"Jogo Justo" de Chloe Domont, um filme que tem como público-alvo os amantes de filmes eróticos da Netflix. Inicialmente, ele segue o clichê do gênero, com um clima mais juvenil e erótico. No entanto, possui uma abordagem excelente ao incluir a temática financeira, terreno fértil para certos "homens".
Ao longo da trama, Chloe nos apresenta a desconstrução da figura masculina presente nesse meio, expondo as contradições e a subserviência dos chamados "Mad Men". Eles são mostrados como consumidores ávidos de ideias como "auto-ajuda", "inteligência emocional", "positividade exacerbada" e "como se tornar um líder". Chloe vai além ao explorar as fragilidades destas ideias, comportamentos tóxicos e a forma como esse ambiente pode servir de refúgio para sociopatas e psicopatas.
A interpretação de Phoebe Dynevor, que interpreta Emily, nossa protagonista, é um ponto alto do filme. Ela exprime todos esses sentimentos escondidos ou confortáveis deste hábitate quando é promovida. É evidente a influência de filmes como "Corra!" e "Doce Vingança", que personifica mais uma mazela e nos fazem refletir. Mesmo que muitos já tenham consciência dessas questões, há uma parcela de "red pill" e "trolls". Portanto, "Jogo Justo" é um filme muito importante, especialmente para o seu público-alvo, porém pode estourar a bolha.
Blackberry é um filme que tem um começo descontraído e divertido, cheio de referências à cultura pop e com uma excelente reconstrução dos anos 90. A história começa com Mike e Doug, dois nerds que estão na busca de serem financiados pelas suas ideias inovadoras para a criação de um novo celular. A trama inicial é inspiradora e motivadora, mostrando como os dois amigos conseguem superar os obstáculos e alcançar o sucesso.
Porém, a chegada do personagem Jim, um tubarão corporativo que faz negócios obscuros e ilegais, transforma totalmente o rumo da história. A empresa é elevada ao patamar de maior no mercado de celulares, mas ao decorrer do filme é possível acompanhar a perda da humanidade dos líderes em relação aos funcionários, que são tratados apenas como objetos e números.
A primeira metade do filme é mais leve e inspiradora, enquanto a segunda é sombria e visceral, mostrando a realidade do ambiente corporativo. A atuação de Anthony Mackie como Jim Balsillie é cativante e assustadora ao mesmo tempo. Blackberry é um bom filme para quem gosta de dramas, que faz refletir as relações corporativa e a sucção do capitalismo. Nota: 8
Apesar de mais uma vez sendo o homem branco contando a historia e com isso o egocentrismo do salvador "cavaleiro branco", o que talvez se distancia de muitos outros filmes com a mesma temática, seja o texto final, monologo filosófico sobre a existência da liberdade do homem seja qual etnia, mérito de Spielberg na condução comoo leva. Dito tudo isso, quero dizer que ainda soa o egocentrismo do homem branco tanto quanto ao escravizar como sendo "homem superior", como "progressista" na luta contra o escravagismo, porem ainda é passo para refletimos as chagas, e questionar ambos comportamento, e uma consciência para o hoje.
Filme indeciso, não sabe se é direcionado para um público infantil ou um público mais "maduro", animação travada, e o roteiro carregado de nada e ex machina, DC Animações caiu muito nos últimos anos.
O filme inicialmente tem aquele plot clichê de comédia colegial, adolescentes que sai numa noitada para beber todas nas festas do campos, só que esses personagens são pretos e latino, ao chegar na casa que moram, deparam com uma adolescente de 17 anos, bêbada quase inconveniente, a jornada deles é levar ela para o hospital sem que ninguém saiba, caso seja pego... já sabe... é uma espiral de confusão, a lá comédia de erros, é um filme político e incisivo, atual, necessário, trás facetas de racismo e visões estrutural, velado e o explícito, também trás o negro "branco" e o choque com a realidade, é um filme didático, porém angústiante. Filmaço!
Estreiou na Netflix, dia 30 de novembro a animação francesa Viagem ao Topo do Mundo adaptação de um mangá. O autor da obra, Jiro Taniguchi um mangaká, que foi abraçado pelo mercado francês, muito influente por lá e também influênciado, até com trabalhos colaborativos. Aí fica a resposta por que o filme é uma adaptação francesa e não japonesa.
Um fotojornalista entra em uma busca obsessiva para entender como ocorreu a primeira expedição ao Monte Evereste. Durante as suas pesquisas, ele descobre que um respeitado alpinista está desaparecido desde que a escalada aconteceu. A primeira metade do filme é investigativo, leituras de arquivos, jornais e perguntas as pessoas proximas do alpinista desaparecido, intercalado com flashback que construi o personagem. Infelizmente por está muito ansioso para assistir ao filme, não esperei ter um tempo para dedicar completamente ao filme, assisti picado. E mesmo assim o filme ficou comigo, e toda vez que refletia o que filme queria dizer sobre as metáforas, as alegorias, não conseguia ir além, só via a primeira camada, a história simples e ponto final, mas uma melancólica reflexão sobre os estágios da vida, e no final do filme tenho a resposta que tanto perguntava: "Mas se está se perguntando por que ele fez isso, porque eu fiz isso, a resposta não estará lá. Como está aqui, deve imaginar. O que te trouxe até aqui é o que me faz escalar. Não sei o que é. Parei de me perguntar isso quando percebi que não vivia sem escalar. Algumas pessoas buscam o sentido da vida. Eu não. Escalar é a única coisa que me faz sentir vivo. Então, fiz isso até o fim. Não me arrependo."
Então fica a indicação deste excelente filme, que provavelmente irá passar despercebido.
Fui tocado pela Petra Costa, através da ode a sua irmã, Elena, um filme poético, literato, uma expressão de sensibilidade, exorcismo ao luto e ao mesmo tempo uma compreensão da vida.
"A mais pura virtude não escapa ao cerco da calúnia. A praga ataca os brotos da primavera Antes mesmo que os botões floresçam; E na manhã orvalhada da existência(...)" - Hamlet
"Apesar de estarmos em uma floresta(guerra), tentemos ser civilizados."
Sendo seu primeiro longa metragem, com um orçamento e um elenco super limitado, Stanley Kubrick se sobressai com inventividade, ideias e conceitos, gritos que serão ecoados em obras vindouras como "Glória Feita de Sangue", "Dr. Fantástico" e "Nascido para Matar".
"Medo e Desejo" é um filme anti-guerra, sobre a perca da civilidade e sua brutalidade.
"Será que eles voltarão?" "Eu não sei. Eu sequer tenho certeza de que podemos voltar. Creio que tenhamos nos distanciado tanto de nossas fronteiras que não podemos mais voltar... Nem a sermos nós mesmos."
"Toda a duração da humanidade, sua evolução e várias espécies sucessivas são apenas uma beijo no tempo de vida do cosmos"
É complicado falar sobre exatamente o que se trata Last and First Men, mas deixo de antemão que é um filme experimental, como nunca tinha visto antes. Posso dizer que Jóhann Jóhannsson bebeu da fonte de Tarkoviski, como Tarkoviski conduzia seu senário como personagem, uma nave, a água, e aqui Jóhann não é diferente, e digo que foi feliz.
É nos narrado através de uma gravação por uma humana de 2 bilhões de anos há frente, conta os causos até onde a humanidade evoliu. Transitando em imagens em preto e branco, abstratas geometricas, estátuas rústica da antiguidade e montanhas. Com uma câmera morosa e contemplativa, e uma trilha sonora soturna, enigmática, hermética e adstrita as imagens.
Entre as pausas da narração e as imagens coexistente a trilha, nos proporciona uma experiência hermética, filosófica e metafísica. Fala do tempo e seu fim, sobre aprender com os erros do passado, e nos conectar, e mais que tudo sobre vida cíclica.
"Grandes são as estrelas e a humanidade não tem importância para elas. Mas a humanidade é um espírito legítimo que uma estrela concebeu que a mesma estrela que mata."
O interessante aqui é a questão da autoanalise de Bruce Wayne, rever suas questões como pai, como super-herói, e quem se deposita, achei valido esse projeto, fugindo da mesmice.
Jogo Justo
3.4 153 Assista Agora"Jogo Justo" de Chloe Domont, um filme que tem como público-alvo os amantes de filmes eróticos da Netflix. Inicialmente, ele segue o clichê do gênero, com um clima mais juvenil e erótico. No entanto, possui uma abordagem excelente ao incluir a temática financeira, terreno fértil para certos "homens".
Ao longo da trama, Chloe nos apresenta a desconstrução da figura masculina presente nesse meio, expondo as contradições e a subserviência dos chamados "Mad Men". Eles são mostrados como consumidores ávidos de ideias como "auto-ajuda", "inteligência emocional", "positividade exacerbada" e "como se tornar um líder". Chloe vai além ao explorar as fragilidades destas ideias, comportamentos tóxicos e a forma como esse ambiente pode servir de refúgio para sociopatas e psicopatas.
A interpretação de Phoebe Dynevor, que interpreta Emily, nossa protagonista, é um ponto alto do filme. Ela exprime todos esses sentimentos escondidos ou confortáveis deste hábitate quando é promovida. É evidente a influência de filmes como "Corra!" e "Doce Vingança", que personifica mais uma mazela e nos fazem refletir. Mesmo que muitos já tenham consciência dessas questões, há uma parcela de "red pill" e "trolls". Portanto, "Jogo Justo" é um filme muito importante, especialmente para o seu público-alvo, porém pode estourar a bolha.
BlackBerry
3.5 58 Assista AgoraBlackberry é um filme que tem um começo descontraído e divertido, cheio de referências à cultura pop e com uma excelente reconstrução dos anos 90. A história começa com Mike e Doug, dois nerds que estão na busca de serem financiados pelas suas ideias inovadoras para a criação de um novo celular. A trama inicial é inspiradora e motivadora, mostrando como os dois amigos conseguem superar os obstáculos e alcançar o sucesso.
Porém, a chegada do personagem Jim, um tubarão corporativo que faz negócios obscuros e ilegais, transforma totalmente o rumo da história. A empresa é elevada ao patamar de maior no mercado de celulares, mas ao decorrer do filme é possível acompanhar a perda da humanidade dos líderes em relação aos funcionários, que são tratados apenas como objetos e números.
A primeira metade do filme é mais leve e inspiradora, enquanto a segunda é sombria e visceral, mostrando a realidade do ambiente corporativo. A atuação de Anthony Mackie como Jim Balsillie é cativante e assustadora ao mesmo tempo. Blackberry é um bom filme para quem gosta de dramas, que faz refletir as relações corporativa e a sucção do capitalismo. Nota: 8
Amistad
3.9 317 Assista AgoraApesar de mais uma vez sendo o homem branco contando a historia e com isso o egocentrismo do salvador "cavaleiro branco", o que talvez se distancia de muitos outros filmes com a mesma temática, seja o texto final, monologo filosófico sobre a existência da liberdade do homem seja qual etnia, mérito de Spielberg na condução comoo leva. Dito tudo isso, quero dizer que ainda soa o egocentrismo do homem branco tanto quanto ao escravizar como sendo "homem superior", como "progressista" na luta contra o escravagismo, porem ainda é passo para refletimos as chagas, e questionar ambos comportamento, e uma consciência para o hoje.
[spoiler][/spoiler]
Mulher-Gato: A Caçada
2.9 28 Assista AgoraFilme indeciso, não sabe se é direcionado para um público infantil ou um público mais "maduro", animação travada, e o roteiro carregado de nada e ex machina, DC Animações caiu muito nos últimos anos.
Emergência
3.5 128 Assista AgoraO filme inicialmente tem aquele plot clichê de comédia colegial, adolescentes que sai numa noitada para beber todas nas festas do campos, só que esses personagens são pretos e latino, ao chegar na casa que moram, deparam com uma adolescente de 17 anos, bêbada quase inconveniente, a jornada deles é levar ela para o hospital sem que ninguém saiba, caso seja pego... já sabe... é uma espiral de confusão, a lá comédia de erros, é um filme político e incisivo, atual, necessário, trás facetas de racismo e visões estrutural, velado e o explícito, também trás o negro "branco" e o choque com a realidade, é um filme didático, porém angústiante. Filmaço!
Viagem ao Topo da Terra
4.0 25 Assista AgoraEstreiou na Netflix, dia 30 de novembro a animação francesa Viagem ao Topo do Mundo adaptação de um mangá. O autor da obra, Jiro Taniguchi um mangaká, que foi abraçado pelo mercado francês, muito influente por lá e também influênciado, até com trabalhos colaborativos. Aí fica a resposta por que o filme é uma adaptação francesa e não japonesa.
Um fotojornalista entra em uma busca obsessiva para entender como ocorreu a primeira expedição ao Monte Evereste. Durante as suas pesquisas, ele descobre que um respeitado alpinista está desaparecido desde que a escalada aconteceu.
A primeira metade do filme é investigativo, leituras de arquivos, jornais e perguntas as pessoas proximas do alpinista desaparecido, intercalado com flashback que construi o personagem.
Infelizmente por está muito ansioso para assistir ao filme, não esperei ter um tempo para dedicar completamente ao filme, assisti picado.
E mesmo assim o filme ficou comigo, e toda vez que refletia o que filme queria dizer sobre as metáforas, as alegorias, não conseguia ir além, só via a primeira camada, a história simples e ponto final, mas uma melancólica reflexão sobre os estágios da vida, e no final do filme tenho a resposta que tanto perguntava:
"Mas se está se perguntando por que ele fez isso, porque eu fiz isso, a resposta não estará lá. Como está aqui, deve imaginar. O que te trouxe até aqui é o que me faz escalar. Não sei o que é. Parei de me perguntar isso quando percebi que não vivia sem escalar. Algumas pessoas buscam o sentido da vida. Eu não. Escalar é a única coisa que me faz sentir vivo. Então, fiz isso até o fim. Não me arrependo."
Então fica a indicação deste excelente filme, que provavelmente irá passar despercebido.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraFui tocado pela Petra Costa, através da ode a sua irmã, Elena, um filme poético, literato, uma expressão de sensibilidade, exorcismo ao luto e ao mesmo tempo uma compreensão da vida.
"A mais pura virtude não escapa ao cerco da calúnia. A praga ataca os brotos da primavera Antes mesmo que os botões floresçam; E na manhã orvalhada da existência(...)" - Hamlet
Medo e Desejo
2.9 93 Assista AgoraMedo e Desejo - 1953
"Apesar de estarmos em uma floresta(guerra), tentemos ser civilizados."
Sendo seu primeiro longa metragem, com um orçamento e um elenco super limitado, Stanley Kubrick se sobressai com inventividade, ideias e conceitos, gritos que serão ecoados em obras vindouras como "Glória Feita de Sangue", "Dr. Fantástico" e "Nascido para Matar".
"Medo e Desejo" é um filme anti-guerra, sobre a perca da civilidade e sua brutalidade.
"Será que eles voltarão?"
"Eu não sei. Eu sequer tenho certeza de que podemos voltar. Creio que tenhamos nos distanciado tanto de nossas fronteiras que não podemos mais voltar... Nem a sermos nós mesmos."
Nota: 6,5
Last and First Men
3.8 10*Last and First Men*
2020
"Toda a duração da humanidade, sua evolução e várias espécies sucessivas são apenas uma beijo no tempo de vida do cosmos"
É complicado falar sobre exatamente o que se trata Last and First Men, mas deixo de antemão que é um filme experimental, como nunca tinha visto antes. Posso dizer que Jóhann Jóhannsson bebeu da fonte de Tarkoviski, como Tarkoviski conduzia seu senário como personagem, uma nave, a água, e aqui Jóhann não é diferente, e digo que foi feliz.
É nos narrado através de uma gravação por uma humana de 2 bilhões de anos há frente, conta os causos até onde a humanidade evoliu.
Transitando em imagens em preto e branco, abstratas geometricas, estátuas rústica da antiguidade e montanhas. Com uma câmera morosa e contemplativa, e uma trilha sonora soturna, enigmática, hermética e adstrita as imagens.
Entre as pausas da narração e as imagens coexistente a trilha, nos proporciona uma experiência hermética, filosófica e metafísica. Fala do tempo e seu fim, sobre aprender com os erros do passado, e nos conectar, e mais que tudo sobre vida cíclica.
"Grandes são as estrelas e a humanidade não tem importância para elas. Mas a humanidade é um espírito legítimo que uma estrela concebeu que a mesma estrela que mata."
Nota: 9
DC Showcase: Batman - Morte em Família
3.2 31 Assista AgoraO interessante aqui é a questão da autoanalise de Bruce Wayne, rever suas questões como pai, como super-herói, e quem se deposita, achei valido esse projeto, fugindo da mesmice.
Um Homem de Família
3.3 85 Assista AgoraÉ um tipo de clichê que nunca me canso de assistir, meu ponto fraco.
A Mulher Pública
3.8 20Galera, sabe me dizer se é um filme erótico?