Bom filme de ação, não inova mas é competente. Tipo de filme que passaria no Domingo Maior exaustivamente no início dos anos 2000, tem boas cenas de ação e Michael B. Jordan vai bem como action hero. Para assistir em um domingo preguiçoso.
Esse aqui é bizarro e viajado até pra mim. Tem umas cenas que os efeitos ficaram meio estranhos também, nem parece uma super produção milionária. Tem bons momentos, consegue fazer com que tenhamos momentos de empatia por alguns personagens, mas a duração longa demais não se justifica. Creio que o erro foi querer explicar demais e dar um verniz intelectual e místico para uma produção que sabemos ser meramente entretenimento. Seria até melhor se a trama que começa a partir da ida ao espaço fosse um filme independente, de repente um "Moonfall: Origins". Como ficou, acaba sendo cansativo e enfadonho.
É uma aventura estilo as que passavam na Sessão da Tarde, não achei tão ruim. Stallone tá meio travado, mas não compromete. A história é básica, mas eficiente e pelo menos o filme não enrola, sabe que o roteiro é limitado e não se alonga tentando parecer megalomaníaco. Eu curti, talvez não passe numa revisão, mas em primeira impressão me divertiu e prendeu minha atenção.
Bem fraco, ritmo arrastado e foco no melodrama. Mas nem dramaticamente funciona, já que o elenco é ruim e tudo é muito repetitivo. Achei a revelação da identidade do Jack até criativa, mas nada que ajude a salvar o resultado final.
É bom, é interessante e é criativo ao fazer o tempo todo parecer que será uma trama de vingança quando não é necessariamente isso que vemos na tela ao fim da película. Tem os exageros típicos do diretor, mas eu entendo como uma ode a latinidade, povos latinos são assim e não tem porque querer se aproximar do blasé francês, do pragmatismo anglo saxão ou da mecanicidade germânica. Almodóvar aqui mais uma vez faz um filme intenso, ainda que pra mim tenha uns momentos que a história trava e não se desenvolve como poderia, ainda é um bom exemplar do diretor.
Filme com cara de Sessão da Tarde que funciona como um bom passatempo. Inofensivo e clichê, mas bem feito e que se destaca por usar o heavy metal como fio condutor. Bom pra um domingo a noite ou uma tarde fria de preguiça, com certeza vai entreter e divertir quem estiver assistindo.
Um filme mais sensorial e estético do que propriamente bem roteirizado. É intrigante, o uso do vermelho é bem presente e invariavelmente o espectador parece imerso num tom de delírio. É confuso sim, tem umas inserções de trilha sonora deslocadas (normal em filmes exploitation e de horror setentista), mas pessoalmente eu acabei curtindo. Mas pra quem espera uma trama linear e com significado, pode não curtir tanto e achar tudo meio desconexo.
Comédia divertida, um pouco estereotipada, mas que pelo menos sai daquele lugar comum que as novelas da Globo e as séries do Multishow dão ao que os diretores e produtores playboys entendem do que seriam a favela e os subúrbios. Mesmo com os exageros, você reconhece os personagens como pessoas reais, que passam por situações plausíveis. E também achei legal que se evita dar o contorno violento, mostrando jovens pretos se divertindo, dançando e bebendo, saindo do lugar comum deles apenas como traficantes ou alvos de violência policial. Gostei, despretensioso e bom pra passar o tempo.
Policial cru, sujo e violento. Não parece um produto recente, se assemelhando ao pessimismo dos filmes setentistas. Quem está acostumado com o cinema de ação entretenimento vai achar maçante, porém eu gostei bastante e achei uma grata surpresa. A longa duração não pesa, pois parece que cada personagem, cada cena tem sua razão de existir. Mel Gibson e Vince Vaughn atuam bem e convencem como parceiros em sua escalada de policiais de métodos duvidosos e anti éticos para dois desiludidos que se envolvem em algo grande demais para eles.
Ação com suspense, uma salada que pode agradar se você quiser apenas algo para passar o tempo. Mistura FBI, investigação criminal, tiroteios, intrigas familiares e terapia (??). Mel Gibson deve ter filmado sua participação de casa, Tyrese e Famke Janssen são coadjuvantes de luxo. Tem umas mortes e uns tiroteios legais e a trama surpreende justamente pelo grau de aleatoriedade. Mas, te dizer, não é ruim desde que você não se empolgue pelo elenco famosinho e nem queira assistir um filme convencional de ação ou de suspense.
Filme de ação ok, mas que no início parece não saber exatamente se quer ser engraçado e moderninho, ou uma produção bad ass. No geral, fica no meio do caminho entre os dois. Pra mim só fica bom mesmo lá pela metade, quando aumentam a contagem de corpos e de tiroteios. É um bom passatempo, pra desligar o cérebro. Mas nada que vá marcar muito quem assiste.
É aquilo: traz discussões de círculos da internet e da academia para um público maior (na sessão que eu fui tinham muitos leigos, então creio que essa produção conseguiu sair da bolha, e isso é ótimo). Porém, o preço de ser "popular" é justamente que o discurso que começa muito ativo, vai minguando até se criar quase uma fábula de "todos precisamos de todos", chegando no ápice quando ocorrem duas mortes simultâneas e em contextos totalmente diferentes. Do jeito que foi montado, pode passar uma impressão muito torta e que até distorce a intenção a ser mostrada ao espectador. Mas não é um filme ruim, pelo contrário. As atuações são boas, tem um cinismo no trato ao racismo que consegue espetar nosso "racismo velado" (que tem se tornado cada vez mais direto de um tempo pra cá). Além disso, é um filme tecnicamente bem feito. Porém, e isso pode ser culpa totalmente minha de criar expectativas aonde nada me foi prometido, achei que no fim algumas coisas foram apressadas e mal desenvolvidas e com isso partes da mensagem ficaram um tanto rasas.
Grata surpresa. Raro papel dramático de Anthony Anderson, que aqui se sai bem, assim como o restante do elenco. Apesar da violência ter um papel central na trama, não se apega somente a isso como boa parte dos "hood movies" fazem. Na verdade, mostra justamente como o entorno violento pode prejudicar e esconder talentos, e como mesmo sendo descoberto, tem sempre muita dificuldade até se chegar a uma oportunidade de sucesso.
Drama esportivo ft. superação que segue a cartilha do gênero, mas é eficiente. Halle Berry tem boa atuação, e eu particularmente gosto de produções que mostram o lado B da América, fora dos subúrbios de classe média e mostrando o lado periférico do american way of life. É um pouco longo, mas nada que seja maçante.
Um raro filme italiano de ação oitentista que não é uma versão classe B de algum sucesso estrangeiro. "Tuareg", pelo contrário, traz uma trama interessante e de certo modo até original, colocando a velha história do homem honrado vs. o sistema que violenta. O cenário do deserto é muito bonito e bem utilizado, de modo que a geografia do Saara é parte integral do que vemos na tela As cenas de ação são pontuais, mas bem executadas e filmadas. Mark Harmon está bem como protagonista e os demais atores também tem bom trabalho, seja como antagonistas ou como aliados de Gacel. Achei o fim um pouco anti climático, mas esses epílogos pessimistas são de certo modo até comuns nas produções italianas da época.
Esse "Rambo" indígena é aquela produção para passar o tempo e lembrar de quando os italianos picaretas copiavam com um terço do orçamento qualquer sucesso norte-americano. Não é ruim, desde que o nível de exigência esteja próximo do mínimo. Mas a trama não tem sentido nenhum e é contada de forma apressada, em vários momentos parece que as cenas são empilhadas sem critério. Armas, personagens, situações, tudo acontece de repente e termina do nada. Vale como nostalgia e para quem curte o cinema B da época.
Um dos mais fraquinhos do ciclo canibal italiano, assim como a produção que iniciou a moda ("Mundo Canibal") esse aqui é mais focado na aventura e nos perigos da selva, reservando somente a meia hora final para o gore, a matança e o canibalismo de fato. Tem as tradicionais cenas de morte de animais (por parte dos personagens e também nos vídeos de vida selvagem inseridos aleatoriamente), além de mostrar castrações, amputações e todo grau de bizarrices.
Mistureba de Terminator com queda de braço (provavelmente indo na esteira de "Falcão", mas como o filme com Stallone foi lançado de fato um ano depois, não tem como cravar), estrelado pelo inexpressivo Daniel Greene. A trama é sem grande nexo, parece que a produção começa com ela em andamento. De proveitoso destaco a meia hora final, que é quando de fato a ação ocorre. O restante da película traz as já citadas quedas de braço e diálogos clichês de 90% das fitas de ação com cyborgs realizadas no período.
É como se fosse uma versão século XXI do "Show de Truman", mas tirando o clima melancólico agridoce e transformando em uma aventura pique GTA. Achei eficiente no que se propõe, é aquele escapismo divertido que as vezes a gente precisa num dia de preguiça. Bons efeitos, Ryan Reynolds carismático. Uma boa surpresa.
Bom G movie, se destacando por sair dos guetos norte-americanos e retratar a situação das gangues na Inglaterra. Tem bons momentos, mas também é um pouco confuso, especialmente ali no meio da produção. Mas na parte final, o filme recupera terreno e o interesse do espectador. Não gostei muito da inserção dos rappers como narrador, ainda que as músicas sejam boas parece que dá uma quebrada no ritmo.
Exagerado filme B, tenta inserir uma ficção científica pra justificar os absurdos da história, mas é aquilo: não é uma produção cerebral, a intenção aqui é ser frenético. E nesse aspecto "Rage" tira dez com louvor. Após uma pequena introdução, são praticamente noventa minutos de explosões, tiroteios, pessoas voando, carros destruídos e cenas de perseguição absurdas. Mas, se pensarmos que atualmente a endinheirada franquia "Velozes e Furiosos" cria sequências de ação sem nenhum compromisso com a lógica e ainda assim fatura milhões, não tem porque cobrar que um filme noventista classe B tenha que se comprometer com a realidade. Para quem curte esses filmes de ação de segunda linha que passavam na Record e na Band, é um prato cheio.
Considerado por muitos o último grande faroeste, esse "Os Imperdoáveis" se mostra grandioso na ressignificação do conceito do cowboy machão e perfeito. Muitos anos antes do incensado "Ataque dos Cães", Eastwood já cria um personagem principal falho e que não mata por prazer. O personagem de Freeman no mesmo modo, já parece cansado. E o terceiro protagonista, mal enxerga. A figura do xerife heroico também é desmistificada, sendo totalmente amoral. Os personagens clássicos, dessa forma, não ocupam as caixinhas geralmente dadas a cada um nos faroestes. O que eu acho é que o filme é muito vagaroso em determinados momentos, muito contemplativo em seus diálogos. As cenas de tiroteios e a fotografia são magnetizantes, realmente é um velho oeste muito bonito de se ver, especialmente nas cenas fora da cidade. Se fosse um pouco mais direto ao ponto e enrolasse menos, pra mim seria praticamente perfeito.
Revisto depois de anos, surpreendentemente essa comédia ainda tem um humor que funciona. A maioria das piadas, ainda que ofensivas, envelheceram bem e conseguem provocar risadas. É aquele caso de abraçar o absurdo e se divertir ao máximo.
Vendido como um erotic thriller, esse "Conduta Imprópria" na verdade é um suspense dramático inesperadamente bom. Retrata com fidelidade como ocorre o assédio sexual, o machismo e a cultura do abuso nas empresas. A trama é correta e eficiente, você até sente empatia pela protagonista, especialmente por saber como ainda hoje o protecionismo a homens em cargos de poder é ativo.
Sem Remorso
3.0 283 Assista AgoraBom filme de ação, não inova mas é competente.
Tipo de filme que passaria no Domingo Maior exaustivamente no início dos anos 2000, tem boas cenas de ação e Michael B. Jordan vai bem como action hero.
Para assistir em um domingo preguiçoso.
Moonfall: Ameaça Lunar
2.4 550 Assista AgoraEsse aqui é bizarro e viajado até pra mim. Tem umas cenas que os efeitos ficaram meio estranhos também, nem parece uma super produção milionária. Tem bons momentos, consegue fazer com que tenhamos momentos de empatia por alguns personagens, mas a duração longa demais não se justifica.
Creio que o erro foi querer explicar demais e dar um verniz intelectual e místico para uma produção que sabemos ser meramente entretenimento. Seria até melhor se a trama que começa a partir da ida ao espaço fosse um filme independente, de repente um "Moonfall: Origins".
Como ficou, acaba sendo cansativo e enfadonho.
Samaritano
2.8 221 Assista AgoraÉ uma aventura estilo as que passavam na Sessão da Tarde, não achei tão ruim. Stallone tá meio travado, mas não compromete. A história é básica, mas eficiente e pelo menos o filme não enrola, sabe que o roteiro é limitado e não se alonga tentando parecer megalomaníaco.
Eu curti, talvez não passe numa revisão, mas em primeira impressão me divertiu e prendeu minha atenção.
Jack, O Estripador: A História Não Contada
1.8 27 Assista AgoraBem fraco, ritmo arrastado e foco no melodrama. Mas nem dramaticamente funciona, já que o elenco é ruim e tudo é muito repetitivo.
Achei a revelação da identidade do Jack até criativa, mas nada que ajude a salvar o resultado final.
Carne Trêmula
4.0 585É bom, é interessante e é criativo ao fazer o tempo todo parecer que será uma trama de vingança quando não é necessariamente isso que vemos na tela ao fim da película. Tem os exageros típicos do diretor, mas eu entendo como uma ode a latinidade, povos latinos são assim e não tem porque querer se aproximar do blasé francês, do pragmatismo anglo saxão ou da mecanicidade germânica.
Almodóvar aqui mais uma vez faz um filme intenso, ainda que pra mim tenha uns momentos que a história trava e não se desenvolve como poderia, ainda é um bom exemplar do diretor.
Metal Lords
3.5 309 Assista AgoraFilme com cara de Sessão da Tarde que funciona como um bom passatempo. Inofensivo e clichê, mas bem feito e que se destaca por usar o heavy metal como fio condutor.
Bom pra um domingo a noite ou uma tarde fria de preguiça, com certeza vai entreter e divertir quem estiver assistindo.
Vampiros Lesbos
3.2 42Um filme mais sensorial e estético do que propriamente bem roteirizado. É intrigante, o uso do vermelho é bem presente e invariavelmente o espectador parece imerso num tom de delírio.
É confuso sim, tem umas inserções de trilha sonora deslocadas (normal em filmes exploitation e de horror setentista), mas pessoalmente eu acabei curtindo. Mas pra quem espera uma trama linear e com significado, pode não curtir tanto e achar tudo meio desconexo.
Vale Night
2.6 24 Assista AgoraComédia divertida, um pouco estereotipada, mas que pelo menos sai daquele lugar comum que as novelas da Globo e as séries do Multishow dão ao que os diretores e produtores playboys entendem do que seriam a favela e os subúrbios.
Mesmo com os exageros, você reconhece os personagens como pessoas reais, que passam por situações plausíveis.
E também achei legal que se evita dar o contorno violento, mostrando jovens pretos se divertindo, dançando e bebendo, saindo do lugar comum deles apenas como traficantes ou alvos de violência policial.
Gostei, despretensioso e bom pra passar o tempo.
Justiça Brutal
3.7 153 Assista AgoraPolicial cru, sujo e violento. Não parece um produto recente, se assemelhando ao pessimismo dos filmes setentistas. Quem está acostumado com o cinema de ação entretenimento vai achar maçante, porém eu gostei bastante e achei uma grata surpresa.
A longa duração não pesa, pois parece que cada personagem, cada cena tem sua razão de existir.
Mel Gibson e Vince Vaughn atuam bem e convencem como parceiros em sua escalada de policiais de métodos duvidosos e anti éticos para dois desiludidos que se envolvem em algo grande demais para eles.
Instinto Assassino
2.5 77 Assista AgoraAção com suspense, uma salada que pode agradar se você quiser apenas algo para passar o tempo. Mistura FBI, investigação criminal, tiroteios, intrigas familiares e terapia (??). Mel Gibson deve ter filmado sua participação de casa, Tyrese e Famke Janssen são coadjuvantes de luxo.
Tem umas mortes e uns tiroteios legais e a trama surpreende justamente pelo grau de aleatoriedade. Mas, te dizer, não é ruim desde que você não se empolgue pelo elenco famosinho e nem queira assistir um filme convencional de ação ou de suspense.
Fogo Cruzado
3.1 55 Assista AgoraFilme de ação ok, mas que no início parece não saber exatamente se quer ser engraçado e moderninho, ou uma produção bad ass. No geral, fica no meio do caminho entre os dois.
Pra mim só fica bom mesmo lá pela metade, quando aumentam a contagem de corpos e de tiroteios.
É um bom passatempo, pra desligar o cérebro. Mas nada que vá marcar muito quem assiste.
Medida Provisória
3.6 432É aquilo: traz discussões de círculos da internet e da academia para um público maior (na sessão que eu fui tinham muitos leigos, então creio que essa produção conseguiu sair da bolha, e isso é ótimo). Porém, o preço de ser "popular" é justamente que o discurso que começa muito ativo, vai minguando até se criar quase uma fábula de "todos precisamos de todos", chegando no ápice quando ocorrem duas mortes simultâneas e em contextos totalmente diferentes. Do jeito que foi montado, pode passar uma impressão muito torta e que até distorce a intenção a ser mostrada ao espectador.
Mas não é um filme ruim, pelo contrário. As atuações são boas, tem um cinismo no trato ao racismo que consegue espetar nosso "racismo velado" (que tem se tornado cada vez mais direto de um tempo pra cá). Além disso, é um filme tecnicamente bem feito.
Porém, e isso pode ser culpa totalmente minha de criar expectativas aonde nada me foi prometido, achei que no fim algumas coisas foram apressadas e mal desenvolvidas e com isso partes da mensagem ficaram um tanto rasas.
Hip-Hop Beats
3.5 25 Assista AgoraGrata surpresa. Raro papel dramático de Anthony Anderson, que aqui se sai bem, assim como o restante do elenco. Apesar da violência ter um papel central na trama, não se apega somente a isso como boa parte dos "hood movies" fazem.
Na verdade, mostra justamente como o entorno violento pode prejudicar e esconder talentos, e como mesmo sendo descoberto, tem sempre muita dificuldade até se chegar a uma oportunidade de sucesso.
Ferida
3.3 61 Assista AgoraDrama esportivo ft. superação que segue a cartilha do gênero, mas é eficiente. Halle Berry tem boa atuação, e eu particularmente gosto de produções que mostram o lado B da América, fora dos subúrbios de classe média e mostrando o lado periférico do american way of life.
É um pouco longo, mas nada que seja maçante.
Tuareg: O Guerreiro do Deserto
3.7 16Um raro filme italiano de ação oitentista que não é uma versão classe B de algum sucesso estrangeiro. "Tuareg", pelo contrário, traz uma trama interessante e de certo modo até original, colocando a velha história do homem honrado vs. o sistema que violenta. O cenário do deserto é muito bonito e bem utilizado, de modo que a geografia do Saara é parte integral do que vemos na tela
As cenas de ação são pontuais, mas bem executadas e filmadas. Mark Harmon está bem como protagonista e os demais atores também tem bom trabalho, seja como antagonistas ou como aliados de Gacel.
Achei o fim um pouco anti climático, mas esses epílogos pessimistas são de certo modo até comuns nas produções italianas da época.
Thunder: Um Homem Chamado Trovão
2.7 30Esse "Rambo" indígena é aquela produção para passar o tempo e lembrar de quando os italianos picaretas copiavam com um terço do orçamento qualquer sucesso norte-americano. Não é ruim, desde que o nível de exigência esteja próximo do mínimo.
Mas a trama não tem sentido nenhum e é contada de forma apressada, em vários momentos parece que as cenas são empilhadas sem critério. Armas, personagens, situações, tudo acontece de repente e termina do nada.
Vale como nostalgia e para quem curte o cinema B da época.
A Montanha dos Canibais
3.0 28Um dos mais fraquinhos do ciclo canibal italiano, assim como a produção que iniciou a moda ("Mundo Canibal") esse aqui é mais focado na aventura e nos perigos da selva, reservando somente a meia hora final para o gore, a matança e o canibalismo de fato.
Tem as tradicionais cenas de morte de animais (por parte dos personagens e também nos vídeos de vida selvagem inseridos aleatoriamente), além de mostrar castrações, amputações e todo grau de bizarrices.
Keruak, O Exterminador de Aço
2.9 41Mistureba de Terminator com queda de braço (provavelmente indo na esteira de "Falcão", mas como o filme com Stallone foi lançado de fato um ano depois, não tem como cravar), estrelado pelo inexpressivo Daniel Greene.
A trama é sem grande nexo, parece que a produção começa com ela em andamento. De proveitoso destaco a meia hora final, que é quando de fato a ação ocorre.
O restante da película traz as já citadas quedas de braço e diálogos clichês de 90% das fitas de ação com cyborgs realizadas no período.
Free Guy - Assumindo o Controle
3.5 579 Assista AgoraÉ como se fosse uma versão século XXI do "Show de Truman", mas tirando o clima melancólico agridoce e transformando em uma aventura pique GTA. Achei eficiente no que se propõe, é aquele escapismo divertido que as vezes a gente precisa num dia de preguiça.
Bons efeitos, Ryan Reynolds carismático.
Uma boa surpresa.
Gangues de Londres
2.9 20Bom G movie, se destacando por sair dos guetos norte-americanos e retratar a situação das gangues na Inglaterra. Tem bons momentos, mas também é um pouco confuso, especialmente ali no meio da produção. Mas na parte final, o filme recupera terreno e o interesse do espectador.
Não gostei muito da inserção dos rappers como narrador, ainda que as músicas sejam boas parece que dá uma quebrada no ritmo.
Fúria Assassina
3.4 19Exagerado filme B, tenta inserir uma ficção científica pra justificar os absurdos da história, mas é aquilo: não é uma produção cerebral, a intenção aqui é ser frenético. E nesse aspecto "Rage" tira dez com louvor. Após uma pequena introdução, são praticamente noventa minutos de explosões, tiroteios, pessoas voando, carros destruídos e cenas de perseguição absurdas.
Mas, se pensarmos que atualmente a endinheirada franquia "Velozes e Furiosos" cria sequências de ação sem nenhum compromisso com a lógica e ainda assim fatura milhões, não tem porque cobrar que um filme noventista classe B tenha que se comprometer com a realidade.
Para quem curte esses filmes de ação de segunda linha que passavam na Record e na Band, é um prato cheio.
Os Imperdoáveis
4.3 655Considerado por muitos o último grande faroeste, esse "Os Imperdoáveis" se mostra grandioso na ressignificação do conceito do cowboy machão e perfeito. Muitos anos antes do incensado "Ataque dos Cães", Eastwood já cria um personagem principal falho e que não mata por prazer. O personagem de Freeman no mesmo modo, já parece cansado. E o terceiro protagonista, mal enxerga. A figura do xerife heroico também é desmistificada, sendo totalmente amoral. Os personagens clássicos, dessa forma, não ocupam as caixinhas geralmente dadas a cada um nos faroestes.
O que eu acho é que o filme é muito vagaroso em determinados momentos, muito contemplativo em seus diálogos. As cenas de tiroteios e a fotografia são magnetizantes, realmente é um velho oeste muito bonito de se ver, especialmente nas cenas fora da cidade.
Se fosse um pouco mais direto ao ponto e enrolasse menos, pra mim seria praticamente perfeito.
Se Beber, Não Case!
3.7 2,6K Assista AgoraRevisto depois de anos, surpreendentemente essa comédia ainda tem um humor que funciona. A maioria das piadas, ainda que ofensivas, envelheceram bem e conseguem provocar risadas.
É aquele caso de abraçar o absurdo e se divertir ao máximo.
Conduta Imprópria
2.8 9Vendido como um erotic thriller, esse "Conduta Imprópria" na verdade é um suspense dramático inesperadamente bom. Retrata com fidelidade como ocorre o assédio sexual, o machismo e a cultura do abuso nas empresas.
A trama é correta e eficiente, você até sente empatia pela protagonista, especialmente por saber como ainda hoje o protecionismo a homens em cargos de poder é ativo.