"Quando trabalhei no estúdio Pathé-Astra, em New Jersey, meu patrões franceses sempre diziam o nome dela. Eles a respeitavam, mas também se ressentiam que uma mulher fizesse sucesso como escritora, diretora e produtora. Fui enviando aos estúdios Solax da sra. Blaché. Alto, em uma das paredes com letras de 60cm, estava seu lema: "Be Natural", o letreiro era incrível para aqueles tempos. onde a direção comum para atores era "posar para fotos", seu letreiro fez-me ver que filmes não precisavam ser falsos, e nem eu. Ainda agradeço pelo letreiro da sra. Blaché."
Um dos grande episódios experimentais da série (que já trouxe desde sitcom ao ilusório plano-sequência do intenso quinto episódio da temporada anterior), escrito como se fosse uma peça teatral, com a cenografia centrada em dois cômodos, aqui traçamos a trajetória de origem Mr. Robot através dos traumas psicológicos do Elliot até a epifania, lembrou-me um pouco de In Treatment. Ainda não o considero o melhor da série, perdendo apenas quarto episódio dessa temporada e, principalmente, para o quinto da anterior, mas não deixa de ser uma obra-prima.
O excelente heist movie mineiro compassa perfeitamente com duas outras obras recentes do subgênero, "Dragged Across Concrete" e "As Viúvas", que, igualmente, trazem dramas tangíveis, servindo como gatilhos para impulsionar as deliberações ambíguas dos anti-heróis. Confesso que eu tomaria uma decisão mais cruel no ato final, apesar da divergência decisória que tenho com os diretores-roteiristas, em nada o último segmento do filme atrapalha a obra, pelo contrário, é o melhor, compensando o primeiro ato ainda obscuro, com subtramas questionáveis e o segundo que, apesar de introduzir-nos ao enredo principal da obra, ainda é afetado pelos desfechos do bloco inicial. O elenco é ótimo, a Grace Passô, apesar de não possuir tanto tempo em cena, é o grande destaque, seguida pela Kelly Crifer e Leo Pyrata. Ainda temos uma agradável e simpática Barbara Colen e uma surpreendente Mc Carol.
O filme do excepcional Lee Chang-dong faz a protagonista transitar entre as quatro tradicionais formas de amor diluídas em traumas, a competência da Jeon Do-yeon traz certamente uma das grandes atuações femininas da história do cinema - lembrou-me as personagens do oscarizado Ida, porém, concentradas em apenas uma atriz. Trata-se de uma performance enriçada na angústia de uma mulher traumatizada por subsequentes tragédias, mas que encontra evasão no ágape divino até ter que lidar com obstáculos e dilemas como o perdão e a impotência na nupérrima Miryang, a cidade-titulo igualmente marcada por traumas. Excelente obra.
A música tocada pelo violonista no restaurante e repetida pelo personagem Pippo Calò: "Lasciatemi cantare Perché ne sono fiero Sono un siciliano Un siciliano vero"
É uma versão modificada do clássica L'italiano, cujo a letra original - Sono un italiano/Un italiano vero - exalta o cidadão e principalmente a nação italiana. Para você que teve um insight, mas não lembra de onde escutou algo parecido, talvez tenha sido a versão do José Augusto, posteriormente necrosada por Gean e Giovani e Eduardo Costa.
Hei de elogiar o filme do Bellocchio e seu exemplar equilíbrio alentoso entre um drama policial e jurídico, além de seus flertes bem-sucedidos com o familiar. Para quem gosta de outras perspectivas, pode conferir a minissérie "Il capo Dei Capi", sobre o Toto Riina, Coisas da Cosa Nostra, livro de entrevistas com o Falcone, Il Divo, do ótimo Paolo Sorrentino sobre o Andreotti, além do exemplar escrito pelo jornalista brasileiro Leandro Demori, "Cosa Nostra No Brasil", sobre o próprio Tommaso.
"Please! You want to know how Sedan was taken?" "How?" "This is Sedan! The weak point between the big Maginot Line and the little Maginot Line. Now, a flank of the German army swung around, through The Netherlands and Belgium. Then, a panzer division smacked right through here..."
Em uma narrativa faulkniana, o drama criminal se debruça sobre a avareza intercalando três arcos primordiais - e alguns subplots imprescritíveis - que giram em torno de um policial e sua esposa com dificuldades em financiar um apartamento, a funcionária de um banco que apresenta desempenho insatisfatórios e um gângster (em uma abordagem bem mais cômica que a tradicional) vendo sua tríade passar por dificuldades financeiras enquanto é sufocada pelas batidas policiais. Com o enredo envolto na crise dos PIIGS e na ainda frágil ascensão dos BRIC, vemos o mercado financeiro e os desdobramentos da Crise de 2008 como temas centrais. A obra oferece o necessário para que o espectador compreenda o básico do sistema, vinculado instruções e reportagens de maneira didática e semidocumental, com a edição trazendo uma organicidade invejável, superior a de filmes como A Grande Aposta e Wall Street, mesmo quando abandona a linearidade. Johnnie To é sem dúvidas o mais regular dentre os lendários cineastas de Hong Kong, apesar de, infelizmente, Life Without Principle não estar entre suas obras mais conhecidas, é certamente uma dos mais formidáveis.
Um dos grandes filmes de máfia desta década, sucessor bem-sucedido dos já consagrados Conflitos Internos (que ganharia a refilmagem oscarizada 'Os Infiltrados', conduzida de maneira soberba pelo mestre Scorsese) e Eleição, suntuoso filme de Johnnie To, responsável por uma sequência ainda mais formidável.
"New World" beira a perfeição, só não receberá cinco estrelas por causa dos epílogos pastosos, tornado-o desnecessariamente prolixo.
O irmão mais velho e menos famoso de Luzes da Cidade, trata-se de uma boa estreia do grandioso Frank Capra, possui alguns erros de continuidade perceptíveis e gags inconsistentes. Agradável.
A bela técnica envidraçada de animação realizada pelo Petrov é um dos estilos artesanais mais satisfatórios que nossas retinas podem capturar. Esteticamente, trata-se de uma animação impecável. Porém, como uma adaptação do conto dostoievskiano, deixa a desejar no lirismo imiscuído em capítulos que o diretor optou por excluir: o gotejar nos olhos do protagonista, o resgate e sua trajetória, sendo guiado pelo ser desconhecido até o Éden intergalático. Ainda assim carrega a essência do conto.
Com exceção dos dois primeiros episódios, que não chegam a ser desastrosos, a quarta temporada vem se reencontrando com aquele poder dramático que fez a série ser aclamada. Claro que ainda tenho algumas críticas, especialmente aos personagens secundários, mas a verticalidade desta quarta temporada abre a possibilidade para que tragam uma quinta ainda melhor.:
Vic é insuportável, ninguém se importa se o mesmo irá morrer.A apatia de seus país reflete o mesmo desinteresse dos espectadores. Ben é o retrato de um personagem com um interprete mal escalado, além do desenvolvimento pífio.
Os coadjuvantes ficam ainda mais apagados se compararmos aos da primeira temporada: começando por Helen e Cole, que eram meros coadjuvantes no início, ganharam núcleos independentes na segunda temporada. Subcoadjuvantes como Scotty, Nina, Max, até o sorrateiro Oscar. Os filhos do casal Solloway e os país da Helen, todos muito melhores que os citados acima. Arrisco dizer que houve um corte de orçamento após a fraca terceira temporada.
O talento enérgico de Sion Sono conduz as quase quatro horas com involuta presteza. A montagem é extramente ágil, a câmera na mão em diversos planos abertos engrandecem as cenas em momentos singulares, sendo algumas sequências memoráveis: a condução crescente da narrativa, muito bem acompanhada por 'Boléro', que culmina na junção dos arcos simultâneos e uma apresentação magnífica dos personagens - lembrou-me Cidade de Deus. Um excelente monólogo da Yoko na praia com acompanhamento da maravilhosa 'Sinfonia nº 7'.
Porém, o conjunto da obra irá depender do quão você gosta do estilo autoral do diretor acrescido aos subgêneros ex e o sexplotation. O gore, da mesma gênese tarantinesca, está presente, sendo extramente divertido. Já o conteúdo profano, cercado por alegorias que desafiam as convenções bíblicas tradicionais, responsável pela impulsão narrativa, cai em uma perversão voyeurística descartável em dramas tradicionais. Seu uso extenuante conseguiu saturar-se e perder todo o impacto precocemente.
O quinto episódio é excelente, como eu havia dito, o arco dramático do Cole é a alma desta quinta temporada: é melancólico, triste, salutar. Vem acompanhando por elementos que engrandecem a narrativa, como diálogos azos e envolventes, que comovem o espectador a cada desfecho, uma boa música. Um enredo de autoconhecimento quando bem explorado tem o poder de transpassar essa mesma busca para o espectador. Marcante.
E pensar que uma das minhas músicas prediletas, Sarabande, ganhou uma representação audiovisual digna de sua grandeza, estando presente, em diversas tonalidades, como tema principal desta obra-prima feita por aquele que é possivelmente o maior diretor estadunidense de todos os tempos.
Algumas conveniências narrativas, a mais incômoda foi o heroísmo do provável novo romance da Alison, além do personagem ser antipático, ainda possui um arco implícito envolvendo alcoolismo, onde o comportamento celibatário telegrafado é um atenuante.
É caríssimo notar que os principais núcleos do enredo ainda funcionam. Cole foi o personagem que mais evoluiu, até o momento possui o melhor desempenho da temporada, seu ponto de vista é o suscetível a embargos dramáticos e suas respostas são extremamente palpáveis. Seu drama com Luisa traz os bons momentos da série com o trio Noah, Alison e Helen, que ainda contribuem para a evolução dramática da série, com exceção da personagem da Ruth Wilson que parece não ter sido escrita para um desenvolvimento heterônomo, ela é sempre dependente, às vezes dá uma sensação de desgaste - por parte dos autores - na finalização da protagonista. Mas a série vem melhorando, após os dois primeiros episódios contestáveis.
O preço da espetacular segunda temporada, que espremeu e maximizou o potencial dramático de forma acentuado, foi o distanciamento do Hagai Levi e o impasse (a popular 'sinuca de bico') deixada para a terceiro ano de show, onde a resolução não foi a mais satisfatória, apesar dos ótimos momentos amparados pelo talento da Sarah Treem.
É quase um predecessor de John Wick, paralelamente também se relaciona com os clássicos poliziotteschi do cinema italiano pela influência neo-noir, o enredo envolvendo o submundo da máfia, personagens subalternos com protagonismo e o retrato da violência urbana que se concentra nos arredores das grandes metrópoles.
Já a montagem é deveras abrupta e desconexa, criando uma confusão desnecessária no espectador.
Um Herói 100 Rivais
3.5 1 Assista Agora"Por trás de toda história fascinante, há decisões muito ruins".
Utopia (US) (1ª Temporada)
3.4 99 Assista AgoraTava na expectativa e o trailer me trouxe desesperança, parece que transformaram a obra-prima inglesa numa série adolescente.
Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do …
4.3 15"Quando trabalhei no estúdio Pathé-Astra, em New Jersey, meu patrões franceses sempre diziam o nome dela. Eles a respeitavam, mas também se ressentiam que uma mulher fizesse sucesso como escritora, diretora e produtora.
Fui enviando aos estúdios Solax da sra. Blaché. Alto, em uma das paredes com letras de 60cm, estava seu lema: "Be Natural", o letreiro era incrível para aqueles tempos. onde a direção comum para atores era "posar para fotos", seu letreiro fez-me ver que filmes não precisavam ser falsos, e nem eu. Ainda agradeço pelo letreiro da sra. Blaché."
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 369Um dos grande episódios experimentais da série (que já trouxe desde sitcom ao ilusório plano-sequência do intenso quinto episódio da temporada anterior), escrito como se fosse uma peça teatral, com a cenografia centrada em dois cômodos, aqui traçamos a trajetória de origem Mr. Robot através dos traumas psicológicos do Elliot até a epifania, lembrou-me um pouco de In Treatment.
Ainda não o considero o melhor da série, perdendo apenas quarto episódio dessa temporada e, principalmente, para o quinto da anterior, mas não deixa de ser uma obra-prima.
Notem que faca que matou a Shayla foi usada para matar o Vera, uma perfeita "arma de Chekhov".
Ainda estou curiosos para saber quem é a terceira personalidade do Elliot.
No Coração do Mundo
3.9 62 Assista AgoraO excelente heist movie mineiro compassa perfeitamente com duas outras obras recentes do subgênero, "Dragged Across Concrete" e "As Viúvas", que, igualmente, trazem dramas tangíveis, servindo como gatilhos para impulsionar as deliberações ambíguas dos anti-heróis.
Confesso que eu tomaria uma decisão mais cruel no ato final, apesar da divergência decisória que tenho com os diretores-roteiristas, em nada o último segmento do filme atrapalha a obra, pelo contrário, é o melhor, compensando o primeiro ato ainda obscuro, com subtramas questionáveis e o segundo que, apesar de introduzir-nos ao enredo principal da obra, ainda é afetado pelos desfechos do bloco inicial.
O elenco é ótimo, a Grace Passô, apesar de não possuir tanto tempo em cena, é o grande destaque, seguida pela Kelly Crifer e Leo Pyrata. Ainda temos uma agradável e simpática Barbara Colen e uma surpreendente Mc Carol.
Ótimo filme!
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 369Elliot conseguiu cinco estrelas no GTA
Sol Secreto
4.0 30O filme do excepcional Lee Chang-dong faz a protagonista transitar entre as quatro tradicionais formas de amor diluídas em traumas, a competência da Jeon Do-yeon traz certamente uma das grandes atuações femininas da história do cinema - lembrou-me as personagens do oscarizado Ida, porém, concentradas em apenas uma atriz. Trata-se de uma performance enriçada na angústia de uma mulher traumatizada por subsequentes tragédias, mas que encontra evasão no ágape divino até ter que lidar com obstáculos e dilemas como o perdão e a impotência na nupérrima Miryang, a cidade-titulo igualmente marcada por traumas.
Excelente obra.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraBirdman - A Guerra
O Traidor
3.5 27 Assista AgoraPara quem gosta de referências e curiosidades musicais:
A música tocada pelo violonista no restaurante e repetida pelo personagem Pippo Calò:
"Lasciatemi cantare
Perché ne sono fiero
Sono un siciliano
Un siciliano vero"
É uma versão modificada do clássica L'italiano, cujo a letra original - Sono un italiano/Un italiano vero - exalta o cidadão e principalmente a nação italiana. Para você que teve um insight, mas não lembra de onde escutou algo parecido, talvez tenha sido a versão do José Augusto, posteriormente necrosada por Gean e Giovani e Eduardo Costa.
Hei de elogiar o filme do Bellocchio e seu exemplar equilíbrio alentoso entre um drama policial e jurídico, além de seus flertes bem-sucedidos com o familiar.
Para quem gosta de outras perspectivas, pode conferir a minissérie "Il capo Dei Capi", sobre o Toto Riina, Coisas da Cosa Nostra, livro de entrevistas com o Falcone, Il Divo, do ótimo Paolo Sorrentino sobre o Andreotti, além do exemplar escrito pelo jornalista brasileiro Leandro Demori, "Cosa Nostra No Brasil", sobre o próprio Tommaso.
A Incrível Suzana
4.2 33"Please! You want to know how Sedan was taken?"
"How?"
"This is Sedan! The weak point between the big Maginot Line and the little Maginot Line. Now, a flank of the German army swung around, through The Netherlands and Belgium. Then, a panzer division smacked right through here..."
A Pequena Cidade
3.7 8Aqui temos o embrião do que se tornaria 'A Árvore dos Frutos Selvagens'.
Life Without Principle
3.4 3 Assista AgoraEm uma narrativa faulkniana, o drama criminal se debruça sobre a avareza intercalando três arcos primordiais - e alguns subplots imprescritíveis - que giram em torno de um policial e sua esposa com dificuldades em financiar um apartamento, a funcionária de um banco que apresenta desempenho insatisfatórios e um gângster (em uma abordagem bem mais cômica que a tradicional) vendo sua tríade passar por dificuldades financeiras enquanto é sufocada pelas batidas policiais.
Com o enredo envolto na crise dos PIIGS e na ainda frágil ascensão dos BRIC, vemos o mercado financeiro e os desdobramentos da Crise de 2008 como temas centrais. A obra oferece o necessário para que o espectador compreenda o básico do sistema, vinculado instruções e reportagens de maneira didática e semidocumental, com a edição trazendo uma organicidade invejável, superior a de filmes como A Grande Aposta e Wall Street, mesmo quando abandona a linearidade.
Johnnie To é sem dúvidas o mais regular dentre os lendários cineastas de Hong Kong, apesar de, infelizmente, Life Without Principle não estar entre suas obras mais conhecidas, é certamente uma dos mais formidáveis.
Nova Ordem
4.0 57Um dos grandes filmes de máfia desta década, sucessor bem-sucedido dos já consagrados Conflitos Internos (que ganharia a refilmagem oscarizada 'Os Infiltrados', conduzida de maneira soberba pelo mestre Scorsese) e Eleição, suntuoso filme de Johnnie To, responsável por uma sequência ainda mais formidável.
"New World" beira a perfeição, só não receberá cinco estrelas por causa dos epílogos pastosos, tornado-o desnecessariamente prolixo.
O Homem Forte
3.3 7 Assista AgoraO irmão mais velho e menos famoso de Luzes da Cidade, trata-se de uma boa estreia do grandioso Frank Capra, possui alguns erros de continuidade perceptíveis e gags inconsistentes. Agradável.
O Sonho de um Homem Ridículo
4.5 140A bela técnica envidraçada de animação realizada pelo Petrov é um dos estilos artesanais mais satisfatórios que nossas retinas podem capturar. Esteticamente, trata-se de uma animação impecável.
Porém, como uma adaptação do conto dostoievskiano, deixa a desejar no lirismo imiscuído em capítulos que o diretor optou por excluir: o gotejar nos olhos do protagonista, o resgate e sua trajetória, sendo guiado pelo ser desconhecido até o Éden intergalático.
Ainda assim carrega a essência do conto.
Noite de Estréia
4.4 52Birdwoman
The Affair: Infidelidade (4ª Temporada)
4.2 83 Assista AgoraCom exceção dos dois primeiros episódios, que não chegam a ser desastrosos, a quarta temporada vem se reencontrando com aquele poder dramático que fez a série ser aclamada. Claro que ainda tenho algumas críticas, especialmente aos personagens secundários, mas a verticalidade desta quarta temporada abre a possibilidade para que tragam uma quinta ainda melhor.:
Vic é insuportável, ninguém se importa se o mesmo irá morrer.A apatia de seus país reflete o mesmo desinteresse dos espectadores.
Ben é o retrato de um personagem com um interprete mal escalado, além do desenvolvimento pífio.
Os coadjuvantes ficam ainda mais apagados se compararmos aos da primeira temporada: começando por Helen e Cole, que eram meros coadjuvantes no início, ganharam núcleos independentes na segunda temporada.
Subcoadjuvantes como Scotty, Nina, Max, até o sorrateiro Oscar. Os filhos do casal Solloway e os país da Helen, todos muito melhores que os citados acima. Arrisco dizer que houve um corte de orçamento após a fraca terceira temporada.
A Excêntrica Família de Antonia
4.3 360Por vários momentos acreditei que estivesse assistindo a Six Feet Under com retoques de Cem Anos de Solidão.
Love Exposure
4.2 93O talento enérgico de Sion Sono conduz as quase quatro horas com involuta presteza. A montagem é extramente ágil, a câmera na mão em diversos planos abertos engrandecem as cenas em momentos singulares, sendo algumas sequências memoráveis: a condução crescente da narrativa, muito bem acompanhada por 'Boléro', que culmina na junção dos arcos simultâneos e uma apresentação magnífica dos personagens - lembrou-me Cidade de Deus. Um excelente monólogo da Yoko na praia com acompanhamento da maravilhosa 'Sinfonia nº 7'.
Porém, o conjunto da obra irá depender do quão você gosta do estilo autoral do diretor acrescido aos subgêneros ex e o sexplotation. O gore, da mesma gênese tarantinesca, está presente, sendo extramente divertido. Já o conteúdo profano, cercado por alegorias que desafiam as convenções bíblicas tradicionais, responsável pela impulsão narrativa, cai em uma perversão voyeurística descartável em dramas tradicionais. Seu uso extenuante conseguiu saturar-se e perder todo o impacto precocemente.
The Affair: Infidelidade (4ª Temporada)
4.2 83 Assista AgoraO quinto episódio é excelente, como eu havia dito, o arco dramático do Cole é a alma desta quinta temporada: é melancólico, triste, salutar. Vem acompanhando por elementos que engrandecem a narrativa, como diálogos azos e envolventes, que comovem o espectador a cada desfecho, uma boa música.
Um enredo de autoconhecimento quando bem explorado tem o poder de transpassar essa mesma busca para o espectador. Marcante.
Barry Lyndon
4.2 401 Assista AgoraE pensar que uma das minhas músicas prediletas, Sarabande, ganhou uma representação audiovisual digna de sua grandeza, estando presente, em diversas tonalidades, como tema principal desta obra-prima feita por aquele que é possivelmente o maior diretor estadunidense de todos os tempos.
The Affair: Infidelidade (4ª Temporada)
4.2 83 Assista AgoraJá começou com metáforas fantasiosas, foi o que que afundou Here and Now recentemente:
Tais terremotos imagéticos me recordaram de Short Cuts, não é o melhor dos artifícios dramáticos.
Algumas conveniências narrativas, a mais incômoda foi o heroísmo do provável novo romance da Alison, além do personagem ser antipático, ainda possui um arco implícito envolvendo alcoolismo, onde o comportamento celibatário telegrafado é um atenuante.
É caríssimo notar que os principais núcleos do enredo ainda funcionam. Cole foi o personagem que mais evoluiu, até o momento possui o melhor desempenho da temporada, seu ponto de vista é o suscetível a embargos dramáticos e suas respostas são extremamente palpáveis. Seu drama com Luisa traz os bons momentos da série com o trio Noah, Alison e Helen, que ainda contribuem para a evolução dramática da série, com exceção da personagem da Ruth Wilson que parece não ter sido escrita para um desenvolvimento heterônomo, ela é sempre dependente, às vezes dá uma sensação de desgaste - por parte dos autores - na finalização da protagonista.
Mas a série vem melhorando, após os dois primeiros episódios contestáveis.
The Affair: Infidelidade (4ª Temporada)
4.2 83 Assista AgoraO preço da espetacular segunda temporada, que espremeu e maximizou o potencial dramático de forma acentuado, foi o distanciamento do Hagai Levi e o impasse (a popular 'sinuca de bico') deixada para a terceiro ano de show, onde a resolução não foi a mais satisfatória, apesar dos ótimos momentos amparados pelo talento da Sarah Treem.
Vejamos o que a quarta tem a oferecer.
Tóquio Violenta
3.7 29É quase um predecessor de John Wick, paralelamente também se relaciona com os clássicos poliziotteschi do cinema italiano pela influência neo-noir, o enredo envolvendo o submundo da máfia, personagens subalternos com protagonismo e o retrato da violência urbana que se concentra nos arredores das grandes metrópoles.
Já a montagem é deveras abrupta e desconexa, criando uma confusão desnecessária no espectador.