Vou me unir ao coro: melhor final de série que já vi! A maioria do conteúdo de sci-fi pós-anos 80 tem uma dificuldade grande em criar uma trama tão interessante quanto o mundo que a rodeia. Fringe conseguiu fazer isso durante as cinco temporadas. Dando a medida certa de aflição, interesse e (por que não?) marasmo. A quinta temporada foi um tributo a todos os outros episódios, mas sem dar aquela sensação vazia de materiais que se auto-referenciam.
A volta de elementos, plots e rostos das primeiras temporadas são um presente pra quem acompanhou a série e viveu os problemas dos protagonistas.
O retorno do Michael é algo que aguardei pelas primeiras temporadas com ansiedade, mas depois da 4ª e a confirmação de que a timeline havia sido reescrita, aceitei sem problemas que não ocorreria. O que acabou tornando o envolvimento dele no plano muito mais recompensador. Já o fato do September ser o Donald foi algo bem fácil de prever nos primeiros episódios. Mesmo assim, toda a construção do personagem foi bem feita a ponto de isso não ser incomodo
. Afinal de contas, a série é muito previsivel em muitos aspectos, quando se presta o minimo de atenção. Mas acompanhar o desenrolar entre o que se sabe do presente e o que se sabe do que vem é realmente emocionante!
Quanto ao Walter (do incrivel John Noble), mesmo sem ter torcido por isso, o fato de ter se tornado ciente da linha do tempo original foi uma ótima recompensa por todo o afeto que a série te faz criar pelo personagem. Ainda mais depois de tantas oscilações, mudanças e dramas da personagem. Ele mais do que ninguém merecia!
Cada mudança causada pelos Observers e retomada do time foi satisfatória de acompanhar.
Desde o primeiro episódio Fringe não subestima o telespectador, pelo contrário, nos força na imersão, nos nit-pickings e até nos fazendo compartilhar o estado de espirito dos protagonistas (nem sempre sendo algo bom). O final foi o melhor possivel. Tudo muito bem dosado. Mostrando somente o suficiente para terminarmos o episódio com um sentimento otimista sobre o resto da jornada dos personagens, mesmo tendo "abandonado-os". Valeu a pena pegar a série pra ver. Muito!
Os episódios mais fora da curva merecem destaque, mesmo não tendo gostado de todos. Todos eles tem um contexto maior pra sua existência. Mesmo tendo ficado meio desanimado com o desvio do ultimo (com a história imaginária do Walter) a história ajudou no aprofundamento do personagem, mostrando-nos como a mente quebrada dele funciona e ajudando a entender o modo que ele lidou com o sumiço do Peter.
Como esperado a Season Finale foi genial, apesar de ter sido fácil de prever.
Principalmente o lance do Walternate ser o Secretário da Terra Alternativa. Deu pra prever em pouco tempo após a citação do titulo e os flashbacks do nosso Walter. E, aproveitando o ensejo, John Noble me surpreendeu novamente. Essa temporada foi bem mais intensa pro Walter, com descobertas novas, situações que eram evitadas na primeira temporada (como a luta por tornar-se independente), e o cara mandou benzaço! E quando já parecia ter sido genial, ainda deu tempo de vislumbrar mais com a entrada do Walternate.
Expectativa muito alta pra terceira temporada (já iniciada).
, mas quando o plot principal é apresentado de verdade se torna impossível não querer saber até onde vai. Até os episódios iniciais têm o interesse renovado. Os personagens também ganham muito com essa segunda parte, deixando de ser tão rasos quanto são no começo.
A impressão que dá é que os produtores da série aprenderam com tudo o que veio antes (sendo séries baseadas nos quadrinhos ou não). Ao contrário das que vêem sendo criadas ultimamente, Demolidor já conseguiu mostrar o "tom" da temporada no piloto. Talvez lançar tudo de uma vez contribua pra isso, apesar de não tirar o mérito da série.
Não dá pra comparar a série com Arrow, Agents of SHIELD, Flash ou qualquer coisa do gênero. Não é uma série de TV. Fica claro nas atuações mais realistas dos personagens (exceção a Vincent D'Onofrio/Wilson Fisk, que oscila perturbadoramente; o que é justificado pela construção da personagem). É uma série com construção cinematográfica tanto nos diálogos, quanto nos "ângulos" utilizados.
Nenhum easter-egg dos quadrinhos é gratuito, nem didático demais. Quem consegue pegá-los, ótimo. Pra quem não consegue, não faz diferença. (eu acho que não peguei todos) É um universo completamente novo. E é foda pra caralho.
Pra quem não está acostumado com Doctor Who deve ser uma série bem difícil. Alguns atores são medianos pra ruins, os efeitos especiais são no nível da primeira temporada do Eccleston ou piores...
Mas a trama geral é ótima. A tentativa de aprofundar os personagens e questões humanas em um mundo onde o sobrenatural e o "alien" é comum é muito bem executada. Comecei vendo a temporada na esperança de um crossover com Doctor Who, mas demorou. E honestamente, acho que algo antes teria estragado pelo fato da série ser tão distante do clima de DW.
A maneira como utilizam o Jack também é muito boa. Principalmente por termos a impressão de que conhecemos o personagem melhor que os membros da Torchwood (principalmente quando já se viu todas as aparições dele em Doctor Who). Felizmente, em certo ponto, a série consegue deixar-nos tão perdidos em relação ao Capitão quanto o restante da equipe.
Ótimo inicio de temporada, ótimo desenvolvimento e um season finale desgraçadamente foda. Finalmente gostar dos personagens se tornou algo subjetivo (diferente das temporadas anteriores, onde eramos direcionados graças a quantidade de informação que tinhamos de cada um).
O processo de "humanização" dos Cylons atingiu o ápice com a possibilidade de ver as naves e seus propósitos de perto com o Gaius; que também teve seu papel de protagonista justificado.
Acho que a essa altura tanto a raça humana quanto os Cylons tem motivos suficientes para que torçamos pra eles sem que seja necessário escolher um "símbolo" para cada lado.
Demorei pra começar a ver, mas a primeira temporada já conseguiu o que (pra mim) reformulação recente do personagem nas HQs não: mostrar que o Arqueiro Verde é um personagem interessante apesar do cliché aparente. Amell convence muito como Oliver Queen, tanto quando tenta ser babaca quanto quando mostra a personalidade que o tornava interessante no antigo universo DC. O roteiro ainda prova que não é preciso ser fiel ao original pra ser bom. Todas as referências são muito bem utilizadas, mesmo quando só aparecem pra confundir o espectador - o que torna tudo mais intrigante pra quem conhecia o personagem nos quadrinhos. 10/10
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Fronteiras (5ª Temporada)
4.4 480Vou me unir ao coro: melhor final de série que já vi! A maioria do conteúdo de sci-fi pós-anos 80 tem uma dificuldade grande em criar uma trama tão interessante quanto o mundo que a rodeia. Fringe conseguiu fazer isso durante as cinco temporadas. Dando a medida certa de aflição, interesse e (por que não?) marasmo. A quinta temporada foi um tributo a todos os outros episódios, mas sem dar aquela sensação vazia de materiais que se auto-referenciam.
A volta de elementos, plots e rostos das primeiras temporadas são um presente pra quem acompanhou a série e viveu os problemas dos protagonistas.
O retorno do Michael é algo que aguardei pelas primeiras temporadas com ansiedade, mas depois da 4ª e a confirmação de que a timeline havia sido reescrita, aceitei sem problemas que não ocorreria. O que acabou tornando o envolvimento dele no plano muito mais recompensador.
Já o fato do September ser o Donald foi algo bem fácil de prever nos primeiros episódios. Mesmo assim, toda a construção do personagem foi bem feita a ponto de isso não ser incomodo
Quanto ao Walter (do incrivel John Noble), mesmo sem ter torcido por isso, o fato de ter se tornado ciente da linha do tempo original foi uma ótima recompensa por todo o afeto que a série te faz criar pelo personagem. Ainda mais depois de tantas oscilações, mudanças e dramas da personagem. Ele mais do que ninguém merecia!
A trama toda da ultima temporada foi incrível.
Cada mudança causada pelos Observers e retomada do time foi satisfatória de acompanhar.
O final foi o melhor possivel. Tudo muito bem dosado. Mostrando somente o suficiente para terminarmos o episódio com um sentimento otimista sobre o resto da jornada dos personagens, mesmo tendo "abandonado-os".
Valeu a pena pegar a série pra ver. Muito!
Fronteiras (2ª Temporada)
4.5 218Ótimo temporada! Até os episódios com "freak of the week" pareciam mais coesose encaixados que na primeira.
Os episódios mais fora da curva merecem destaque, mesmo não tendo gostado de todos. Todos eles tem um contexto maior pra sua existência. Mesmo tendo ficado meio desanimado com o desvio do ultimo (com a história imaginária do Walter) a história ajudou no aprofundamento do personagem, mostrando-nos como a mente quebrada dele funciona e ajudando a entender o modo que ele lidou com o sumiço do Peter.
Principalmente o lance do Walternate ser o Secretário da Terra Alternativa. Deu pra prever em pouco tempo após a citação do titulo e os flashbacks do nosso Walter. E, aproveitando o ensejo, John Noble me surpreendeu novamente. Essa temporada foi bem mais intensa pro Walter, com descobertas novas, situações que eram evitadas na primeira temporada (como a luta por tornar-se independente), e o cara mandou benzaço! E quando já parecia ter sido genial, ainda deu tempo de vislumbrar mais com a entrada do Walternate.
Fronteiras (1ª Temporada)
4.4 379 Assista AgoraApesar de ter sido a mais dificil delas, entrou pra minha lista de séries que valeram a pena insistir.
Metade da temporada é bem arrastada
(com o papo todo do padrão e tal)
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraA impressão que dá é que os produtores da série aprenderam com tudo o que veio antes (sendo séries baseadas nos quadrinhos ou não). Ao contrário das que vêem sendo criadas ultimamente, Demolidor já conseguiu mostrar o "tom" da temporada no piloto. Talvez lançar tudo de uma vez contribua pra isso, apesar de não tirar o mérito da série.
Não dá pra comparar a série com Arrow, Agents of SHIELD, Flash ou qualquer coisa do gênero. Não é uma série de TV. Fica claro nas atuações mais realistas dos personagens (exceção a Vincent D'Onofrio/Wilson Fisk, que oscila perturbadoramente; o que é justificado pela construção da personagem). É uma série com construção cinematográfica tanto nos diálogos, quanto nos "ângulos" utilizados.
Nenhum easter-egg dos quadrinhos é gratuito, nem didático demais. Quem consegue pegá-los, ótimo. Pra quem não consegue, não faz diferença. (eu acho que não peguei todos) É um universo completamente novo. E é foda pra caralho.
Torchwood (1ª Temporada)
4.0 25Pra quem não está acostumado com Doctor Who deve ser uma série bem difícil. Alguns atores são medianos pra ruins, os efeitos especiais são no nível da primeira temporada do Eccleston ou piores...
Mas a trama geral é ótima. A tentativa de aprofundar os personagens e questões humanas em um mundo onde o sobrenatural e o "alien" é comum é muito bem executada. Comecei vendo a temporada na esperança de um crossover com Doctor Who, mas demorou. E honestamente, acho que algo antes teria estragado pelo fato da série ser tão distante do clima de DW.
A maneira como utilizam o Jack também é muito boa. Principalmente por termos a impressão de que conhecemos o personagem melhor que os membros da Torchwood (principalmente quando já se viu todas as aparições dele em Doctor Who). Felizmente, em certo ponto, a série consegue deixar-nos tão perdidos em relação ao Capitão quanto o restante da equipe.
Battlestar Galactica (3ª Temporada)
4.4 21Ótimo inicio de temporada, ótimo desenvolvimento e um season finale desgraçadamente foda.
Finalmente gostar dos personagens se tornou algo subjetivo (diferente das temporadas anteriores, onde eramos direcionados graças a quantidade de informação que tinhamos de cada um).
O processo de "humanização" dos Cylons atingiu o ápice com a possibilidade de ver as naves e seus propósitos de perto com o Gaius; que também teve seu papel de protagonista justificado.
Arqueiro (1ª Temporada)
4.1 897 Assista AgoraDemorei pra começar a ver, mas a primeira temporada já conseguiu o que (pra mim) reformulação recente do personagem nas HQs não: mostrar que o Arqueiro Verde é um personagem interessante apesar do cliché aparente. Amell convence muito como Oliver Queen, tanto quando tenta ser babaca quanto quando mostra a personalidade que o tornava interessante no antigo universo DC. O roteiro ainda prova que não é preciso ser fiel ao original pra ser bom. Todas as referências são muito bem utilizadas, mesmo quando só aparecem pra confundir o espectador - o que torna tudo mais intrigante pra quem conhecia o personagem nos quadrinhos. 10/10