Em tempos marcados pelo o ódio e a intolerância, o sentimento de pessimismo sempre tende a sobrepor a esperança. Nesses últimos meses venho me questionando se de fato vale a pena todo esforço físico e mental pelo qual tenho passado para alcançar meus objetivos. A eterna relação conflitante entre nossos sonhos e nossas limitações. O que eu percebo é que a pós-modernidade não nos tirou apenas as utopias, mas também a capacidade de sonhar. Tudo tende a aparecer inatingível, impossível e fracionado, inclusive as coisas mais simples. Perdemos a capacidade empática e tendemos a ficar cada vez mais "blasés" perante nossa realidade. Em um cenário trágico como esse, o filme "Os capacetes brancos" parece tratar de uma fantasia. Um mundo imaginário no qual civis sírios colocam suas vidas em risco para salvar vitimas dos bombardeios lançados pelas grandes potências. Uma realidade paralela na qual as pessoas se preocupam umas com as outras, mesmo com a incerteza pungente do amanhecer. Porém, ao termino do filme, a ficha simplesmente cai. Nessas horas todo esse pessimismo que eu descrevi no inicio simplesmente some, ou melhor, ele é sobreposto por uma esperança que por mais efêmera que seja, se torna essencial para que eu, de alguma forma, possa seguir em frente com meus sonhos, como no poema "A Flor e a Náusea" de Drummond. Por isso, mesmo em tempos líquidos, ainda se é possível sonhar. São os sonhos que nos tornam vivos, sem eles só restam as lamentações. O mal não pertence a nossa natureza, ele é antes de tudo uma imposição, na qual devemos lutar contra
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Os Capacetes Brancos
4.1 144 Assista AgoraEm tempos marcados pelo o ódio e a intolerância, o sentimento de pessimismo sempre tende a sobrepor a esperança. Nesses últimos meses venho me questionando se de fato vale a pena todo esforço físico e mental pelo qual tenho passado para alcançar meus objetivos. A eterna relação conflitante entre nossos sonhos e nossas limitações.
O que eu percebo é que a pós-modernidade não nos tirou apenas as utopias, mas também a capacidade de sonhar. Tudo tende a aparecer inatingível, impossível e fracionado, inclusive as coisas mais simples. Perdemos a capacidade empática e tendemos a ficar cada vez mais "blasés" perante nossa realidade.
Em um cenário trágico como esse, o filme "Os capacetes brancos" parece tratar de uma fantasia. Um mundo imaginário no qual civis sírios colocam suas vidas em risco para salvar vitimas dos bombardeios lançados pelas grandes potências. Uma realidade paralela na qual as pessoas se preocupam umas com as outras, mesmo com a incerteza pungente do amanhecer.
Porém, ao termino do filme, a ficha simplesmente cai. Nessas horas todo esse pessimismo que eu descrevi no inicio simplesmente some, ou melhor, ele é sobreposto por uma esperança que por mais efêmera que seja, se torna essencial para que eu, de alguma forma, possa seguir em frente com meus sonhos, como no poema "A Flor e a Náusea" de Drummond.
Por isso, mesmo em tempos líquidos, ainda se é possível sonhar. São os sonhos que nos tornam vivos, sem eles só restam as lamentações. O mal não pertence a nossa natureza, ele é antes de tudo uma imposição, na qual devemos lutar contra