Espetacular. Para mim, serviu até como uma espécie de compensação indireta ao bizarro Matrix. Que estética, que show de ação, teve até um momento Diablo FPS. Haha... Personagens carismáticos (Caine é um dos melhores que vi nos últimos tempos, que classe!), condução eficiente... Keanu monstro sagrado!
Descobri Brisseau no abençoado novembro de 2019. Logo de cara, percebi o quanto seu cinema mexia comigo, como havia nele tanto do que eu pensava e até sonhava assistir/filmar. Após maratonar seus filmes, encantado e assustado, decidi escolher, sem critério - ao acaso? - um deles para "guardar" e assistir apenas depois de um bom tempo pós-descoberta. Escolhi, sabe-se lá porquê, A Garota de Lugar Nenhum.
Curiosamente, é como se Brisseau tivesse canalizado todos os elementos de seu universo cinematográfico nessa joia. Filmado com extrema simplicidade técnica, o longa trás as temáticas metafísicas e existenciais tão comuns ao diretor por meio da aparição de uma jovem e misteriosa figura feminina na vida de um velho e solitário homem. Brisseau, então, joga com a perspectiva do fim do desejo, entre masculino e feminino, potencializada pela diferença material de gerações, desenvolvendo uma relação desesperadamente nostálgica e paternal entre os dois personagens, todavia, assombrada pelas possíveis semelhanças imateriais entre gerações, induzidas - aos céticos - ou não, pelos caminhos tortuosos do sobrenatural.
Dora, assustadoramente alva, contrasta, por vezes, nos planos metalinguísticos de Brisseau, com as sombras do apartamento. Outras, no entanto, parece ser produto dele, confundindo-se-lhe como mera distração, ou até assombração. A poltrona que lhe está próxima nos parece viva ou morta? As mulheres de preto e as de branco são reativas a ela? Ou são reações dela, ainda que inconscientes? Quem é Dora? De onde veio Dora? Por que Dora? E, por que não, o que é Dora? No fim, todo o mistério de sua chegada nem se compara àquele gerado por sua permanência, recheada sensações expressas ou ocultas.
PS: a cena da gigante figura feminina de preto arrepiou-me e aterrorizou-me com mais competência que qualquer filme de terror ao qual já assisti.
Revi-o, após dez anos, e a experiência continua rara. O tratamento que Trier dá aos três personagens, invertendo os pólos de sanidade mental à medida que (a,o) Melancolia se aproxima, é soberbo, repleto de simbolismos. Ao depressivo, que não se encaixa à Terra, por ser sensível em demasia, o planeta intruso é o conforto, é a limpeza; sua depressão é também - ou apenas - lucidez sensorial. Ao calculista, ao científico, cego pela sua fé dogmática na abstração dos números, é insuportável, é o suicídio das próprias convicções. Ao maternal e dedicado, ainda que pragmático, é o desespero pelo fim do simples viver, tão carregado de um intenso, porém tímido sonhar. Grande filme. Talvez profético.
Óbvio que tem muitos problemas, mas a premissa é muito interessante. Também chama a atenção a coragem em entregar um final ainda mais cruel àquela loucura toda. Como doi a alma ver pessoas sofrendo internamente, ao ponto de cometer suicídio. Como dilacera o coração ver tantos doentes em mãos sociais completamente inaptas e baixas. Infelizmente, tratar, com seriedade, esse problema gigante de saúde pública e particular parece ser assunto proibido na sociedade. Há tantas dificuldades... Falta tanta profundidade em todos os agentes envolvidos... É tanta chacota e superficialidade nas línguas da massiva maioria, todos tão rasos e espiritualmente despreparados para algo tão sensível... Cruel.
PS: como é linda a Sarah Wayne. Essa mulher tem um dos olhos mais belos, ternos, profundos e inteligentes do cinema.
Vale pela profunda reflexão de 10 segundos tentando desvendar o sétimo buraco do corpo do homem. Inconscientemente, eu me projetava como um eunuco injaculador. Sera que eu ganharia um filme na fase 6 da Marvel? Bom, acho que vou ter que ligar para o psiquiatra...
Por mero gosto pessoal, seria melhor se fosse mais corajoso e terminasse de forma cruel e trágica, como a vida é, por baixo de toda sua maquiagem. Todavia, é uma bela realização do nosso cinema, muito técnico e bem construído. Brichta doutrinando.
PS: Rachei o bico quando ele colocou para tocar "Fui dar mamãe". Kkkk. Realmente, o Brasil não é para amadores.
De uma trabalhadora raiz para uma burguesa gourmet: "Por que não varre um pouco? Vai à igreja para se lamentar, então por que não trabalha também? Há dois tipos de pessoas neste mundo: as que trabalham e as que colocam outras para trabalhar. Jesus varria."
A: Emerenc, se fosse ao contrário, teria me deixado morrer? B: É claro. A: E não teria ressentimentos? B: Não. A: Mas eu não poderia salvá-la de nada. Tudo viria à tona... Os gatos, a sujeira... B: E daí? A: O que uma pessoa morta sabe ou vê? É você quem acha que há algo lá em cima te esperando, anjos carregarão sua máquina de escrever, tudo continuará normalmente. Uma tola! Para os mortos, nada mais importa. Os mortos estão zerados. B: Então por que a cripta de mármore, Emerenc? Qual o sentido de reunir seus pais e as gêmeas? Se fosse assim, a grama da trincheira bastaria. A: Talvez para você, mas não para mim. Não para os meus mortos. Os mortos devem ser honrados. Puff... O que você sabe sobre honra? Atirou um osso para mim no parlamento e acha que vou segui-la como Viola? É muito boa com palavras, mas para estar presente quando preciso, para esconder minha miséria dos olhos do mundo, para isso, você não teve tempo.
Pessoas como Emerenc são raríssimas e chocam a maioria quando se lhes apresentam verdadeiramente. Duras e frias de mente, mas sinceras e honradas de coração. Saibamos identificá-las e cultivá-las, pois perdê-las é sempre doloroso. Diante de tais achados, como um próprio personagem do filme diz: "o que quer que aconteça, por favor, não guarde rancor, pois há poucas pessoas justas e boas na Terra."
- A filha de Y é estuprada e suicida-se por conta do trauma. - Y conhece X. - X se apaixona por uma moçoila, quase é assassinado por um rival e depois pela própria "amada", num ritual mágico. - Y salva a vida de X nas duas ocasiões. - X descobre que Y matou os responsáveis pelo estupro, fica indignado por ter sido "enganado" em toda investigação e por conta do destino de sua amada (kkkkkkkk) ter sido maculado(!?). - Após um showzinho, X decide conceder "clemência" a Y, privando-se de denunciá-lo, mas rompendo contato e julgando-o ferozmente. - Sob o efeito da descoberta, do rompimento emocional e das lembranças, Y se suicida.
Parabéns, X. Você atingiu níveis de gadice insuperáveis e ainda refratou, com maestria, sua esquizofrenia sentimental num pai destruído interiormente.
15 minutos de filme: A: Tá gostando, meu bem? B: Tem 3h, mas essa primeira hora não está me agradando.
1 hora de filme: A: Eu não estou entendendo nada. B: Você não tem que entender. Tem que aproveitar o privilégio de navegar nessas águas e interagir com os peixinhos em 85D, estrela. A: Ridículo... kkkk
2 horas de filme: A: Eu quero ir embora. Esse filme não acaba. B: Calma, bb, o que importa é a imersão emocional que a obra nos proporciona. A: Já se afundaram nisso faz tempo. Kkkk
3 horas de filme (após muito sono e paciência) A: Enfim, acabando! B: O cara vive falando da profundidade de ser pai e esconde-se na família o tempo todo? E ainda fracassa? A: Você não presta. Rs
Se for para passar 3h "desbravando" um lindo mundo aberto, é melhor comprar Elder Ring.
Filme bastante digno, mostrando a beleza de belos e saudáveis elos entre o masculino e feminino (irmã inspirada e honrando a memória do irmão, enteada gênia que teve apoio e incentivo do padrasto) em nome do amor mais puro possível, aquele sem nenhum interesse carnal. Vilão consistente, interessante e fodão, daqueles doutrinadores que te dão até trégua de uma semana para honrar os mortos e organizar os velórios. Ah e como não citar a presença de tela da Lupita Nyong'g... Que mulher belíssima e talentosa.
Zuckenberg foi genial, pois leu com maestria o destestável ambiente universitário - micro fiel da sádica suruba que é o social - e criou um meio virtual que convergiu as suas principais características: o clima de competição/validação de egos, a vontade de "conhecer" o outro, a necessidade absurda de exposição material (da estética à econômica), a projeção de personas-bait e o óbvio exercício de poder social, em qualquer uma de suas esferas. Tudo isso com a vantagem de não ter que se preocupar com as consequências físico-brutais que tais comportamentos gerariam na realidade. Um prato cheio para o nosso teatro de identidades. O problema é a náusea pós-refeição...
"Não tem nada lá" não passa de uma ilusão (dita, em contradição, pelo coletivo) lógico-semântica que aceitamos, talvez inconscientemente, tentando ocultar a sombria verdade, de mesmo significado, apenas em forma mais clara: tem algo lá, sim, senhor.
Na arte dos encontros co-incidentes da vida, é na poesia do inesperado, metamorfo astuto do tempo, que temos as melhores rimas de nossas existências, sejam melancólicas ou radiantes.
Quando me acomodei na poltrona para assistir ao filme, senti um estranho aperto no peito, que durou por boa parte da sessão. Logo na primeira cena, o incômodo se potencializou por conta das semelhanças em relação a um fato pessoal ocorrido. Ao longo do filme, fui me envolvendo em cada uma das nuances da complexa Benedetta e reagindo àquelas incorporações incisivas dela como quem não sabe bem se está assustado pelo mal ou anestesiado pelo bem, graças à competência do Verhoeven em conduzir a trama.
Seria o exercício da fé, ali e aqui, uma encenação inconsciente, como compensação e consolação dos nossos reprimidos desejos, sejam universais ou particulares? E, se sim, quem é e a que lado pertence o Nosso Diretor?
"O que acha da fidelidade? Engula antes de dizer palavras grandiosas" - No primeiro abalo econômico de seu amor. "Passar fome é questão de gosto." - Na recusa a dar o corpo, vender o desejo e manchar uma alma apaixonada. "O cálculo aritmético é diferente do moral." - Na honra, para alguns orgulho, de manter a dignidade em relação à família. "Tenha uma vida melhor do que a minha. E, por favor, escreva: como foi e como poderia ter sido." - Num derradeira desabafo digno da tragédia acadêmica goethiana.
Valores, princípios, essência e amores totalmente corrompidos numa sociedade alemã inflamada pelo ressentimento e conduzida pelo ódio. Ao literato Fabian restava apenas o refúgio esperançoso na fagulha de luz e fumaça entorpecente de mais um cigarro. No fim, acabou, cheio de boas intenções, ironicamente ou não, sufocado pelo (anti)espírito de sua época. É... Mergulhador, em águas rasas, torna-se inútil.
Achei bacana que o filme não terminou com conversa mole de salvação/alegria. Uma pena que o sorriso encantador e os olhões da Laurinha sejam mostrados tão poucas vezes. Haja rivotril... Opa, água benta.
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 692 Assista AgoraEspetacular. Para mim, serviu até como uma espécie de compensação indireta ao bizarro Matrix. Que estética, que show de ação, teve até um momento Diablo FPS. Haha... Personagens carismáticos (Caine é um dos melhores que vi nos últimos tempos, que classe!), condução eficiente... Keanu monstro sagrado!
Pânico VI
3.5 798 Assista AgoraFico imaginando o ex-presidente José Bubassauro vendo aqueles milagres pós-facada e pensando: "eu sou uma piada para vocês?".
A Garota de Lugar Nenhum
3.7 23Descobri Brisseau no abençoado novembro de 2019. Logo de cara, percebi o quanto seu cinema mexia comigo, como havia nele tanto do que eu pensava e até sonhava assistir/filmar. Após maratonar seus filmes, encantado e assustado, decidi escolher, sem critério - ao acaso? - um deles para "guardar" e assistir apenas depois de um bom tempo pós-descoberta. Escolhi, sabe-se lá porquê, A Garota de Lugar Nenhum.
Curiosamente, é como se Brisseau tivesse canalizado todos os elementos de seu universo cinematográfico nessa joia. Filmado com extrema simplicidade técnica, o longa trás as temáticas metafísicas e existenciais tão comuns ao diretor por meio da aparição de uma jovem e misteriosa figura feminina na vida de um velho e solitário homem. Brisseau, então, joga com a perspectiva do fim do desejo, entre masculino e feminino, potencializada pela diferença material de gerações, desenvolvendo uma relação desesperadamente nostálgica
e paternal entre os dois personagens, todavia, assombrada pelas possíveis semelhanças imateriais entre gerações, induzidas - aos céticos - ou não, pelos caminhos tortuosos do sobrenatural.
Dora, assustadoramente alva, contrasta, por vezes, nos planos metalinguísticos de Brisseau, com as sombras do apartamento. Outras, no entanto, parece ser produto dele, confundindo-se-lhe como mera distração, ou até assombração. A poltrona que lhe está próxima nos parece viva ou morta? As mulheres de preto e as de branco são reativas a ela? Ou são reações dela, ainda que inconscientes? Quem é Dora? De onde veio Dora? Por que Dora? E, por que não, o que é Dora? No fim, todo o mistério de sua chegada nem se compara àquele gerado por sua permanência, recheada sensações expressas ou ocultas.
PS: a cena da gigante figura feminina de preto arrepiou-me e aterrorizou-me com mais competência que qualquer filme de terror ao qual já assisti.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraRevi-o, após dez anos, e a experiência continua rara. O tratamento que Trier dá aos três personagens, invertendo os pólos de sanidade mental à medida que (a,o) Melancolia se aproxima, é soberbo, repleto de simbolismos. Ao depressivo, que não se encaixa à Terra, por ser sensível em demasia, o planeta intruso é o conforto, é a limpeza; sua depressão é também - ou apenas - lucidez sensorial. Ao calculista, ao científico, cego pela sua fé dogmática na abstração dos números, é insuportável, é o suicídio das próprias convicções. Ao maternal e dedicado, ainda que pragmático, é o desespero pelo fim do simples viver, tão carregado de um intenso, porém tímido sonhar. Grande filme. Talvez profético.
Esta É A Sua Morte
2.8 178 Assista AgoraÓbvio que tem muitos problemas, mas a premissa é muito interessante. Também chama a atenção a coragem em entregar um final ainda mais cruel àquela loucura toda. Como doi a alma ver pessoas sofrendo internamente, ao ponto de cometer suicídio. Como dilacera o coração ver tantos doentes em mãos sociais completamente inaptas e baixas. Infelizmente, tratar, com seriedade, esse problema gigante de saúde pública e particular parece ser assunto proibido na sociedade. Há tantas dificuldades... Falta tanta profundidade em todos os agentes envolvidos... É tanta chacota e superficialidade nas línguas da massiva maioria, todos tão rasos e espiritualmente despreparados para algo tão sensível... Cruel.
PS: como é linda a Sarah Wayne. Essa mulher tem um dos olhos mais belos, ternos, profundos e inteligentes do cinema.
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
2.8 517 Assista AgoraVale pela profunda reflexão de 10 segundos tentando desvendar o sétimo buraco do corpo do homem. Inconscientemente, eu me projetava como um eunuco injaculador. Sera que eu ganharia um filme na fase 6 da Marvel? Bom, acho que vou ter que ligar para o psiquiatra...
O Pacto
3.9 242 Assista AgoraRitchie, Gyllenhaal, guerra, lealdade, sacrifício, honra? Meu dinheiro é todo seu, Guy Ritchie.
M3gan
3.0 801 Assista AgoraMegan, a revolucionária-tradicionalista(!) inimiga n°1 das modernetes carreiristas, dos incelboys e das mães de pet.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraPor mero gosto pessoal, seria melhor se fosse mais corajoso e terminasse de forma cruel e trágica, como a vida é, por baixo de toda sua maquiagem. Todavia, é uma bela realização do nosso cinema, muito técnico e bem construído. Brichta doutrinando.
PS: Rachei o bico quando ele colocou para tocar "Fui dar mamãe". Kkkk. Realmente, o Brasil não é para amadores.
Selvagem
2.4 48 Assista AgoraImpossível não querer ser o heroi dos enigmátcos olhos e da beleza blasé de Niké Kurta. Grata surpresa.
Atrás da Porta
3.2 43 Assista AgoraDe uma trabalhadora raiz para uma burguesa gourmet: "Por que não varre um pouco? Vai à igreja para se lamentar, então por que não trabalha também? Há dois tipos de pessoas neste mundo: as que trabalham e as que colocam outras para trabalhar. Jesus varria."
A: Emerenc, se fosse ao contrário, teria me deixado morrer?
B: É claro.
A: E não teria ressentimentos?
B: Não.
A: Mas eu não poderia salvá-la de nada. Tudo viria à tona... Os gatos, a sujeira...
B: E daí?
A: O que uma pessoa morta sabe ou vê? É você quem acha que há algo lá em cima te esperando, anjos carregarão sua máquina de escrever, tudo continuará normalmente. Uma tola! Para os mortos, nada mais importa. Os mortos estão zerados.
B: Então por que a cripta de mármore, Emerenc? Qual o sentido de reunir seus pais e as gêmeas? Se fosse assim, a grama da trincheira bastaria.
A: Talvez para você, mas não para mim. Não para os meus mortos. Os mortos devem ser honrados. Puff... O que você sabe sobre honra? Atirou um osso para mim no parlamento e acha que vou segui-la como Viola? É muito boa com palavras, mas para estar presente quando preciso, para esconder minha miséria dos olhos do mundo, para isso, você não teve tempo.
Pessoas como Emerenc são raríssimas e chocam a maioria quando se lhes apresentam verdadeiramente. Duras e frias de mente, mas sinceras e honradas de coração. Saibamos identificá-las e cultivá-las, pois perdê-las é sempre doloroso. Diante de tais achados, como um próprio personagem do filme diz: "o que quer que aconteça, por favor, não guarde rancor, pois há poucas pessoas justas e boas na Terra."
Adeus, Idiotas
3.1 27 Assista AgoraEngraçado, sagaz, bonito e doce. Fazia tempo que um filme me tirava sorrisos sinceros, com uma boa dose de sentimentalismo.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraOverdose de viagra e rivotril.
O Pálido Olho Azul
3.3 275 Assista Agora- A filha de Y é estuprada e suicida-se por conta do trauma.
- Y conhece X.
- X se apaixona por uma moçoila, quase é assassinado por um rival e depois pela própria "amada", num ritual mágico.
- Y salva a vida de X nas duas ocasiões.
- X descobre que Y matou os responsáveis pelo estupro, fica indignado por ter sido "enganado" em toda investigação e por conta do destino de sua amada (kkkkkkkk) ter sido maculado(!?).
- Após um showzinho, X decide conceder "clemência" a Y, privando-se de denunciá-lo, mas rompendo contato e julgando-o ferozmente.
- Sob o efeito da descoberta, do rompimento emocional e das lembranças, Y se suicida.
Parabéns, X. Você atingiu níveis de gadice insuperáveis e ainda refratou, com maestria, sua esquizofrenia sentimental num pai destruído interiormente.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista Agora15 minutos de filme:
A: Tá gostando, meu bem?
B: Tem 3h, mas essa primeira hora não está me agradando.
1 hora de filme:
A: Eu não estou entendendo nada.
B: Você não tem que entender. Tem que aproveitar o privilégio de navegar nessas águas e interagir com os peixinhos em 85D, estrela.
A: Ridículo... kkkk
2 horas de filme:
A: Eu quero ir embora. Esse filme não acaba.
B: Calma, bb, o que importa é a imersão emocional que a obra nos proporciona.
A: Já se afundaram nisso faz tempo. Kkkk
3 horas de filme (após muito sono e paciência)
A: Enfim, acabando!
B: O cara vive falando da profundidade de ser pai e esconde-se na família o tempo todo? E ainda fracassa?
A: Você não presta. Rs
Se for para passar 3h "desbravando" um lindo mundo aberto, é melhor comprar Elder Ring.
A Maldição de Chucky
2.6 1,3KChucky tá parecendo uma baladeira que se entorpeceu com os quilos de pó que passou na própria cara. Todo inchado e travado. Bizarro. Kkkkkk
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraFilme bastante digno, mostrando a beleza de belos e saudáveis elos entre o masculino e feminino (irmã inspirada e honrando a memória do irmão, enteada gênia que teve apoio e incentivo do padrasto) em nome do amor mais puro possível, aquele sem nenhum interesse carnal. Vilão consistente, interessante e fodão, daqueles doutrinadores que te dão até trégua de uma semana para honrar os mortos e organizar os velórios. Ah e como não citar a presença de tela da Lupita Nyong'g... Que mulher belíssima e talentosa.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraZuckenberg foi genial, pois leu com maestria o destestável ambiente universitário - micro fiel da sádica suruba que é o social - e criou um meio virtual que convergiu as suas principais características: o clima de competição/validação de egos, a vontade de "conhecer" o outro, a necessidade absurda de exposição material (da estética à econômica), a projeção de personas-bait e o óbvio exercício de poder social, em qualquer uma de suas esferas. Tudo isso com a vantagem de não ter que se preocupar com as consequências físico-brutais que tais comportamentos gerariam na realidade. Um prato cheio para o nosso teatro de identidades. O problema é a náusea pós-refeição...
A Casa Sombria
3.3 394 Assista Agora"Não tem nada lá" não passa de uma ilusão (dita, em contradição, pelo coletivo) lógico-semântica que aceitamos, talvez inconscientemente, tentando ocultar a sombria verdade, de mesmo significado, apenas em forma mais clara: tem algo lá, sim, senhor.
Roda do Destino
4.0 43Na arte dos encontros co-incidentes da vida, é na poesia do inesperado, metamorfo astuto do tempo, que temos as melhores rimas de nossas existências, sejam melancólicas ou radiantes.
Benedetta
3.5 198 Assista AgoraQuando me acomodei na poltrona para assistir ao filme, senti um estranho aperto no peito, que durou por boa parte da sessão. Logo na primeira cena, o incômodo se potencializou por conta das semelhanças em relação a um fato pessoal ocorrido. Ao longo do filme, fui me envolvendo em cada uma das nuances da complexa Benedetta e reagindo àquelas incorporações incisivas dela como quem não sabe bem se está assustado pelo mal ou anestesiado pelo bem, graças à competência do Verhoeven em conduzir a trama.
Seria o exercício da fé, ali e aqui, uma encenação inconsciente, como compensação e consolação dos nossos reprimidos desejos, sejam universais ou particulares? E, se sim, quem é e a que lado pertence o Nosso Diretor?
Fabian - O Mundo Está Acabando
3.8 3"O que acha da fidelidade? Engula antes de dizer palavras grandiosas" - No primeiro abalo econômico de seu amor.
"Passar fome é questão de gosto." - Na recusa a dar o corpo, vender o desejo e manchar uma alma apaixonada.
"O cálculo aritmético é diferente do moral." - Na honra, para alguns orgulho, de manter a dignidade em relação à família.
"Tenha uma vida melhor do que a minha. E, por favor, escreva: como foi e como poderia ter sido." - Num derradeira desabafo digno da tragédia acadêmica goethiana.
Valores, princípios, essência e amores totalmente corrompidos numa sociedade alemã inflamada pelo ressentimento e conduzida pelo ódio. Ao literato Fabian restava apenas o refúgio esperançoso na fagulha de luz e fumaça entorpecente de mais um cigarro. No fim, acabou, cheio de boas intenções, ironicamente ou não, sufocado pelo (anti)espírito de sua época. É... Mergulhador, em águas rasas, torna-se inútil.
Sorria
3.1 847 Assista AgoraAchei bacana que o filme não terminou com conversa mole de salvação/alegria. Uma pena que o sorriso encantador e os olhões da Laurinha sejam mostrados tão poucas vezes. Haja rivotril... Opa, água benta.
Corpo e Alma
3.6 223 Assista AgoraAmar é sonhar com a ideia do outro até que a realidade dele se(te) toque do contrário.