O filme diz muito sobre a metamorfose, de humano a vampiro. E lida muito bem com o assunto: as discussões e dilemas são muito pertinentes, complexos. Neil Jordan está impecável na direção, e o resultado é a história mais melancólica e dúbia sobre vampiros. O toque ácido de humor também tá ali e muito bem colocado (alô Tom Cruise!).
Adoro como Haynes brinca com vários elementos narrativos, muito similares com o cinema de David Lynch. Subversão em alto nível: você é alérgico ao século XX? Hahahahahahahha.... Julianne já no ápice, em inicio de carreira.
Greta está no auge da sensibilidade, artística e pessoal, eu diria. Ela conta uma história que já foi contada, centenas de vezes, com tanta delicadeza. É uma direção única. Não entendi por que não foi indicada ao oscar, nessa categoria.
Não á toa, Sibyl foi nivelado ao cinema de Godard e Truffaut, em Cannes, ano passado. Sibyl é uma verdadeira ode a sétima arte: bordado por uma metalinguagem que cria corpo, e que se funde na vida daquelas personagens (as figuras femininas aqui são mais multifacetadas), em uma alegoria social. Extremamente psicanalítico. A Persona grita mais do que nunca!
Eu nunca entendi muito bem, quando eu lia coisas do tipo "esse filme mudou a minha vida!". Depois de assistir A Vida Invisível, eu não posso já afirmar que mudou minha vida. Mas me tocou, mexeu comigo como nenhum outro filme que eu já vi. E olha que já vi mais de 800, segundo o Filmow rs.
Gente, a Margot quase não aparece no filme! Figurante de luxo! Que isso! Mas tá, a cena final, pra mim que conheço a história da Sharon Tate, me levou as lágrimas. Como Tarantino subverteu a situação real dos fatos, pra o seu mundo, foi algo genial e muito sensível. Jamais imaginei que o diretor fosse me causar tanta emoção. Aquele sorriso largo da Margot Robbie, foi o que mais se viu da personagem, e o que irradiou a história.
No mais, é extremamente superestimado, além de enfadonho. Ok, a vida de um Astro Hollywoodiano e seu dublê, que é mais como um cão fiel rs, é contada de forma requintada. Mas nada acontece. Não parece Tarantino. Qual o clímax?
Nunca imaginei dizer isso, sobre um filme com Huppert e Loou de Laâge... Mas que puta desperdício! Um filme que não será mencionado, nem pelas próprias atrizes.
Pra mim essa matemática funciona muito bem: duas mulheres, isoladas, passado. A formula aqui também dá certo: a ruptura entre mãe e filha, o ruído de uma ausência eterna. Devastador.
É um bom drama, pode soar genérico, mas todo roteiro movido por sentimentos e situações, tem um estado único. Vida Selvagem é especial, por seus dramas sim, mas muito mais sobre como eles são contados. Tocante.
O filme tem seus méritos por ser relevante e atual, e também claro, por seu time de atrizes. Eu vejo uma história bem contada, que atinge a quem quer atingir, com cenas muito bem colocadas.
A interpretação de Kristen é o que segura, um enredo por muitas vezes inútil, mas o comportamento da protagonista, em cena, eu diria ser a melhor performance, de toda sua carreira.
A tal questionada inocência de Rubens está ali desde o inicio. Toda a força dos diálogos, quando o protagonista se posiciona, questionando e jogando certezas ao ar, é possível ver transfigurar em tela a injustiça, que está acontecendo ali.
É bom ver o Netflix investindo cada vez mais em um cinema autoral. Mademoiselle Vingança não é um filme em prol do feminismo, esse assunto se perde em meio a uma trama com intrigas, reviravoltas e culpas que cercam esses personagens tridimensionais (principalmente as figuras femininas, com mais nuances e emblemas). Mas fica a curta e poderosa mensagem dita pela Madame: "Talvez a honra de uma mulher valesse muito mais."
Me parece ser o tipo de filme moldado para o Oscar, isso é positivo. Apesar de não ter sido indicado a nenhuma categoria para a estatueta, A Luz Entre Oceanos comove. Impossível não ir as lágrimas com a cena final.
Acredito eu que nem todo filme produzido pela Netflix, precise desse rótulo extremamente comercial. A plataforma mostra com Pássaro do Oriente que há espaços pra um produto mais encorpado, atmosférico, misterioso. Alicia Vikander faz um ótimo trabalho aqui, com uma personagem que seria apática interpretada por outras... Não faltou nada. O filme é completo dentro da sua proposta narrativa.
É declaradamente um filme de personagem. A Scarlett e a incrível coadjuvante Laura Dern ficam com os melhores momentos, em tantos monólogos que podem soar verborrágicos, pra quem não se delicia na acidez dos diálogos de Baumbach...
Todos dizendo que é poético... parece uma pintura.. rs... Olha, Retrato de uma Jovem em Chamas é mais que isso! Uma das histórias de amor mais tristes já retratadas no cinema. É notável como tudo cria corpo, de forma natural, como se estivéssemos acompanhando o tempo junto a essas duas mulheres.
Garrel está inspiradíssimo, e disseca com muito humor e estranheza as relações humanas. Obsessão, infidelidade, manipulação, tudo isso está ali, mas num tom que beira o ácido. Inteligente também na escolha de Lily Rose e Laetitia, e no desenvolvimento da subtrama com o garoto, Garrel nos presenteia com um cinema francês completamente inusitado.
A narrativa da taxista é muito boa, bem construída, equilibrada. O universo LGBT e suas sinas, também é retratado de forma única. Há sim um tom novelístico que permeia toda a trama, o final me pareceu um clipe do Johnny Hooker, o que quebrou todo o clímax. Mas é interessante, o cinema nacional precisa contar histórias como essa.
O único trunfo do filme, é tentar desmitificar essa questão da vítima, colocando a Celeste num mundo de dinheiro e sombras. Mas nada é muito claro, a Natalie está meio fora do tom, os ganchos não funcionam e tudo o que a trama tenta levantar, não engata.
Lizzie peca nos detalhes, por que o desenrolar psicológico, a construção meticulosa de Lizzie e Maggie (Bridget) é muito bem feita. É o tipo de história que é contada muitas vezes no cinema, mas o grau de sofisticação desse filme é acima da média.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraO filme diz muito sobre a metamorfose, de humano a vampiro. E lida muito bem com o assunto: as discussões e dilemas são muito pertinentes, complexos. Neil Jordan está impecável na direção, e o resultado é a história mais melancólica e dúbia sobre vampiros. O toque ácido de humor também tá ali e muito bem colocado (alô Tom Cruise!).
Mal do Século
3.6 98 Assista AgoraAdoro como Haynes brinca com vários elementos narrativos, muito similares com o cinema de David Lynch. Subversão em alto nível: você é alérgico ao século XX? Hahahahahahahha.... Julianne já no ápice, em inicio de carreira.
Na Praia à Noite Sozinha
3.6 68Honestamente, tentei da forma mais genuína me conectar, de alguma forma, com as situações, a protagonista... Mas a sensação foi frustrante.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraGreta está no auge da sensibilidade, artística e pessoal, eu diria. Ela conta uma história que já foi contada, centenas de vezes, com tanta delicadeza. É uma direção única. Não entendi por que não foi indicada ao oscar, nessa categoria.
Sibyl
3.2 31 Assista AgoraNão á toa, Sibyl foi nivelado ao cinema de Godard e Truffaut, em Cannes, ano passado. Sibyl é uma verdadeira ode a sétima arte: bordado por uma metalinguagem que cria corpo, e que se funde na vida daquelas personagens (as figuras femininas aqui são mais multifacetadas), em uma alegoria social. Extremamente psicanalítico. A Persona grita mais do que nunca!
A Vida Invisível
4.3 642Eu nunca entendi muito bem, quando eu lia coisas do tipo "esse filme mudou a minha vida!". Depois de assistir A Vida Invisível, eu não posso já afirmar que mudou minha vida. Mas me tocou, mexeu comigo como nenhum outro filme que eu já vi. E olha que já vi mais de 800, segundo o Filmow rs.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraGente, a Margot quase não aparece no filme! Figurante de luxo! Que isso!
Mas tá, a cena final, pra mim que conheço a história da Sharon Tate, me levou as lágrimas. Como Tarantino subverteu a situação real dos fatos, pra o seu mundo, foi algo genial e muito sensível. Jamais imaginei que o diretor fosse me causar tanta emoção. Aquele sorriso largo da Margot Robbie, foi o que mais se viu da personagem, e o que irradiou a história.
No mais, é extremamente superestimado, além de enfadonho. Ok, a vida de um Astro Hollywoodiano e seu dublê, que é mais como um cão fiel rs, é contada de forma requintada. Mas nada acontece. Não parece Tarantino. Qual o clímax?
Branca Como a Neve
2.6 27Nunca imaginei dizer isso, sobre um filme com Huppert e Loou de Laâge... Mas que puta desperdício! Um filme que não será mencionado, nem pelas próprias atrizes.
O Vazio do Domingo
3.7 122 Assista AgoraPra mim essa matemática funciona muito bem: duas mulheres, isoladas, passado. A formula aqui também dá certo: a ruptura entre mãe e filha, o ruído de uma ausência eterna. Devastador.
Vida Selvagem
3.4 156 Assista AgoraÉ um bom drama, pode soar genérico, mas todo roteiro movido por sentimentos e situações, tem um estado único. Vida Selvagem é especial, por seus dramas sim, mas muito mais sobre como eles são contados. Tocante.
O Escândalo
3.6 460 Assista AgoraO filme tem seus méritos por ser relevante e atual, e também claro, por seu time de atrizes. Eu vejo uma história bem contada, que atinge a quem quer atingir, com cenas muito bem colocadas.
Seberg Contra Todos
3.1 69 Assista AgoraA interpretação de Kristen é o que segura, um enredo por muitas vezes inútil, mas o comportamento da protagonista, em cena, eu diria ser a melhor performance, de toda sua carreira.
Aos Teus Olhos
3.4 288 Assista AgoraA tal questionada inocência de Rubens está ali desde o inicio. Toda a força dos diálogos, quando o protagonista se posiciona, questionando e jogando certezas ao ar, é possível ver transfigurar em tela a injustiça, que está acontecendo ali.
Mademoiselle Vingança
3.2 73 Assista AgoraÉ bom ver o Netflix investindo cada vez mais em um cinema autoral. Mademoiselle Vingança não é um filme em prol do feminismo, esse assunto se perde em meio a uma trama com intrigas, reviravoltas e culpas que cercam esses personagens tridimensionais (principalmente as figuras femininas, com mais nuances e emblemas). Mas fica a curta e poderosa mensagem dita pela Madame: "Talvez a honra de uma mulher valesse muito mais."
A Luz Entre Oceanos
3.8 358 Assista AgoraMe parece ser o tipo de filme moldado para o Oscar, isso é positivo. Apesar de não ter sido indicado a nenhuma categoria para a estatueta, A Luz Entre Oceanos comove. Impossível não ir as lágrimas com a cena final.
Pássaro do Oriente
3.1 180Acredito eu que nem todo filme produzido pela Netflix, precise desse rótulo extremamente comercial. A plataforma mostra com Pássaro do Oriente que há espaços pra um produto mais encorpado, atmosférico, misterioso. Alicia Vikander faz um ótimo trabalho aqui, com uma personagem que seria apática interpretada por outras... Não faltou nada. O filme é completo dentro da sua proposta narrativa.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraÉ declaradamente um filme de personagem. A Scarlett e a incrível coadjuvante Laura Dern ficam com os melhores momentos, em tantos monólogos que podem soar verborrágicos, pra quem não se delicia na acidez dos diálogos de Baumbach...
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 901 Assista AgoraTodos dizendo que é poético... parece uma pintura.. rs... Olha, Retrato de uma Jovem em Chamas é mais que isso! Uma das histórias de amor mais tristes já retratadas no cinema. É notável como tudo cria corpo, de forma natural, como se estivéssemos acompanhando o tempo junto a essas duas mulheres.
Um Homem Fiel
3.3 59 Assista AgoraGarrel está inspiradíssimo, e disseca com muito humor e estranheza as relações humanas. Obsessão, infidelidade, manipulação, tudo isso está ali, mas num tom que beira o ácido. Inteligente também na escolha de Lily Rose e Laetitia, e no desenvolvimento da subtrama com o garoto, Garrel nos presenteia com um cinema francês completamente inusitado.
O Mau Exemplo de Cameron Post
3.4 319 Assista AgoraEu adoro como a protagonista reage as terapias em grupo. A Chloe tá maravilhosa!
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraA bruxaria retratada da forma mais sofisticada possível. Direção, roteiro, elenco,
tudo em prol de uma história que supera a original.
Berenice Procura
3.2 43A narrativa da taxista é muito boa, bem construída, equilibrada. O universo LGBT e suas sinas, também é retratado de forma única. Há sim um tom novelístico que permeia toda a trama, o final me pareceu um clipe do Johnny Hooker, o que quebrou todo o clímax. Mas é interessante, o cinema nacional precisa contar histórias como essa.
Vox Lux - O Preço da Fama
2.9 223O único trunfo do filme, é tentar desmitificar essa questão da vítima, colocando a Celeste num mundo de dinheiro e sombras. Mas nada é muito claro, a Natalie está meio fora do tom, os ganchos não funcionam e tudo o que a trama tenta levantar, não engata.
Lizzie
3.1 109 Assista AgoraLizzie peca nos detalhes, por que o desenrolar psicológico, a construção meticulosa de Lizzie e Maggie (Bridget) é muito bem feita. É o tipo de história que é contada muitas vezes no cinema, mas o grau de sofisticação desse filme é acima da média.