O filme traz um Sherlock Holmes bem diferente daquele ao qual estamos acostumados. Holmes aqui aparece ora lutando boxe, ora algemado nu numa cama, e como não poderia deixar de ser, usando também seu famoso método dedutivo para solucionar problemas. Holmes é feito com muito cinismo e petulância por Robert Downey Jr., um ator que da mesma forma que Johnny Depp, consegue conquistar o público, mesmo fazendo um tratante. Seu parceiro Watson é feito com muita competência por Jude Law, e o clima de homoerotismo aparece no filme, só que tão sutil como nos livros de Sir Arthur Conan Doyle. A direção do Guy Ritchie é dinâmica e nos mostra uma Londres vitoriana, perfeita em sua sordidez. A historia é movimentada e muito divertida. A aparição discreta do arquiinimigo de Holmes, o professor Moriarty, só nos da a certeza de que haverá uma continuação. Bom filme.
Mesmos as platéias mais preparadas e já habituadas com o trabalho de Lars von Trier sentiram novamente a surpresa do choque. Anticristo é um drama psicológico que flerta com o fantástico. Trata da dor de um casal, dor causada pelo remorso por não poder ter impedido a morte do filho pequeno. Este sentimento de culpa, mas pungente por que provocado por uma morte, toma conta de tudo na vida deles, os absorve. Ela mostra-se completamente destruída, ele aparenta frieza e calma. Como psicoterapeuta, assume os riscos de tratar de sua própria esposa. Vão para Éden, sua cabana isolada no meio da floresta, floresta essa com quem eles parecem ter alguma integração. Neste lugar ermo, eles seguirão uma dolorosa jornada de sofrimento, dor e desespero, até a chegada dos três mendigos (estes são os quatro capítulos do filme, que acaba com o epílogo). Há várias imagens perturbadoras que remetem à morte infantil e cenas de tortura que superam as de A Professora de Piano do Haneke. É um filme complexo que não se auto explica totalmente (a relação da natureza com o feminino, a constelação dos três mendigos, por exemplo). É uma experiência visual das mais interessantes e um exercício do Lars von Trier em mais uma tentativa de dissecar a dor. O casal é interpretado por Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe. Deixo para o final o prólogo, por merecer uma atenção especial. No final do filme há uma volta ao prólogo, revelando-se algo terrível. Trata-se de uma abertura não menos que magnífica, uma verdadeira obra de arte (e olhe que em entrevista em Cannes, o diretor provocou a imprensa, por causa da polêmica em torno do filme, ao afirmar que dirigiu Anticristo com apenas metade de sua inteligência), com um profundo senso de estética, rica em detalhes calculados – há até a repetição sutil (há que ter muita atenção) das expressões do filho nos rostos dos pais –, tudo ao som da bela ária Lascia Ch'io Pianga, da ópera Rinaldo, do Handel (cantada pela mezzo soprano, Tuva Semmingsen). Um ótimo filme, forte, cru, do tipo ame ou odeie, com uma abertura extasiante.
Antes de fazer Marte Ataca!, Tim Burton tinha feito um filme sobre Ed Wood, tido por o pior cineasta de todos os tempos. Neste trabalho seguinte, ele homenageia um pouco a obra de Ed Wood, com uma engraçadíssima sátira aos filmes de ETs. Os efeitos especiais são arrojados, mas o visual das naves e dos ETs é propositadamente tosco, com os discos voadores parecendo feitos de plástico. O visual dos ETs é baseado num álbum de figurinhas da década de cinqüenta. As situações são hilárias, como quando os ETs carbonizam a pomba da paz, que os terráqueos soltam na recepção a eles; ou o ET disfarçado de travesti, dentro da Casa Branca; ou ainda quando os invasores carniceiros dizem "Nós viemos em paz. Não corram" antes de exterminarem os terráqueos. O final é bem criativo e o elenco impressiona pela grande quantidade de astros reunidos. Ótima comédia.
Um roteiro brilhante nas mãos de um diretor acima da média deu ao cinema a deliciosa comédia de humor negro Os Fantasmas se Divertem. Um dos primeiros trabalhos do Tim Burton e dos melhores até hoje. As situações são as mais loucas e cômicas possíveis, a direção de arte dá um show e o elenco cheio de atuações inspiradas. Alec Baldwin e Geena Davis, como o casal de fantasmas que custa a se perceber morto e passa por situações ridículas e hilariantes para expulsar os vivos, novos moradores da casa. Esses moradores tem uma filha gótica, feita pela ótima Winona Ryder, uma personagem encantadora, que numa cena, comparece à mesa vestida como uma noiva dos mortos, com seu vestido todo fechado, absolutamente preto, com um enorme chapéu na cabeça. Ma quem rouba a cena é mesmo Michael Keaton Beetlejuice (Besourosuco), um fantasma mau caráter que fará de tudo para voltar aos mundos dos vivos. A cena da dança no jantar com a música do Harry Belafonte "O-Day Banana" é antológica. Marcou época.
Um dos maiores clássicos da ficção científica, este filme causou grande impacto na época do seu lançamento (1968), tanto pela originalidade da história quanto pelos seus personagens, macacos na maioria, com um belo trabalho de maquiagem. Charlton Heston ótimo como sempre, como um astronauta, que num mundo hostil (não tanto quanto o seu), só quer sua liberdade e voltar para seu lar. Quanto finalmente volta, num dos finais mais famosos do cinema, ele não encontra coisa melhor do que aquela de que estava fugindo no outro planeta. A mensagem do filme é bem clara, sobre o mau uso do progresso, em prejuízo da espécie, seja ela qual for.
Uma comédia de primeira qualidade, com um roteiro inteligente e atores dando um show; destaque para Joan Cusack, perfeita no papel da noiva à beira de um ataque de nervos. Há boas piadas com Barbra Streisand e outros assuntos relacionados ao universo "gay". A cena do beijo entre Kevin Kline e Tom Selleck gerou muito burburinho. Uma fala interessante, comentando se o professor é gay ou não, diz "Ele é decente demais para não ser gay".
Wolfgang Petersen já tinha uma boa bagagem com filmes de ação, e fez deste Força Aérea Um, um ótimo filme. Cenas de ação bem-feitas e um elenco de peso.
Um dos poucos filmes do Spielberg que não me empolgam. Colocar Robin Willimas (nada contra ele) como Peter é realmente uma maldade com os fãs do personagem (não que eu seja).
Mal e Violência
2.5 28 Assista AgoraGente, onde vocês viram esse filme? Já procurei muito e não achei. Alguém tem um link?
Amor à Queima-Roupa
3.9 362 Assista AgoraBom filme.
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
3.6 479 Assista AgoraUm filme de faroeste diferente e interessante. Destaque para Casey Affleck.
Sete Anos no Tibet
3.8 397 Assista AgoraBonito e chato.
Inimigo Íntimo
3.2 116 Assista AgoraBom.
A Mexicana
3.0 222 Assista AgoraBom.
Pequenos Espiões
2.4 275 Assista AgoraBonzinho.
O 13º Guerreiro
3.4 128 Assista AgoraRazoável.
O Corpo
3.0 75Muito fraco. Roteiro pobre.
Femme Fatale
3.1 193 Assista AgoraMais um bom suspense do Brian De Palma.
Assassinos
3.3 192 Assista AgoraFraco.
Sherlock Holmes
3.8 2,2K Assista AgoraO filme traz um Sherlock Holmes bem diferente daquele ao qual estamos acostumados. Holmes aqui aparece ora lutando boxe, ora algemado nu numa cama, e como não poderia deixar de ser, usando também seu famoso método dedutivo para solucionar problemas. Holmes é feito com muito cinismo e petulância por Robert Downey Jr., um ator que da mesma forma que Johnny Depp, consegue conquistar o público, mesmo fazendo um tratante. Seu parceiro Watson é feito com muita competência por Jude Law, e o clima de homoerotismo aparece no filme, só que tão sutil como nos livros de Sir Arthur Conan Doyle. A direção do Guy Ritchie é dinâmica e nos mostra uma Londres vitoriana, perfeita em sua sordidez. A historia é movimentada e muito divertida. A aparição discreta do arquiinimigo de Holmes, o professor Moriarty, só nos da a certeza de que haverá uma continuação. Bom filme.
Anticristo
3.5 2,2K Assista Agora"Não há nada incomum no sofrimento".
Mesmos as platéias mais preparadas e já habituadas com o trabalho de Lars von Trier sentiram novamente a surpresa do choque. Anticristo é um drama psicológico que flerta com o fantástico. Trata da dor de um casal, dor causada pelo remorso por não poder ter impedido a morte do filho pequeno. Este sentimento de culpa, mas pungente por que provocado por uma morte, toma conta de tudo na vida deles, os absorve. Ela mostra-se completamente destruída, ele aparenta frieza e calma. Como psicoterapeuta, assume os riscos de tratar de sua própria esposa. Vão para Éden, sua cabana isolada no meio da floresta, floresta essa com quem eles parecem ter alguma integração. Neste lugar ermo, eles seguirão uma dolorosa jornada de sofrimento, dor e desespero, até a chegada dos três mendigos (estes são os quatro capítulos do filme, que acaba com o epílogo). Há várias imagens perturbadoras que remetem à morte infantil e cenas de tortura que superam as de A Professora de Piano do Haneke. É um filme complexo que não se auto explica totalmente (a relação da natureza com o feminino, a constelação dos três mendigos, por exemplo). É uma experiência visual das mais interessantes e um exercício do Lars von Trier em mais uma tentativa de dissecar a dor. O casal é interpretado por Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe.
Deixo para o final o prólogo, por merecer uma atenção especial. No final do filme há uma volta ao prólogo, revelando-se algo terrível. Trata-se de uma abertura não menos que magnífica, uma verdadeira obra de arte (e olhe que em entrevista em Cannes, o diretor provocou a imprensa, por causa da polêmica em torno do filme, ao afirmar que dirigiu Anticristo com apenas metade de sua inteligência), com um profundo senso de estética, rica em detalhes calculados – há até a repetição sutil (há que ter muita atenção) das expressões do filho nos rostos dos pais –, tudo ao som da bela ária Lascia Ch'io Pianga, da ópera Rinaldo, do Handel (cantada pela mezzo soprano, Tuva Semmingsen). Um ótimo filme, forte, cru, do tipo ame ou odeie, com uma abertura extasiante.
Por Conta do Destino
3.6 51 Assista AgoraProdução feita para TV. Interessante história sobre escolhas que devemos fazer na vida.
Marte Ataca!
3.2 659 Assista AgoraAntes de fazer Marte Ataca!, Tim Burton tinha feito um filme sobre Ed Wood, tido por o pior cineasta de todos os tempos. Neste trabalho seguinte, ele homenageia um pouco a obra de Ed Wood, com uma engraçadíssima sátira aos filmes de ETs. Os efeitos especiais são arrojados, mas o visual das naves e dos ETs é propositadamente tosco, com os discos voadores parecendo feitos de plástico. O visual dos ETs é baseado num álbum de figurinhas da década de cinqüenta. As situações são hilárias, como quando os ETs carbonizam a pomba da paz, que os terráqueos soltam na recepção a eles; ou o ET disfarçado de travesti, dentro da Casa Branca; ou ainda quando os invasores carniceiros dizem "Nós viemos em paz. Não corram" antes de exterminarem os terráqueos. O final é bem criativo e o elenco impressiona pela grande quantidade de astros reunidos. Ótima comédia.
Os Fantasmas Se Divertem
3.9 1,7K Assista AgoraUm roteiro brilhante nas mãos de um diretor acima da média deu ao cinema a deliciosa comédia de humor negro Os Fantasmas se Divertem. Um dos primeiros trabalhos do Tim Burton e dos melhores até hoje. As situações são as mais loucas e cômicas possíveis, a direção de arte dá um show e o elenco cheio de atuações inspiradas. Alec Baldwin e Geena Davis, como o casal de fantasmas que custa a se perceber morto e passa por situações ridículas e hilariantes para expulsar os vivos, novos moradores da casa. Esses moradores tem uma filha gótica, feita pela ótima Winona Ryder, uma personagem encantadora, que numa cena, comparece à mesa vestida como uma noiva dos mortos, com seu vestido todo fechado, absolutamente preto, com um enorme chapéu na cabeça. Ma quem rouba a cena é mesmo Michael Keaton Beetlejuice (Besourosuco), um fantasma mau caráter que fará de tudo para voltar aos mundos dos vivos. A cena da dança no jantar com a música do Harry Belafonte "O-Day Banana" é antológica. Marcou época.
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
4.2 2,2K Assista AgoraUm filme mais leve do Tim Burton, com visual bonito e um ótimo elenco.
O Planeta dos Macacos
4.0 681 Assista AgoraUm dos maiores clássicos da ficção científica, este filme causou grande impacto na época do seu lançamento (1968), tanto pela originalidade da história quanto pelos seus personagens, macacos na maioria, com um belo trabalho de maquiagem. Charlton Heston ótimo como sempre, como um astronauta, que num mundo hostil (não tanto quanto o seu), só quer sua liberdade e voltar para seu lar. Quanto finalmente volta, num dos finais mais famosos do cinema, ele não encontra coisa melhor do que aquela de que estava fugindo no outro planeta. A mensagem do filme é bem clara, sobre o mau uso do progresso, em prejuízo da espécie, seja ela qual for.
Planeta dos Macacos
3.0 622 Assista AgoraBoa refilmagem do clássico de 1968, com efeitos especiais e maquiagem excelentes. Mas não supera o original.
Será Que Ele É?
3.4 241 Assista AgoraUma comédia de primeira qualidade, com um roteiro inteligente e atores dando um show; destaque para Joan Cusack, perfeita no papel da noiva à beira de um ataque de nervos. Há boas piadas com Barbra Streisand e outros assuntos relacionados ao universo "gay". A cena do beijo entre Kevin Kline e Tom Selleck gerou muito burburinho. Uma fala interessante, comentando se o professor é gay ou não, diz "Ele é decente demais para não ser gay".
Tarzan
3.8 723 Assista AgoraBom.
Força Aérea Um
3.0 158 Assista AgoraWolfgang Petersen já tinha uma boa bagagem com filmes de ação, e fez deste Força Aérea Um, um ótimo filme. Cenas de ação bem-feitas e um elenco de peso.
Hook - A Volta do Capitão Gancho
3.4 282 Assista AgoraUm dos poucos filmes do Spielberg que não me empolgam. Colocar Robin Willimas (nada contra ele) como Peter é realmente uma maldade com os fãs do personagem (não que eu seja).
A Mulher do Açougueiro
2.9 45 Assista AgoraFilme muito divertido e interessante. Uma Demi Moore atuando leve e descontraída, coisa rara.