"E se você puser os olhos sobre um ser assim, o levará ao juízo final contigo? Quem poderá retirar o puro do impuro? Ninguém. A árvore tem uma esperança, pois quando cortada ainda pode brotar. Mas o homem que morre fica inerte. As águas do mar podem até secar, e o homem morto não se levantará. O paraíso se esgotará antes que ele desperte, este homem nunca sairá de seu sono. Amém."
"One day, if you look back and feel bad for being so angry you couldn't even speak to me, you have to know that that was okay, that I knew. Because I know everything you need to tell me without you having to say it out loud. Ad if you need to break things, by God, you break them. Break them, good and hard. And I'll be right there, Con. I wish I had a hundred years. A hundred years I could give to you."
"For every horrible thing down here, there’s something far more beautiful. My mother saw it. So did my father. I see it. Even with just one eye."
Que filme bonito! Bastante singelo e tocante. E ao contrário da maioria, achei o final bastante apropriado... Ser gentil e compassivo é também um ato heróico, podemos dizer.
"Por exemplo, tudo o que a senhora das flores acabou de dizer não deve ser mostrado nem se deve falar disso." "Absurdo. Tudo o que ela disse é real." "Há realidades que eles não querem mostrar." "Eles não querem mostrar, mas fazem-nas eles mesmos." Velho, esse filme é uma sacada simples e genial do Panahi.
Mas que cena linda a de Rampling ao piano! A última mulher que havia me comovido de tal maneira - dolorida, profunda, crua - havia sido Ingrid Bergman em Sonata de Outono. Filme sensibilíssimo!
Ao ver, nos créditos iniciais, aquele "Dream sequence based on designs by Salvador Dalí" logo pensei: Eita! Aí veio aquela cena do primeiro beijo do casal e as portas se abrindo e foi outro: Eita! E então a penúltima cena, do movimento da câmera mais o deslocamento da arma, e todo aquele suspense característico de Hitchcock e: Eita!!!!! Baita filme e baita mestre!
É simplesmente inexplicável e sem igual a sensibilidade de O sal da terra. A maneira como o documentário é capaz de alcançar ao espectador, expondo a face cruel do homem: o assistir que dói, o assistir que revira o sentimento de saber-se também humano. O assistir que dói por se tomar consciência - por se admitir consciência: "Depois de presenciar tudo aquilo na África, eu tive a certeza de que nós, humanos, não merecemos viver. Nenhum de nós." E, ainda assim, ir da miséria ao Gênesis. Re-semear no que se torna desesperança - abrandar o desespero com o que é a Vida, primordial e inócua. Reconhecer-se não só no homem, mas também na Natureza, mas também nos dedos da pata de uma iguana: "Olhando-a, eu soube, em alguma instante, tínhamos partido de uma mesma célula." Ao final, ao focar no Instituto Terra, quando vê-se um chão infértil não ser infértil, uma ideia transformar-se em ideal, e um ideal transformar-se em uma floresta, a mesma floresta da infância de um garoto replantada por ele - ele homem -, eu pensava se nós, como homens, não podemos ter também esperança - uma que parta de nós e seja articulada através de nós. Mas meus olhos se enchem de lágrima a cada vez que lembro e repenso, desde então.
Simplesmente não há um único defeito que possa ser atribuído a O conto da princesa Kaguya. Esse filme é sublime, absolutamente impecável. Ainda estou por completo emocionada. Isao é um gênio. Porra, é um gênio!
Na primeira vez em que li a sinopse de L'écume des jours, junho de 2013, meus olhos se encheram de lágrima. Há algo de muito sensível na crueza da doença de Chloé, na surrealidade e no encanto, no "uma flor de lótus crescendo dentro de seu pulmão". Um ano e meio depois, finalmente assisti ao filme. E, confesso, foi a princípio um choque. Logo na primeira cena eu não sabia se levava aquilo que se desenrolava, tirintava, escorria, saltava, evaporava, diluia-se, e retornava a sério, se ria, se era um sonho, se meu namorado havia colocado uísque no meu café. Mesmo tendo a experiência de La science des rêves e conhecendo a excentricidade de Gondry, mesmo com aquele aviso-referência nos dois primeiros minutos de filme, aquele aviso-referência que remonta à Bañuel e seu Un chien andalou, repito, foi um choque. O que Gondry nos apresenta é algo totalmente inesperado, louco, birutinha mesmo, e de uma maneira completamente inexplicável: algo agradável. Algo prazeroso, especialmente quando há entrega por parte do espectador à proposta do diretor, depois daquele período de adaptação. A insanidade, após um tempo, nem parece tão insana: inclusive, beira à naturalidade para o espectador. Para mim, ao menos. Quanta, quanta crítica! Desde Jean-Sal Partre ao "é necessário calor humano para a confecção de boas armas", Colin deitado nu sobre sementes bélicas. A fotografia, então, como já foi comentado: um degradê sublime. Impactante. A mim, fez sentir. E como na leitura de sua sinopse, atravessar o corpo de Chloé e ver em seus pulmões a flor gélida encheu-me de compaixão e dor. (Por falar em dor, um elogio à equipe de arte: a degradação, a putrefação, a invasão da morte e da perda... Todas essas: expressas.) Isso, essa capacidade de alcance, de visão, de sentir, me tocaram e tocaram. De fato, memorável.
A vida simples, da maneira como nos é oferecida, pode ser tão bonita, mas tão bonita se a gente souber como enquadrar a paisagem e o olhar. Seja no cotidiano. Seja com uma câmera fotográfica. Seja no cinema.
A última cena da mãe de Mason, em que ela resume os últimos anos da sua vida e termina com um "eu só pensei que haveria mais".
Eu, no início, também pensei que haveria mais. Mas o que assisti foi de uma simplicidade tão... Sensível. A ponto de ficar muito mais comovida do que acreditei que ficaria.
Acho que me arrancou os membros. Estou quebrada, quebrada, quebrada. Nem sei em quantas. Nem suportaria saber em quantas. Infinitamente poético, verdadeiro e triste, de uma sinceridade simplesmente comovente e genuína.
Um filme que me pôs em silêncio ao longo de uma hora inteira. Em um silêncio repleto, cheio, completamente feito de sensibilidade. E assim continuo, ainda não encontrei palavra para quebrar esse estado. Simplesmente, simplesmente estésico em cada minuto!
A cena da chuva, quando os pingos caem sobre as cordas do instrumento desafinado, me encheu os olhos de água de uma maneira inacreditavelmente pura.
O encanto de Khorshid não somente com a música propriamente dita, mas com as vozes bonitas, com os sons em harmonia, é de uma delicadeza tão singela que depois de certo tempo eu mesma passei a ter outros ouvidos para as buzinas, outros ouvidos para cada bater de martelo. E que direção e fotografia absolutamente impecáveis! Uma pintura a cada quadro, ângulo, corte, tomada inteira! Se Makhmalbaf já havia me deixado encantada com Um Instante de Inocência, O Silêncio só me faz ter urgência amior de descobrir mais sobre o cinema iraniano.
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Meu Nome é Dolemite
3.8 361 Assista Agora"Shoot for the moon, and if you miss it cling on to a motherfucking star."
Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi
4.1 323 Assista Agora"E se você puser os olhos sobre um ser assim, o levará ao juízo final contigo? Quem poderá retirar o puro do impuro? Ninguém. A árvore tem uma esperança, pois quando cortada ainda pode brotar. Mas o homem que morre fica inerte. As águas do mar podem até secar, e o homem morto não se levantará. O paraíso se esgotará antes que ele desperte, este homem nunca sairá de seu sono. Amém."
Sete Minutos Depois da Meia-Noite
4.1 991 Assista Agora"One day, if you look back and feel bad for being so angry you couldn't even speak to me, you have to know that that was okay, that I knew. Because I know everything you need to tell me without you having to say it out loud. Ad if you need to break things, by God, you break them. Break them, good and hard. And I'll be right there, Con. I wish I had a hundred years. A hundred years I could give to you."
Kubo e as Cordas Mágicas
4.2 635 Assista Agora"For every horrible thing down here, there’s something far more beautiful. My mother saw it. So did my father. I see it. Even with just one eye."
Que filme bonito! Bastante singelo e tocante. E ao contrário da maioria, achei o final bastante apropriado... Ser gentil e compassivo é também um ato heróico, podemos dizer.
Táxi Teerã
4.0 80 Assista Agora"Por exemplo, tudo o que a senhora das flores acabou de dizer não deve ser mostrado nem se deve falar disso."
"Absurdo. Tudo o que ela disse é real."
"Há realidades que eles não querem mostrar."
"Eles não querem mostrar, mas fazem-nas eles mesmos."
Velho, esse filme é uma sacada simples e genial do Panahi.
45 Anos
3.7 254 Assista AgoraMas que cena linda a de Rampling ao piano! A última mulher que havia me comovido de tal maneira - dolorida, profunda, crua - havia sido Ingrid Bergman em Sonata de Outono. Filme sensibilíssimo!
Quando Fala o Coração
4.0 161Ao ver, nos créditos iniciais, aquele "Dream sequence based on designs by Salvador Dalí" logo pensei: Eita! Aí veio aquela cena do primeiro beijo do casal e as portas se abrindo e foi outro: Eita! E então a penúltima cena, do movimento da câmera mais o deslocamento da arma, e todo aquele suspense característico de Hitchcock e: Eita!!!!!
Baita filme e baita mestre!
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
3.7 454"Eu acho que exilado quer dizer ter um pai tão atrasado, mas tão atrasado que nunca mais volta pra casa..."
O Sal da Terra
4.6 450 Assista AgoraÉ simplesmente inexplicável e sem igual a sensibilidade de O sal da terra.
A maneira como o documentário é capaz de alcançar ao espectador, expondo a face cruel do homem: o assistir que dói, o assistir que revira o sentimento de saber-se também humano. O assistir que dói por se tomar consciência - por se admitir consciência: "Depois de presenciar tudo aquilo na África, eu tive a certeza de que nós, humanos, não merecemos viver. Nenhum de nós."
E, ainda assim, ir da miséria ao Gênesis. Re-semear no que se torna desesperança - abrandar o desespero com o que é a Vida, primordial e inócua. Reconhecer-se não só no homem, mas também na Natureza, mas também nos dedos da pata de uma iguana: "Olhando-a, eu soube, em alguma instante, tínhamos partido de uma mesma célula."
Ao final, ao focar no Instituto Terra, quando vê-se um chão infértil não ser infértil, uma ideia transformar-se em ideal, e um ideal transformar-se em uma floresta, a mesma floresta da infância de um garoto replantada por ele - ele homem -, eu pensava se nós, como homens, não podemos ter também esperança - uma que parta de nós e seja articulada através de nós. Mas meus olhos se enchem de lágrima a cada vez que lembro e repenso, desde então.
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraEssa fotografia a la Federico Fellini!! <3
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraYes, mom. It was about love.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraSimplesmente não há um único defeito que possa ser atribuído a O conto da princesa Kaguya. Esse filme é sublime, absolutamente impecável. Ainda estou por completo emocionada. Isao é um gênio. Porra, é um gênio!
A Espuma dos Dias
3.7 479 Assista AgoraNa primeira vez em que li a sinopse de L'écume des jours, junho de 2013, meus olhos se encheram de lágrima. Há algo de muito sensível na crueza da doença de Chloé, na surrealidade e no encanto, no "uma flor de lótus crescendo dentro de seu pulmão". Um ano e meio depois, finalmente assisti ao filme. E, confesso, foi a princípio um choque. Logo na primeira cena eu não sabia se levava aquilo que se desenrolava, tirintava, escorria, saltava, evaporava, diluia-se, e retornava a sério, se ria, se era um sonho, se meu namorado havia colocado uísque no meu café. Mesmo tendo a experiência de La science des rêves e conhecendo a excentricidade de Gondry, mesmo com aquele aviso-referência nos dois primeiros minutos de filme, aquele aviso-referência que remonta à Bañuel e seu Un chien andalou, repito, foi um choque. O que Gondry nos apresenta é algo totalmente inesperado, louco, birutinha mesmo, e de uma maneira completamente inexplicável: algo agradável. Algo prazeroso, especialmente quando há entrega por parte do espectador à proposta do diretor, depois daquele período de adaptação. A insanidade, após um tempo, nem parece tão insana: inclusive, beira à naturalidade para o espectador. Para mim, ao menos. Quanta, quanta crítica! Desde Jean-Sal Partre ao "é necessário calor humano para a confecção de boas armas", Colin deitado nu sobre sementes bélicas. A fotografia, então, como já foi comentado: um degradê sublime. Impactante. A mim, fez sentir. E como na leitura de sua sinopse, atravessar o corpo de Chloé e ver em seus pulmões a flor gélida encheu-me de compaixão e dor. (Por falar em dor, um elogio à equipe de arte: a degradação, a putrefação, a invasão da morte e da perda... Todas essas: expressas.) Isso, essa capacidade de alcance, de visão, de sentir, me tocaram e tocaram. De fato, memorável.
Ida
3.7 439"Você deveria experimentar. Caso contrário, que tipo de sacrifício é esse voto que você fez?"
Quando Explode a Vingança
4.1 133 Assista Agora"All of them. Six. I've never counted them before."
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraA vida simples, da maneira como nos é oferecida, pode ser tão bonita, mas tão bonita se a gente souber como enquadrar a paisagem e o olhar. Seja no cotidiano. Seja com uma câmera fotográfica. Seja no cinema.
A última cena da mãe de Mason, em que ela resume os últimos anos da sua vida e termina com um "eu só pensei que haveria mais".
Eu, no início, também pensei que haveria mais. Mas o que assisti foi de uma simplicidade tão... Sensível. A ponto de ficar muito mais comovida do que acreditei que ficaria.
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2KAcho que me arrancou os membros. Estou quebrada, quebrada, quebrada. Nem sei em quantas. Nem suportaria saber em quantas. Infinitamente poético, verdadeiro e triste, de uma sinceridade simplesmente comovente e genuína.
Por que os vagalumes morrem tão cedo?
Prova de Redenção
4.2 363"You can't get real flowers anymore, so the florist in Markale started making paper ones."
O Silêncio
4.0 42Um filme que me pôs em silêncio ao longo de uma hora inteira. Em um silêncio repleto, cheio, completamente feito de sensibilidade. E assim continuo, ainda não encontrei palavra para quebrar esse estado. Simplesmente, simplesmente estésico em cada minuto!
A cena da chuva, quando os pingos caem sobre as cordas do instrumento desafinado, me encheu os olhos de água de uma maneira inacreditavelmente pura.
O encanto de Khorshid não somente com a música propriamente dita, mas com as vozes bonitas, com os sons em harmonia, é de uma delicadeza tão singela que depois de certo tempo eu mesma passei a ter outros ouvidos para as buzinas, outros ouvidos para cada bater de martelo.
E que direção e fotografia absolutamente impecáveis! Uma pintura a cada quadro, ângulo, corte, tomada inteira! Se Makhmalbaf já havia me deixado encantada com Um Instante de Inocência, O Silêncio só me faz ter urgência amior de descobrir mais sobre o cinema iraniano.