Cristiano

Woody Allen se repetindo sem um pingo de imaginação. Ele parece aqueles tiozinhos bem velhinhos que trabalharam a vida inteira no mesmo ofício, já está superado mas se nega a parar, como se trabalhar fosse a única forma de se sentir vivo. Aposenta logo Woody, já deu.

É legal de assistir mas me pareceu encaixada numa fórmula atual para séries. O passado que é fundamental para entender o presente é contado em pedaços para criar um clima de mistério e ganchos de um episódio para outro com plot twist obrigatório ao final da temporada. Daí vem a segunda temporada e decepciona pois não tem muito o que contar além dessa fórmula. Tomara que eu esteja errado.

O maior mérito desse filme é mostrar que não é porque pessoas que vivem uma situação difícil por culpa delas ou de situações que não conseguem resolver, vivem necessariamente tristes, melancólicas, em violência etc. Pobre vive, se diverte como pode, é feliz, é infeliz, erra, aprende e o filme mostra isso muito bem, especialmente com o papel da menina que é feliz, aliás numa interpretação excelente da Brooklin Prince. Só por esse motivo o filme já é muito superior a maioria de filmes semelhantes por aí. Filme delicioso de assistir e que passa sua mensagem de forma leve e divertida.