Nascia aqui um dos maiores pares românticos da história do cinema: Liz Taylor e Monty! E considero Um Lugar ao Sol a definição do perfeito melodrama, no melhor sentido da palavra! A direção de George Stevens também está impecável, com enquadramentos belíssimos e uma fotografia igualmente inspiradora. Aquelas justaposições foram inovadoras para a época e a famosa cena do beijo ficou eternizada como possivelmente o mais perfeito beijo da sétima arte!
Considerado um dos precursores dos filmes de gangster, Little Caesar é também a obra que catapultou ao estrelato um dos maiores astros do gênero: Edward G. Robinson. O ator, conhecido pela sua pequena estatura mas de talento dramático gigantesco, brilha intensamente nesta pequena pérola do cinema americano. Muitos nao sabem, mas para os que conhecem a biografia do famoso mafioso Al Capone, fica claro as semelhanças entre ele e Rico "Little Caesar". Portanto, antes de haver Scarface, já havia Little Caesar!
Um filme que lançou James Cagney ao estrelato já seria motivo suficiente para tornar-se histórico. Mas Public Enemy vai muito além. Um filme considerado pela crítica como um dos mais violentos de sua época, nao mostra explicitamente nenhum crime. É de uma sutileza tao elegante que inspirou alguns dos maiores diretores americanos, como Martin Scorsese, declarado admirador da obra. Uma obra prima do gênero.
A Floresta Petrificada foi de suma importância para a história do cinema. Primeiro, por ter sido o primeiro grande papel de Humphrey Bogart, que já tinha feito uma dúzia de fracassos mas que após o filme começou a ser levado a sério pelos chefões da Warner. Segundo, por ter sido um precursor do gênero Noir, movimento que dominaria a indústria cinematográfica na próxima década. De fato, apesar de ser classificado como um filme de gangster, gênero amplamente comercializado nos anos 30, A Floresta Petrificada tem inúmeros elementos do Noir, como a iluminação característica e sua narrativa tipicamente claustrofóbica. Mas o mais interessante desta obra fica por conta dos belíssimos diálogos, proferidos principalmente pelo personagem de Leslie Howard. Pode-se enxergar, mesmo que de forma sutil, uma clara crítica à sociedade moderna e seus valores individualistas. Há uma espécie de julgamento moral em que o famoso bandido é, de certa forma, perdoado pelos seus crimes, visto que ele é um mero reflexo de uma sociedade perdida. Nota-se que Duke, apesar de assassino, nunca aparece como o vilão da estória. Muito pelo contrário, cria-se uma forte empatia pelo herói Alan, símbolo de uma geração ultrapassada, e o anti-herói Duke, símbolo da geração corrompida do presente. E tal elo é explicado pelo fato de Duke compreender seu papel no caos que o cerca, mostrando uma impulsividade juvenil que comove o antes desmotivado escritor. Afinal de contas, ambos vão de encontro à morte em nome do grande amor. E o significado de tal sacrifício? Alan, como representante de uma geração do passado, e completamente desiludido com o presente, enxerga no amor a esperança para o futuro. Eis o que a personagem Gabrielle representa: A geração do futuro, da esperança e do amor ao próximo. O trunfo de A Floresta Petrificada está em analisar suas camadas mais profundas. O filme é muito mais do que uma simples estória de gangster. É uma verdadeira obra prima do humanismo.
Obs: O verdadeiro vilão da estória é o personagem Mr. Chisholm, representante do capitalismo selvagem que assolou os Estados Unidos no começo do século XX, dono de uma grande empresa que engolia os pequenos como um autentico predador, sem nenhum tipo de escrúpulo. Nem mesmo em relação ao amor, representado na personagem de Mrs. Chisholm, sua companheira, literalmente comprada para viver ao seu lado. Uma vida vazia de significado.
Certamente uma das obras primas do grande diretor Otto Preminger. Uma crítica feroz ao sistema político Norte Americano, mostrando os bastidores de uma guerra suja e amoral no centro do Senado Estadunidense. Um elenco primoroso que conta com Charles Laughton em grandiosa atuação, o nao menos excelente Walter Pidgeon, e a lenda Henry Fonda em um papel coadjuvante mas fundamental. E como nao lembrar da presença de Lew Ayres como o vice presidente, o eterno Paul de Sem Novidade no Front… Um filme imperdível e que merecia mais destaque no meio cinéfilo!
Na minha opiniao, They Live By Night foi uma das estréias mais geniais da história do cinema. Nicholas Ray, já em seu primeiro filme, esbanja estilo e técnica muito acima da média e, vai além: praticamente cria uma marca de filmes cujos elementos característicos (anti-herói repleto de dilemas morais, o renegado pela sociedade que luta por aceitação, os romances frágeis e intensos, a predominância pelos aspectos emocionais e psicológicos dos personagens…) já se fazem quase todos presentes em Amarga Esperança. Farley Granger encarna seu anti-herói com maestria, fazendo um par romantico incrivelmente convincente com a bela Cathy O' Donnell. Nao é por acaso que um dos maiores diretores Americanos da atualidade, Terrence Malick, tenha tido fortíssima influencia desta obra para seu filme de estréia, o ótimo Terra de Ninguém...
Born to Be Bad é um ótimo filme do inigualável Nicholas Ray. Infelizmente, percebemos aqui um dos mais graves problemas enfrentados pelo diretor durante toda sua carreira: a enorme interferencia do estúdio em seus trabalhos. Para quem conhece o estilo de Ray, fica evidente desde os letreiros iniciais que esta é uma obra cujas concessões foram maiores do que o limite aceitável. Apesar da direção ágil e a boa condução de seu elenco, Ray parece a todo momento dirigir um projeto que nao é seu. É semelhante ao filme Spartacus, de Stanley Kubrick: um ótimo filme, mas sem a autenticidade de Kubrick. Nicholas Ray também tinha um estilo muito autoral de fazer Cinema. Talvez por isso sempre esperamos um diferencial em seus filmes, uma marca que só ele era capaz de imprimir.
Uma pérola do Cinema Americano da mente criativa mais genial do pós-Guerra: Nicholas Ray. No final dos anos 50, o genero Noir já se encontrava em fim de linha. Party Girl é quase um precursor do Neo-Noir, devido aos seus elementos inovadores em um genero já esgotado pela repetição. Ao invés do típico detetive durão entra em cena o anti-herói típico de Ray: Thomas Farrell, um advogado superficialmente forte (apesar de sua deficiencia física, todos o temem e respeitam) mas internamente fragilizado, repleto de dilemas morais. Um renegado que lutou como pode, com as armas que obteve, para tentar se ajustar numa sociedade amoral e que nunca lhe pertenceu. Para quem conhece um pouco da obra do diretor, Party Girl apresenta todos os elementos tipicamente presentes na filmografia de Nicholas Ray. Ou seja, como todo bom filme do Nick, é uma obra-prima!
Fujam deste filme como o diabo foge da cruz! Terrível em todos os sentidos! Deu pena ver atores consagrados como Robert Mitchum, Joan Collins e James Stewart participarem desta bomba em forma de filme! Algumas cenas beiram o ridículo! Tao mau dirigido que em algumas ocasioes parecia um filme amador...
The Big Sky é, sem sombra de dúvidas, um dos filmes mais fracos da vasta e brilhante filmografia do mestre Howard Hawks. Na verdade, o diretor tinha em mente outros atores para seus protagonistas: desejava Marlon Brando e Robert Mitchum. Depois do fracasso nas negociações, cogitou outros astros, como Gary Cooper. Porém, nenhum parecia disponível ou interessado. Foi entao que Hawks decide dar continuidade ao projeto sem a presença de astros, a exceção feita pela escolha de um jovem ator em forte ascensão, Kirk Douglas. Até mesmo a personagem do sábio caçador interpretada por Arthur Hunicutt havia sido pensada para o veterano ator Walter Brennan. Outra escolha equivocada foi pela fotografia em preto e branco, num western com tantas paisagens magníficas do Centro-Oeste Americano que se destacariam enormemente com suas cores profusas. Além disso, o livro homônimo, de grande sucesso, era considerado de dificílima adaptação para o cinema, visto o seu perfil contemplativo e reflexivo. Essa somatória de fatores implicou em um retumbante fracasso de bilheteria e crítica, o primeiro vindo de um diretor acostumado a colecionar sucessos estrondosos de público. The Big Sky foi uma obra que, no fundo, nunca saiu do quase. E certos projetos, infelizmente, nao deveriam sair do papel.
Uma superprodução sobre o Antigo Egito, cenas grandiosas com milhares de figurantes simulando a construção da grande pirâmide! Destaque absoluto para Joan Collins, que está ótima no papel da maquiavélica princesa. O final é o clímax total do filme! Uma grata surpresa do mestre Hawks.
Me deixa abismado como é desproporcional: o talento do Robert de Niro com sua capacidade de escolher bons roteiros… E o que dizer sobre Luc Besson hein… Uma carreira tao promissora no início, cada vez mais ladeira abaixo… Uma lástima!
Apesar de achar o filme magnífico, nao ia lhe dar a nota máxima, pois achei-o levemente monótono em sua primeira hora de duração. Porém, me lembrei da Lilian Gish e seus olhos cativantes… Daí lembrei da seqüência final no gelo… É, impossível nao dar a nota máxima depois de vislumbrar uma cena tao perfeita quanto essa, possivelmente uma das cenas mais emblemáticas da história da sétima arte! Griffith GENIO!
Nao é uma obra-prima como o genial "Freaks", mas é inquestionavelmente um ótimo filme. Joan Crawford belíssima e sensual, e Lon Chaney em uma interpretação de cair o queixo. Como sempre, Tod Browning nos entrega uma obra repleta de situações bizarras e sinistras, com sua competencia peculiar.
Sahara (o original, nao o protótipo de filme com a Brooke Shields ou o péssimo "remake" com Matthew McConaughey) é um ótimo filme de guerra, liderado por um Bogart fazendo o feijão com arroz, mas auxiliado por uma direção ágil, uma fotografia primorosa e um roteiro contagiante. Em Sahara, vemos a solidariedade entre soldados de muitas nações, incluindo um Italiano que é salvado da morte certa pela compaixão de seus inimigos. Sim, é verdade que houve um certo exagero na demonização do povo alemão, mas nao esqueçamos que o filme foi feito durante a Segunda Guerra Mundial (1943), e o que se enxerga nao é o patriotismo Norte-Americano exacerbado de tantas outras obras da época, e sim uma verdadeira luta em nome de um ideal comum. Apesar de bem desconhecido nos dias de hoje, merece ser redescoberto!
É no mínimo injusto resumir esta pequena pérola da comédia mundial ao célebre e polemico Oscar de Judy Holliday. Sim, apesar de Judy estar ótima em seu papel, Gloria Swanson tinha entregado a melhor atuação do ano e de sua carreira. Mas o personagem Billie Dawn é muito mais profundo que uma simples "loira burra" ao bom estilo Marilyn Monroe. Existe um prazer contagiante e crescente ao acompanhar as peripécias atrapalhadas da simplória Billie em busca conhecimento. É uma aula de civismo e ética no bom sentido da palavra, sem apelar a falsos moralismos tao comuns para a época. O roteiro só nao é perfeito ao afrouxar a ferocidade de sua crítica no que concerne a política Norte-Americana, mas nao podemos esquecer que os Estados Unidos vivia uma era de enorme censura nas artes. George Cukor fez de "Born Yesterday", uma comédia romântica aparentemente boba, em uma obra repleta de camadas e, sem sombra de dúvidas, incrivelmente divertida!
Nao se enganem, apesar de A Um Passo da Eternidade ter se tornado um ícone romantico do século XX, os amores impossíveis vividos pelos dois personagens principais (protagonizados pelo ótimo Burt Lancaster e o esforçado Montgomery Clift) é mero pano de fundo. A tao festejada obra de Fred Zinnemann é brilhante em seu verdadeiro e camuflado intuito: pregar ideais patrióticos e belicistas de forma tao sutil a ponto de nao ser taxada como tal. Mas seu final, disfarçado ou nao, torna-se bem claro: os dois honrados e corajosos protagonistas abrem mao de tudo (amor, dignidade, e até mesmo a própria vida) para continuarem suas vidas de soldado. Uma mensagem nitidamente panfletária, visto a famosa Guerra da Coréia estar em plena atividade durante as filmagens do filme… Logicamente, como qualquer grande blockbuster de antigamente, existem méritos técnicos incontestáveis, como também deve-se louvar o ótimo elenco, repleto de grandes estrelas da época, principalmente a atuação irrepreensível de Lancaster. Mas é inegável que o filme envelheceu muito mal, com suas artimanhas pró-Guerra mais flagrantes ao longo dos anos.
Um melodrama muito acima da média, de um dos diretores que mais dirigiu a estrela Bette Davis, Edmund Goulding. Certamente o filme teria sido relegado ao esquecimento se nao fosse a atuação espetacular de Davis, no auge de sua forma. Uma pena que a maioria dos coadjuvantes nao estavam a sua altura, além da química inexistente com o fraco George Brent. Uma pena Bogart ainda nao ter o devido reconhecimento da indústria cinematográfica aquela altura (só alcançaria o status de protagonista com O Falcão Maltês em 41)…
William Wyler e Bette Davis juntos era uma combinaçao infalível. "The Letter" é simplesmente brilhante. Wyler desconstrói certos paradigmas do Noir, transformando sua femme fatale, usualmente coadjuvante, como a real protagonista. Leslie Crosbie, a personagem de Davis, possui uma personalidade inusitadamente complexa para uma típica femme fatale. Ela é vestida por um manto de dubiedade tao conflitante que confunde o espectador, exasperado por saber quais mistérios aqueles olhos guardam. As cenas de suspense, como a clássica cena no bairro chines, é uma das mais emblemáticas já feitas no cinema. Poucas vezes na história o silencio foi tao ensurdecedor!
Joe Morse parece descer as escadarias como se estivesse descendo os degraus de sua própria consciencia, simbolizando o quanto sua falta de ética e moralismo foram responsáveis pela morte de seu querido irmão.
Mais catártico impossível! Um filme que merece ser redescoberto pelos cinéfilos atuais…
Magnífico filme de Mankiewicz! Alguns dos melhores diálogos já vistos no cinema, proferidos pelo "creme de la creme" de Hollywood, um dos elencos mais afiados já reunidos. Hepburn está deslumbrante como a matriarca obsessiva e Montgomery Clift sempre seguro como o médico ético e humano que consegue desvendar os acontecimentos traumáticos da trama. Mas o brilho maior vai para a personagem frágil e atormentada de Elizabeth Taylor, em um dos melhores papéis de sua carreira. O tom soturno e misantropo do longa é de uma crueldade à flor da pele poucas vezes vista na sétima arte, nos deixando completamente atônitos após a projeção do filme. Uma película singular e que suscita múltiplas reflexões. Sem dúvida, uma obra prima atemporal!
Esteticamente impecável, como todo bom Murnau. Em termos narrativos, tem suas falhas, é excessivamente arrastado em seu inicio, e o final é bastante abrupto e inconclusivo. O ápice do filme é quando o diretor explora os "fantasmas" de Lorenz, o caos psicológico em que se encontra e a decadencia moral em que se submeteu, num tom semi-esquizofrenico. Um primor técnico para a época. Murnau sempre foi muito a frente de seu tempo, e mesmo suas obras menores nunca decepcionam.
Um Lugar ao Sol
4.2 124 Assista AgoraNascia aqui um dos maiores pares românticos da história do cinema: Liz Taylor e Monty! E considero Um Lugar ao Sol a definição do perfeito melodrama, no melhor sentido da palavra! A direção de George Stevens também está impecável, com enquadramentos belíssimos e uma fotografia igualmente inspiradora. Aquelas justaposições foram inovadoras para a época e a famosa cena do beijo ficou eternizada como possivelmente o mais perfeito beijo da sétima arte!
Alma no Lodo
3.6 39 Assista AgoraConsiderado um dos precursores dos filmes de gangster, Little Caesar é também a obra que catapultou ao estrelato um dos maiores astros do gênero: Edward G. Robinson. O ator, conhecido pela sua pequena estatura mas de talento dramático gigantesco, brilha intensamente nesta pequena pérola do cinema americano. Muitos nao sabem, mas para os que conhecem a biografia do famoso mafioso Al Capone, fica claro as semelhanças entre ele e Rico "Little Caesar". Portanto, antes de haver Scarface, já havia Little Caesar!
Inimigo Público
3.9 39 Assista AgoraUm filme que lançou James Cagney ao estrelato já seria motivo suficiente para tornar-se histórico. Mas Public Enemy vai muito além. Um filme considerado pela crítica como um dos mais violentos de sua época, nao mostra explicitamente nenhum crime. É de uma sutileza tao elegante que inspirou alguns dos maiores diretores americanos, como Martin Scorsese, declarado admirador da obra. Uma obra prima do gênero.
A Floresta Petrificada
3.7 31 Assista AgoraA Floresta Petrificada foi de suma importância para a história do cinema. Primeiro, por ter sido o primeiro grande papel de Humphrey Bogart, que já tinha feito uma dúzia de fracassos mas que após o filme começou a ser levado a sério pelos chefões da Warner. Segundo, por ter sido um precursor do gênero Noir, movimento que dominaria a indústria cinematográfica na próxima década. De fato, apesar de ser classificado como um filme de gangster, gênero amplamente comercializado nos anos 30, A Floresta Petrificada tem inúmeros elementos do Noir, como a iluminação característica e sua narrativa tipicamente claustrofóbica. Mas o mais interessante desta obra fica por conta dos belíssimos diálogos, proferidos principalmente pelo personagem de Leslie Howard. Pode-se enxergar, mesmo que de forma sutil, uma clara crítica à sociedade moderna e seus valores individualistas. Há uma espécie de julgamento moral em que o famoso bandido é, de certa forma, perdoado pelos seus crimes, visto que ele é um mero reflexo de uma sociedade perdida. Nota-se que Duke, apesar de assassino, nunca aparece como o vilão da estória. Muito pelo contrário, cria-se uma forte empatia pelo herói Alan, símbolo de uma geração ultrapassada, e o anti-herói Duke, símbolo da geração corrompida do presente. E tal elo é explicado pelo fato de Duke compreender seu papel no caos que o cerca, mostrando uma impulsividade juvenil que comove o antes desmotivado escritor. Afinal de contas, ambos vão de encontro à morte em nome do grande amor. E o significado de tal sacrifício? Alan, como representante de uma geração do passado, e completamente desiludido com o presente, enxerga no amor a esperança para o futuro. Eis o que a personagem Gabrielle representa: A geração do futuro, da esperança e do amor ao próximo.
O trunfo de A Floresta Petrificada está em analisar suas camadas mais profundas. O filme é muito mais do que uma simples estória de gangster. É uma verdadeira obra prima do humanismo.
Obs: O verdadeiro vilão da estória é o personagem Mr. Chisholm, representante do capitalismo selvagem que assolou os Estados Unidos no começo do século XX, dono de uma grande empresa que engolia os pequenos como um autentico predador, sem nenhum tipo de escrúpulo. Nem mesmo em relação ao amor, representado na personagem de Mrs. Chisholm, sua companheira, literalmente comprada para viver ao seu lado. Uma vida vazia de significado.
A Onda
4.2 1,9KQuem nao gostou de A Onda, retirem-se imediatamente da comunidade do Filmow!
Tempestade Sobre Washington
4.1 16 Assista AgoraCertamente uma das obras primas do grande diretor Otto Preminger. Uma crítica feroz ao sistema político Norte Americano, mostrando os bastidores de uma guerra suja e amoral no centro do Senado Estadunidense. Um elenco primoroso que conta com Charles Laughton em grandiosa atuação, o nao menos excelente Walter Pidgeon, e a lenda Henry Fonda em um papel coadjuvante mas fundamental. E como nao lembrar da presença de Lew Ayres como o vice presidente, o eterno Paul de Sem Novidade no Front… Um filme imperdível e que merecia mais destaque no meio cinéfilo!
Amarga Esperança
4.1 22Na minha opiniao, They Live By Night foi uma das estréias mais geniais da história do cinema. Nicholas Ray, já em seu primeiro filme, esbanja estilo e técnica muito acima da média e, vai além: praticamente cria uma marca de filmes cujos elementos característicos (anti-herói repleto de dilemas morais, o renegado pela sociedade que luta por aceitação, os romances frágeis e intensos, a predominância pelos aspectos emocionais e psicológicos dos personagens…) já se fazem quase todos presentes em Amarga Esperança. Farley Granger encarna seu anti-herói com maestria, fazendo um par romantico incrivelmente convincente com a bela Cathy O' Donnell.
Nao é por acaso que um dos maiores diretores Americanos da atualidade, Terrence Malick, tenha tido fortíssima influencia desta obra para seu filme de estréia, o ótimo Terra de Ninguém...
Alma Sem Pudor
3.6 6Born to Be Bad é um ótimo filme do inigualável Nicholas Ray. Infelizmente, percebemos aqui um dos mais graves problemas enfrentados pelo diretor durante toda sua carreira: a enorme interferencia do estúdio em seus trabalhos. Para quem conhece o estilo de Ray, fica evidente desde os letreiros iniciais que esta é uma obra cujas concessões foram maiores do que o limite aceitável. Apesar da direção ágil e a boa condução de seu elenco, Ray parece a todo momento dirigir um projeto que nao é seu.
É semelhante ao filme Spartacus, de Stanley Kubrick: um ótimo filme, mas sem a autenticidade de Kubrick. Nicholas Ray também tinha um estilo muito autoral de fazer Cinema. Talvez por isso sempre esperamos um diferencial em seus filmes, uma marca que só ele era capaz de imprimir.
A Bela do Bas-Fond
4.0 7Uma pérola do Cinema Americano da mente criativa mais genial do pós-Guerra: Nicholas Ray. No final dos anos 50, o genero Noir já se encontrava em fim de linha. Party Girl é quase um precursor do Neo-Noir, devido aos seus elementos inovadores em um genero já esgotado pela repetição. Ao invés do típico detetive durão entra em cena o anti-herói típico de Ray: Thomas Farrell, um advogado superficialmente forte (apesar de sua deficiencia física, todos o temem e respeitam) mas internamente fragilizado, repleto de dilemas morais. Um renegado que lutou como pode, com as armas que obteve, para tentar se ajustar numa sociedade amoral e que nunca lhe pertenceu.
Para quem conhece um pouco da obra do diretor, Party Girl apresenta todos os elementos tipicamente presentes na filmografia de Nicholas Ray. Ou seja, como todo bom filme do Nick, é uma obra-prima!
A Morte Inevitavel
2.7 3Fujam deste filme como o diabo foge da cruz! Terrível em todos os sentidos! Deu pena ver atores consagrados como Robert Mitchum, Joan Collins e James Stewart participarem desta bomba em forma de filme! Algumas cenas beiram o ridículo! Tao mau dirigido que em algumas ocasioes parecia um filme amador...
O Rio da Aventura
3.3 15 Assista AgoraThe Big Sky é, sem sombra de dúvidas, um dos filmes mais fracos da vasta e brilhante filmografia do mestre Howard Hawks. Na verdade, o diretor tinha em mente outros atores para seus protagonistas: desejava Marlon Brando e Robert Mitchum. Depois do fracasso nas negociações, cogitou outros astros, como Gary Cooper. Porém, nenhum parecia disponível ou interessado. Foi entao que Hawks decide dar continuidade ao projeto sem a presença de astros, a exceção feita pela escolha de um jovem ator em forte ascensão, Kirk Douglas. Até mesmo a personagem do sábio caçador interpretada por Arthur Hunicutt havia sido pensada para o veterano ator Walter Brennan. Outra escolha equivocada foi pela fotografia em preto e branco, num western com tantas paisagens magníficas do Centro-Oeste Americano que se destacariam enormemente com suas cores profusas. Além disso, o livro homônimo, de grande sucesso, era considerado de dificílima adaptação para o cinema, visto o seu perfil contemplativo e reflexivo. Essa somatória de fatores implicou em um retumbante fracasso de bilheteria e crítica, o primeiro vindo de um diretor acostumado a colecionar sucessos estrondosos de público.
The Big Sky foi uma obra que, no fundo, nunca saiu do quase. E certos projetos, infelizmente, nao deveriam sair do papel.
Terra dos Faraós
3.7 17 Assista AgoraUma superprodução sobre o Antigo Egito, cenas grandiosas com milhares de figurantes simulando a construção da grande pirâmide! Destaque absoluto para Joan Collins, que está ótima no papel da maquiavélica princesa. O final é o clímax total do filme! Uma grata surpresa do mestre Hawks.
A Família
3.4 528 Assista AgoraMe deixa abismado como é desproporcional: o talento do Robert de Niro com sua capacidade de escolher bons roteiros…
E o que dizer sobre Luc Besson hein… Uma carreira tao promissora no início, cada vez mais ladeira abaixo… Uma lástima!
Inocente Pecadora
4.0 46 Assista AgoraApesar de achar o filme magnífico, nao ia lhe dar a nota máxima, pois achei-o levemente monótono em sua primeira hora de duração. Porém, me lembrei da Lilian Gish e seus olhos cativantes… Daí lembrei da seqüência final no gelo… É, impossível nao dar a nota máxima depois de vislumbrar uma cena tao perfeita quanto essa, possivelmente uma das cenas mais emblemáticas da história da sétima arte! Griffith GENIO!
O Monstro do Circo
4.0 52 Assista AgoraNao é uma obra-prima como o genial "Freaks", mas é inquestionavelmente um ótimo filme. Joan Crawford belíssima e sensual, e Lon Chaney em uma interpretação de cair o queixo. Como sempre, Tod Browning nos entrega uma obra repleta de situações bizarras e sinistras, com sua competencia peculiar.
Sahara
3.9 15Sahara (o original, nao o protótipo de filme com a Brooke Shields ou o péssimo "remake" com Matthew McConaughey) é um ótimo filme de guerra, liderado por um Bogart fazendo o feijão com arroz, mas auxiliado por uma direção ágil, uma fotografia primorosa e um roteiro contagiante. Em Sahara, vemos a solidariedade entre soldados de muitas nações, incluindo um Italiano que é salvado da morte certa pela compaixão de seus inimigos. Sim, é verdade que houve um certo exagero na demonização do povo alemão, mas nao esqueçamos que o filme foi feito durante a Segunda Guerra Mundial (1943), e o que se enxerga nao é o patriotismo Norte-Americano exacerbado de tantas outras obras da época, e sim uma verdadeira luta em nome de um ideal comum. Apesar de bem desconhecido nos dias de hoje, merece ser redescoberto!
Nascida Ontem
3.7 39 Assista AgoraÉ no mínimo injusto resumir esta pequena pérola da comédia mundial ao célebre e polemico Oscar de Judy Holliday. Sim, apesar de Judy estar ótima em seu papel, Gloria Swanson tinha entregado a melhor atuação do ano e de sua carreira. Mas o personagem Billie Dawn é muito mais profundo que uma simples "loira burra" ao bom estilo Marilyn Monroe. Existe um prazer contagiante e crescente ao acompanhar as peripécias atrapalhadas da simplória Billie em busca conhecimento. É uma aula de civismo e ética no bom sentido da palavra, sem apelar a falsos moralismos tao comuns para a época. O roteiro só nao é perfeito ao afrouxar a ferocidade de sua crítica no que concerne a política Norte-Americana, mas nao podemos esquecer que os Estados Unidos vivia uma era de enorme censura nas artes. George Cukor fez de "Born Yesterday", uma comédia romântica aparentemente boba, em uma obra repleta de camadas e, sem sombra de dúvidas, incrivelmente divertida!
A Um Passo da Eternidade
3.9 154 Assista AgoraNao se enganem, apesar de A Um Passo da Eternidade ter se tornado um ícone romantico do século XX, os amores impossíveis vividos pelos dois personagens principais (protagonizados pelo ótimo Burt Lancaster e o esforçado Montgomery Clift) é mero pano de fundo. A tao festejada obra de Fred Zinnemann é brilhante em seu verdadeiro e camuflado intuito: pregar ideais patrióticos e belicistas de forma tao sutil a ponto de nao ser taxada como tal. Mas seu final, disfarçado ou nao, torna-se bem claro: os dois honrados e corajosos protagonistas abrem mao de tudo (amor, dignidade, e até mesmo a própria vida) para continuarem suas vidas de soldado. Uma mensagem nitidamente panfletária, visto a famosa Guerra da Coréia estar em plena atividade durante as filmagens do filme… Logicamente, como qualquer grande blockbuster de antigamente, existem méritos técnicos incontestáveis, como também deve-se louvar o ótimo elenco, repleto de grandes estrelas da época, principalmente a atuação irrepreensível de Lancaster. Mas é inegável que o filme envelheceu muito mal, com suas artimanhas pró-Guerra mais flagrantes ao longo dos anos.
Vitória Amarga
4.1 66 Assista AgoraUm melodrama muito acima da média, de um dos diretores que mais dirigiu a estrela Bette Davis, Edmund Goulding. Certamente o filme teria sido relegado ao esquecimento se nao fosse a atuação espetacular de Davis, no auge de sua forma. Uma pena que a maioria dos coadjuvantes nao estavam a sua altura, além da química inexistente com o fraco George Brent. Uma pena Bogart ainda nao ter o devido reconhecimento da indústria cinematográfica aquela altura (só alcançaria o status de protagonista com O Falcão Maltês em 41)…
A Carta
3.9 70William Wyler e Bette Davis juntos era uma combinaçao infalível. "The Letter" é simplesmente brilhante. Wyler desconstrói certos paradigmas do Noir, transformando sua femme fatale, usualmente coadjuvante, como a real protagonista. Leslie Crosbie, a personagem de Davis, possui uma personalidade inusitadamente complexa para uma típica femme fatale. Ela é vestida por um manto de dubiedade tao conflitante que confunde o espectador, exasperado por saber quais mistérios aqueles olhos guardam.
As cenas de suspense, como a clássica cena no bairro chines, é uma das mais emblemáticas já feitas no cinema. Poucas vezes na história o silencio foi tao ensurdecedor!
A Força do Mal
3.7 23Um excelente filme Noir, com uma interpretação arrebatadora do sempre ótimo John Garfield! O final é de uma beleza poética avassaladora!
Joe Morse parece descer as escadarias como se estivesse descendo os degraus de sua própria consciencia, simbolizando o quanto sua falta de ética e moralismo foram responsáveis pela morte de seu querido irmão.
De Repente, No Último Verão
4.2 97 Assista AgoraMagnífico filme de Mankiewicz! Alguns dos melhores diálogos já vistos no cinema, proferidos pelo "creme de la creme" de Hollywood, um dos elencos mais afiados já reunidos. Hepburn está deslumbrante como a matriarca obsessiva e Montgomery Clift sempre seguro como o médico ético e humano que consegue desvendar os acontecimentos traumáticos da trama. Mas o brilho maior vai para a personagem frágil e atormentada de Elizabeth Taylor, em um dos melhores papéis de sua carreira. O tom soturno e misantropo do longa é de uma crueldade à flor da pele poucas vezes vista na sétima arte, nos deixando completamente atônitos após a projeção do filme. Uma película singular e que suscita múltiplas reflexões. Sem dúvida, uma obra prima atemporal!
Fantasma
3.8 17Esteticamente impecável, como todo bom Murnau. Em termos narrativos, tem suas falhas, é excessivamente arrastado em seu inicio, e o final é bastante abrupto e inconclusivo. O ápice do filme é quando o diretor explora os "fantasmas" de Lorenz, o caos psicológico em que se encontra e a decadencia moral em que se submeteu, num tom semi-esquizofrenico. Um primor técnico para a época. Murnau sempre foi muito a frente de seu tempo, e mesmo suas obras menores nunca decepcionam.
Beija-me, Idiota!
3.5 34As comédias do Billy Wilder sao insuperáveis… Saudades desses roteiros maravilhosos que somente um genio como o Wilder era capaz de escrever!