Um filme que, mesmo com a sempre fascinante assinatura de Spielberg na direção e com texto dos sempre surpreendentes Irmãos Coen, consegue grande parte de seus méritos a partir das atuações impecáveis de Tom Hanks e Mark Rylance. A sintonia dos dois, tanto quando dividem a mesma cena quanto quando estão há um oceano de distância, foi a grande responsável por me prender em frente à tela durante os quase 150 minutos de filme.
Pelo ritmo arrastado e pelo duração desnecessariamente longa (opinião aqui deveras subjetiva), minha nota, de 0 a 10, seria 6. No entanto, pelas impecáveis atuações da dupla protagonista, de 0 a 10, daria um 10. Diante do impasse, fiquemos com a média:
Um filme inundado de referências aos gigantes do cinema. Terry Gillian, assim como costuma fazer Quentin Tarantino, faz um filme de cinéfilo para cinéfilo.
Desde a caracterização do personagem Jeffrey Goines (Brad Pitt) que tem um "quê" de Alex de Laranja Mecânica, de Kubrick; passando pelo tango de O Cão Andaluz, de Buñuel e Dali, ditando o ritmo frenético das mentes "insanas" dos personagens; até a reprodução de trechos de Um Corpo que Cai, de Hitchcock, que serve no filme de Gillian como uma espécie de relógio dos saltos de tempo da trama.
Enfim, um Brad Pitt e um Bruce Willis em atuações perfeitas, um roteiro, apesar de confuso, muito bem amarrado em seu final resulta em obra que dificilmente será esquecida por aquele que a assistiu.
Primeiramente, eu digo: ASSISTA! Não há motivo nenhum para o filme não ser visto, pois se você não gosta de filme de suspense/mistério, vale pelo tom romântico de histórias de amor à primeira vista; se não gosta de romance, vale pelo tom psicológico. Enfim, independente do estilo de filme que você aprecie, o filme tem grandes chances de te prender do início ao fim.
Em seguida, eu digo que discordo (quase que enfurecidamente) de todos esses comentários falando que o filme é superestimado, e faço isso por um único motivo: dentro tudo que vi até (não vi tantos, mas vi muitos dos filmes bem considerados pela crítica), não consigo referência de um filme mais bem dirigido que esse. Cada frame do filme é meticulosamente bem colocado. A cadência dos cortes, harmonizada com a excelente trilha sonora (e as vezes contrastada - como nas cenas em que, mesmo os personagens estando aparentemente serenos ou tendo uma conversa "normal", a música sonora começa a ficar mais intensa e o volume vai aumentando, prenunciando determinados acontecimentos), torna o filme algo genuinamente belo.
Por fim, exalto o enredo, sobretudo no que se refere ao fantástico plot twist que ocorre nos 30 minutos finais do filme e a forma como, a partir dessa virada, o filme se torna uma "aula" de psicologia/psicanálise, apresentando seus personagens completamente em crise. Tal aspecto se torna ainda mais interessantes se notarmos o contraste entre
Filme muito bom. Gosto da forma como o roteiro é introduzido e organizado (com um narrador contando a história em primeira pessoa). Mas, definitivamente, a trilha sonora é o que o filme tem de melhor: só música foda!
*A primeira temporada é visualmente uma das melhores produções cinematográficas que já vi. Já essa segunda temporada, mantendo a perfeição visual, leva o enredo a um nível tão positivamente surpreendente que eu não consigo comparar as seasons e dizer que uma é melhor que a outra. Esperando muito da Season 3 (que verei em breve).
*Existem dois momentos na temporada que nos deixam com a sensação que estamos assistindo outra coisa (não Lost). Exatamente a primeira cena do primeiro episódio (Desmond iniciando mais um belo dia em sua bela casa, escrevendo e-mails, malhando, tomando vacina, ao som de uma música animada) e a última cena do último episódio (os marinheiros do polo sul, jogando damas e falando um português bem vagabundo).
Adianto que é um filme fantástico, muito devido ao enredo (adaptado do livro de Larsson). Mas só vou me aprofundar em uma análise quando vir a versão do David Fincher. Quis ver o sueco primeiro, mas, como um bom fã de praticamente tudo que já vi do Fincher, estou ansioso porque presumo que vem uma pancada por aí...
De maneira geral, não consigo dizer que é um filme bom. Peca pelos clichês e pelo excesso de cenas de "suspense" que não levam a nada (são tantas que não vou nem me dar ao trabalho de citá-las, quem assistiu sabe do que eu estou falando).
Em relação ao enredo, todas as cenas que retratam a doença sexual do protagonista são, de alguma forma, justificadas dentro da trama, bem diluídas contextualmente falando, mas nos últimos 15 minutos, o plot se apressa e são colocadas cenas descontextualizadas do resto da história, como, por exemplo
. Incluo nesse mesmo lugar as cenas finais do filme.
E, por último, não sei se essa coisa de colocar uma trilha dramática (de sofrimento) nas cenas de sexo cumpriu a função que o cineasta queria não. Ficou bem desagradável, inclusive.
O único ponto positivo que ressalto é o trabalho de edição que realmente ficou muito bom.
# Como é gostoso ver uma narrativa com um ritmo tão bem cadenciado: você vai vendo, vai vendo, vai vendo e vai vendo, e sem se dá conta, percebe que está na última cena do filme.
# Transamerica (gostei pacaraio desse trocadilho) é um filme para ser, antes de tudo, sentido. A obra funciona a partir do momento em que o expectador vai estabelecendo uma empatia crônica com a personagem protagonista.
# A superposição dos dramas vividos por Bree é algo que (apesar de ocorrer de forma sutil, natural, seria melhor dizer) dá ao filma uma macrodimensão dramática que nos impossibilita de reduzir o filme aos rótulos estereotipados que filme de temáticas semelhantes comumente recebem. Começa como a história de uma transexual que tenta de tudo para conseguir a autorização para realizar a cirurgia plástica de mudança de sexo, mas ainda no primeira terça parte do filme, torna-se o drama de um(a) pai/mãe que descobre que tem um filho de 17 anos. A partir daí, temos a história de como esse pai/mãe e esse filho descobriram o quanto amavam um ao outro e o quanto um precisava do outro para estabelecer as TRANSformações inerentes as suas vidas. Tudo isso enquanto fazia uma travessia transamericana (ou seja, cortando os EUA de Nova Iorque à Califórnia. O que estou querendo dizer, na verdade, é que, no final, eu percebi que o filma falava de transformações muito mais profundas do que uma "simples" mudança de sexo.
# Acho justo mencionar que, depois de ver Transamerica, considero que Felicity Huffman foi vítima de uma das maiores injustiças do Oscar de todos os tempos. Nada contra a Whiterspoon, mas não se compara as atuações, né?
Um filme recheado de clichês. Essa é uma das frases mais recorrentes quando lemos/ouvimos comentários de leigos e de críticos sobre Breakfast at Tiffany's (o título em português "Bonequinha de Luxo" castra todo a maestria da cena inicial do filme). No entanto, é fácil para alguém situado em mais de meio século depois de seu lançamento dizer que o filme traz clichês.
Eu diria que este é um filme que INFLUENCIOU toda uma geração da história do cinema mundial (sobretudo americano). Qual o gênero mais "vendido" dos últimos 15, 20, 25 anos no cinema hollywoodiano? Sem utilizar nenhum número ou estatística, o meu olhar leigo, baseado no senso comum, diria que a comédia romântica (com finais felizes). Isso se deixarmos no plano da generalização, mas se focarmos na especificidade temática, essa bonequinha de luxo cedeu pedaços de sua atuação para todas as "moças pobres que almejavam subir (ou que subiram) na vida de qualquer forma (ou de formas inesperadas)" do cinema que o sucedeu. Ou só eu vejo pedacinhos de Holly Golightly em Vivian Ward (Pretty Woman), em Marisa Ventura (Maid in Manhattan), em Ali Rose (Burlesque) e em tantas outras bonequinhas de luxo (ou sem luxo)? Acho que não, né?
Outro ponto que merece (e muito) ser citado (ovacionado, idolatrado, eu diria) fica por conta do assunto Música. A perfeição da trilha sonora e a belíssima canção Moon River, merecidamente premiadas com os Oscars de suas respectivas categorias, são fatores que te arrebatam: a trilha, já na cena inicial do filme; e a música, na cena que parece ser a consolidação do amor de Paul por Holly.
Enfim, filme super recomendado. De 0 a 10, minha nota é 10.
Começo a falar de Sense 8 (Sensate, SenseEight) com a reprodução de uma reação: "Puta que pariu, sério que Hernando é o Miguel da Novela/Banda Rebelde (RBD)?. Enfim, é isso!
Passada a indignação com a constatação acima, vamos ao que importa de verdade. Estou vendo aqui no Filmow que a maioria das críticas gira em torno da "lentidão" dos episódios iniciais da séria. Na verdade, é possível até dizer (eu disse isso quando terminei de ver a temporada) que toda a Season é apenas uma apresentação superficial de enredo que provavelmente (se confirmarem temporadas futuras) será muito mais aprofundado. Essa "lentidão", criticada por muitos aqui, é responsável, em minha percepção, por toda a beleza da série. São poucas as obras cinematográficas que eu considero visivelmente belas (gostosas, prazerosas, agradáveis de se ver), Sense 8 traz seres humanos lindos em seu elenco (e eu tô falando aqui de beleza física mesmo, daquilo que agrada aos olhos), traz paisagens externas e ambientes internos muito lindos também (o que dizer da casa de Lito? e das montanhas da Finlândia?). Fora essas questão de ritmo e de beleza da série, eu diria também que os perfis, de certa forma, estereotipados das personagens (outro motivo usado pelos que criticam negativamente a série) é responsável por mostrar os dilemas existenciais por traz desses "estereótipos", algo que me interessa muito em obras de arte.
Fato é que quem opta por vencer a "lentidão" dos episódios iniciais e se deixa levar pelos finais de episódios que te obrigam a dar play no seguinte, vai perceber que a série, que já é bem boa nos episódios iniciais, melhora muuuuito nos 5 últimos episódios. Enfim, uma junção perfeita da poesia visual dos Irmãos Wachowski (da Trilogia Matrix) com o força narrativa de Straczynski (de Babylon 5) e com toda a volúpia dos roteiros de Tom Tykwer (de Perfume).
DIVAGAÇÕES: - Alguém que consiga fazer o Capheus parar de sorrir... - Alguém que consiga fazer a Sun sorrir... - Alguém que possa apresentar uma invenção chamada roupa para o Wolfgang... - Alguém que me explique a cara que a Daniela sempre faz ao ver Lito e Hernando transando... - Alguém que ensine a Kala a dar um pé na bunda no Rajan... - Alguém que tire a música do episódio 4 (What's going on?) da minha cabeça...
Um filme em que os silêncios das personagens expressam muito mais sobre eles do que suas falas. Os "diálogos" de olhares e gestos, de expressões faciais. Um filme que independente das classificações de "bom" ou "ruim", exige o rótulo de BELO, sensorialmente falando (agradável aos olhos e aos ouvidos). A perfeição da fotografia (justamente aclamada pela crítica) ofusca outros primores técnicos do filme: o som e a trilha sonora.
Não sei se isso acontece com todo mundo, mas eu quando assisto a um filme eu fico exercitando a minha capacidade de prever o que vai acontecer. Com o tempo, eu fui passando a imaginar coisas surpreendentes que pudessem acontecer em um filme (os filmes - sobretudo de suspense - fornecem elementos que nos possibilitam esse exercício).
No que diz respeito a Seven (adianto aqui: um dos melhores filmes de suspense dentre os que já vi), teve alguns momentos que levarem minha mente a quase surtar:
1. Quando a esposa de David Mills começou a se aproximar do Somerset, primeiro eu pensei que ela fosse "se engraçar" para o lado dele e já associei que ela pudesse ser a vítima da Luxúria, etc, etc e tal. Depois, cheguei a pensar que ela poderia ser a serial killer, mas isso fugiu logo das minhas conjecturas.
2. Em vários momentos do filme, eu pensei que o Somerset seria o serial killer (principalmente na cena que ele pega o canivete para arremessar no tabuleiro de alvo, antes de mostrar o alvo e dele começar a jogar o canivete, eu era capaz de jurar que ele a câmera ia descer e ele começaria a mutilar algum corpo sobre uma mesa ou algo do tipo.
3. Em outros momentos cheguei a pensar que o Somerset poderia ser a vítima da Inveja, que no decorrer do filme ele poderia invejar o trabalho e a vida de David Mills, etc, etc, etc.
Enfim, um outro filme que me causou efeitos parecidos com esses foi o Gone Girl (Garota Exemplar), também dirigido por Fincher.
eu achei, sim, previsível, achei que fosse mesmo ter algo da Tracey na caixa (pensei mais no coração do que na cabeça, mas, enfim...). No entanto, não considerei a previsibilidade do final como algo ruim como muitos costumam interpretar. O Doe é perfeito (palmas para a atuação do Kevin Spacey), o típico lunático religioso que quer punir o pecado dos outros e os próprios. O final tinha que ser aquele, e eu, inclusive, esperava que a ira do Mills o levasse a ser um pouco mais cruel na hora de matar o Doe.
Por fim, destaco como ponto alto do filme uma cena que, creio eu, ninguém dá tanta importância, a que o Somerset entra na biblioteca ao som de Air, de Sebastian Bach. Aquele corte de cena é o que considero de mais BELO no filme.
Enfim, filme com direção perfeita, som perfeito, edição perfeita, atuações perfeitas, roteiro muito bem articulado... De 0 a 10, minha nota é 10.
Para quem quer um filme de ação, as cenas de luta são sensacionais. Para quem quer um filme de comédia e gosto do cômico "tosco", vocês precisam ver esse filme. Não sou um expert em filme de espionagem britânico, mas ao que parece há um misto de homenagem e sátira ao mesmo tempo dos clássicos da cinematografia de espionagem. As cenas de morte meio que a la Tarantino (só que com fogos de artifício e tinta de arco-íris ao invés de litros de sangue), na minha opinião, são fantásticas.
Whatever para todos os comentários negativos... Um dos finais de filme mais espetaculares que já vi - e não só pelo caráter surpreendente, mas pelas possibilidades de reflexão que o obra apresenta. Enfim... De 0 a 10, minha nota é 9.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KIsso é o que dá juntar Taurino com Canceriano. Escorpiano com Aquariano. Aquariano com Taurino. Canceriano com Escorpiano.
Sinfonia Insana (1ª Temporada)
4.3 79 Assista AgoraEu fico cada vez mais chocado com o quanto esses produtores brasileiros subestimam os telespectadores...
(A partir daqui imaginem que eu estou dizendo o que digo fazendo aquele "suicídio" que Didi Mocó fazia: rasgando a mandíbula com as duas mãos)
Minha gente, traduzir Mozart in the Jungle por Sinfonia Insana!? WTF!!! Why??? Por quê? SINFONIA INSANA!?
Ponte dos Espiões
3.7 694Um filme que, mesmo com a sempre fascinante assinatura de Spielberg na direção e com texto dos sempre surpreendentes Irmãos Coen, consegue grande parte de seus méritos a partir das atuações impecáveis de Tom Hanks e Mark Rylance. A sintonia dos dois, tanto quando dividem a mesma cena quanto quando estão há um oceano de distância, foi a grande responsável por me prender em frente à tela durante os quase 150 minutos de filme.
Pelo ritmo arrastado e pelo duração desnecessariamente longa (opinião aqui deveras subjetiva), minha nota, de 0 a 10, seria 6. No entanto, pelas impecáveis atuações da dupla protagonista, de 0 a 10, daria um 10. Diante do impasse, fiquemos com a média:
De 0 a 10, minha nota é 8.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraTenho quase certeza que colocaram "I will survive" no final em homenagem ao Sean Bean...
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraMais alguém com o sentimento de WTF quando nos créditos finais Gloria Gaynor assume a trilha com "At first, I was afraid, I was petrified"???
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista AgoraUm filme inundado de referências aos gigantes do cinema. Terry Gillian, assim como costuma fazer Quentin Tarantino, faz um filme de cinéfilo para cinéfilo.
Desde a caracterização do personagem Jeffrey Goines (Brad Pitt) que tem um "quê" de Alex de Laranja Mecânica, de Kubrick; passando pelo tango de O Cão Andaluz, de Buñuel e Dali, ditando o ritmo frenético das mentes "insanas" dos personagens; até a reprodução de trechos de Um Corpo que Cai, de Hitchcock, que serve no filme de Gillian como uma espécie de relógio dos saltos de tempo da trama.
Enfim, um Brad Pitt e um Bruce Willis em atuações perfeitas, um roteiro, apesar de confuso, muito bem amarrado em seu final resulta em obra que dificilmente será esquecida por aquele que a assistiu.
De 0 a 10, minha nota é 10.
Rashomon
4.4 301 Assista Agora"Ouvi dizer que o demônio vive aqui em Rashomon... fugindo com medo da ferocidade do homem" (KUROSAWA, Akira. Rashômon. Japão, 1950)
Mad Max
3.6 729 Assista AgoraA grana que Miller teve para fazer esse filme só daria para comprar uma roda do caminhão que Furiosa dirige no Estrada da Fúria...
Orçamento: A$400.000,00 (quatrocentos mil dólares australiano)
Arrecadação: US$100.000.000,00 (cem milhões de dólares americano)
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraPrimeiramente, eu digo: ASSISTA! Não há motivo nenhum para o filme não ser visto, pois se você não gosta de filme de suspense/mistério, vale pelo tom romântico de histórias de amor à primeira vista; se não gosta de romance, vale pelo tom psicológico. Enfim, independente do estilo de filme que você aprecie, o filme tem grandes chances de te prender do início ao fim.
Em seguida, eu digo que discordo (quase que enfurecidamente) de todos esses comentários falando que o filme é superestimado, e faço isso por um único motivo: dentro tudo que vi até (não vi tantos, mas vi muitos dos filmes bem considerados pela crítica), não consigo referência de um filme mais bem dirigido que esse. Cada frame do filme é meticulosamente bem colocado. A cadência dos cortes, harmonizada com a excelente trilha sonora (e as vezes contrastada - como nas cenas em que, mesmo os personagens estando aparentemente serenos ou tendo uma conversa "normal", a música sonora começa a ficar mais intensa e o volume vai aumentando, prenunciando determinados acontecimentos), torna o filme algo genuinamente belo.
Por fim, exalto o enredo, sobretudo no que se refere ao fantástico plot twist que ocorre nos 30 minutos finais do filme e a forma como, a partir dessa virada, o filme se torna uma "aula" de psicologia/psicanálise, apresentando seus personagens completamente em crise. Tal aspecto se torna ainda mais interessantes se notarmos o contraste entre
a fingida loucura de Madeleine com os comportamentos doentios, inicialmente, de Scottie e, posteriormente, de Judy
Em suma, Hitchcock exercitando a sua exímia capacidade de deixar a gente agoniado e tenso na frente da tela.
Nota 10/10.
O Gatinho Doente
3.9 13Uma palavra: fofo!
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraFilme muito bom. Gosto da forma como o roteiro é introduzido e organizado (com um narrador contando a história em primeira pessoa). Mas, definitivamente, a trilha sonora é o que o filme tem de melhor: só música foda!
Ps: E ainda tem Hermione e o Mike da Phoebe...
Lost (2ª Temporada)
4.4 377 Assista AgoraLOST
NOTAS SOBRE A SEASON 2
*A primeira temporada é visualmente uma das melhores produções cinematográficas que já vi. Já essa segunda temporada, mantendo a perfeição visual, leva o enredo a um nível tão positivamente surpreendente que eu não consigo comparar as seasons e dizer que uma é melhor que a outra. Esperando muito da Season 3 (que verei em breve).
*Existem dois momentos na temporada que nos deixam com a sensação que estamos assistindo outra coisa (não Lost). Exatamente a primeira cena do primeiro episódio (Desmond iniciando mais um belo dia em sua bela casa, escrevendo e-mails, malhando, tomando vacina, ao som de uma música animada) e a última cena do último episódio (os marinheiros do polo sul, jogando damas e falando um português bem vagabundo).
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KAdianto que é um filme fantástico, muito devido ao enredo (adaptado do livro de Larsson). Mas só vou me aprofundar em uma análise quando vir a versão do David Fincher. Quis ver o sueco primeiro, mas, como um bom fã de praticamente tudo que já vi do Fincher, estou ansioso porque presumo que vem uma pancada por aí...
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraDe maneira geral, não consigo dizer que é um filme bom. Peca pelos clichês e pelo excesso de cenas de "suspense" que não levam a nada (são tantas que não vou nem me dar ao trabalho de citá-las, quem assistiu sabe do que eu estou falando).
Em relação ao enredo, todas as cenas que retratam a doença sexual do protagonista são, de alguma forma, justificadas dentro da trama, bem diluídas contextualmente falando, mas nos últimos 15 minutos, o plot se apressa e são colocadas cenas descontextualizadas do resto da história, como, por exemplo
a cena dele no antro de homossexuais
E, por último, não sei se essa coisa de colocar uma trilha dramática (de sofrimento) nas cenas de sexo cumpriu a função que o cineasta queria não. Ficou bem desagradável, inclusive.
O único ponto positivo que ressalto é o trabalho de edição que realmente ficou muito bom.
De 0 a 10, minha nota é 6.
Transamerica
4.1 746 Assista AgoraNOTAS PARA UMA FUTURA CRÍTICA
# Como é gostoso ver uma narrativa com um ritmo tão bem cadenciado: você vai vendo, vai vendo, vai vendo e vai vendo, e sem se dá conta, percebe que está na última cena do filme.
# Transamerica (gostei pacaraio desse trocadilho) é um filme para ser, antes de tudo, sentido. A obra funciona a partir do momento em que o expectador vai estabelecendo uma empatia crônica com a personagem protagonista.
# A superposição dos dramas vividos por Bree é algo que (apesar de ocorrer de forma sutil, natural, seria melhor dizer) dá ao filma uma macrodimensão dramática que nos impossibilita de reduzir o filme aos rótulos estereotipados que filme de temáticas semelhantes comumente recebem. Começa como a história de uma transexual que tenta de tudo para conseguir a autorização para realizar a cirurgia plástica de mudança de sexo, mas ainda no primeira terça parte do filme, torna-se o drama de um(a) pai/mãe que descobre que tem um filho de 17 anos. A partir daí, temos a história de como esse pai/mãe e esse filho descobriram o quanto amavam um ao outro e o quanto um precisava do outro para estabelecer as TRANSformações inerentes as suas vidas. Tudo isso enquanto fazia uma travessia transamericana (ou seja, cortando os EUA de Nova Iorque à Califórnia. O que estou querendo dizer, na verdade, é que, no final, eu percebi que o filma falava de transformações muito mais profundas do que uma "simples" mudança de sexo.
# Acho justo mencionar que, depois de ver Transamerica, considero que Felicity Huffman foi vítima de uma das maiores injustiças do Oscar de todos os tempos. Nada contra a Whiterspoon, mas não se compara as atuações, né?
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraSó não levou minhas 5 estrelas porque eu assisti Escape from Alcatraz há uma semana atrás...
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista AgoraUm filme recheado de clichês. Essa é uma das frases mais recorrentes quando lemos/ouvimos comentários de leigos e de críticos sobre Breakfast at Tiffany's (o título em português "Bonequinha de Luxo" castra todo a maestria da cena inicial do filme). No entanto, é fácil para alguém situado em mais de meio século depois de seu lançamento dizer que o filme traz clichês.
Eu diria que este é um filme que INFLUENCIOU toda uma geração da história do cinema mundial (sobretudo americano). Qual o gênero mais "vendido" dos últimos 15, 20, 25 anos no cinema hollywoodiano? Sem utilizar nenhum número ou estatística, o meu olhar leigo, baseado no senso comum, diria que a comédia romântica (com finais felizes). Isso se deixarmos no plano da generalização, mas se focarmos na especificidade temática, essa bonequinha de luxo cedeu pedaços de sua atuação para todas as "moças pobres que almejavam subir (ou que subiram) na vida de qualquer forma (ou de formas inesperadas)" do cinema que o sucedeu. Ou só eu vejo pedacinhos de Holly Golightly em Vivian Ward (Pretty Woman), em Marisa Ventura (Maid in Manhattan), em Ali Rose (Burlesque) e em tantas outras bonequinhas de luxo (ou sem luxo)? Acho que não, né?
Outro ponto que merece (e muito) ser citado (ovacionado, idolatrado, eu diria) fica por conta do assunto Música. A perfeição da trilha sonora e a belíssima canção Moon River, merecidamente premiadas com os Oscars de suas respectivas categorias, são fatores que te arrebatam: a trilha, já na cena inicial do filme; e a música, na cena que parece ser a consolidação do amor de Paul por Holly.
Enfim, filme super recomendado. De 0 a 10, minha nota é 10.
Ps: Uma dúvida:
Quem pagou o táxi da última cena do filme?
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraWHAT'S GOING ON IN SENSE 8?
Começo a falar de Sense 8 (Sensate, SenseEight) com a reprodução de uma reação: "Puta que pariu, sério que Hernando é o Miguel da Novela/Banda Rebelde (RBD)?. Enfim, é isso!
Passada a indignação com a constatação acima, vamos ao que importa de verdade. Estou vendo aqui no Filmow que a maioria das críticas gira em torno da "lentidão" dos episódios iniciais da séria. Na verdade, é possível até dizer (eu disse isso quando terminei de ver a temporada) que toda a Season é apenas uma apresentação superficial de enredo que provavelmente (se confirmarem temporadas futuras) será muito mais aprofundado. Essa "lentidão", criticada por muitos aqui, é responsável, em minha percepção, por toda a beleza da série. São poucas as obras cinematográficas que eu considero visivelmente belas (gostosas, prazerosas, agradáveis de se ver), Sense 8 traz seres humanos lindos em seu elenco (e eu tô falando aqui de beleza física mesmo, daquilo que agrada aos olhos), traz paisagens externas e ambientes internos muito lindos também (o que dizer da casa de Lito? e das montanhas da Finlândia?). Fora essas questão de ritmo e de beleza da série, eu diria também que os perfis, de certa forma, estereotipados das personagens (outro motivo usado pelos que criticam negativamente a série) é responsável por mostrar os dilemas existenciais por traz desses "estereótipos", algo que me interessa muito em obras de arte.
Fato é que quem opta por vencer a "lentidão" dos episódios iniciais e se deixa levar pelos finais de episódios que te obrigam a dar play no seguinte, vai perceber que a série, que já é bem boa nos episódios iniciais, melhora muuuuito nos 5 últimos episódios. Enfim, uma junção perfeita da poesia visual dos Irmãos Wachowski (da Trilogia Matrix) com o força narrativa de Straczynski (de Babylon 5) e com toda a volúpia dos roteiros de Tom Tykwer (de Perfume).
DIVAGAÇÕES:
- Alguém que consiga fazer o Capheus parar de sorrir...
- Alguém que consiga fazer a Sun sorrir...
- Alguém que possa apresentar uma invenção chamada roupa para o Wolfgang...
- Alguém que me explique a cara que a Daniela sempre faz ao ver Lito e Hernando transando...
- Alguém que ensine a Kala a dar um pé na bunda no Rajan...
- Alguém que tire a música do episódio 4 (What's going on?) da minha cabeça...
Breaking Bad (4ª Temporada)
4.7 1,2K Assista AgoraFinal de temporada fooooooooooda!!!
Para todas os lugares que olho (de olhos abertos ou fechados), vejo a cara de Gus Fring estourada
Melhor diálogo:
Skyler: What it hapenned?
Walter: I won!
O Melhor de Mim
3.5 769 Assista AgoraNão gosto de filmes previsíveis!!!
Ida
3.7 439Um filme em que os silêncios das personagens expressam muito mais sobre eles do que suas falas. Os "diálogos" de olhares e gestos, de expressões faciais. Um filme que independente das classificações de "bom" ou "ruim", exige o rótulo de BELO, sensorialmente falando (agradável aos olhos e aos ouvidos). A perfeição da fotografia (justamente aclamada pela crítica) ofusca outros primores técnicos do filme: o som e a trilha sonora.
Ponto alto do filme:
O suicídio de Wanda, que faço questão de ressaltar que foi a melhor cena de suicídio que já vi em um filme.
De 0 a 10, minha nota é 9,5.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraNão sei se isso acontece com todo mundo, mas eu quando assisto a um filme eu fico exercitando a minha capacidade de prever o que vai acontecer. Com o tempo, eu fui passando a imaginar coisas surpreendentes que pudessem acontecer em um filme (os filmes - sobretudo de suspense - fornecem elementos que nos possibilitam esse exercício).
No que diz respeito a Seven (adianto aqui: um dos melhores filmes de suspense dentre os que já vi), teve alguns momentos que levarem minha mente a quase surtar:
1. Quando a esposa de David Mills começou a se aproximar do Somerset, primeiro eu pensei que ela fosse "se engraçar" para o lado dele e já associei que ela pudesse ser a vítima da Luxúria, etc, etc e tal. Depois, cheguei a pensar que ela poderia ser a serial killer, mas isso fugiu logo das minhas conjecturas.
2. Em vários momentos do filme, eu pensei que o Somerset seria o serial killer (principalmente na cena que ele pega o canivete para arremessar no tabuleiro de alvo, antes de mostrar o alvo e dele começar a jogar o canivete, eu era capaz de jurar que ele a câmera ia descer e ele começaria a mutilar algum corpo sobre uma mesa ou algo do tipo.
3. Em outros momentos cheguei a pensar que o Somerset poderia ser a vítima da Inveja, que no decorrer do filme ele poderia invejar o trabalho e a vida de David Mills, etc, etc, etc.
Enfim, um outro filme que me causou efeitos parecidos com esses foi o Gone Girl (Garota Exemplar), também dirigido por Fincher.
Quanto ao final de Seven,
eu achei, sim, previsível, achei que fosse mesmo ter algo da Tracey na caixa (pensei mais no coração do que na cabeça, mas, enfim...). No entanto, não considerei a previsibilidade do final como algo ruim como muitos costumam interpretar. O Doe é perfeito (palmas para a atuação do Kevin Spacey), o típico lunático religioso que quer punir o pecado dos outros e os próprios. O final tinha que ser aquele, e eu, inclusive, esperava que a ira do Mills o levasse a ser um pouco mais cruel na hora de matar o Doe.
Por fim, destaco como ponto alto do filme uma cena que, creio eu, ninguém dá tanta importância, a que o Somerset entra na biblioteca ao som de Air, de Sebastian Bach. Aquele corte de cena é o que considero de mais BELO no filme.
Enfim, filme com direção perfeita, som perfeito, edição perfeita, atuações perfeitas, roteiro muito bem articulado... De 0 a 10, minha nota é 10.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraPara quem quer um filme de ação, as cenas de luta são sensacionais.
Para quem quer um filme de comédia e gosto do cômico "tosco", vocês precisam ver esse filme.
Não sou um expert em filme de espionagem britânico, mas ao que parece há um misto de homenagem e sátira ao mesmo tempo dos clássicos da cinematografia de espionagem.
As cenas de morte meio que a la Tarantino (só que com fogos de artifício e tinta de arco-íris ao invés de litros de sangue), na minha opinião, são fantásticas.
A cena da igreja é a melhor parte do filme (nem Jackie Chan conseguiria tal façanha).
Por conta do final, que é besta pra caralho, de 0 a 10, a minha nota é 8.
A Vila
3.3 1,6KWhatever para todos os comentários negativos... Um dos finais de filme mais espetaculares que já vi - e não só pelo caráter surpreendente, mas pelas possibilidades de reflexão que o obra apresenta. Enfim... De 0 a 10, minha nota é 9.