O que mais me deixou abismado nesse filme é o quanto ele envelheceu bem! Os efeitos permanecem extremamente dignos, as cenas de andar na parede foram muito bem filmadas, a maquiagem se atentando a mínimos detalhas... simplesmente incrível. E não bastasse isso, que já faria o filme interessante por si só, o enredo é muito bom e envolvente, todo o arco do protagonista é absurdamente bem construído. E além de tudo isso, tem a mão do diretor em dosar exatamente os momentos de mostrar o gore e os momentos de deixar tudo apenas na sugestão (como quando não mostram o vídeo em que ele está demonstrando como se alimenta). Esse filme superou e muito minhas expectativas.
Se esta história estivesse escrita na bíblia seguindo a linha de raciocínio da interpretação que o Aronofsky deu, eu acharia muito mais plausível. A motivação atribuída ao "Criador" é muito mais interessante e convincente do que o simples "a humanidade falho, por isso estou aniquilando o mundo todo para um recomeço". E outro aspecto que torna essa ideia de criação ainda mais interessante é o diretor não ter retratado um criacionismo puro, mas um criacionismo que não nega a evolução (e diga-se de passagem, a cena da evolução das espécies é um espetáculo à parte). Filme Bíblico é um gênero extremamente saturado, por isso é muito bom assistir algo feito por alguém que não tem medo de arriscar e faz algo que extrapola a zona de conforto e o senso comum.
Uma das poucas coisas que me desagradaram neste filme foi o design dos gigantes de pedra. Eu entendo a mensagem que tentam passar de algo desfigurado e caótico, as ficou muito estranho, poderiam ter sido mais caprichosos.
Sem dúvidas é um filme excelente, roteiro fechadinho, atuações que dispensam comentários, altos níveis de tensão e suspense... A única coisa que não me fez gostar ainda mais desse filme foi a constante sensação de estar vendo um repeteco de O Silêncio dos Inocentes. Lógico que cada filme tem sua identidade própria, mas as semelhanças são inegáveis, e essa forte sensação de tentar repetir a "fórmula" me tirou da imersão do filme em alguns momentos.
Quanto mais rememoro esse filme, mais percebo pequenos detalhes extremamente sagazes que o diretor conseguiu introduzir na trama. Esse filme é uma aula de suspense, não precisa se utilizar de recursos batidos de gênero pra criar tensão, sabe usar o silêncio, sabe usar a linguagem corporal, os diálogos, mas acima de tudo, sabe usar os OLHOS! O único ponto que me impediu de achar esse filme impecável, e que infelizmente me tirou um pouco da trama, foi a questão da
"transferência de mente". O filme vinha construindo um enredo absolutamente dentro do plausível, com eugenistas hipnotizando negros para fins escusos, e poderia ter permanecido na questão da escravização, fosse sexual ou apenas como força de trabalho, que teria sido uma metáfora quase que literal à lavagem cerebral que os negros eram submetidos na escravidão. E era justamente a extrema proximidade com a realidade que fazia com que o filme ficasse tão tenso (algo semelhante ao que ocorre em Clube da Luta), então quando tomam essa decisão de roteiro muito ficção científica, acaba te tirando daquela imersão...
Mas de todo modo é um filme incrível, que vai te deixar grudado na poltrona com os olhos esbugalhados.
Esse filme já começa com um desafio, de não ter mais o recurso da novidade nem do plot, e infelizmente não consegue se sustentar sozinho. Alguns dos truques são bacanas, mas ainda assim deixam a desejar, perderam um pouco do deslumbre e da surpresa que os truques do primeiro causavam. O plot é bem fraquinho e jogado também, forçado demais... Enfim, é um filme que já comecei a esquecer logo depois de ter terminado de assistir, enquanto o primeiro está muito mais marcado na minha cabeça.
Esse filme tem alguns diálogos que te atingem na jugular, porque apesar de serem ditos de uma forma as vezes até poética, com belas palavras e metáforas, são também de uma crueza, uma verdade enormes... E pra mim esse é um dos pontos fortes do filme, conseguir impactar ao mesmo tempo que parece um filme leve, algo que Um Estranho no Ninho também faz muito bem. Mas ao final do filme, quando você começa a repensa-lo, vai vendo cada vez mais o quanto ele é intenso.
Esse filme me rendeu altas gargalhadas. Ele engloba vários tipos de humor que casaram muito bem nessa trama, a sátira, o humor físico, o humor pastelão, o humor ácido. Além disso, apesar de altamente esdrúxulo, consegue trazer algumas críticas ao narcisismo em seu subtexto. Só esse trio de protagonistas já valeria a pena, ainda mais com Robert Zemeckis na direção... difícil imaginar um filme que dê errado nessa situação.
Esse filme é uma aula que, infelizmente, os cineastas de terror de hoje em dia não foram assistir. O filme só duas cenas que mostram efetivamente o verdadeiro horror do filme, e ainda assim é feito de uma for muito contida e com um timing perfeito, me refiro as cenas em que
Esse filme merecia um remake. O roteiro é excelente, com um subtexto muito bom e que não perdeu a atualidade. Infelizmente os efeitos ficaram extremamente datados, e por conta disso acredito que se justifique uma refilmagem, especialmente se dirigida por alguém como Denis Villeneuve.
Confesso que estava curiando a Netflix e só parei nesse filme porque li R. Williams e Cuba Gooding Jr., porque esse título é do tipo de filme que não costumo assistir. Mas que grata surpresa... esse filme tem uma estética muito particular, é tudo muito bonito de um jeito levemente bizarro, tudo meio onírico... E o enredo do filme me fisgou demais, os plots são bem feitos, as surpresas que a trama prepara são bem emocionantes... quero muito reassistir esse filme.
Aquele tipo de musical delicioso de se assistir, te deixa com um sorriso no rosto de ponta a ponta. Ele tem várias coisas bem bobinhas, mas acho que esse é justamente um dos charmes do filme, não se levar a sério de mais, não tentar ser grandioso de mais, é um filme simples, que sabe que é simples e é por isso que funciona tão bem. E convenhamos que com uma trilha sonora do ABBA fica bem mais fácil fazer um musical.
Fui ao cinema doido pra gostar desse filme, tentando comprar todas ideias que ele me vendia, mas simplesmente não deu pra gostar. O filme é muito inconsistente, ao mesmo tempo que tem cenas memoráveis (ex: a de vários cortes seguidos com ela se levantando), tem cenas vergonhosas de ruim (Nick perdendo o olho, cena de luta com uma música bizonha de trilha). Não comprei essa atriz como Capitã Marvel, pra mim ela não conseguiu passar a força que a personagem tem, a Edição do filme e falas de outros personagens que conseguiram cumprir esse papel de nos fazer acreditar que ela É a Capitã Marvel (principalmente a cena da amiga dela, quando diz que antes de ganhar os poderes ela já era a pessoa mais poderosa que conheceu). Na boa, as cenas dela de luta parecem de uma criança que acabou de entrar na aula de luta, ela correndo parece uma criança descoordenada, e não tem contra-plongée que me faça comprar que ela é uma personagem forte e imponente. E gostem ou não, a comparação com Mulher Maravilha é obrigatória, é o parâmetro mais próximo, e naquele filme, mesmo eu indo assistir com um pré-conceito de que a franzina Gal Gadot seria uma vergonha, o filme mesmo ruim me fez sair do cinema pensando "uau, definitivamente ela É a Mulher Maravilha", coisa que Capitã Marvel não conseguiu. Eu queria e esperava mais desse filme, tanto pela importância que essa personagem tem para o próximo Vingadores, quanto pelo fato de ser o primeiro filme da Marvel protagonizado por uma heroína. Esse filme merecia mais, muito mais. (e ainda estou com vergonha alheia pelo personagem do Nick Fury nesse filme)
Bom, vou postar essa opinião enquanto ainda não está oficializada a proibição aos homens de acharem esse filme ruim.
Acho que como comédia ele deixou a desejar um pouco, toda ela foi concentrada mais na atuação do Jim do que em escrever cenas e piadas que servissem a esse propósito. Mas o filme ganha não apenas por ser comédia, mas por ter um sub-texto com muitos temas relevantes e que geram reflexão, como o quanto alguém que é relativamente um "ninguém" pode ter poder sobre a vida dos outros só pela troca de favores, afinal, já pararam pra pensar o que um prestador de serviços que não foi com a sua cara poderia fazer? Além disso tem a questão das pessoas solitárias que se apegam de forma tóxica a alguém que lhes dá o mínimo de atenção e o quanto isso é danoso. Enfim, acho que se o filme tivesse abdicado do humor e focado mais nos dramas dos dois personagens, seria um baita filme.
Ainda não consegui me convencer que esse filme tem quase 80 anos... Sempre ouvi que era um dos melhores de todos os tempos, e fui assisti-lo com altíssimas expectativas: felizmente não me decepcionei em nada. Roteiro impecável, que parte de algo tão simples e singelo (Rosebud) para contar a história de um megalomaníaco egocêntrico. Os diálogos e as frases desse filme são muito impactantes, são impactantes sem soar forçado, e nos fazem refletir o tempo todo. É muito interessante prestar atenção nas coisas que o Kane diz, porque por mais que ele diga estar preocupado com isso ou aquilo, no fundo, tudo é sobre ele mesmo. Me lembrou uma frase magnífica de uma música do Raul Seixas, que serviria muito bem para descrever Charles F. Kane: O meu egoísmo é tão egoísta, que o auge do meu egoísmo é querer ajudar. Se você entende a profundidade dessa frase, você entendeu quem é o Cidadão Kane.
Me decepcionou absurdamente. Eu esperava MUITO de um filme envolvendo nomes como James Cameron, Robert Rodriguez, Christoph Waltz, Jennifer Connelly e Mahershala Ali. As cenas de ação são impecáveis e definitivamente carregam o filme nas costas, principalmente as cenas de Motorball, porque de resto, deixa a desejar em todos os aspectos... Se tivesse tirado o romance piegas e forçado do roteiro, e no lugar dado mais tempo pras descobertas da Alita, flashbacks e cenas de Motorball, o filme seria mil vezes melhor. Enfim, apesar desse roteiro doído, o filme é muito divertido e merece ser visto no cinema, numa tela enorme e 3D. E torço para que tenha uma sequência com um roteiro caprichado. Meu único desejo, caso haja uma sequência, é que
O que mais me fisgou nesse filme foi a complexidade das personagens, tanto as 3 principais quanto os que estavam a volta. Não há nesse filme personagens maniqueístas, mocinhos ou vilões, todos são um pouco de cada dependendo da situação. É um filme meio indigesto... merece uma segunda assistida.
O filme dispensa comentários em muitos aspectos, mas o que mais me tocou nele foi o personagem do Willem Defoe, aquela figura que zela por todos sem distinção, sempre consertando e deixando tudo em ordem, fazendo o máximo que pode, sendo inclusive herói ao proteger as crianças num determinado momento, e apesar de tudo isso, mal se vê uma demonstração de gratidão com a pessoa dele... isso é triste demais, porque quando olhamos ao nosso redor, vemos muitas pessoas assim, pais, mães, irmãos, colegas de trabalho, amigos, e aí nos perguntamos quantas vezes demonstramos gratidão a essas pessoas que tanto zelam por nós e nos protegem sem nunca se usar desse fato pra jogar na cara?! Esse personagem me marcou ainda mais que as outras histórias.
Um filme muito gostoso de se assistir. Mesmo tendo algumas cenas tristes, no geral é um filme muito good vibes, e com uma lição muito bonita. Mas o principal é que ele dialoga praticamente com todas as pessoas, pois todos já passaram em algum momento da vida por uma situação de se sentir deslocado e não pertencente a determinado ambiente. A parte triste é que apesar de essa ser uma experiência comum, poucos aprendem com ela, ou sequer se recordam do sentimento causado por essa situação para conseguirem se colocar no lugar dos que estão passando por aquilo. Temos que aprender muito, ainda...
Essa virada de chave que o Adam McKay deu na carreira me conquistou absurdamente, primeiro com A Grande Aposta, e agora com Vice. Estou apaixonado pela direção desse cara, as inserções de imagens randômicas no meio do filme, as sátiras, o humor pontual e certeiro, mas acima de tudo, a genialidade em explicar assuntos complexos por meio de metáforas das mais estapafúrdias (a do restaurante é primorosa, me lembro Monty Python no filme O Sentido da Vida). E apesar de a priori parecer um filme formulaico que tenta ser um repeteco de A Grande Aposta, achei que o filme conseguiu sim impor uma identidade própria, mas também aproveitando muito do que funcionou no seu predecessor, como essa inconstância que causa nos nossos sentimentos em relação aos personagens, e principalmente, do modo como consegue nos tocar, nos revoltar e fazer com que nos sintamos parte do problema, mesmo tratando de uma realidade tão distante da esmagadora maioria.
Um filme de uma sensibilidade absurda, extremamente contemplativo e que desperta muitas reflexões. Apesar das óbvias diferenças, me lembrou em muito o Cidade de Deus, porque os personagens nem parecem atores, parecem pessoas que realmente estão vivendo suas vidas como se fosse só mais um dia, é muito crível!!! Amei, muito tocante... e convenhamos que o preto e branco foi um baita acerto, deixou o filme absurdamente charmoso.
Minha nossa, como eu amei esse filme!!! Que humor impecável, essa mistura do sádico com o ridículo é maravilhosa, o filme se autoridiculariza sem fazer com que a história parece uma sátira pastelona, ele se mantém crível apesar dos absurdos. Mas acima de tudo, o melhor é a subversão da visão do senso comum que temos sobre fazer cinema, que é aquela de que um filme vai pegar os fatos reais e romantizá-los ou exagerá-los para ficaram mais cinematográficos ou "hollywoodianos". Mas esse filme faz o oposto, ele precisa amenizar os absurdos que realmente aconteceram na vida real, para que o público não ache que é uma comédia forçada que está só viajando na maionese. Fácil uma das melhores comédias de todos os tempos, uma pena ter sido tão esnobado não apenas em premiações, como no próprio circuito. Minha cidade tem 4 shoppings com diversas salas de cinema, e em nenhuma teve sessão desse filme...
Achei que o filme conseguiu explicar com maestria a complexidade desse mundo e desses termos pra um público leigo (mas com o mínimo do mínimo de conhecimento de economia, pelo menos). Além disso, o ritmo frenético da história me arrebatou, eu assisti o filme do início ao fim espumando pela boca, me divertindo ao extremo com as inserções de imagens randômicas durante o filme, isso pra não falar das atuações... minha nossa, Christian Bale e Steve Carrel levariam o filme sozinhas numa boa, mas felizmente não precisaram, porque os outros atores fazem seus papéis com extrema competência. Mas... não bastasse tudo isso, o filme ainda cutuca nossas feridas, e mesmo que não sejamos parte direta desse mundo, nos sentimos culpados, porque no fundo sabemos que se fôssemos nós no lugar daqueles caras, sabendo o que eles sabiam, nós muito provavelmente não teríamos tentado consertar as coisas, mas sim tirar proveito. E o Brad Pitt... aparece pouco, mas a fala dele ao mandar os garotos pararem com a dança me partiu o peito.
Esse filme me deixou com a mesma sensação que tive ao assistir La La Land. O filme é impecável em todos os aspectos, realmente uma aula de cinema, mas ainda assim parece que falta uma alma própria ao filme, não sei como explicar, mas acredito que seja por conta dos parâmetros. Em La La Land, principalmente por conta da Hype, fui assistir imaginando uma mistura de Grease com Cantando na Chuva, mas não, era apenas um musical muito competente. E com Chinatown foi semelhante, fui esperando um Blade Runner com Poderoso Chefão, mas não, é apenas um noir investigativo muito competente e com ótimas sacadas, mas que não sei, me faltou algo...
O primeiro é uma das minhas animações preferidas, fiquei aos prantos ao final, e no caminho até lá me diverti absurdamente com a história, os personagens e principalmente, as piadinhas sarcásticas. Mas este segundo ficou um pouco mais "infantiloide" que o necessário, as piadas perderam a acidez, as referências foram em boa parte só repeteco do primeiro filme, e apesar de a sacada com os humanos pra dar continuidade na história ter sido linda e muito bem pensada, podiam ter aparecido menos e sido trabalhados com mais carinho. O primeiro filme só revelou ao final a presença dos humanos, e mesmo assim o impacto emocional foi absurdo, enquanto nesse, apesar de o impacto existir, ele perdeu força em algum momento... Ah, e a dublagem em português... muito fraca.
A Mosca
3.7 1,1KO que mais me deixou abismado nesse filme é o quanto ele envelheceu bem!
Os efeitos permanecem extremamente dignos, as cenas de andar na parede foram muito bem filmadas, a maquiagem se atentando a mínimos detalhas... simplesmente incrível.
E não bastasse isso, que já faria o filme interessante por si só, o enredo é muito bom e envolvente, todo o arco do protagonista é absurdamente bem construído.
E além de tudo isso, tem a mão do diretor em dosar exatamente os momentos de mostrar o gore e os momentos de deixar tudo apenas na sugestão (como quando não mostram o vídeo em que ele está demonstrando como se alimenta).
Esse filme superou e muito minhas expectativas.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraSe esta história estivesse escrita na bíblia seguindo a linha de raciocínio da interpretação que o Aronofsky deu, eu acharia muito mais plausível.
A motivação atribuída ao "Criador" é muito mais interessante e convincente do que o simples "a humanidade falho, por isso estou aniquilando o mundo todo para um recomeço".
E outro aspecto que torna essa ideia de criação ainda mais interessante é o diretor não ter retratado um criacionismo puro, mas um criacionismo que não nega a evolução (e diga-se de passagem, a cena da evolução das espécies é um espetáculo à parte).
Filme Bíblico é um gênero extremamente saturado, por isso é muito bom assistir algo feito por alguém que não tem medo de arriscar e faz algo que extrapola a zona de conforto e o senso comum.
Uma das poucas coisas que me desagradaram neste filme foi o design dos gigantes de pedra. Eu entendo a mensagem que tentam passar de algo desfigurado e caótico, as ficou muito estranho, poderiam ter sido mais caprichosos.
Dragão Vermelho
4.0 894 Assista AgoraSem dúvidas é um filme excelente, roteiro fechadinho, atuações que dispensam comentários, altos níveis de tensão e suspense...
A única coisa que não me fez gostar ainda mais desse filme foi a constante sensação de estar vendo um repeteco de O Silêncio dos Inocentes.
Lógico que cada filme tem sua identidade própria, mas as semelhanças são inegáveis, e essa forte sensação de tentar repetir a "fórmula" me tirou da imersão do filme em alguns momentos.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraQuanto mais rememoro esse filme, mais percebo pequenos detalhes extremamente sagazes que o diretor conseguiu introduzir na trama.
Esse filme é uma aula de suspense, não precisa se utilizar de recursos batidos de gênero pra criar tensão, sabe usar o silêncio, sabe usar a linguagem corporal, os diálogos, mas acima de tudo, sabe usar os OLHOS!
O único ponto que me impediu de achar esse filme impecável, e que infelizmente me tirou um pouco da trama, foi a questão da
"transferência de mente". O filme vinha construindo um enredo absolutamente dentro do plausível, com eugenistas hipnotizando negros para fins escusos, e poderia ter permanecido na questão da escravização, fosse sexual ou apenas como força de trabalho, que teria sido uma metáfora quase que literal à lavagem cerebral que os negros eram submetidos na escravidão. E era justamente a extrema proximidade com a realidade que fazia com que o filme ficasse tão tenso (algo semelhante ao que ocorre em Clube da Luta), então quando tomam essa decisão de roteiro muito ficção científica, acaba te tirando daquela imersão...
Mas de todo modo é um filme incrível, que vai te deixar grudado na poltrona com os olhos esbugalhados.
Truque de Mestre: O 2º Ato
3.5 941 Assista AgoraEsse filme já começa com um desafio, de não ter mais o recurso da novidade nem do plot, e infelizmente não consegue se sustentar sozinho.
Alguns dos truques são bacanas, mas ainda assim deixam a desejar, perderam um pouco do deslumbre e da surpresa que os truques do primeiro causavam.
O plot é bem fraquinho e jogado também, forçado demais...
Enfim, é um filme que já comecei a esquecer logo depois de ter terminado de assistir, enquanto o primeiro está muito mais marcado na minha cabeça.
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista AgoraEsse filme tem alguns diálogos que te atingem na jugular, porque apesar de serem ditos de uma forma as vezes até poética, com belas palavras e metáforas, são também de uma crueza, uma verdade enormes...
E pra mim esse é um dos pontos fortes do filme, conseguir impactar ao mesmo tempo que parece um filme leve, algo que Um Estranho no Ninho também faz muito bem. Mas ao final do filme, quando você começa a repensa-lo, vai vendo cada vez mais o quanto ele é intenso.
A Morte lhe Cai Bem
3.7 714 Assista AgoraEsse filme me rendeu altas gargalhadas.
Ele engloba vários tipos de humor que casaram muito bem nessa trama, a sátira, o humor físico, o humor pastelão, o humor ácido.
Além disso, apesar de altamente esdrúxulo, consegue trazer algumas críticas ao narcisismo em seu subtexto.
Só esse trio de protagonistas já valeria a pena, ainda mais com Robert Zemeckis na direção... difícil imaginar um filme que dê errado nessa situação.
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraEsse filme é uma aula que, infelizmente, os cineastas de terror de hoje em dia não foram assistir.
O filme só duas cenas que mostram efetivamente o verdadeiro horror do filme, e ainda assim é feito de uma for muito contida e com um timing perfeito, me refiro as cenas em que
a protagonista é estuprada pelo demônio, e quando mostram apenas os olhos do bebê.
Não é qualquer um que cria um filme tão angustiante sem apelar para os atalhos e facilidades do gênero.
Filmão para ser visto e revisto.
Contatos Imediatos do Terceiro Grau
3.7 577 Assista AgoraEsse filme merecia um remake.
O roteiro é excelente, com um subtexto muito bom e que não perdeu a atualidade.
Infelizmente os efeitos ficaram extremamente datados, e por conta disso acredito que se justifique uma refilmagem, especialmente se dirigida por alguém como Denis Villeneuve.
Amor Além da Vida
3.8 845 Assista AgoraConfesso que estava curiando a Netflix e só parei nesse filme porque li R. Williams e Cuba Gooding Jr., porque esse título é do tipo de filme que não costumo assistir.
Mas que grata surpresa... esse filme tem uma estética muito particular, é tudo muito bonito de um jeito levemente bizarro, tudo meio onírico...
E o enredo do filme me fisgou demais, os plots são bem feitos, as surpresas que a trama prepara são bem emocionantes... quero muito reassistir esse filme.
Mamma Mia! O Filme
3.6 1,8K Assista AgoraAquele tipo de musical delicioso de se assistir, te deixa com um sorriso no rosto de ponta a ponta.
Ele tem várias coisas bem bobinhas, mas acho que esse é justamente um dos charmes do filme, não se levar a sério de mais, não tentar ser grandioso de mais, é um filme simples, que sabe que é simples e é por isso que funciona tão bem.
E convenhamos que com uma trilha sonora do ABBA fica bem mais fácil fazer um musical.
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraFui ao cinema doido pra gostar desse filme, tentando comprar todas ideias que ele me vendia, mas simplesmente não deu pra gostar.
O filme é muito inconsistente, ao mesmo tempo que tem cenas memoráveis (ex: a de vários cortes seguidos com ela se levantando), tem cenas vergonhosas de ruim (Nick perdendo o olho, cena de luta com uma música bizonha de trilha).
Não comprei essa atriz como Capitã Marvel, pra mim ela não conseguiu passar a força que a personagem tem, a Edição do filme e falas de outros personagens que conseguiram cumprir esse papel de nos fazer acreditar que ela É a Capitã Marvel (principalmente a cena da amiga dela, quando diz que antes de ganhar os poderes ela já era a pessoa mais poderosa que conheceu). Na boa, as cenas dela de luta parecem de uma criança que acabou de entrar na aula de luta, ela correndo parece uma criança descoordenada, e não tem contra-plongée que me faça comprar que ela é uma personagem forte e imponente.
E gostem ou não, a comparação com Mulher Maravilha é obrigatória, é o parâmetro mais próximo, e naquele filme, mesmo eu indo assistir com um pré-conceito de que a franzina Gal Gadot seria uma vergonha, o filme mesmo ruim me fez sair do cinema pensando "uau, definitivamente ela É a Mulher Maravilha", coisa que Capitã Marvel não conseguiu.
Eu queria e esperava mais desse filme, tanto pela importância que essa personagem tem para o próximo Vingadores, quanto pelo fato de ser o primeiro filme da Marvel protagonizado por uma heroína. Esse filme merecia mais, muito mais.
(e ainda estou com vergonha alheia pelo personagem do Nick Fury nesse filme)
Bom, vou postar essa opinião enquanto ainda não está oficializada a proibição aos homens de acharem esse filme ruim.
O Pentelho
2.7 390 Assista AgoraAcho que como comédia ele deixou a desejar um pouco, toda ela foi concentrada mais na atuação do Jim do que em escrever cenas e piadas que servissem a esse propósito.
Mas o filme ganha não apenas por ser comédia, mas por ter um sub-texto com muitos temas relevantes e que geram reflexão, como o quanto alguém que é relativamente um "ninguém" pode ter poder sobre a vida dos outros só pela troca de favores, afinal, já pararam pra pensar o que um prestador de serviços que não foi com a sua cara poderia fazer?
Além disso tem a questão das pessoas solitárias que se apegam de forma tóxica a alguém que lhes dá o mínimo de atenção e o quanto isso é danoso.
Enfim, acho que se o filme tivesse abdicado do humor e focado mais nos dramas dos dois personagens, seria um baita filme.
Cidadão Kane
4.3 990 Assista AgoraAinda não consegui me convencer que esse filme tem quase 80 anos...
Sempre ouvi que era um dos melhores de todos os tempos, e fui assisti-lo com altíssimas expectativas: felizmente não me decepcionei em nada.
Roteiro impecável, que parte de algo tão simples e singelo (Rosebud) para contar a história de um megalomaníaco egocêntrico.
Os diálogos e as frases desse filme são muito impactantes, são impactantes sem soar forçado, e nos fazem refletir o tempo todo.
É muito interessante prestar atenção nas coisas que o Kane diz, porque por mais que ele diga estar preocupado com isso ou aquilo, no fundo, tudo é sobre ele mesmo.
Me lembrou uma frase magnífica de uma música do Raul Seixas, que serviria muito bem para descrever Charles F. Kane: O meu egoísmo é tão egoísta, que o auge do meu egoísmo é querer ajudar.
Se você entende a profundidade dessa frase, você entendeu quem é o Cidadão Kane.
Alita: Anjo de Combate
3.6 813 Assista AgoraMe decepcionou absurdamente. Eu esperava MUITO de um filme envolvendo nomes como James Cameron, Robert Rodriguez, Christoph Waltz, Jennifer Connelly e Mahershala Ali.
As cenas de ação são impecáveis e definitivamente carregam o filme nas costas, principalmente as cenas de Motorball, porque de resto, deixa a desejar em todos os aspectos...
Se tivesse tirado o romance piegas e forçado do roteiro, e no lugar dado mais tempo pras descobertas da Alita, flashbacks e cenas de Motorball, o filme seria mil vezes melhor.
Enfim, apesar desse roteiro doído, o filme é muito divertido e merece ser visto no cinema, numa tela enorme e 3D. E torço para que tenha uma sequência com um roteiro caprichado.
Meu único desejo, caso haja uma sequência, é que
O Hugo permaneça morto e viva só na lembrança da Alita. Mas eu tenho 99% de certeza que ele vai reaparecer.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraO que mais me fisgou nesse filme foi a complexidade das personagens, tanto as 3 principais quanto os que estavam a volta.
Não há nesse filme personagens maniqueístas, mocinhos ou vilões, todos são um pouco de cada dependendo da situação.
É um filme meio indigesto... merece uma segunda assistida.
Projeto Flórida
4.1 1,0KO filme dispensa comentários em muitos aspectos, mas o que mais me tocou nele foi o personagem do Willem Defoe, aquela figura que zela por todos sem distinção, sempre consertando e deixando tudo em ordem, fazendo o máximo que pode, sendo inclusive herói ao proteger as crianças num determinado momento, e apesar de tudo isso, mal se vê uma demonstração de gratidão com a pessoa dele... isso é triste demais, porque quando olhamos ao nosso redor, vemos muitas pessoas assim, pais, mães, irmãos, colegas de trabalho, amigos, e aí nos perguntamos quantas vezes demonstramos gratidão a essas pessoas que tanto zelam por nós e nos protegem sem nunca se usar desse fato pra jogar na cara?!
Esse personagem me marcou ainda mais que as outras histórias.
As Aventuras de Paddington
3.6 277 Assista AgoraUm filme muito gostoso de se assistir. Mesmo tendo algumas cenas tristes, no geral é um filme muito good vibes, e com uma lição muito bonita.
Mas o principal é que ele dialoga praticamente com todas as pessoas, pois todos já passaram em algum momento da vida por uma situação de se sentir deslocado e não pertencente a determinado ambiente.
A parte triste é que apesar de essa ser uma experiência comum, poucos aprendem com ela, ou sequer se recordam do sentimento causado por essa situação para conseguirem se colocar no lugar dos que estão passando por aquilo.
Temos que aprender muito, ainda...
Vice
3.5 488 Assista AgoraEssa virada de chave que o Adam McKay deu na carreira me conquistou absurdamente, primeiro com A Grande Aposta, e agora com Vice.
Estou apaixonado pela direção desse cara, as inserções de imagens randômicas no meio do filme, as sátiras, o humor pontual e certeiro, mas acima de tudo, a genialidade em explicar assuntos complexos por meio de metáforas das mais estapafúrdias (a do restaurante é primorosa, me lembro Monty Python no filme O Sentido da Vida).
E apesar de a priori parecer um filme formulaico que tenta ser um repeteco de A Grande Aposta, achei que o filme conseguiu sim impor uma identidade própria, mas também aproveitando muito do que funcionou no seu predecessor, como essa inconstância que causa nos nossos sentimentos em relação aos personagens, e principalmente, do modo como consegue nos tocar, nos revoltar e fazer com que nos sintamos parte do problema, mesmo tratando de uma realidade tão distante da esmagadora maioria.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraUm filme de uma sensibilidade absurda, extremamente contemplativo e que desperta muitas reflexões.
Apesar das óbvias diferenças, me lembrou em muito o Cidade de Deus, porque os personagens nem parecem atores, parecem pessoas que realmente estão vivendo suas vidas como se fosse só mais um dia, é muito crível!!!
Amei, muito tocante... e convenhamos que o preto e branco foi um baita acerto, deixou o filme absurdamente charmoso.
A Morte de Stalin
3.6 134 Assista AgoraMinha nossa, como eu amei esse filme!!!
Que humor impecável, essa mistura do sádico com o ridículo é maravilhosa, o filme se autoridiculariza sem fazer com que a história parece uma sátira pastelona, ele se mantém crível apesar dos absurdos.
Mas acima de tudo, o melhor é a subversão da visão do senso comum que temos sobre fazer cinema, que é aquela de que um filme vai pegar os fatos reais e romantizá-los ou exagerá-los para ficaram mais cinematográficos ou "hollywoodianos". Mas esse filme faz o oposto, ele precisa amenizar os absurdos que realmente aconteceram na vida real, para que o público não ache que é uma comédia forçada que está só viajando na maionese.
Fácil uma das melhores comédias de todos os tempos, uma pena ter sido tão esnobado não apenas em premiações, como no próprio circuito. Minha cidade tem 4 shoppings com diversas salas de cinema, e em nenhuma teve sessão desse filme...
A Grande Aposta
3.7 1,3KAchei que o filme conseguiu explicar com maestria a complexidade desse mundo e desses termos pra um público leigo (mas com o mínimo do mínimo de conhecimento de economia, pelo menos).
Além disso, o ritmo frenético da história me arrebatou, eu assisti o filme do início ao fim espumando pela boca, me divertindo ao extremo com as inserções de imagens randômicas durante o filme, isso pra não falar das atuações... minha nossa, Christian Bale e Steve Carrel levariam o filme sozinhas numa boa, mas felizmente não precisaram, porque os outros atores fazem seus papéis com extrema competência.
Mas... não bastasse tudo isso, o filme ainda cutuca nossas feridas, e mesmo que não sejamos parte direta desse mundo, nos sentimos culpados, porque no fundo sabemos que se fôssemos nós no lugar daqueles caras, sabendo o que eles sabiam, nós muito provavelmente não teríamos tentado consertar as coisas, mas sim tirar proveito.
E o Brad Pitt... aparece pouco, mas a fala dele ao mandar os garotos pararem com a dança me partiu o peito.
Chinatown
4.1 636 Assista AgoraEsse filme me deixou com a mesma sensação que tive ao assistir La La Land.
O filme é impecável em todos os aspectos, realmente uma aula de cinema, mas ainda assim parece que falta uma alma própria ao filme, não sei como explicar, mas acredito que seja por conta dos parâmetros.
Em La La Land, principalmente por conta da Hype, fui assistir imaginando uma mistura de Grease com Cantando na Chuva, mas não, era apenas um musical muito competente. E com Chinatown foi semelhante, fui esperando um Blade Runner com Poderoso Chefão, mas não, é apenas um noir investigativo muito competente e com ótimas sacadas, mas que não sei, me faltou algo...
Uma Aventura LEGO 2
3.4 96 Assista AgoraO primeiro é uma das minhas animações preferidas, fiquei aos prantos ao final, e no caminho até lá me diverti absurdamente com a história, os personagens e principalmente, as piadinhas sarcásticas.
Mas este segundo ficou um pouco mais "infantiloide" que o necessário, as piadas perderam a acidez, as referências foram em boa parte só repeteco do primeiro filme, e apesar de a sacada com os humanos pra dar continuidade na história ter sido linda e muito bem pensada, podiam ter aparecido menos e sido trabalhados com mais carinho. O primeiro filme só revelou ao final a presença dos humanos, e mesmo assim o impacto emocional foi absurdo, enquanto nesse, apesar de o impacto existir, ele perdeu força em algum momento...
Ah, e a dublagem em português... muito fraca.