao horizonte. Ele estava só e tudo estava bem."
Já a Nora não conseguiu seguir em frente , sendo pior do que um processo de luto. Por mais cética que fosse, sempre se apegava a algo pra levar a seus filhos. E no final por mais que não tivesse certeza ( como nenhum de nós tem sobre pós-morte) ela sentia que valia a pena arriscar.
E no final nos apresenta já o esperado. Nada de respostas mirabolantes ou teorias loucas sobre OVNIS. Simplesmente um lapso aleatório que separou dois universos. E o plot final, uma sociedade perdeu 2% e os que perderam 98%? Até os mesmos conseguiram continuar por que o outro lado que perdeu menos não continuaria? Nora percebeu que seria um fantasma, que não caberia naquele universo, que traria infelicidade pra seus filhos. Forma mais genuína de amor. E retornou pra o mundo ela pertencia. Claro que feito de maneira aberta. Não se sabe ao certo se máquina não parou e simplesmente ela se isolou todo esse período. Mas algumas pistas são dadas como " a pessoa mais corajosa do mundo" e " eu não minto" no mesmo episódio. Porém essa crença é algo subjetivo, Nora talvez nunca tenha ido, desistindo na cena em que há o corte seco e inventado essa mentira pra conviver com a fraqueza de encarar Kevin depois de tudo. Além que os cientistas sempre falaram " ela não vai conseguir ir até o final". E dela finalmente carregar seus pecados levando os correntes do bode, finalmente tendo aceitado que pecou em sumir tanto tempo e não cometido um simples erro. Tanto que ela só resolve dar uma chance pra Kevin quando ela realmente coloca a corrente.
A série não mostrar sua viagem foi uma escolha acertada. Acho que imaginar todo aquele universo foi quase que como assistir um episódio sobre.
De qualquer forma, foi um final impecável, sensível, me senti numa história de amor que transcendeu a existência de duas almas. A trilha sonora impecável, fotografia e a sensibilidade do diretor de não mostrar o outro mundo deixando tudo por conta da imaginação. Foi um final digno pra uma série contemporânea tão cultuada. Me senti de volta a aqueles filmes que assistia mais novo, onde me emocionava todo.
Obs1: a cena do "baile" me fez me senti num romance jovem, dos mais puros possíveis, aquela paixão adolescente que cada um de nós tivemos. Aquela incerteza e calorzinho que bate no peito. Lindo e acima de tudo sensível. Back on Highschool.
Obs2: a música Homeward Bound é impossível não nos transportar pra uma realidade em que estamos distantes de casa, voltando pra ela ansiosos pra retornar ao lugar que somos amados.
Seria então o 14 de outubro uma metáfora ao mundo moderno? Onde há escassez de sentimentos?
Se o amor e afeto são escassos, logo a senadora tem razão em dizer que as crianças que crescem em orfanatos ou todos os outros que tem a dificuldade de se criar vínculos afetivos tem na verdade uma vantagem.
Porém, não só precisaremos de um 14 de outubro pra perdemos quem amamos. A vida é assim. A qualquer momento perderemos. Isso não é uma fraqueza, é parte da vida humana. Aprender a lidar com a dor e com a ausência. E muitos que não conseguem se apegam a religião para tentar preencher esse vazio.
Outro lado a série brinca com a nossa crença como se confirmasse a teoria já dita que o ser humano se apega a explicações religiosas quando se sente perdido. Toda vez que somos guiados a acreditar o enredo nos leva pro outro caminho. Méritos a discussão religiosa ácida que nunca fica banal.
E por fim nos mostra como momentos críticos da sociedade desencadearam falsos profetas e falsos deuses. E como isso molda e a ainda se mantém viva dentro da sociedade atual.
Os três robôs Zima Blue Sugador de almas Quando iogurte assumiu o controle Para além da fenda de Áquila Boa caçada A testemunha A vantagem de Sonnie 13 número da sorte Ponto cego Noite de pescaria Proteção contra alienígenas Metamorfos Ajudinha Histórias alternativas Lixao Guerra secreta Era do gelo ********
Sobre o episódio do Iogurte Você abriria mão de sua liberdade em prol de um regime autoritário perfeito? Se uma criatura superior assume o poder com uma fórmula perfeita e com ela a paz da humanidade fosse alcançada, você se permitiria abrir mão de todos o seus anseios por isso?
Por fim, o nosso lado humano morreria pois sem errar não evoluíramos. Eles são nosso aprendizado.
Estaria então a raça humana fadada ao fracasso? Pois a perfeição que tanto almejamos é ilusória e utópica de um mundo dúbio que ao mesmo tempo que se resume em perfeição, sufoca a identidade que nos faz humanos, e termina no vazio entediante.
O quão chato seria um mundo perfeito, sem erros, com apenas sucesso?
E não, ao mesmo que falo isso, não concordo com as injustiças do mundo e temos sim que lutar para diminuí-las. Mas quando alcançarmos tudo que almejamos, o que nos restará?
O essência humana é insaciável. Nunca chegaremos a perfeição.
Chef Garvey tinha tudo, mas mesmo tendo, não se sentia completo. E por mais irônico que seja, ele perdeu a todos, mesmo que nenhum tenha desaparecido no dia de 14 de outubro.
"Todo homem se rebela contra a ideia de que é só isso."
Cada um busca um objetivo ou uma catarse em suas vidas. Se não as tem, o próprio cria. Como Dom Quixote criou seus demônios nos moinhos.
Tudo está lá, a exploração da mídia sobre o evento e o comércio gerado por isso. Os falsos profetas criados, religiões extremistas, apelo emocional e ídolos fabricados.
O nível de detalhes do episódio 9 foi incrível, todos estavam lá. O relacionamento antigo de todos os personagens: a família que perdeu o filho com síndrome de down, o filho adotado do Kevin e suas frustrações com o pai biológico, o alce que previu a gravidez da filha do Garvey, o futuro padre que antes do caos recebeu sua última " benção" e até mesmo alguns personagens principais dos RC.
Como é do mesmo criador de Lost, espero não perder vários dos sinais dados e que os mesmos tenham algum significado no fim da trama.
Houve o fechamento do arco com Matt e sua mãe, assim como sua redenção em decidir não matar o Fisk.
"Não há vida após um assassinato. Não como voltar atrás depois disso. Certo ou errado, é uma marca. Não há volta."
Fazer Fisk pagar por seu crimes através do sistema foi sensacional, além de nos proporcionar a sensação durante a temporada que isso seria impossível. É recompensador.
A última cena era pra dar continuidade a série , como foi cancelada prefiro considerar a cena anterior como a última, na qual Matt, Page e Nelson planejam voltar para suas vidas normais.
E me desculpem os vilões, mas fazer o bem é mais difícil, árduo e exige muito mais coragem.
Faço as palavras do Matt as minhas:
"Comigo pessoalmente, passou anos me fazendo enfrentar meus medos. Para entender como eles me escravizavam, como me separavam das pessoas que amo. Me aconselhou a transcender meus temores, a ser corajoso o bastante para perdoar a ver as possibilidades de ser um homem sem medo."
Não posso deixar de fazer um alusão desse último episódio a vida. The Sopranos vai muito além de uma história sobre a Máfia. A série aborda assuntos como machismo,racismo, psicologia, drogas e quase sobre tudo. É uma série sobre a vida. De tantos momentos lembro quando Johnhy Sack chorou e foi julgado pelo seu meio ou quando Tony foi descoberto fazendo terapia ou quando ainda estava de recente alta no hospital, basicamente tudo era pra tentar se provar dentro daquele nicho. Homens que foram podados de sentimentos para mostrar fortaleza. O enredo consegue transmitir consequências que vemos ocorrer conformes os anos, como o abandono da psiquiatra ao caso de Tony, ou como AJ foi influenciado pela decepção que teve com o pai quando descobriu que ele era um chefe da máfia, a culpa que Carmela sentia de viver uma vida dupla entre amar um homem que vivia do "pecado" e ser rigorosamente religiosa. Mostrava a liquidez das relações do mundo do "negócio" e também de preconceito como o que Vito sofreu por homossexual. No último episódio em que Tony visita Corrado mostra o quanto se sente saudosista ao relembrar do passado e as relações em que Tony tinha com seu pai e como influenciaram ele.
Tony: You and my Dad, you two ran North Jersey. Junior: We Did? Tony: Yeah. Junior: Hm.....Well that's nice.
A dualidade do personagem em ser um pai e um sociopata. A relação com o poder que Tony tinha, assim como a questão de não ter de fato " amigos " e sim lacaios. A sutileza de muitas cenas são geniais , como a do episódio que Tony se revolta por ser chamado de gordo por um primo e percebe que existe um "rato" bajulador que o afirma que está mais magro.Tony se olha no espelho e sente a verdade por mais amarga que ela seja. Muitas vezes nossas relações são influenciadas dessa forma, não queremos a verdade e sim mentiras que nos façam sentir melhor. Sopranos é uma viagem a psique humana e como ela funciona com o poder. Existem vários e inúmeros ensinamentos dentro da série.
A chance de redenção em que Tony teve no início da última temporada ao ver de como seria sua vida se largasse a mala ( como simbologia da máfia ) livrando-se do peso caso iniciasse uma nova forma de vida. Aquele casarão no qual representa a pós-morte está presente em forma de quadro na cena final, dando mais entender que Tony realmente morre abruptamente.
No piloto a câmera mostra o nascimento de Tony como um chefe de família, e de seu duplo AJ, seu filho no qual herdou problemas depressivos do qual seu pai se sente culpado por ter transmitido a diante a sua miséria. Os patos na piscina era um prelúdio do que iria acontecer na última temporada, sua " família " indo embora de um a um, por culpa do próprio Tony.
Desde da negligência de Meadow com uma colega de classe depressiva que posteriormente seu irmão acaba no mesmo lugar de tratamento que ela ou quando a psiquiatra de Tony se sente recompensada apenas pela fato de que bastava uma palavra pra seu estuprador estar morto.
Sobre o final a diversos sinais sobre acontecido, quando há mensagens com número 3, o número de tentativa de vezes em que tentam matar Tony. O número de vezes em que Meadow tenta estacionar o carro e na terceira ela consegue, ou quando o pai de Tony avisa do inferno sobre as 3 horas da manhã e ainda quando Tony fala com a psiquiatra " já tentaram me matar duas vezes , na terceira é strike", Paulie descobre que está com câncer de próstata as 3 horas da manhã e a posição que o cara atira em Tony é a posição das 3 horas.
Há também a possibilidade de que o Tony não morreu e sim junto com a ligação da música " Dont Stop believin". " It goes on and on, and on, and on" sendo a maior punição do Tony é viver uma vida com medo preso em sua própria paranóia.
No final você morre ali, junto com o Tony, com todas as experiências no qual viveu junto a ele, com todo aquele universo e personagens.
Os flashbacks de one piece são sensacionais acho que nenhum anime supera. Embora esse arco tenha sido fraco, a parte final salvou muito com o desenvolvimento de Brook e a cena de Zoro.
Paranóia Agent é um anime denso, cru e desconfortante. Não nos poupa de críticas ácidas as nossas vidas e toda alienação que vem da nossa sociedade. O Shonen Bat e a Maromi mais parecem simbolismos para o escapismo de nossas realidades. A história como um todo é uma viagem nos demais universos.
Em um momento vemos o processo de criação de um anime com teor inofensivo que custa a vida, felicidade e esforço de muitos para servir apenas de consumo para sociedade. Outrora vemos o pré-julgamento de um nicho que já havia sentenciado o garoto como culpado (assim como ocorre no filme " A caça" ) e ainda uma crítica ácida ao mundo do protagonismo "animesco" em que um ladrão se inspira num personagem de anime pra justificar suas atrocidades.
Paranóia Agent é um anime completo, com as mais variadas reflexões e apenas 13 episódios reflete tanto a realidade do Japão como do mundo inteiro que se entorpece no mundo do entretenimento fulo e vazio.
Quem comparou esse anime a Death note é um herege. Soluções banais, uma CHUVA de Deus Ex Machina barato, soluções pífias, poucos Mind games, mudança de ritmo do nada com assuntos bobos e fan service. Nossa, de complexo e adulto, passa longe.
Não é um anime ruim, mas compará-lo com Death Note é uma heresia. Só numa mesma cena contei dois " deus ex Machina", algumas soluções sao absurdas, e raras as vezes que surge " pitadas de mind-game". O que parece tentar ser uma trama complexa, acaba se perdendo em romances bobos, personagens caricatos e no todo a justificativa que apesar de boa, não empolga tanto.
Não é uma obra-prima, mas a química entre os personagens é sensacional. Importante pra pensar na representatividade, porém se perde na finalidade. A trama com os sussuros que deveria ser principal, fica como secundária. Se os personagens não fossem cativantes, pouca gente continuaria ela. Mas o final foi mt bom pra ver o desfecho dos personagens, que mesmo com um enredo meio "bobo", salva a série com a vibe foda.
Iruka me ensinou ... a não julgar as pessoas por suas reputações, mas por suas personalidades. Haku me ensinou ... que não há bem ou mal quando você está protegendo aqueles que ama. Neji me ensinou ... que se você deixar seu orgulho para trás, pode mudar seu destino. Rock Lee me ensinou ... que o trabalho duro supera o talento. Kakashi me ensinou ... que o trabalho em equipe e a amizade estão acima das regras. Hinata me ensinou ... que vale a pena lutar pelo amor. Sai me ensinou ... que uma vida sem sentimento não vale a pena. Sakura me ensinou ... que a fraqueza é uma escolha, não uma desculpa. Gaara me ensinou ... como a solidão pode ser dolorosa e como o amor pode mudar alguém. Nagato me ensinou ... que a vingança e o ódio só levam a mais vingança e ódio. Asuma me ensinou ... como é importante cuidar da próxima geração. Shikamaru me ensinou que às vezes você até tem que fazer as coisas que mais o incomodam. Pode Gai me ensinou ... que não importa o que as outras pessoas dizem sobre você. Minato e kushina me ensinaram ... que o amor dos pais batia em tudo. Sarutobi me ensinou ... que os problemas deveriam ser resolvidos com gentileza e não com violência. Sasuke me ensinou ... que você não deve apenas sonhar com as coisas, mas realmente alcançá-las. Itachi me ensinou que ... às vezes você tem que fazer sacrifícios pelo bem maior. Tsunade me ensinou ... a nunca abandonar os vivos pelos mortos. Jiraya me ensinou ... que você nunca deve desistir de sua fé na humanidade e sua esperança de paz. Obito me ensinou ... que nunca é tarde demais para voltar ao caminho certo. Madara me ensinou ... que paz não é paz sem liberdade. E Naruto ... bem, todos nós sabemos que Naruto nos ensinou muito. mas o mais importante é: não importa o que aconteça na sua vida ...
Hunter X Hunter é excepcional, mas duas coisas me incomodaram e MUITO nesse arco: extremamente longo e narrador com diálogos expositivos desnecessários. " E Gon ficou com raiva" EU ESTOU VENDO NARRADOR. Me mostre! Não me diga.
porém há um ponto chave no arco: é que a cada capítulo "passado", o vilão (Meruem) se torna mais "humano" e menos um monstro, enquanto que um dos protagonistas (Gon) se torna mais um "monstro" do que um humano.
Resumo de mad Men: Tabaco, Álcool e Adultério. O enrendo NÃO DESENVOLVE, 11 fucking episódios e pouca coisa relevante acontece. Só no final da temporada que ocorre algo.
No mais fica no mesmo loop infinito de Don trair a mulher, o outro cara trair a mulher, tabaco, tabaco.
Ok, há o desenvolvimento dos personagens mas como vou aproveitar o desenvolvimento se não acontece nada pra que seja justificada a mudança? ( Com exceção de raras cenas que há o acontecimento de algo significativo
Os momentos de publicidade que deveriam ter mais foco são abafados por adúlterios que não precisariam de 5 minutos de cena. O passado de dom raramente é mostrado , no máximo uns 15 minutos contando com a primeira até aqui.
Quando o enrendo começa a mudar algo, nada acontece, é devagar demais. Se não fosse a extrema qualidade técnica desse série não conseguiria ter assistido até aqui.
O pior é ter que aguentar os fãs com complexo de superioridade falando " a série não é pra criança"
House of Cards é uma série aborda um tema extremamente pesado: política americana. E mesmo assim, consegue de deixar vidrado. Porque o enredo do mesmo se desenvolve e não fica preso em traições banais. 750 minutos de séries com pouca coisa relevante pra trama.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KA série é uma carta de amor para os anos 80 e o carisma dos personagens vende a série como um todo, junto com a fotografia. O que me incomodou essa temporada foi o romance de Hopper com Joyce que ficou INSUPORTÁVEL e o enredo que convenhamos, não tem nada de absurdo.
Achei que poderia ser o final impecável da série, mas sendo uma das mais famosas da netflix (se não a mais famosa) não seria terminada com apenas 3 temporadas. Espero que o final definitivo seja no nível dessa. Onde todos se separem como em (Stand by me) porém mesmo com a mudança, eles sempre irão ter as memórias de Hawkins. E assim, o que eles viveram será eterno.
Objetos Cortantes
4.3 834Já no primeiro momento somos apresentados a sutileza da primeira cena: a personagem acorda com um susto após ser " perfurada". Simples e sucinta, já nos mostra como é doloroso a vivência de Camille e como machuca acordar todos os dias.
Outro detalhe é a escrita no carro "Dirt" uma forma explícita de dizer como a personagem se sente. Da mesma forma que no final do primeiro episódio vemos as cicatrizes como escritas. Sexualidade frustrada também é outro fator importante presente na memória dela.
Tudo no primeiro episódio é impecável. A direção, o som e a fotografia que nos faz sentir o peso daquele ambiente. A miniatura da casa das bonecas mostra a relação da mãe com as filhas e um espírito materno autocrático, rígido e sufocante.
Camille se encaixa até mesmo no caso, pois uma das meninas era considerada má influência para outra que era justamente da forma como sua mãe fazia se sentir. Depois posteriormente descobrimos que a mãe rejeitava a filha pela fato de que não conseguia moldar ela com sua síndrome. Por mais que todo mundo odeie a mãe da Camille não consegui colocar ela como criminosa em potencial. Achava que apenas rejeitava a filha. Acho que muito dessa falta de suspeita se dá ao segundo caso que a menina aparece sem os dentes. Méritos ao enredo que conseguiu me enganar. ( Duas vezes).
No final quando descobrimos que foi a Amma é brutal. A todo tempo ela era louca por atenção. A última amiga provavelmente foi morta pois recebia mais atenção que ela na mesa de jantar por exemplo. No livro se diz que ela arrancou os dentes simplesmente pra completar a casa de bonecas. E ela vai presa. Mas a série nos deu vários pequenos detalhes. Um dos diálogos foi quando a Amma diz: Meninos são mais fáceis de manipular, meninas as vezes você precisa machucar. A capa do celular de Amma é igual ao do banco da bicicleta das meninas. O fato de não deixar tocar na casa de bonecas. Quando Amma aparece vestida da branca na floresta e etc.
Sobre a adaptação , graças ao diretor foi impecável. Em vez de ser narrativa foi expositiva. " Me mostre, não me conte". Aula de direção.
Cru, insano e brutal. Mais uma série impecável da HBO.
Ps1: dois momentos sobre machismo na série. Uma na não consideração de que poderia ser uma mulher que cometeu o crime e a outra quando policial está na ronda e fala que um bêbado pode atropelar as meninas e elas falam " não seja machista chefe, pode ser uma bêbada. São mensagens sutis mas que levam a uma reflexão sobre o tema
Ps2: i'll eat you up foi uma referência a 'Onde vivem os monstros "
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6KRust é de longe a coisa mais interessante da série. Sua filosofia niilista rende bons questionamentos.
Um detalhe interessante é como a série mostra a duplicidade de ambos os personagens. De prima achamos que Rust é único insatisfeito com sua vida, o único a sentir dor. Mas seu parceiro, mesmo com uma vida " perfeita" consegue ter a mesma instabilidade que Rust. Brigas conjugais, adultério, medo do questionamento da fé, problemas na criação das filhas, ausência paterna e etc.
Em contraponto Rust se sente livre. Pois não tem mais o que perder. Schopenhauer falava que a vida é dor e se adequa exatamente a situação do personagem. Uma existência tão dura e sem propósito que conseguia ver no rosto dos cadáveres uma sensação de aceitação de seus destinos. Como se deixassem de carregar o peso da vida.
No existencialismo Sartreano a existência precede a essência. Você é livre pra viver do jeito que bem entender. Desde uma vida normal mas que te faça feliz ou uma vivência isolada como Rust. Contanto que você a escolha sabendo todas terão sua dores e não existe maneira fácil de viver.
O final por incrível que pareça foi otimista. " Antes só havia escuridão. Na minha opinião estamos vencendo."
Fargo (1ª Temporada)
4.5 511Infinitamente superior ao filme. Mesmo que não goste e não ache nada de extraordinário o universo criado pelo irmãos Coen, a série é uma ótima trama policial. O que me incomoda são alguns personagens caricatos e umas coincidências narrativas (muito menos problemáticas do que as do filme).
Legion (1ª Temporada)
4.2 286No máximo mediana.
Sub-tramas de personagens secundários ridículas, único personagem que cativa é próprio David que tem seu romance com a personagem fabricado e não construído. Você sente que os dois têm química, mas nada daquilo é plausível.
O romance de Melanie...o que falar então. O cara mais parece um personagem canastrão de filme mexicano.
Quanto aos efeitos especiais que destoam certas cenas, porém é compreensível por conta das limitações com gasto na televisão. Mas não é nada de obra visual que chamam. Outro personagem que sofreu com a limitação foi o Rei das Sombras, que ficou parecendo um boneco inflável tosco. Infelizmente te tira da trama e em vez de medo te causa risada.
A maquiagem também ficou mediana quanto aquele personagem que tem o rosto queimado. Mas essas limitações não são o pior da série. Somente David tem espaço ou gera interesse e uma série não pode se limitar a um único personagem, mesmo que a trama gire em torno dele.
Em contrapartida a edição da série é fantástica, principalmente dos episódios iniciais. Dan Stevens está fantástico como Legião. E é muito melhor do que os filmes do X-men que estão no cinema; o que não é, de certa forma, difícil.
Belas Maldições (1ª Temporada)
4.1 230Vamos lá.
Alguns episódios são divertidos porém muitos personagens e tramas são banais. O desfecho dos 4 cavalheiros do Apocalipse foi ridículo de ruim. O encontro da bruxa com os protagonistas foi um facilitador narrativo explícito e o personagem caçador de bruxas é irritante e praticamente não serve pra nada de relevante.
O humor é sútil, ri em alguns momentos. O que me fez continuar foi os protagonistas que são muito bons. Mas digo somente uma coisa:
Alan Moore > Neil Gaiman
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427O episódio 2 leva uma das pessoas mais céticas da série a passar a acreditar numa teoria maluca de transportar pessoas. É quase que inescapável a vontade de Nora tem de ir atrás de seus filhos.
Novamente o enredo brinca com nossa possibilidade de crença.
O sumiço repentino também nos leva a discussão das pessoas que realmente desaparecem no mundo. Já pensou o quão é desesperador? Quando alguém morre e é enterrado, se fecha o ciclo da vida. Mas quando isso é roubado? Quando vc não pode ter essa certeza? Vivendo com a possibilidade de que talvez um dia, por minimamente que seja, aquela pessoa possa voltar ou quem sabe, ser enterrada.
Nora por exemplo, afirma que Lily teria sido deixada pra ela, porém aquilo também foi fruto do acaso. A simples crença de destino já descredibiliza o ceticismo de Nora, que assim como o filho adotivo de Kevin, prefere a ignorância de não saber a verdade para não conviver com a dor. Na vida há dor, não é possível separar ambos, se você não aprender a conviver com isso, ela te frustrarar e impedirá de evoluir.
No episódio 6 temos Laurie dando isqueiro de sua filha ao Kevin, adquirindo um novo significado. O episódio é impecável e cheio de camadas. A música do início " suicide" a ligação dela com Judas que ambos tiveram o mesmo final, a frase que se inicia o episódio, porém não achei plausível Laurie se matar. Ela era a mais equilibrada no meio de tudo, e por mais que tivesse busca por significado e não acreditar no meio místico, não acho que justifique o suicídio dela. Por mais que ela já tivesse abandonado sua família antes, mesmo já tendo tentado suicídio, essa era a chance de se redimir pra sempre, ainda mais com a filha a ligando no último momento. Posteriormente sabemos que ela não fez isso e o enredo brincou com nossa certeza. A Jill impediu indiretamente da mãe se matar.
A série brinca com nossa crença colocando aleatoriedades nos levando a acreditar em algo sobrenatural. Quanto na verdade até o próprio grande acontecimento da série é fruto do acaso.
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"E no ele ficou com medo. Com muito medo dela, de se deitar ao lado dela, de ser consolado por ela enquanto chorava, de lhe mostrar como era pequeno, de ela ver isso ao tocar seu rosto e sussurrar palavras em seu ouvido. Tudo era um pesadelo. Só o que ele sabia fazer era fugir. Ele respirou fundo, sentiu o sal na língua e fechou os olhos. Inclinando-se o misericordioso acelerava em direção ao horizonte. Ele estava só e tudo estava bem."
Já a Nora não conseguiu seguir em frente , sendo pior do que um processo de luto. Por mais cética que fosse, sempre se apegava a algo pra levar a seus filhos. E no final por mais que não tivesse certeza ( como nenhum de nós tem sobre pós-morte) ela sentia que valia a pena arriscar.
E no final nos apresenta já o esperado. Nada de respostas mirabolantes ou teorias loucas sobre OVNIS. Simplesmente um lapso aleatório que separou dois universos. E o plot final, uma sociedade perdeu 2% e os que perderam 98%? Até os mesmos conseguiram continuar por que o outro lado que perdeu menos não continuaria? Nora percebeu que seria um fantasma, que não caberia naquele universo, que traria infelicidade pra seus filhos. Forma mais genuína de amor. E retornou pra o mundo ela pertencia. Claro que feito de maneira aberta. Não se sabe ao certo se máquina não parou e simplesmente ela se isolou todo esse período. Mas algumas pistas são dadas como " a pessoa mais corajosa do mundo" e " eu não minto" no mesmo episódio. Porém essa crença é algo subjetivo, Nora talvez nunca tenha ido, desistindo na cena em que há o corte seco e inventado essa mentira pra conviver com a fraqueza de encarar Kevin depois de tudo. Além que os cientistas sempre falaram " ela não vai conseguir ir até o final". E dela finalmente carregar seus pecados levando os correntes do bode, finalmente tendo aceitado que pecou em sumir tanto tempo e não cometido um simples erro. Tanto que ela só resolve dar uma chance pra Kevin quando ela realmente coloca a corrente.
A série não mostrar sua viagem foi uma escolha acertada. Acho que imaginar todo aquele universo foi quase que como assistir um episódio sobre.
De qualquer forma, foi um final impecável, sensível, me senti numa história de amor que transcendeu a existência de duas almas.
A trilha sonora impecável, fotografia e a sensibilidade do diretor de não mostrar o outro mundo deixando tudo por conta da imaginação. Foi um final digno pra uma série contemporânea tão cultuada. Me senti de volta a aqueles filmes que assistia mais novo, onde me emocionava todo.
Obs1: a cena do "baile" me fez me senti num romance jovem, dos mais puros possíveis, aquela paixão adolescente que cada um de nós tivemos. Aquela incerteza e calorzinho que bate no peito. Lindo e acima de tudo sensível. Back on Highschool.
Obs2: a música Homeward Bound é impossível não nos transportar pra uma realidade em que estamos distantes de casa, voltando pra ela ansiosos pra retornar ao lugar que somos amados.
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422Seria então o 14 de outubro uma metáfora ao mundo moderno? Onde há escassez de sentimentos?
Se o amor e afeto são escassos, logo a senadora tem razão em dizer que as crianças que crescem em orfanatos ou todos os outros que tem a dificuldade de se criar vínculos afetivos tem na verdade uma vantagem.
Porém, não só precisaremos de um 14 de outubro pra perdemos quem amamos. A vida é assim. A qualquer momento perderemos. Isso não é uma fraqueza, é parte da vida humana. Aprender a lidar com a dor e com a ausência. E muitos que não conseguem se apegam a religião para tentar preencher esse vazio.
Outro lado a série brinca com a nossa crença como se confirmasse a teoria já dita que o ser humano se apega a explicações religiosas quando se sente perdido. Toda vez que somos guiados a acreditar o enredo nos leva pro outro caminho. Méritos a discussão religiosa ácida que nunca fica banal.
E por fim nos mostra como momentos críticos da sociedade desencadearam falsos profetas e falsos deuses. E como isso molda e a ainda se mantém viva dentro da sociedade atual.
Amor, Morte e Robôs (Volume 1)
4.3 673Os três robôs
Zima Blue
Sugador de almas
Quando iogurte assumiu o controle
Para além da fenda de Áquila
Boa caçada
A testemunha
A vantagem de Sonnie
13 número da sorte
Ponto cego
Noite de pescaria
Proteção contra alienígenas
Metamorfos
Ajudinha
Histórias alternativas
Lixao
Guerra secreta
Era do gelo
********
Sobre o episódio do Iogurte
Você abriria mão de sua liberdade em prol de um regime autoritário perfeito?
Se uma criatura superior assume o poder com uma fórmula perfeita e com ela a paz da humanidade fosse alcançada, você se permitiria abrir mão de todos o seus anseios por isso?
Por fim, o nosso lado humano morreria pois sem errar não evoluíramos. Eles são nosso aprendizado.
Estaria então a raça humana fadada ao fracasso? Pois a perfeição que tanto almejamos é ilusória e utópica de um mundo dúbio que ao mesmo tempo que se resume em perfeição, sufoca a identidade que nos faz humanos, e termina no vazio entediante.
O quão chato seria um mundo perfeito, sem erros, com apenas sucesso?
E não, ao mesmo que falo isso, não concordo com as injustiças do mundo e temos sim que lutar para diminuí-las. Mas quando alcançarmos tudo que almejamos, o que nos restará?
O essência humana é insaciável. Nunca chegaremos a perfeição.
E tudo bem
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583Chef Garvey tinha tudo, mas mesmo tendo, não se sentia completo. E por mais irônico que seja, ele perdeu a todos, mesmo que nenhum tenha desaparecido no dia de 14 de outubro.
"Todo homem se rebela contra a ideia de que é só isso."
Cada um busca um objetivo ou uma catarse em suas vidas. Se não as tem, o próprio cria. Como Dom Quixote criou seus demônios nos moinhos.
Tudo está lá, a exploração da mídia sobre o evento e o comércio gerado por isso. Os falsos profetas criados, religiões extremistas, apelo emocional e ídolos fabricados.
O nível de detalhes do episódio 9 foi incrível, todos estavam lá. O relacionamento antigo de todos os personagens: a família que perdeu o filho com síndrome de down, o filho adotado do Kevin e suas frustrações com o pai biológico, o alce que previu a gravidez da filha do Garvey, o futuro padre que antes do caos recebeu sua última " benção" e até mesmo alguns personagens principais dos RC.
Como é do mesmo criador de Lost, espero não perder vários dos sinais dados e que os mesmos tenham algum significado no fim da trama.
Demolidor (3ª Temporada)
4.3 452Palmas à Netflix que não continuou a série tendo um final sensacional sem a necessidade de prorrogar a série por 10 temporadas.
Houve o fechamento do arco com Matt e sua mãe, assim como sua redenção em decidir não matar o Fisk.
"Não há vida após um assassinato. Não como voltar atrás depois disso. Certo ou errado, é uma marca. Não há volta."
Fazer Fisk pagar por seu crimes através do sistema foi sensacional, além de nos proporcionar a sensação durante a temporada que isso seria impossível. É recompensador.
A última cena era pra dar continuidade a série , como foi cancelada prefiro considerar a cena anterior como a última, na qual Matt, Page e Nelson planejam voltar para suas vidas normais.
E me desculpem os vilões, mas fazer o bem é mais difícil, árduo e exige muito mais coragem.
Faço as palavras do Matt as minhas:
"Comigo pessoalmente, passou anos me fazendo enfrentar meus medos. Para entender como eles me escravizavam, como me separavam das pessoas que amo. Me aconselhou a transcender meus temores, a ser corajoso o bastante para perdoar a ver as possibilidades de ser um homem sem medo."
Família Soprano (6ª Temporada)
4.7 308Não posso deixar de fazer um alusão desse último episódio a vida. The Sopranos vai muito além de uma história sobre a Máfia. A série aborda assuntos como machismo,racismo, psicologia, drogas e quase sobre tudo. É uma série sobre a vida. De tantos momentos lembro quando Johnhy Sack chorou e foi julgado pelo seu meio ou quando Tony foi descoberto fazendo terapia ou quando ainda estava de recente alta no hospital, basicamente tudo era pra tentar se provar dentro daquele nicho. Homens que foram podados de sentimentos para mostrar fortaleza. O enredo consegue transmitir consequências que vemos ocorrer conformes os anos, como o abandono da psiquiatra ao caso de Tony, ou como AJ foi influenciado pela decepção que teve com o pai quando descobriu que ele era um chefe da máfia, a culpa que Carmela sentia de viver uma vida dupla entre amar um homem que vivia do "pecado" e ser rigorosamente religiosa. Mostrava a liquidez das relações do mundo do "negócio" e também de preconceito como o que Vito sofreu por homossexual. No último episódio em que Tony visita Corrado mostra o quanto se sente saudosista ao relembrar do passado e as relações em que Tony tinha com seu pai e como influenciaram ele.
Tony: You and my Dad, you two ran North Jersey.
Junior: We Did?
Tony: Yeah.
Junior: Hm.....Well that's nice.
A dualidade do personagem em ser um pai e um sociopata. A relação com o poder que Tony tinha, assim como a questão de não ter de fato " amigos " e sim lacaios. A sutileza de muitas cenas são geniais , como a do episódio que Tony se revolta por ser chamado de gordo por um primo e percebe que existe um "rato" bajulador que o afirma que está mais magro.Tony se olha no espelho e sente a verdade por mais amarga que ela seja. Muitas vezes nossas relações são influenciadas dessa forma, não queremos a verdade e sim mentiras que nos façam sentir melhor. Sopranos é uma viagem a psique humana e como ela funciona com o poder. Existem vários e inúmeros ensinamentos dentro da série.
A chance de redenção em que Tony teve no início da última temporada ao ver de como seria sua vida se largasse a mala ( como simbologia da máfia ) livrando-se do peso caso iniciasse uma nova forma de vida. Aquele casarão no qual representa a pós-morte está presente em forma de quadro na cena final, dando mais entender que Tony realmente morre abruptamente.
No piloto a câmera mostra o nascimento de Tony como um chefe de família, e de seu duplo AJ, seu filho no qual herdou problemas depressivos do qual seu pai se sente culpado por ter transmitido a diante a sua miséria. Os patos na piscina era um prelúdio do que iria acontecer na última temporada, sua " família " indo embora de um a um, por culpa do próprio Tony.
Desde da negligência de Meadow com uma colega de classe depressiva que posteriormente seu irmão acaba no mesmo lugar de tratamento que ela ou quando a psiquiatra de Tony se sente recompensada apenas pela fato de que bastava uma palavra pra seu estuprador estar morto.
Sobre o final a diversos sinais sobre acontecido, quando há mensagens com número 3, o número de tentativa de vezes em que tentam matar Tony. O número de vezes em que Meadow tenta estacionar o carro e na terceira ela consegue, ou quando o pai de Tony avisa do inferno sobre as 3 horas da manhã e ainda quando Tony fala com a psiquiatra " já tentaram me matar duas vezes , na terceira é strike", Paulie descobre que está com câncer de próstata as 3 horas da manhã e a posição que o cara atira em Tony é a posição das 3 horas.
Há também a possibilidade de que o Tony não morreu e sim junto com a ligação da música " Dont Stop believin". " It goes on and on, and on, and on" sendo a maior punição do Tony é viver uma vida com medo preso em sua própria paranóia.
No final você morre ali, junto com o Tony, com todas as experiências no qual viveu junto a ele, com todo aquele universo e personagens.
One Piece: Saga 5 - Thriller Bark
4.1 35Os flashbacks de one piece são sensacionais acho que nenhum anime supera. Embora esse arco tenha sido fraco, a parte final salvou muito com o desenvolvimento de Brook e a cena de Zoro.
Agente Paranoia
4.4 49Paranóia Agent é um anime denso, cru e desconfortante. Não nos poupa de críticas ácidas as nossas vidas e toda alienação que vem da nossa sociedade. O Shonen Bat e a Maromi mais parecem simbolismos para o escapismo de nossas realidades. A história como um todo é uma viagem nos demais universos.
Em um momento vemos o processo de criação de um anime com teor inofensivo que custa a vida, felicidade e esforço de muitos para servir apenas de consumo para sociedade. Outrora vemos o pré-julgamento de um nicho que já havia sentenciado o garoto como culpado (assim como ocorre no filme " A caça" ) e ainda uma crítica ácida ao mundo do protagonismo "animesco" em que um ladrão se inspira num personagem de anime pra justificar suas atrocidades.
Paranóia Agent é um anime completo, com as mais variadas reflexões e apenas 13 episódios reflete tanto a realidade do Japão como do mundo inteiro que se entorpece no mundo do entretenimento fulo e vazio.
Code Geass - Hangyaku no Lelouch R2
4.1 60Quem comparou esse anime a Death note é um herege. Soluções banais, uma CHUVA de Deus Ex Machina barato, soluções pífias, poucos Mind games, mudança de ritmo do nada com assuntos bobos e fan service. Nossa, de complexo e adulto, passa longe.
Code Geass - Lelouch of the Rebellion
4.3 93Não é um anime ruim, mas compará-lo com Death Note é uma heresia. Só numa mesma cena contei dois " deus ex Machina", algumas soluções sao absurdas, e raras as vezes que surge " pitadas de mind-game". O que parece tentar ser uma trama complexa, acaba se perdendo em romances bobos, personagens caricatos e no todo a justificativa que apesar de boa, não empolga tanto.
Sense8 - Episódio Final
4.2 343Não é uma obra-prima, mas a química entre os personagens é sensacional. Importante pra pensar na representatividade, porém se perde na finalidade. A trama com os sussuros que deveria ser principal, fica como secundária. Se os personagens não fossem cativantes, pouca gente continuaria ela. Mas o final foi mt bom pra ver o desfecho dos personagens, que mesmo com um enredo meio "bobo", salva a série com a vibe foda.
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (1ª Temporada)
4.4 462Esse episódio final foi bom demais, mas mesmo com todas suas qualidades, não chegar a ser uma das minhas favoritas. Ta difícil BBC fazer série ruim
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1KA melhor parte é no episódio 10, na luta com Wolfgang e Lito.
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Naruto (1ª Temporada)
4.2 185"Naruto é uma demonstração de muitas sabedorias.
Iruka me ensinou ... a não julgar as pessoas por suas reputações, mas por suas personalidades.
Haku me ensinou ... que não há bem ou mal quando você está protegendo aqueles que ama.
Neji me ensinou ... que se você deixar seu orgulho para trás, pode mudar seu destino.
Rock Lee me ensinou ... que o trabalho duro supera o talento.
Kakashi me ensinou ... que o trabalho em equipe e a amizade estão acima das regras.
Hinata me ensinou ... que vale a pena lutar pelo amor.
Sai me ensinou ... que uma vida sem sentimento não vale a pena.
Sakura me ensinou ... que a fraqueza é uma escolha, não uma desculpa.
Gaara me ensinou ... como a solidão pode ser dolorosa e como o amor pode mudar alguém.
Nagato me ensinou ... que a vingança e o ódio só levam a mais vingança e ódio.
Asuma me ensinou ... como é importante cuidar da próxima geração.
Shikamaru me ensinou que às vezes você até tem que fazer as coisas que mais o incomodam.
Pode Gai me ensinou ... que não importa o que as outras pessoas dizem sobre você.
Minato e kushina me ensinaram ... que o amor dos pais batia em tudo.
Sarutobi me ensinou ... que os problemas deveriam ser resolvidos com gentileza e não com violência.
Sasuke me ensinou ... que você não deve apenas sonhar com as coisas, mas realmente alcançá-las.
Itachi me ensinou que ... às vezes você tem que fazer sacrifícios pelo bem maior.
Tsunade me ensinou ... a nunca abandonar os vivos pelos mortos.
Jiraya me ensinou ... que você nunca deve desistir de sua fé na humanidade e sua esperança de paz.
Obito me ensinou ... que nunca é tarde demais para voltar ao caminho certo.
Madara me ensinou ... que paz não é paz sem liberdade.
E Naruto ... bem, todos nós sabemos que Naruto nos ensinou muito. mas o mais importante é: não importa o que aconteça na sua vida ...
nunca desista."
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Hunter x Hunter II (Arco 7: Eleição)
4.3 47" Não importa pra onde formos, ainda seremos amigos "
Agora continuar pelo mangá, já tô acostumado.
Quem é fã de samurai x, sabe.
Hunter x Hunter II (Arco 6: Formigas Quimera)
4.6 101Hunter X Hunter é excepcional, mas duas coisas me incomodaram e MUITO nesse arco: extremamente longo e narrador com diálogos expositivos desnecessários.
" E Gon ficou com raiva" EU ESTOU VENDO NARRADOR. Me mostre! Não me diga.
porém há um ponto chave no arco:
é que a cada capítulo "passado", o vilão (Meruem) se torna mais "humano" e menos um monstro, enquanto que um dos protagonistas (Gon) se torna mais um "monstro" do que um humano.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 259Tony, eu te amo
Mad Men (2ª Temporada)
4.4 113Resumo de mad Men: Tabaco, Álcool e Adultério. O enrendo NÃO DESENVOLVE, 11 fucking episódios e pouca coisa relevante acontece. Só no final da temporada que ocorre algo.
No mais fica no mesmo loop infinito de Don trair a mulher, o outro cara trair a mulher, tabaco, tabaco.
Ok, há o desenvolvimento dos personagens mas como vou aproveitar o desenvolvimento se não acontece nada pra que seja justificada a mudança? ( Com exceção de raras cenas que há o acontecimento de algo significativo
Os momentos de publicidade que deveriam ter mais foco são abafados por adúlterios que não precisariam de 5 minutos de cena. O passado de dom raramente é mostrado , no máximo uns 15 minutos contando com a primeira até aqui.
Quando o enrendo começa a mudar algo, nada acontece, é devagar demais. Se não fosse a extrema qualidade técnica desse série não conseguiria ter assistido até aqui.
O pior é ter que aguentar os fãs com complexo de superioridade falando " a série não é pra criança"
House of Cards é uma série aborda um tema extremamente pesado: política americana. E mesmo assim, consegue de deixar vidrado. Porque o enredo do mesmo se desenvolve e não fica preso em traições banais. 750 minutos de séries com pouca coisa relevante pra trama.
STATUS: abandonada