Cleo

Já imaginava que não seria indicado ao Oscar por macular um personagem infantil de sucesso dos EUA (mesmo trocando de nome, é óbvio para qual quer publico que conheça o o Bozo que se trata dele), e por mostrar um brasileiro esculachando e se dando bem em cima de um americano. O filme em si é até bom, mas não achei extraordinário não. Muito longo, mal dividido, em certos momentos superficial ou sensacionalista, com desfecho bem preguiçoso, enfim, achei bem mediano, porém num nível muito abaixo de outras produções brasileiras que mereceram ser indicadas (ou até ganhar) um Oscar. Os grandes pontos positivos são a brilhante atuação de Vladmir Brichta e a ótima participação do menino Cauã Martins. Augusto Madeira também manda bem como amigo fanfarrão do Bingo.

Um dos pioneiros a questionar a relação entre anjos e humanos, inspirando até hoje diversas produções sobre o tema, Anjos Rebeldes tinha uma proposta ousada para a época de seu lançamento. Isso, somada à interpretação impecável de Christopher Walken, foi sua fórmula de sucesso. Mas hoje, 20 anos e muitos outros filmes sobre anjos depois, fica obvio como seu roteiro é previsível e raso, e o enredo é explorado de forma simplória. Mas ainda é um filme indispensável

Com o roteiro um pouco melhor que o do primeiro filme, Prophecy II serve para passar o tempo. De cara é usada

mas daí para frente até que a trama fica bem ritmada e menos incoerente, o suficiente para prender a atenção até o final. Além de Walken brilhando como Gabriel, o filme ainda conta com Russell Wong acertando a mão como o charmoso anjo Daniel (garantindo a química com Jennifer Beals, pouco inspirada nesse papel), e de uma excelente participação de Brittany Murphy. Levando em conta que foi um filme lançado diretamente em video, acho que fizeram um trabalho ok com o baixo orçamento. Longe de ser um filme excelente, mas pelo menos não é arrastado, boa distração.